UM PAI EXEMPLAR.
Divaldo Pereira Franco fundou e mantém
uma Instituição Espírita intitulada Mansão do Caminho, na cidade de Salvador,
Bahia.
Ele já criou e educou centenas de
filhos adotivos, crianças abandonadas nas ruas por seus pais biológicos ou que
eram vítimas da orfandade.
Muitos casos lindos sua história já
registrou. E dentre tantas há a de um garotinho singular.
Desde a mais tenra idade, ele mostrou
uma característica bem marcante: o instinto assassino.
Ele queria matar alguém. Sempre que o
contrariavam, ele fazia, com as próprias mãos, facas dos mais variados tipos e
com os mais diferentes materiais.
Vez que outra uma das tias responsável
pelas crianças entrava desesperada no escritório de Divaldo com o menino em seu
encalço.
Vim lhe pedir socorro pois o garoto já
fez outra arma e quer matar alguém.
Divaldo deixava o serviço por um
instante e chamava carinhosamente o menino. Colocava-o em seu colo e lhe
perguntava:
Filho, o que aconteceu desta vez?
E o menino falava com respiração
alterada e lágrimas escorrendo pelas faces: É que estou com muita raiva
e quero matar aquele moleque.
Divaldo, usando de muita psicologia,
dizia calmamente ao filho: Então, vamos fazer um trato. Eu vou
ajudar você, mas por enquanto deixe a arma comigo e depois que eu terminar o
serviço, nós iremos.
O garoto aceitava a proposta, embora
sempre contrariado. E muitas foram as vezes que ele entrou esbaforido no
escritório pedindo uma de suas armas, urgente, para matar alguém.
Essas cenas se repetiram muitas e
muitas vezes durante a infância e adolescência daquele filho rebelde. E Divaldo
colecionou dezenas de facas, punhais e outras armas.
Um dia, Divaldo perguntou-lhe porque
desejava tanto matar alguém e ele respondeu: É porque tenho muita
vontade de sentir o sangue quente escorrendo pela minha mão.
Quando o rapaz completou dezoito anos,
pediu ao pai para deixar a Instituição e partir em busca de outros caminhos.
Divaldo o chamou em particular e lhe
fez uma pergunta: Meu filho, você ainda sente vontade de matar alguém?
O jovem abaixou a cabeça e respondeu,
muito constrangido: Sim, eu ainda sinto.
Divaldo colocou delicadamente a mão sob
seu queixo, levantando-lhe o rosto e, olhando-o nos olhos, disse-lhe com voz de
tristeza:
Filho, eu quero que você me prometa uma
coisa: Se um dia você decidir matar alguém, peço-lhe que volte aqui e mate-me
primeiro, porque fui eu que falhei na sua educação.
Aquelas palavras caíram como uma bomba
no coração do jovem. Dias depois eles se despediram, num longo e afetuoso
abraço.
Os anos se passaram. Certo dia, o
orador estava numa cidade no interior de São Paulo para receber o título de
cidadão honorário, quando alguém o aborda e lhe diz que na sala anexa ao salão
onde se realizaria a cerimônia, havia um artista plástico, famoso na
localidade, que queira lhe oferecer um quadro.
Divaldo se dirigiu para o local e
percebeu um homem jovem, de costas, que guardava um quadro coberto com um
pano branco.
Aproximou-se e disse: Olá!
O moço se voltou e Divaldo quase
desmaiou de emoção. Era seu filho adotivo. O menino das mil e uma facas.
Um abraço saudoso e demorado e depois a
surpresa. O artista descobre o quadro e lá estava estampado o seu pai do
coração.
Aquele pai que, com amor e dedicação,
conseguira transformar um instinto assassino numa poderosa força a serviço da
arte, do bom e do belo.
Não é à toa que Divaldo Pereira Franco
é reconhecido conferencista espírita em mais de 60 países nos cinco
continentes, com mais de 250 livros publicados e muitos títulos traduzidos para
várias línguas.
E a Mansão do Caminho, em Salvador,
atende mais de três mil crianças e suas famílias socialmente carentes, com
escola, saúde, alimentação, orientação moral.
Redação do Momento Espírita com base em
fatos.
Em 27.06.2011.
MENSAGEM LIDA E INTERPRETADA PELO
MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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