CAPÍTULO XVI. SERVIR
A DEUS E A MAMON.
UTILIDADE
PROVIDENCIAL DA FORTUNA.
A riqueza todo mundo gostaria de ter, mais tem um porém, é a
mais perigosa de todas as tentações, porque exerce a fascinação. O sujeito
levado por essa pode cometer muitos deslizes, que poderão trazer-lhes sérios
problemas. Dizemos isso porque na vida existe a lei da ação e reação, que é
aquela em que aquilo que plantarmos poderemos ter de volta. Dizemos isso pela
facilidade que o ser humano tem em adquirir as coisas, as vezes até oferecendo
até propinas.
A fortuna nos afasta de Deus e nos excita a vida material,
onde o orgulho, a vaidade, e o egoísmo prevalece acima de tudo.
Para aquele que é pobre o problema é maior ainda, porque
acaba lhe produzindo vertigem, onde se torna indiferente, e egoísta, se
considerando sangue azul. Mas pode sim ser a salvação daqueles que sabem
conduzi-la, porque ela lhe foi dada para que possa haver o progresso das coisas
aqui em nossa Terra. Para isso não precisa que o abonado se despoje de todos os
seus bens, mas possa saber aplicar a sua fortuna em prol da caridade,
procurando ensinar o menos abastado a pescar, criando fontes de emprego.
Dizemos isso baseado naquilo que Jesus tinha proposto aquele
jovem, que lhe perguntou sobre meios de ganhar a vida eterna, que era para ele
se livrar dos bens terrenos e segui-lo. Mas o que quis dizer, é que não era
para se desfazer de tudo, porque a salvação não tem preço, Ele quis mostrar
também que o apego pelos bens materiais pode impedir a salvação.
A proposta de Jesus era também para testar o fundo do
pensamento do jovem, e prova decisiva. Ele podia ser perfeito e honesto, e não
de ter praticado a maldade a alguém, podia ter honrado seu pai e sua mãe, mas
não praticava a verdadeira caridade, cujo lema é: fora da caridade não pode
haver salvação, porque a sua abnegação não ia até a esta.
No fundo se analisarmos, veremos que o mal não está na
fortuna e sim no ser humano que não sabe emprega-la. É pelo abuso que ela se
torna perigosa. Veja que estas palavras dizem tudo, porque se ela fosso
negativa, Deus não a concederia, cabendo ao ser humano saber emprega-la para o
progresso moral e intelectual de todos.
O ser humano tem por obrigação trabalhar, procurando
melhorar as coisas em nossa Terra sabendo empregar a fortuna, cabendo destruir
aquilo que for de ruim.
Para alimentar a nossa população temos que aumentar a
produção, e precisamos do dinheiro para poder tê-la ao nosso lado, buscando o
intercâmbio entre os povos.
Para suprir a necessidade o ser humano teve que extrair das
entranhas da terra recursos financeiros, para adquirir a fortuna, procurando
assim na ciência a resposta para executar com maior segurança e rapidez. Com
isso podemos observar que a riqueza bem empregada pode sim ajudar, no progresso
das coisas e no suprimento das suas necessidades.
Sabe porque nem todos somos ricos? Porque se todos o fossem,
ninguém gostaria de fazer alguma coisa, pois teria tudo.
Por outro lado, a fortuna serve para aqueles que foram
pobres em outras encarnações e censurava o rico, para ver o que ele faz com ela
nesta encarnação. Já o rico veio pobre para ver o que é ser pobre e depender
diretamente dos outros.
Na vida sempre tem um por que? Ninguém sofre por acaso.
Portanto irmãos saibamos que o que sobra em nossas mesas,
deve faltar em algumas delas lá fora. Pratiquemos então a verdadeira caridade.
Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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