sábado, 22 de novembro de 2025

O ESPIRITISMO E O DIABO.

 


O Espiritismo e o Diabo

Quando eu era criança, achava que iria pro inferno. Por causa disso, tinha pavor do Diabo e tudo que fizesse referência a ele. Mas com o tempo isso foi passando e quando eu me introduzi no espiritismo, fiquei sabendo de algo que me aliviou muito: Diabo e inferno não existem. E à medida que fui estudando mais, percebi o quanto acreditar na existência dele era um equívoco.

Acreditar na existência do Diabo é acreditar que Deus criou seres predispostos ao mal, o que não é verdade. Se, hipoteticamente falando, Deus criou o anjo Lúcifer, que posteriormente viria a cair, ele não mediria esforços para ajudar o próprio filho (e, consequentemente, nosso irmão), porque a gente sabe que a misericórdia dele é eterna.

Acreditar na existência do inferno, acreditar no castigo eterno, é não acreditar na bondade de Deus para conosco. Se Deus, que é tão bom, não perdoa como nós então perdoaríamos? Ele não nos enviou Jesus com suas lições sobre amor e perdão à toa.

Quem é, então, o diabo?

Mesmo o papo sendo manjado, vale lembrar que a bíblia foi escrita há muito tempo e certas coisas perderam o significado através de várias traduções. Termos como “demônio” e “satanás” provavelmente representavam espíritos inferiores que vinham perturbar (e tentar) Jesus. Afinal, ele não era médium e os podia ver, escutar e falar com eles?

Quem leu a bíblia sabe que Lúcifer liderou uma revolta contra Deus junto a um terço dos anjos, que ele conseguiu convencer a se juntar a ele. Isso tudo porque Deus ordenou aos anjos que louvassem sua nova criação (o homem) e ele não quis. Quem liderou o lado do bem foi Miguel, que, enquanto acabava com a raça do capiroto, perguntou a ele: “Quem é como Deus?”. Pois, como sabemos o Lúcifer, o mais gato do paraíso, se achava igual a Deus a ponto de acreditar que poderia governar o universo no lugar dele. Ou seja, o pecado de Lúcifer foi o orgulho.

A história do anjo bonitão que foi transformado num bicho vermelho de rabo e chifres também foi usada como alegoria para representar o orgulho, que, segundo o espiritismo, é o pai de todos os vícios.

E o inferno?

O fogo do inferno, por sua vez, não diz respeito ao lar subterrâneo do Diabo. Isso são os metrôs de São Paulo em horário de pico. O inferno representa a nossa consciência, que é nosso juiz e júri. Quando não a escutamos, ela vira nosso castigo, que é o remorso, tão ruim quanto o inferno bíblico.

E os anjos?

Até os anjos são uma alegoria: eles representam os espíritos iluminados. Deus, porém, não os criou com asas brancas e os separou entre querubins e arcanjos no paraíso. Eles são espíritos que viveram inúmeras encarnações e alcançaram sua condição iluminada por mérito, que atuam na obra divina e divulgam a lei do amor. E eles não caem não se desvirtuam ou se põem contra Deus; um espírito que evoluiu até tal nível de perfeição, não iria simplesmente involuir.

 

Os anjos que se juntaram a Lúcifer


O castigo eterno no fogo do inferno foi muito usado ao longo do tempo como um meio de segurar a libertinagem daqueles que temiam a Deus. Com medo de uma passagem pro colo do Diabo, o homem segurou as rédeas.

Mesmo agora sabendo da irrealidade dessa história, isso não quer dizer que podemos usar o nosso livre-arbítrio da pior forma possível já que a lei da natureza, que age dentro das leis de Deus não vai nos castigar. Afinal, ainda existe o carma, que é a lei da ação e reação, onde tudo o que se joga para la, volta para nós.E a culpa vai ser somente nossa se plantarmos coisas ruins.

 

Mensagem divulgada pelo médium Getulio Pacheco Quadrado.

O ESPIRITISMO E O SOFRIMENTO DE JESUS.

 


O ESPIRITISMO E O SOFRIMENTO DE JESUS

Por Airton Evangelista da Costa






   O Espiritismo ensina que a encarnação é necessária aos Espíritos como imposição de Deus “para fazê-los chegar à perfeição”. Mas, para isso, “devem eles passar por todas as vicissitudes da existência corpórea”. “Os sofrimentos da vida são, por vezes, consequência da imperfeição do Espírito: quanto menos imperfeições, tanto menos tormentos”. (Questões 132 e 133 do Livro dos Espíritos, de Allan Kardec). 

   Esse caminhar por vidas corpóreas seria necessário porque “Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem ciência. A cada um deu uma missão, com o fim de esclarecê-los e fazê-los chegar, progressivamente, à perfeição pelo conhecimento da verdade e para aproximá-los de si. Os Espíritos adquirem esses conhecimentos passando por provas que Deus lhes impõe” (Livro dos Espíritos, questão 115). 

   Os Puros Espíritos fazem parte da classe mais elevada, da primeira classe, e atingiram essa posição porque “percorreram todos os degraus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria, e, tendo atingido a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, NÃO TÊM MAIS QUE PASSAR POR PROVAS OU EXPIAÇÕES. Não mais sujeitos a reencarnação em corpos perecíveis, vivem a vida eterna, que realizam no seio de Deus” (Livro dos Espíritos, questão 113 – o realce é meu). 

   Kardec disse que a autoridade de Jesus originou-se da “natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina”, e que a “lei do Novo Testamento teve sua personificação em Cristo”, na qualidade de segunda revelação de Deus (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. I-4,6).  Jesus “foi o iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos... foi o iniciador “de uma perfeita moral” (Ibidem, cap. I-9). 

   Conforme a visão kardecista de sofrimento e purificação, teria sido dura a caminhada de Jesus até chegar ao seu ponto máximo de perfeição. Até ser considerado um Espírito Puro, teria passado por inúmeras vidas corpóreas.  Foi, quem sabe, escravo de um senhor rude e cruel; trabalhador braçal na construção de castelos reais; uma mulher desamparada ou uma viúva pobre em algum lugar da África. Vencidas essas provas indispensáveis ao seu aperfeiçoamento – e já na condição de Espírito Puro - achou graça diante de Deus, que o escolheu para uma missão divina da mais elevada importância.  Então, Jesus não teria vindo para mais uma prova, eis que não havia nele imperfeições a serem removidas, como bem disseram os desencarnados: “A autoridade lhe vinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua MISSÃO DIVINA” (Ibidem, cap. I-4, Kardec, realce meu).  A pureza de Jesus seria de tal forma que Deus o escolhera dentre muitos outros Espíritos Puros, eis que estaria Ele no ponto mais elevado da hierarquia espiritual, tudo segundo a visão kardecista. 

   Ora, depois de tanto sofrimento, ou melhor, depois de sofrer tantas encarnações para aperfeiçoar-se, nada mais justo da parte de Deus do que premiar esse Espírito, que em determinada etapa chamou-se Jesus, com a sublime missão de dar início à “mais pura e mais sublime moral, da moral evangélico-cristã” (Ibidem, cap. I-9).





Refutação

Há alguns tropeços no percurso desse raciocínio. Primeiro tropeço é quanto à missão de Jesus, que não veio só para ensinar uma elevada moral.  Vejam o que Ele diz no começo do Seu ministério: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração; a pregar liberdade aos cativos; e restauração da vista aos cegos; pôr em liberdade os oprimidos; e anunciar o ano aceitável do Senhor... hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvidos” (Lucas 4.18,19, 21; Isaías 61.1).

   O segundo tropeço é que as Boas Novas trazidas pelo Senhor Jesus não se resumiram a questões de ordem moral, como foi soprado pelos desencarnados. O Senhor Jesus operou milagres sem conta; ressuscitou morto, curou leprosos, cegos, surdos e paralíticos; perdoou pecados; expulsou demônios; acalmou tempestade; andou sobre o mar; multiplicou pães e peixes para alimentar milhares de pessoas. Nenhum desses milagres pôde ou pode ser explicado pela Ciência. “E, onde quer que entrava, ou em cidade, ou em aldeias, ou no campo, apresentavam os enfermos nas praças e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua veste, e todos os que lhe tocavam saravam” (Marcos 6.56). “Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem” (João 21.25).




Os ensinos de Jesus

Ao dizer “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida, e ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6), o Senhor Jesus coloca por terra a intenção do Espiritismo de ser a “Terceira Revelação de Deus, não tendo a personificá-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado, não por um homem, sim pelos Espíritos, que são as vozes do Céu” (E.S.E. cap. I-6).  O Cristianismo rejeita os ensinos dos “Espíritos” e reconhece que “toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra” (2 Timóteo 3.16-17). 

   Jesus ensinou que há dois tipos de homens: os salvos (Mateus 25.31-34) e os perdidos (Mateus 7.13-14; 25.46). Este ensino nocauteia a afirmação kardecista de que “todos os Espíritos tornar-se-ão perfeitos” (Quesito 116 do Livro dos Espíritos). 

   Jesus ensinou que o perdão de Deus é necessário à salvação do homem (Mateus 6.12; Lucas 23.34). Os “mensageiros do Céu”, todavia, ensinam que basta ao Espírito aceitar as provas de múltiplas encarnações, porque somente “submetendo-se à prova de uma nova existência” a alma pode depurar-se (Livro dos Espíritos, questão 166). E as vozes do além arrematam: “Em cada nova existência o Espírito dá um passo na via do progresso. E quando se houver despojado de todas as impurezas, não mais necessitará das provas da vida 
corpórea” (L.E. questão 168). E dizem ainda que somente depois da última encarnação o Espírito se torna feliz e puro (L.E. questão 170). Com essas afirmações, Kardec anulou a natureza do perdão de Cristo, e desprezou, também, a eficácia do Seu sacrifício. Segundo esse raciocínio, o ladrão da cruz, perdoado por Jesus, teria ido para o paraíso levando impureza e infelicidade (Lucas 23.43). 

   Jesus ensinou que retornará não mais para trazer Boas Novas, mas para JULGAR. Como resultado desse julgamento muitos irão para o “fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25.31,32, 41,46). Estas declarações são um xeque-mate em algumas teses kardecistas. Ele afirma que voltará. O que virá aqui fazer a “Segunda Revelação” já devidamente substituída pela “Terceira”?  Jesus diz que virá para julgar, e que esse julgamento dar-se-á em determinado momento, esclarecendo que haverá um Juízo Final.  Ora, tal ensino não faz parte da literatura kardecista, onde se lê que “todos os Espíritos tendem à perfeição e Deus lhes fornece os meios pelas provas da vida corpórea, mas na sua justiça reserva-lhes, em novas existências, a tarefa de realizar aquilo que não puderam fazer ou acabar numa primeira prova” (L.E., quesito 171). Se admitida a tese defendida pelos “espíritos”, o Senhor Jesus adiaria o Juízo para uma data indefinida, e ficaria aguardando o momento em que todos alcançassem a perfeição – o que os espíritas chamam de “uma nova chance”.  Se fosse assim, não haveria necessidade de Juízo Final, porque com Jesus ou sem Jesus todos caminhariam para um mundo ditoso. 

 O Senhor Jesus também falou em “fogo eterno”, ou seja, em castigo eterno num lugar previamente preparado. Ora, o kardecismo, como se sabe, não admite a existência de castigos eternos, pois a justiça da reencarnação estaria no fato de que todos terão oportunidades iguais de limpar suas imperfeições. Seguindo o raciocínio kardecista, quando o Senhor Jesus retornar para julgamento muitos espíritos estarão no meio do caminho rumo à perfeição, fazendo parte da classe dos “levianos”, “perturbadores” e “impuros” (L.E. quesitos 102-106). Como ficarão estes?  Seriam salvos assim mesmo?  Não mais precisariam reencarnar para serem puros?  Seria uma exceção à regra da reencarnação? Ou admitem que o Senhor Jesus mentiu ao dizer que retornaria (João 14.3)? Pode mentir Aquele que veio “ensinar aos homens uma elevada moral”, como afirmou Kardec?   Além do mais o Senhor Jesus falou que o “fogo eterno está preparado para o diabo e seus anjos”. Seriam estes os Espíritos imperfeitos, impuros e levianos que ainda não se aperfeiçoaram, conforme declarou Kardec? O Senhor Jesus arremata: “Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não crê no unigênito Filho de Deus” (João 3.18). Disse mais: “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno” (Mateus 23.33). Como se vê, a Palavra fala em CONDENAÇÃO, sinônimo de castigo eterno, inferno e Juízo Final.  Vejam o que diz o Espiritismo: “Os Espíritos não ficam perpetuamente nas camadas inferiores; todos eles tornar-se-ão perfeitos. Mudam de classe embora devagar” (L.E., questão 116). Pelo visto o Senhor Jesus, quando vier, vai ter que ficar esperando muito tempo.  Quem está mentindo: Jesus ou os “desencarnados”?



O Perdão dos Pecados

O Senhor Jesus declarou que tem poder sobre o pecado. “Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados”. E pensaram os escribas: “Quem pode perdoar pecados, senão Deus?” Então disse Jesus: “Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados [disse ao paralítico]: A ti te digo, levanta-te toma o teu leito, e vai para tua casa” (Marcos 2.5-12). Ficou claro que o Senhor Jesus pode perdoar e, desculpem-me pelo óbvio, quem recebe o Seu perdão fica realmente perdoado.  Mas em qual etapa da tese reencarnacionista entraria a necessidade de perdão?  Para que serviria o perdão se a perfeição será alcançada de qualquer modo via novas encarnações, mediante as provas de novas vidas aqui na terra?  Com seus pecados perdoados ou não aquele paralítico não iria ser aperfeiçoado?  A expressão “Espiritismo Cristão” não estaria, portanto, mal colocada?




O Sofrimento de Jesus

Outra dificuldade de conciliar Cristianismo e Espiritismo diz respeito ao sofrimento de Jesus. Como vimos, a “natureza excepcional do seu Espírito” e a sua divina missão de ensinar uma elevada moral à humanidade, como definiu Kardec, garantir-lhe-iam, pelo menos, uma vida terrena livre de qualquer sofrimento.  Não foi o que aconteceu.    Ainda criança, Herodes tentou matá-lo (Mateus 2.13); viveu uma vida sem descanso e sem bens materiais (Mateus 8.20); seus irmãos não criam nEle (João 7.5); foi duramente criticado e perseguido pelos fariseus, que desejavam tirar Sua vida (João 11.53); foi traído por um de seus apóstolos (Mateus 26.16); angustiou-se no Getsêmani, “e o seu suor tornou-se grandes gotas de sangue que corriam até ao chão” (Lucas 22.44); sem justa causa, foi preso e condenado à morte (Lucas 22.54; 23.25); não recebeu o apoio de seus discípulos quando foi preso (Mateus 26.56, 70, 72, 74); foi escarnecido, humilhado, açoitado, cuspido, e recebeu na cabeça uma coroa de espinhos (Mateus 27.26-30); finalmente, foi crucificado. Seu sofrimento na cruz é indescritível (Mateus 27.32-56). 

   Ora, levando em conta a crença espírita, Jesus teria passado por todos os estágios da escala espiritual até chegar à plena perfeição. Inicialmente “alma simples e sem ciência”, Ele teria experimentado muitas lutas e vicissitudes em muitas vidas corpóreas, havendo subido de degrau em degrau na hierarquia espiritual. Já no topo da escada, recebe não mais uma prova, mas uma MISSÃO.  Tal dissertação da vida espiritual de Jesus está acorde com a afirmação de um espírita cristão. Quando lhe perguntei se, no entender do kardecismo, Jesus teria sido um homem como outro qualquer, que mediante muitas vidas corpóreas atingiu o mais alto grau de perfeição, ele me respondeu afirmativamente.

   Os “espíritos” disseram a Kardec que “para chegar a essa perfeição devem eles passar por todas as vicissitudes da existência corpórea”; que “todos são criados simples e ignorantes...”; que “os sofrimentos da vida são, por vezes, consequência da imperfeição do Espírito” porque “QUANTO MENOS IMPERFEIÇÕES, TANTO MENOS TORMENTOS” (realce meu – L.E. quesitos 132 e 133).  Disseram também que os Espíritos Puros, da primeira classe, já “percorreram todos os degraus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo atingido a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, NÃO TÊM MAIS QUE PASSAR POR PROVAS OU EXPIAÇÕES” (realce é meu – L.E., quesito 113). 

   Se correta essa tese, Jesus não mais precisaria passar por provas. Aliás, certo “Espírito”, a quem Jesus chamou de Satanás, tentou interromper Seus sofrimentos e até ofereceu-Lhe riquezas (Mateus 4.8-11). 

   Algumas indagações são necessárias: (a) O carma de Jesus não estaria completamente limpo, o que exigiu mais sofrimento?  Tal hipótese não se harmoniza com a “natureza excepcional de seu Espírito”, nem com a missão divina a Ele confiada (E.S.E., cap. I-4). (b) Jesus era realmente um “Espírito Puro”, mas por sua livre vontade aceitou e buscou o sofrimento para purificar-se mais ainda? Tal hipótese colide com a declaração kardecista de que os puros estão no último degrau da escala e não mais necessitam de provas. 




A Verdade

A verdade é que Jesus não sofreu e não morreu crucificado para “expungir” suas próprias imperfeições.  Perfeito como era, não precisou de sacrifícios para limpar Seu carma ou para elevar-se na escala espiritual. “Verdadeiramente, Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades” (Isaías 53.4-5). Ele veio para “salvar o seu povo dos seus pecados” (Mateus 1.21). Ele é “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.29), “para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Ele “morreu por nossos pecados”; não morreu na cruz para seu próprio progresso (1 Coríntios 15.3). Ele “se deu a si mesmo por nossos pecados...” (Gálatas 1.4). “Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós... o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano... levando ele mesmo seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro...” (1 Pedro 2.21-24).

   A encarnação do Verbo, seu sofrimento e morte, fizeram parte do plano divino para a salvação dos homens. Esse plano começou a ser revelado a partir da queda de Adão, conforme predito em Gênesis 3.15, onde a “semente da mulher” ferirá a cabeça da serpente. Na revelação progressiva, o Messias se apresenta como homem de dores, servo sofredor, traspassado por nossas transgressões, até chegar à Pessoa de Jesus, o Filho, que se entregou à morte expiatória da cruz, “para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Jesus não precisava, nem precisa, de infindas reencarnações para atingir plena perfeição, visto que “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus, e se fez carne, e habitou entre nós” (João 1.1,14). Quanto à glorificação de Cristo, escreveu o apóstolo Paulo em sua carta aos Filipenses:

   “... pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz. Pelo que Deus também o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2.6-11).

   Estabelecido está mais um conflito entre o Cristianismo e o Espiritismo. E não citei a ressurreição corporal do Senhor Jesus, cujo corpo físico, se encontrado, seria um troféu nas mãos dos incrédulos que negam a Sua divindade. São dificuldades que colocaram em seu caminho ao tentar estabelecer uma estreita vinculação entre cristãos e espíritas.


www.palavradaverdade.com



Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em 
BibliaLTT.org, com ou sem notas).

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.


 

ESPIRITISMO E O DAI DE FINADOS.

 


Espiritismo e o dia de finados

http://1.gravatar.com/avatar/d0125072063ac7c29f295d1ab2d0ba78?s=50&d=mm&r=gMOREL FELIPE WILKON.

 

O Espiritismo ensina que a maioria dos seus entes queridos são espíritos que você já conhecia, são espíritos com quem você já conviveu no passado. No dia de finados as lembranças podem ser avivadas…

Artigo publicado originalmente em 1°/11/2012

Você é espírito imortal de passeio pela Terra. Já esteve aqui, encarnado, muitas outras vezes. A cada nova experiência na matéria adquire mais experiência, desenvolve mais virtudes, conquista mais confiança em si mesmo como filho de Deus, criado à imagem e semelhança de Deus, portanto, perfectível; veículo de manifestação de Deus.

Cada vez que você começa um novo estágio por aqui, fica limitado aos cinco sentidos. Só sabe o que é possível captar através dos cinco sentidos da matéria. Sua maior ou menor habilidade e facilidade para aprender determinadas coisas dependem do quanto você já se desenvolveu até hoje no somatório de suas inúmeras reencarnações e nos períodos de intervalo entre elas.

São nesses períodos de intervalo que você vive a verdadeira vida, em que você tem oportunidade e capacidade de expressar-se mais e melhor. Se aqui na matéria o pensamento é importante, mais importante é no plano astral, onde não há a resistência da matéria, onde o pensamento se manifesta com muito mais facilidade.

Acontece que sempre que viemos pra cá, rapidamente nos acostumamos. Nos acostumamos ao nosso corpo, aos prazeres proporcionados pelo corpo, nos apegamos às coisas, aos objetos, às paisagens, aos costumes. E nos prendemos ferrenhamente às pessoas próximas, aos nossos parceiros de jornada que aqui estão conosco, aos nossos companheiros de experiência terrestre.

De tempos em tempos, alguns de nós voltam pra lá, pro plano astral. É quando abandonamos esse corpo ao qual damos tanto valor. Tanto valor que chegamos a nos confundir com ele! Muitas pessoas pensam que são os seus corpos. E que, se o corpo morre, elas também morrem.

Deve ser realmente triste e desesperador pensar assim. Vivemos, construímos uma história, formamos afetos, criamos vínculos, e de repente tudo acaba. Como um computador velho, antiquado, obsoleto, ou simplesmente acidentado ou mal cuidado, somos descartados para sempre. Há outras crenças, há muitas crenças. Todas respeitáveis. Mas nenhuma que me explique nada de maneira convincente.

Você sabe que está aqui de passagem. Sabe que todos viemos pra cá de tempos em tempos para nos reajustarmos uns com os outros, através do convívio próximo. A aventura humana na Terra é um permanente vai e vem. Neste exato momento em que você está lendo há milhares de espíritos desencarnando e outros milhares de espíritos encarnando. É como um vagão de trem no horário do pico. Quando o trem para na estação dezenas de pessoas cruzam umas com as outras, umas entrando, outras saindo.

Você sabe que a maioria dos seus entes queridos são espíritos que você já conhecia, são espíritos com quem você já conviveu no passado. Alguns deles você gosta mais, outros menos. Sabe que algum dia todos voltam ao plano astral, deixando na Terra só o corpo imprestável. No entanto, quando se olha o corpo que foi habitado por alguém tão amado parece estranho que ele não esteja mais ali…

Nos reencontraremos com aqueles que amamos. Quanto mais nos esforçarmos por nossa reforma íntima, quanto mais nos desprendermos dos atrativos da matéria, quanto mais aprendermos a amar, a amar verdadeiramente, sem desespero e egoísmo, mais fácil será esse reencontro. O espiritismo a saudade
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO P. QUADRADO.

 

DOUTRINA ESPÍRITA.

 


DOUTRINA ESPIRITA

A nossa Doutrina as vezes tentam deturpa-la, alegando sermos do diabo ou do satanás e que não é uma religião. Mas esquecem que a nossa religião está representada em todas elas, pela presença do tal Espírito Santo e de Jesus que hoje é um Espírito.

Mais para dirimir suas dúvidas vamos falar um pouco da nossa Doutrina e Religião:

O Espiritismo é uma Doutrina de tríplice aspecto: Científico, filosófico e Religioso. Como ciência e filosofia, dá ao ser humano o conhecimento de grandes enigmas da vida, dentro de princípios lógicos. Através dela ficamos sabendo de quem somos, de indo viemos, e para onde vamos após a morte do corpo físico.

Enquanto a ciência e a filosofia operam o trabalho da experimentação e do raciocínio, se irmanam na sabedoria, onde a Religião acaba personificando o amor pelo aperfeiçoamento moral, se utilizando dos ensinamentos e com o exemplo do nosso Mestre Jesus, onde é o modelo e o guia da humanidade.

Já a ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material, e a outra as do mundo Espiritual. Tendo no entanto, essas leis o mesmo princípio que é Deus, não podendo contradizer-se.

Na prática Espírita, podemos dizer que todo atendimento é gratuito, pois se tivéssemos que cobrar algo teríamos que comprar de Deus para revender. E com isso obedecemos o que Jesus deixou dito: “Dai de graça o que de graça recebeis”.

A prática é realizada sem sacerdócio, rituais, objetos ou qualquer culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em Espírito e Verdade.

Já a prática mediúnica espírita é exercida com base nos princípios da Doutrina e dentro da moral cristã.

Nós não impomos os nossos princípios, e nem procuramos converter as pessoas. Pelo contrário convidamos os seus interessados em conhece-lo, a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.

Da mesma forma que respeitamos todas as religiões e doutrinas, que valorizam os esforços enviados no exercício do bem e da paz entre os seres humanos.

Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

Meu blogger: getuliomomentoespirita.blogspot.com

DIFERENÇA DO ESPÍRITISMO DE KARDEC PARA OUTRAS.

 


DIFERENÇA DO ESPIRITISMO DE KARDEC PARA OUTRAS

 

Esta minha mensagem foi escrita com o objetivo de sabermos separar o joio do trigo. E eu como tenho na minha incumbência como Médium Inspirado, divulgar pormenores em torno da nossa Doutrina conhecida como dos Espíritos, me habilito a esclarecer.

 Gostaria inicialmente de dizer, que e a fé e o amor de cada um que comanda tudo, em conjunto com Deus e Jesus, auxiliados pelos nossos queridos Mentores Espirituais. Tudo isso baseado naquilo que Jesus deixou dito quando curava: “Foi à fé que te curou, vá e não peques mais”. Baseado nisto posso afirmar, de quem cura na realidade são Deus, Jesus e a fé de cada um. Nós os Médiuns somos apenas um estafeta, mas com muita boa vontade em servir, e sem querer nada em troca.

Por outro lado gostaria de esclarecer, que tem pessoas que acham que somos do “diabo ou da tal satanás”, porque estabelecemos o intercâmbio com os Espíritos desencarnados, outros mais ousados acham que este Espiritismo de Kardec é do tempo antigo.

 Nós os Espíritas de Kardec, não acreditamos em “diabo” e outros, mas é verdade que quando Deus criou os Espíritos, foram todos criados da mesma maneira simples e ignorantes, uns pelo livre arbítrio rumaram para o lado negativo e outros para o positivo. Mas para estes Espíritos que não aceitaram o lado bom, Deus e Jesus sempre dão uma oportunidade de se redimirem; então para nós, são Espíritos infelizes que se quiserem se redimir terão esta oportunidade do Pai Celestial, porque Deus considera a todos como seus filhos. É por isso que em nosso planeta convivemos com pessoas de índole má, é para que eles em conjunto com pessoas do bem, venham a se redimirem.

Então o meu intuito é tornar claro o que vem a ser o Espiritismo de Kardec que se baseia nos cinco livros da codificação, ou seja: O Evangelho Segundo o Espiritismo, O livro dos Espíritos, O livro dos Médiuns, A Gênese, O Céu e o inferno. Então passo a narrar alguns pormenores para que possamos separar o joio do trigo:

O de Kardec às vezes é confundido com as outras religiões Espiritualistas, e com outras que se dizem Espíritas e que distorcem está verdade.

Existem religiões que se utilizam da palavra Espiritismo, mas o de Kardec vem a ser diferente destas.

Dizemos isto porque, Espiritualistas são os que cobram aquilo que vem de Deus de graça, mas nem todos vêm a ser Espíritas, porque o de Kardec não cobra nada atendendo o apelo de Jesus: “Daí de graça o que recebeis de graça”. Se tivéssemos que cobrar algo teríamos que comprar de Deus e de Jesus. O de Kardec foi divulgado na França e foi codificada por Ele e não fundada como certas pessoas acham. Sabe por quê? Porque os ensinamentos foram trazidos pelos Espíritos Superiores e codificados por uma plêiade de Médiuns psicógrafos, e sob a orientação do nosso Patrono Kardec em cinco livros, já divulgados acima, os quais recomendamos adquirirem e lerem:

Primeiro surgiu em meados de 1.857, chamado de O Livro dos Espíritos, onde contem várias perguntas e respostas daquelas que algumas pessoas não sabem explicar, e que nesse livro podem virem a dissipar muitas perguntas que ficam na nossa interrogação. Vem a ser a filosofia Espírita e a compilação dos ensinamentos ditados pelos Espíritos Superiores e publicados na ordem deles.

É dividido em quatro partes, onde engloba um corpo de Doutrina Clara, moderada e compreendida;

O segundo surgiu em 1.861, chamado de O Livro dos Médiuns, que explica a ciência Espírita e os fenômenos. Eu diria que ele além de estudarmos os fenômenos como se processa, ele serve para aqueles que têm a sua Mediunidade aflorada, e precisam se prepararem para trabalharem num Centro Espírita como Médium. E serve também para aqueles que querem distorcer disso;

O terceiro divulgado em 1.864, chamado de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Ele oferece a base e o roteiro da nossa Religião. Esperta para a moral de cada um, conhecido como nossos costumes.

Foi constituído, ou baseado nos versículos da Vulgata Latina, ou seja, a tradução da Bíblia no seu novo testamento. Diferença que Ele se baseia mais nos ensinamentos do Cristo, que se forem colocados em prática poderemos ter uma vida melhor;

O quarto, “O Céu e o Inferno”, onde surgiu em 1.865, que explica na realidade o que vem a ser isto, que para mim existe no sentido figurado, para que o povo saiba distinguir entre o mal do bem. Esclarece também sobre o temor da morte do corpo físico, penas futuras, “anjos e demônios” e outros;

O quinto, A Gênese, surgido em 1.868, que também esclarece sobre os “Milagres” e as predições segundo a nossa Religião.

A nossa religião a dos Espíritos a de Kardec, a diferença é que não temos dogmas, nem rituais, não precisamos ler inúmeras preces, não temos vestes especiais, não tomamos vinho ou bebidas, não nos utilizamos de incenso, mirra, fumo, altares, velas, talismã, amuletos, sacrifícios, horóscopo, cartomancias, astrologia, despachos, cruzes, formulas mágicas para casos sentimentais, financeiro, e outros.

O nosso de Kardec, acreditamos na pluralidade das existências, a preexistência do Espírito antes do nascimento da pessoa, na continuação da vida após a morte do corpo físico, e a intercomunicação dos Espíritos desencarnados com os encarnados.

Portanto o nosso divulgado na França por Kardec, não deve ser confundido, com a Umbanda, Ki banda e outras fundadas em outras regiões, porque eles possuem a sua própria personalidade, e a função delas é bem diferente da nossa.

Por isso que o nosso às vezes é confundido com certas coisas.

 

Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RESUMO VISITAS ESPÍRITAS ENTRE PESSOAS VIVAS.

 




RESUMO VISITAS ESPÍRITAS ENTRE PESSOAS VIVAS.

  1. 3/25 O LIVRO DOS ESPIRITOSO LIVRO DOS ESPIRITOS VISITA ESPÍRITA ENTRE PESSOAS VIVAS 413. Do princípio da emancipação da alma parece decorrer que temos duas existências simultâneas: a do corpo, que nos permite a vida de relação ostensiva; e a da alma, que nos proporciona a vida de relação oculta. É assim? “No estado de emancipação, prima a vida da alma. Contudo, não há, verdadeiramente, duas existências. São antes duas fases de uma só existência, porquanto o homem não vive duplamente.”
  2. 4. 4/25 O LIVRO DOS ESPIRITOSO LIVRO DOS ESPIRITOS VISITA ESPÍRITA ENTRE PESSOAS VIVAS 414. Podem duas pessoas que se conhecem visitar-se durante o sono? “Certo e muitos que julgam não se conhecerem costumam reunir-se e falar-se. Podes ter, sem que o suspeites, amigos em outro país. É tão habitual o fato de irdes encontrar-vos, durante o sono, com amigos e parentes, com os que conheceis e que vos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeis essas visitas.”
  3. 5. 5/25 O LIVRO DOS ESPIRITOSO LIVRO DOS ESPIRITOS VISITA ESPÍRITA ENTRE PESSOAS VIVAS 415. Que utilidade podem elas ter, se as esquecemos? “De ordinário, ao despertardes, guardais a intuição desse fato, do qual se originam certas ideias que vos vêm espontaneamente, sem que possais explicar como vos acudiram. São ideias que adquiristes nessas confabulações.”
  4. 6. 6/25 O LIVRO DOS ESPIRITOSO LIVRO DOS ESPIRITOS VISITA ESPÍRITA ENTRE PESSOAS VIVAS 417. Podem Espíritos encarnados reunir-se em certo número e formar assembleias? “Sem dúvida alguma. Os laços, antigos ou recentes, da amizade costumam reunir desse modo diversos Espíritos, que se sentem felizes de estar juntos.”
  5. 7. 7/25 O LIVRO DOS ESPIRITOSO LIVRO DOS ESPIRITOS VISITA ESPÍRITA ENTRE PESSOAS VIVAS 418. Uma pessoa que julgasse morto um de seus amigos, sem que tal fosse a realidade, poderia encontrar-se com ele, em Espírito, e verificar que continuava vivo? E, dado o fato, poderia, ao despertar, ter dele a intuição? “Como Espírito, a pessoa que figuras pode ver o seu amigo e conhecer-lhe a sorte. Se lhe não houver sido imposto, por prova, crer na morte desse amigo, poderá ter um pressentimento da sua existência, como poderá tê-lo de sua morte.”
  6. DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

PORQUE OS ESPÍRITAS NÃO TEMEM A MORTE.

 


O LIVRO O CÉU E O INFERNO.

PORQUE OS ESPÍRITAS NÃO TEMEM A MORTE.

 

A doutrina espírita transforma completamente
a perspectiva do futuro. A vida futura deixa
de ser uma hipótese para ser realidade.
O estado das almas depois da morte não é
mais um sistema, porem um resultado de observação. Ergueu-se o véu; o mundo espiritual aparece-nos
na plenitude da sua realidade prática; não foram
os seres humanos que a descobriram pelo esforço de uma
concepção engenhosa, são os próprios habitantes
desse mundo que nos vem descrever a sua situação;
aí os vemos de todos os graus da escala da vida
espiritual, em todas as fases da felicidade ou da
desgraça, assistindo enfim, a todas as peripécias
da vida de além tumulo. Eis aí porque os espíritas
encaram a morte calmamente e se revestem de
serenidade nos seus últimos momentos sobre a terra.
Já não é só a esperança, mas a certeza que o
conforta; sabem que a vida futura é a continuação
da vida terrena em melhores condições e
aguardam-na com a mesma confiança que
aguardariam o despontar do sol após uma noite
de tempestade. Os motivos desta confiança
decorrem, outrossim, dos fatos testemunhados
e da concordância desses fatos com a lógica,
com a justiça e palavra de Deus, correspondendo
às íntimas aspirações da humanidade.
Para os espíritas, a alma não é uma abstração;
ela tem um corpo etéreo que a define ao pensamento,
o que muito é para fixar as ideias sobre a sua individualidade, aptidões e percepções.
As lembranças dos que nos são caros repousa
sobre alguma coisa real. Não se nos apresentam
mais como chamas fugitivas que nada falam ao pensamento, porém sob uma forma concreta que
antes no-los mostra como seres viventes.
Além, disso, em vez de perdidos nas profundezas
do Espaço, estão ao redor de nós; o mundo corporal
e o mundo espiritual identificam-se mutuamente.
Não mais permissível é a duvida sobre o futuro,
desaparece o temor da morte; encara-se a sua
aproximação a sangue frio, como quem aguarda
a libertação pela porta da vida e não do nada.··.

 

O LIVRO O CÉU E O INFERNO.

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.