O LIVRO
DOS ESPÍRITOS.CAPÍTULO VI. DA VIDA ESPÍRITA.
ESPÍRITOS ERRANTES.
Após a separação do corpo humano, a alma as vezes reencarna
imediatamente, mas na maioria das vezes depois de intervalos mais ou menos
longos. Já no mundo superior é quase sempre imediata porque a matéria corpórea
é menos grosseira.
O Espírito errante nos espaços que existam intervalos das
reencarnações, aspira um novo destino e o espera. Estes intervalos podem serem
de algumas horas, ou milhares de séculos, mais nunca é perpétuo. Ele tem sempre
a oportunidade de recomeçar uma existência que venha a purificar a anterior.
Esta oportunidade vem a ser uma consequência do livre arbítrio, onde para
alguns é uma punição, onde outros pedem o prolongamento para prosseguir os
estudos na espiritualidade.
Espírito errante não vem a ser sinal de inferioridade,
porque existe lá em todos os graus, uns mais acima e outros mais abaixo.
A encarnação é um estado transitório, onde no seu estado
normal o Espírito é livre da matéria.
Na qualidade de Espíritos não encarnados nem todos são
errantes, onde os que devem reencarnar sim. Já os puros que chegam a perfeição
não são errantes, pois seu estado é definitivo.
No lado espiritual os Espíritos se instruem estudando o seu
passado e procuram meios de se elevarem, onde veem tudo onde passam, inclusive
estudam os discursos dos homens esclarecidos, e os conselhos dos Espíritos mais
elevados, onde adquirem ideias que não possuíam.
Quando os Espíritos errantes desencarnam, eles conservam
algumas paixões humanas, já os elevados quando deixam o corpo físico se livram
destas.
Tem Espíritos que quando desencarnam levam consigo as suas
más paixões, porque tem aqueles excessivamente vaidosos, que acreditam que
quando desencarnarem as perderão. Tem inclusive aqueles que quando desencarnam,
ainda ficam presos na matéria.
O Espírito no estado errante pode progredir de acordo com a
sua vontade e desejo, mais somente quando da sua reencarnação ele vai ver se
esta colocando em prática as suas novas ideias.
No estado errante os Espíritos são mais ou menos felizes,
pois tudo funciona de acordo com seus méritos. Uns sofrem de paixões cujos germes
conservaram, ou são felizes, segundo a sua maior ou menor desmaterialização. La
ele acaba vendo o que está faltando para ser feliz, e assim ele busca meios de
o atingir, mais nem sempre lhe é permitido reencarnar à vontade, podendo ser
uma punição.
No estado errante, eles podem ir a mundos de acordo com
aquilo de quando deixou seu corpo carnal, isto é se está completamente
desligado dele. Pode ir à mundo em que viveu ou do mesmo grau. Tudo isto de
acordo se ele se elevou, onde pode ir como estrangeiro em alguns mundos
superiores, pois vendo a felicidade dos habitantes de lá, pode ter o desejo de
melhorar o seu padrão.
Os Espíritos purificados vem frequentemente aos mundos
inferiores, afim de ajuda-los a progredirem, onde servem como guias para os
orientarem, senão estes mundos estariam entregues a eles mesmos.
O nosso patrono Kardec inclusive nos informa que os
Espíritos à medida que se purificam, podem passar para graus mais elevados,
podendo ser estes encarnados ou desencarnados esperando a reencarnação. Já os
puros não necessitam mais de reencarnações.
Bibliografia: O livro dos Espíritos.