A igualdade
numérica aproximada entre os sexos é um indício da proporção em que eles se
devem unir?
—Sim, pois tudo tem um fim na Natureza. (
Qual das duas, a poligamia ou a
monogamia, é mais conforme à lei natural?
— A poligamia é uma lei humana, cuja abolição
marca um progresso social. O casamento, segundo as vistas de Deus, deve
fundar-se na afeição dos seres que se unem. Na poligamia não há verdadeira
afeição: não há mais do que sensualidade.
Comentário de Kardec: Se a
poligamia estivesse de acordo com a lei natural devia ser universal, o que,
entretanto, seria materialmente impossível em virtude da igualdade numérica dos
sexos.
A poligamia deve ser considerada como
um uso ou uma legislação particular apropriada a certos costumes e que o
aperfeiçoamento social fará desaparecer pouco a pouco. (2).
0 Espiritismo é
ideológico, tanto do ponto de vista físico quanto do ético: as coisas materiais
e os latos morais, o mundo e o homem, tudo tem uma finalidade mas não de ordem
antropológica. Muitas vezes ela contraria ou escapa ao pensamento do homem. Isso
deu motivo à reação antiteleológica da Filosofia moderna. A Ciência, por sua
vez, tratando apenas do plano objetivo, não viu mais que “um ângulo do quadro
da Natureza” e restringiu-se às “condições determinantes”. Sua natureza
analítica não lhe permite abranger o sentido das coisas e dos fatos. Henri
Bergson, porém, emL’Évolution Créatice desenvolveu a
teoria do ela vital, segundo a qual todo o curso da evolução, partindo da
matéria mais densa, dirige-se à liberação da consciência no homem, aparecendo
este como o fim último da vida na Terra. Essa é a tese espírita da evolução,
até os limites da vida terrena. Mas o Espiritismo vai além, admitindo a “escala
dos mundos”, através da qual a evolução se processa no infinito, sempre com a
finalidade da perfeição. (N. do T.)
0 impulso poligâmico do homem não é
um instinto biológico, mas um simples resquício das fases anteriores de sua
evolução. Não sendo irracional, nem controlado pelas leis naturais das espécies
animais, ele tem o dever moral de refrear esse impulso e sublimar a sua
afetividade através do amor conjugal e familiar. É pela razão e o
livre-arbítrio que ele se controla, elevando-se conscientemente acima das exigências biológicas e
das ilusões sensoriais. Se esse controle lhe parece difícil, maior é
o seu dever de realizá-lo, porque maior é a sua necessidade de evolução
nesse campo e também porque “o mérito do bem está na dificuldade”, como se vê
no item 646 deste livro. (N. do T.)
DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

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