MEUS OITENTA E UM ANOS, EM VESPERA DE 82 ANOS.
Aos meus 81 anos, posso dizer que todo este tempo
percorrido está sendo de grande valia para a evolução do meu Espírito. Tenho
aprendido muito, pois este planeta considero uma grande escola.
Hoje com esta idade, sou confundido como tivesse 60
anos, pois até querem me tirar da fila dos idosos. Não tenho nem ainda cabelos
brancos totais e nem rugas acentuadas. Mas o segredo é não beber, não fumar e
malhar, pois o corpo físico é a morada do Espírito. E se ele não estiver bem, o
Espírito vai chiar. Um dia estava num mercado na fila dos idosos, e o caixa
exclamou: Senhor está na fila errada. E daí falei: Por quê? Realmente não tenho
60 anos, e sim 81. Ele ficou admirado e pediu desculpa. Tem também certas
ocasiões, que quando tomo a frente da fila para tomar o ônibus, ficam me
olhando como dissessem, o cara novo quer dar uma de migue.
Mas lembrando da data que nasci 25 de junho de 1.943,
me contaram que naquela época, as coisas não estavam bem no nosso País, pois
havia revolução e outros.
Pela medicina quase não nasço, pois minha mãe estava
com uma doença chamada malária, e estava grávida junto com outras duas amigas
que também esperavam bebês, e estavam com a mesma doença. Com a malária minha
mãe teve febre diariamente e meu pai teve que recorrer ao Espiritismo para ter
forças e fé para conseguir êxito. Das 3 somente minha mãe chegou a me ter. As
outras não tiveram êxito.
Mais quando foi para mim nascer, a vida dela e a minha,
a medicina mandou meu pai escolher entre nós dois, pois um de nós teria que
partir desse mundo. E isto ficou na escolha do meu pai que queria nós os dois,
embora já tivesse 3. E graças ao Espiritismo eu estou aqui, e minha mãe esteve
por muito tempo, onde além de mim que era o quarto filho, nasceram mais seis
irmãos.
No ponto de vista médico eu sobrevivi, mas seria uma
pessoa raquítica e cheia de doenças, mais graças a Deus ele errou, e o
Espiritismo acertou.
Outro detalhe que consegui sobre mim, é que na véspera
da data do meu nascimento, minha mãe teria ido numa festa de São João.
Por outro lado, soube também, que por eu ter
sobrevivido, meu pai ficou tão feliz, que no aniversário meu de 1 ano ele deu um
festão de comemoração!!
Como criança o meu pior problema naquela época era a
tabuada, onde tive que repetir o primeiro ano por várias vezes. Mas o que não
me deixava querer ir para a escola, era as reguadas nas mãos proferidas pelas
professoras, que davam quando errávamos a famosa tabuada. Com isso precisava
uns cinco para me levar para a escola. E eu me sentia um burro, e a minha mãe
dizia que nem o burro é burro, porque quando ele não quer caminhar, ele empaca
e não sai do lugar.
Outro problema foi o tal exame de admissão ao ginásio
feito lá no Colégio Estadual do Paraná. Foi outro tormento para mim, não sei
quantas vezes tive que fazer, porque era ruim na matemática.
Bem, porque eu era ruim nos estudos, meu pai me pôs a
ser trabalhador, e como primeiro emprego fui trabalhar num armazém em que ele
era sócio, entregando as compras com uma bicicleta que o caixão da frente
pesava 14 quilos. Mais tarde num laboratório embalando remédios e despachando
para os clientes, lá fiquei até me apresentar ao exército Brasileiro.
Mas venci todas estas barreiras, mais tarde com dezoito
anos, tive que me apresentar o ao Exército e peguei um excesso de contingente,
e fiquei um ano parado e dependo dos irmãos e meus pais.
Quando fui servir o exército fiquei lá apenas oito
meses, dei baixa com destaque em tudo. Sai de lá com uma menção honrosa e uma
carta de apresentação. Com isso me apresentei ao Banco Comercial do Paraná,
trabalhando no balcão, emprego este arrumado pelo meu irmão Neri, e porque eu
jogava bem futebol e eles precisavam de mim no campeonato bancário.
De simples balconista voltei a estudar, e cheguei a uma
auditoria, onde tive mesmo morando aqui fiscalizar as agências de São Paulo.
Isto foram cinco anos sem ter vida religiosa e social, pois viajava para lá aos
Domingos, e vinha dar um cheiro nas Sextas Feiras na família.
Hoje aposentado há 30 anos pelo Banco Bamerindus, curto
a vida, e digo não sou rico, mais tenho uma vida que pedi a Deus o suficiente
para viver. Sou formado em três cursos profissionalizantes além de bancário
aposentado: Técnico em Segurança do Trabalho, em Contabilidade e em Micros. Em
segurança do Trabalho tive a oportunidade de estudar a psicologia do trabalho,
onde hoje me dá um certo preparo para a vida, e ajudar o meu próximo na minha
religião Espírita aliada a filosofia desta Doutrina. Aliando e como médium,
dedico a humanidade no apoio fraterno, repartindo meus conhecimentos, e doando
minhas mediunidades, intuitiva e inspirada. Hoje fechei este trabalho fraterno
com 3.800.000 dentro do Brasil e fora. Trabalho este em oito anos. E em casa na
internet.
Olha se eu escrevi isto, foi com o intuito de dizer que
não existe grande homem. Que a necessidade obriga a pessoa a mexer, e se faz
pela necessidade. Na vida nada se perde
e tudo se transforma, e Deus sempre nos reserva algo lá na frente. Pergunto? Se
eu era semi analfabeto pela tabuada que não entrava na minha cabeça. Pergunto
mais uma vez? Como fui trabalhar em Banco por 30 anos. Só pode ser por Deus e
por esta Doutrina Espírita que me ajuda até hoje.
Lá na frente casado para melhorar as coisas, tive que
voltar aos estudos somente tirando dez, e fui destaque, aliás, quase em tudo o
que passei. Futebol, exército, Banco, e outros mais.
Hoje com oitenta e um anos e com a experiência que
tenho, digo que tenho 81 anos de experiência. A idade não me afeta, porque
todas as idades são boas, desde que estejamos preparados para conviver com ela.
GETULIO PACHECO QUADRADO.
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