quinta-feira, 31 de outubro de 2024

CAPÍTULO XVI. SERVIR A DEUS E A MAMON.JESUS NA CASA DE ZAQUEU.

 


CAPÍTULO XVI.SERVIR A DEUS E A MAMON.

JESUS EM CASA DE ZAQUEU.

 

Lucas no capítulo XIX: vers.1-10, conta que Jesus quando estava entrando em Jericó, e nela havia um homem chamado Zaqueu, que era um cobrador de impostos, e pessoa rica, queria muito vê-lo. E Zaqueu por ser de pequenina estatura e havendo a sua frente grande número de pessoas, procurou subir em uma figueira brava por onde Jesus havia de passar.

E quando Jesus chegou aquele local, esticou os olhos e ali o viu, e lhe disse:” Zaqueu desce depressa daí, porque quero me hospedar em sua casa”. E Zaqueu desceu depressa recebendo o Mestre com lisura.

E vendo esta atitude de Jesus querendo se hospedar na casa de um pecador, o povo e os próprios discípulos de Jesus murmuraram: “Ele vai se hospedar na casa de um pecador?”.

 Zaqueu estando na presença de Jesus falou que estava querendo dar a metade dos seus bens aos pobres, e aquele em que ele tivesse defraudado, pagaria quadruplicado.

Jesus vendo estas palavras de Zaqueu, falou: “Hoje entrou a salvação nesta casa, porque este também é filho de Abraão. Porque o filho do homem veio buscar e salvar o que tinha perdido”.

Com isso Jesus nos mostra, que numa família tendo uma cabeça boa, pode modificar muitas coisas entre eles.

Neste episódio, o que podemos observar também, é que Zaqueu diante de Jesus de nada lhe pediu, e sim propôs dar uma parte dos seus bens, principalmente para aqueles que por ventura havia defraudado. Em outrossim Zaqueu consegue nos mostrar a sua humildade, porque estava agindo dentro das palavras de Jesus, para se reconciliar com seus adversários.

Zaqueu por ser um cobrador de impostos para os romanos manterem seus exércitos e o seu império, os Judeus não se relacionavam com ele, o qual o consideravam impuro. Por isso Zaqueu sofria muito com a discriminação, pois o povo não sabia que ele tinha um bom coração.

Ele por si já havia ouvido falar dos feitos de Jesus, e desejava muito conhece-lo, porque entendia que Jesus haveria de compreende-lo.

Este episódio de que Jesus teria pousado na casa de Zaqueu, por certo são as oportunidades que Deus nos dá para regenerarmos, ou na realidade mostrarmos o que realmente somos. As vezes compelido com a função que temos que prestar, somos obrigados a fazer aquilo que não gostaríamos de fazer. E se não fizermos e aproveitarmos as oportunidades que são poucas, outras farão no nosso lugar.

Com a estada de Jesus em sua casa ele pode mostrar que era um homem prático, de decisões, rápidas, utilizando-se de maneira inteligente, aquilo que estivesse ao seu alcance. Mostrou também a sua pequenez subindo na árvore, que quer dizer que ele foi até Jesus, e a não Jesus até ele. Isto está dentro daquilo que Jesus falou: “Ajuda-te que os Céus de ajudará”, que quer dizer: faça a sua parte que Deus fará a Dele.

Com isso podemos deduzir que Zaqueu além da dar hospedagem a comitiva de Jesus, como também alimentação, antes ofereceu a sua renovação Espiritual.

Jesus também nos deixa dito, que todos nós independente de raça, cor ou religião, necessitamos da providência Divina.

 

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

 

 

CAPÍTULO XVI. SERVIR A DEUS E A MAMON.DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS.

 


CAPÍTULO XVI. SERVIR A DEUS E A MAMON.

DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS.

 

Levando em consideração a vida terrena, podemos dizer que este problema é difícil de ser resolvido: porque nem todos os seres humanos são igualmente inteligentes, ativos e amigos do trabalho para adquiri-la, e nem sóbrios e previdentes para conservá-la.

Se a riqueza fosse dividida entre todos, pouco restaria para cada um, não os tornando ricos. E tem mais um detalhe: que com o tempo a riqueza estaria dissolvida pela diversidade de caracteres e das aptidões, e não veria a concorrer para o progresso de nossa Terra, e o bem estar da humanidade. Impediria o ser humano a grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Eu diria mais, que se todos fossemos ricos, ninguém se habilitaria a trabalhar porque teríamos tudo e de tudo.

Se fossemos perguntar a Deus o por que nem todos são ricos, teríamos a certeza que ele diria: que as vezes é dado a um certo elemento para executar o progresso que já relatamos, e esta pessoa as vezes pelo livre arbítrio acaba desviando para fins escusos. Mas esta pessoa em outra encarnação poderá vir pobre para experimentar o quando é duro, bem como pagar as suas dívidas. Estas dívidas não são cobradas por Deus, mais sim pelas lei da ação e reação. Faz paga, cada um segundo as suas obras. Mas as vezes pode ser no sentido inverso, para ver se aquele pobre que criticava o rico, pode executar a tarefa de melhorar as coisas em nossa Terra, mas se pecar paga também.

Existem também pobres e ricos que terão que trabalhar para consegui-la. A pobreza vem a ser o sinal de paciência e resignação, sendo para uns prova de caridade e abnegação.

Tudo isso parte do equilíbrio da justiça Divina, que se mostra realmente sábia e justa. Tudo isso serve como se fosse uma faca de dois gume, e se bem empregada será glorificado, se não terá sérias consequências.

A verdadeira propriedade está em nos desprender dos bens terrenos. O ser humano tem somente como sua propriedade aquilo quem lhe é dado para levar para o mundo Espiritual, porque nem o corpo físico levaremos, pois serve somente para vivermos aqui neste planeta, e para a nossa evolução.

Os patrimônios da alma jamais se perdem, que são a inteligência, os conhecimentos e as qualidades morais, que seguem conosco para a eternidade.

Nas instruções dos Espíritos encontramos a afirmativa que levaremos sim aquilo já escrito acima. Que quando retornarmos a vida Espiritual pagaremos as nossas dívidas com os nossos méritos. E ninguém perguntará dos nossos bens materiais, e sim o que trazemos de bom. Informam também que o lugar que ocuparemos lá, será o de acordo com o nosso grau de adiantamento, e merecimento. Deixam claro também que os bens terrenos pertencem, a Deus, e o ser humano é simplesmente fiel depositário. O que fizer bom uso terá mérito, se ao contrário contraíra débitos maiores. Que o apego aos bens materiais pode se tornar um estorvo

Que devemos saber que a vida aqui é curta perante a eternidade, e que os ricos deveriam dar mais do que dão, e que a esmola deve ser dada sem humilhar. Que podemos chegar a ser rico através do trabalho honesto, e que um chefe de família pode sim dar conforto aos seus, repartindo os seus bens. Que podemos sim deixar os nossos bens para eles após a nossa partida para o mundo Espiritual, porém que estará sempre subordinada a vontade de Deus.

Outrossim esclarecem, que caso a providência Divina resolva tirar alguns dos bens nossos, ela poderá nos restituir em dobro.

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado

CAPÍTULO XVI. SERVIR A DEUS E A MAMON. PARÁBOLA DOS TALENTOS.

 


CAPÍTULO XVI.SERVIR A DEUS E A MAMON.

PARÁBOLA DOS TALENTOS.

 

Nesta parábola o nosso Mestre comenta que um senhor muito rígido, querendo fazer uma longa viagem, resolveu testar a capacidade de cada um dos seus súbitos com referência aquele recurso em dinheiro.  Chamou seus servidores e colocou em suas mãos uma quantidade de moedas. Para um deu cinco moedas, para outro duas, e para o último uma, tudo isso segundo a capacidade de cada um.

O primeiro que recebeu cinco moedas foi embora e negociou o dinheiro, e ganhou cinco outras. O que ganhou os dois fez a mesma coisa e ganhou mais duas. O que havia recebido um, foi esconder o seu pertence do seu Senhor na terra. Voltando da viagem o Senhor pediu-lhes as contas. O que havia recebido as cinco apresentou as outras cinco, dizendo: Senhor me havia dado cinco moedas em minhas mãos, eis que lhe devolvo mais cinco que ganhei. E o Senhor lhe respondeu: Bom e fiel servidor, porque foi fiel em pouco coisa eu vos estabelecerei sobre muitas outras, entrai no gozo do Senhor. Aquele que havia recebido dois veio logo e se apresentou dizendo: Senhor me havia dado duas, e eis aqui outras duas que ganhei. O Senhor lhe respondeu: Bom servidor, porque foste fiel em pouca coisa, eu vos estabelecerei sobre muitas coisas outras, entrai no gozo do Senhor. E aquele que havia recebido apenas uma, lhe disse: Senhor sei que sois um homem duro, que extingue onde haveis semeado, e colheis onde nada haveis empregado; por isso, como eu o temia escondi vossa moeda na terra; ei-la, restituo o que é vosso. E para surpresa de todos o Senhor lhe falou: Servidor mau e preguiçoso, sabeis que ceifo onde não me semeei, e que colho onde nada empreguei.

Devias pois, ter colocado o meu dinheiro nas mãos dos banqueiros, a fim de que no meu retorno, eu retirasse com juro o que era meu. Que lhe retire pois o talento que tem, e deem-no àquele que tem dez talentos, porquanto dar-se-á a todos aqueles que já tem, e será acumulado de bens; mas aquele que nada tem, tirar-se-á mesmo o que pareça ter, e que se lance esse servidor inútil nas trevas exteriores; ali haverá choros e ranger de dentes.

Tudo isso parece injusta esta atitude, pois como vamos dar mais aquele que já tem? Mas foi dado para aquele que mais produziu, e merece uma recompensa, uma gratificação.

Segundo fui pesquisar a palavra talento o quer dizer realmente, verifiquei, que quer dizer, que cada um de nós possuímos um deles, ou seja: aptidão, inteligência, e que quando nascemos trazemos junto a nós os nossos talentos do passado. Sim trazemos algo conosco que nesta encarnação nos afinamos. É por isso que uns nascem com uma inteligência rara, outros com menos, e assim sucessivamente. Quanta coisa podemos realizar com a nossa inteligência e que as vezes não nos julgamos capazes.

 Tai também um exemplo de um mau servidor, que fazem mau uso das suas aptidões, as vezes explorando o povo com suas crendices, mas eles devem saber que haverá sim a hora do juízo final, onde a nossa consciência irá nos julgar, e a cada um será dado segundo as suas obras.

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

 

 

CAPÍTULO XVI. SERVIR A DEUS E A MAMON.PARÁBOLA DO MAU RICO.

 


CAPÍTULO XVI. SERVIR A DEUS E A MAMON.

PARÁBOLA DO MAU RICO.

 

Dentro deste capítulo XVI, vers. de 19 a 31, o Irmão Lucas comenta uma passagem daquela época, onde havia um rico que se vestia de cor vermelha e de linho, e que se tratava muito bem todos os dias.  E que lá havia também um pobre chamado de Lázaro, que se estendia na porta do bem abastado, e todo coberto de úlceras, e que queria se saciar com as migalhas que caiam da mesa do tal rico; mas ninguém lhes dava, e que também os cães vinham lamber as suas feridas.

Conta que mais tarde o pobre tendo desencarnado foi levado pelos Santos Espíritos ao seio do Pai Abrão. E que mais tarde o rico também partiu da nossa Terra, e foi levado ao umbral na escala inferior, a de ranger de dentes. E lá chegando aos tormentos, levantou os seus olhos para o alto, e viu de longe Abrão e Lazaro num patamar mais elevado, e gritando pedia: “Pai Abrão, tende piedade de mim, e enviai-me Lázaro a fim de que ele molhe a ponta do seu dedo na água, para me refrescar a língua, porque eu estou sofrendo tormentos extremos nesta chama”. E Pai Abrão lhe respondeu: “Meu filho, lembrai-vos que haveis recebido vosso bens em vossa vida terrena, e Lázaro não teve senão males, por isso ele está agora na consolação e vós nos tormentos”.

E falou mais ainda, que havia um abismo entre os dois, de sorte que aqueles que querem passar pelo nosso planeta abastado e não praticam a caridade, não podem passar para o lugar onde Lázaro estava, porque já haviam ganho aqui na Terra.

E o rico inconformado pedia: “Eu lhe suplico, pois Pai Abraão, envia-me à casa do meu pai onde tenho cinco irmãos, a fim de lhes atestar estas coisas, pois tenho medo que eles venham também para este lugar de tormentos”. E Abrão lhe respondeu: “Eles possuem Moisés e os profetas para orienta-los, que os escutem”. E o rico falou: “Pai Abrão e se um dos mortos lhe procurar, e fizerem penitência”.  E o Pai Abraão lhe respondeu: “Se eles não escutaram Moisés e nem os profetas, não crerão mais do que neles, mesmo quando algum dos mortos pudessem ressuscitar”.

Pois é, nesta parábola deixa claro as palavras de Jesus que em diversas situações sempre nos advertiu, deixando várias advertências, por exemplo: Aquele que fizer algo a meus pequeninos, estará fazendo a mim. Será dado aquele segundo as suas obras.

E é verdade, podemos até deixar de dar certas coisas que podem fomentar um vício, mais jamais um prato de comida, ou um copo d’água. Principalmente quando temos para dar e a negamos. Estas pessoas que muitas vezes chegam a nossa porta pedindo algo, podem sim até serem pessoas ligadas a nós em outras encarnações. Por outro lado podemos também encontrar estas pessoas do outro lado da vida, e até pedir-lhes ajuda, ou vermos eles em situações bisonhas.

Deus permite a certas pessoas a riqueza justamente para haver o progresso em nossa Terra. Em outras situações, claro que podermos até ensinar estas pessoas a pescar, que seria o ideal, porque aprenderiam a trabalhar, e ganhar o seu sustento, e com isso nada lhe faltar

Quando eu falei não dar certas coisas, vem a ser o dinheiro, porque pode ser para bebidas alcoólicas e outras drogas, mas podemos ajudar as instituições de caridade. Uma palavra amiga, e outras mais podemos também fazer, pois a caridade não consiste apenas em dar esmolas. E quando dermos esmolas não humilhemos ninguém, pois tudo o que é feito por detrás dos panos tem mais valor.

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

 

CAPÍTULO XV. FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO. O NECESSÁRIO PARA SALVAR- SE. O BOM SAMARITANO.

 


CAPÍTULO XV. FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO. O NECESSÁRIO PARA SALVAR-SE. O BOM SAMARITANO.

 

Na parábola do Bom Samaritano, São Mateus no capítulo XXV. V. 31 a 46 ressalta, que quando o filho do homem vier em sua majestade, acompanhado de todos os “anjos”, se assentará no trono da glória; e todas as nações estando reunidas diante Dele, separarão uns dos outros, como um pastor separa as suas ovelhas dos bodes, e colocara as ovelhas a sua direita, e os bodes a sua esquerda. E então Jesus dirá:

“Vinde benditos de meu Pai, que possuem o reino que vos está preparado desde o princípio do mundo. Porque tive fome, e deste-me de comer; tive sede e deste-me de beber; precisava de alojamento e recolheste-me; estava nu e cobriste-me; estava enfermo e visitastes-me; estava no cárcere e vieste-me ver”. E com isso responderão os justos, dizendo: “Senhor quando te vimos faminto e te demos de comer; e com sede te demos de beber? E quando te vimos sem alojamento e te recolhemos; ou nu e te vestimos? E quando te vimos sem alojamento e te recolhemos; ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou no cárcere te fomos ver?” E Jesus com isso lhe respondera assim: “Na verdade vos digo, que quantas vezes vós fizeste isso a um desses irmãos mais pequeninos, a mim é que o fizeste”. E com isso disse aos que estavam a sua esquerda: “ Apartai-vos de mim,malditos, para o fogo eterno que esta aparelhado para os ruins e os seus adeptos, porque fizeram ao contrário dos bons negando tudo”.

Baseado neste fato, presumimos que os outros farão a seguinte pergunta: “Quando foi que eles o viram daquelas maneiras, e deixaram de atendê-lo?” Jesus também lhes responderá dizendo: “Em verdade, todas as vezes que deixaram de dar essas proteções a um desses mais pequeninos, deixaram de da-las a Ele”. E estes irão para o suplicio, e os justos para a vida eterna.

Já o irmão Lucas no capítulo X, nos versículos de 25 a 37, conta que um doutor da lei para tentar Jesus lhe perguntou: “O que era preciso para que ele possuísse a vida eterna?” E Jesus ouvindo isso, teria respondido assim: “O que está escrito na lei, o que ledes nela?” “E então o tal doutor lhe respondeu:“ Amareis o Senhor vosso Deus de todo coração e de toda a vossa alma, de todas as suas forças e de todo vosso Espírito, e o vosso próximo como a vós mesmos”. E com isso Jesus teria lhe respondido: “Respondeste muito bem; fazei isso e vivereis”.

O irmão Lucas conta ainda, que aproveitando da ocasião esse doutor, ainda teria lhe perguntado quem seria o seu próximo? E Jesus teria lhe respondido dando um exemplo histórico: “Que havia um homem que descia de Jerusalém para Jericó, e fora abordado por ladrões que o despojaram, e o cobriram de feridas e se foram, deixando-o semimorto. Que em seguida passava por ali um sacerdote, que fingiu que não o vira, e passou pelo outro lado. Que logo Após veio um levita que fez a mesma coisa. E que um samaritano que viajava passando pelo mesmo lugar, e tendo-o visto foi tocado de compaixão por ele. E com isso aproximou-se dele derramando sobre a ferida, óleo e vinho, e as enfaixou; e que logo após o colocou sobre o cavalo, conduzindo-o a hospedaria e cuidou dele. Que no dia seguinte, tirou duas moedas e as deu ao hospedeiro, pedindo: Tende bastante cuidado com ele, e que tudo o que depender a mais, eu vos retribuirei no meu regresso”.

No final disso Jesus perguntou ao Doutor da Lei: “Qual dos três homens foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?” E o doutor lhe respondeu que fora o que exerceu a misericórdia para com ele. Com isso Jesus lhes disse: “Ide, pois, e fazei o mesmo”.

Com todos estes ensinamentos, podemos concluir que toda a moral do Cristo esta estampada na caridade e na humildade, nas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho, que vem a ser o caminho da felicidade.

Diz Ele:

Bem aventurados os pobres de Espírito, que quer dizer: os humildes, porque deles é o Reino dos Céus; bem aventurados os que têm o coração puro; bem aventurados os mansos e pacíficos; bem aventurados os misericordiosos. Amai o próximo como a vós mesmos; fazeis ao outro aquilo desejar que os fizesse; amai os vossos inimigos; perdoais as ofensas, se quiseres ser perdoado; fazei o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos antes de julgar os outros.

Jesus não cansa de recomendar que tenhamos a humildade e pratiquemos a caridade, onde inclusive já deixou seus exemplos para todos nós. Não cansa de combater o orgulho e a vaidade, assim como o egoísmo.

Deixou dito também que fora da caridade não pode existir a salvação, e que é um elemento que pode nos conduzir a felicidade futura.

Jesus nesta oportunidade teve que dar certos exemplos materiais, e falava por parábolas, pois os elementos citados na época não conheciam as questões Espirituais.

Mas com isso fez distinção entre o que crê de um modo e o que crê de outra maneira. Ele quis dizer que a caridade não é apenas uma das condições para a salvação, e sim como a condição única para isso, e se houvesse outras Ele teria dito. Ele deixou dito também que a caridade acaba abrangendo todas as outras, tais como: a humildade, a mansidão, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e porque ela vem a ser a negação absoluta do orgulho e o egoísmo.

Quanto ao próximo posso dizer dentro dos meus conhecimentos, que o próximo começa pelos nossos familiares, e que às vezes não temos a paciência com eles como temos as vezes com terceiros.

 

Bibliografia. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

CAPÍTULO XV. FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO. NECESSIDADE DA CARIDADE SEGUNDO SÃO PAULO.

 CAPÍTULO XV. FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.

NECESSIDADE DA CARIDADE SEGUNDO SÃO PAULO.

 

Dentro desse tema, São Paulo, 1ª Epistola ao Coríntios, Cap. XIII, v.1 a 7 e 13, lembra-nos onde diz: ainda quando falasse em todas as línguas dos homens, e mesmo a língua dos anjos, se não tivesse caridade não seria senão como um bronze sonante ( sino que soa), e um címbalo retumbante (antigo instrumento de corda); e quando tivesse a o dom da profecia, penetrasse todos os mistérios, e tivesse uma perfeita ciência de todas coisas; quando tivesse ainda toda fé possível, até transportar montanhas, se não tivesse caridade nada seria. E quando tivesse destruído bens para alimentar os pobres, e tivesse entregue o corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso não serviria de nada.

Ainda deixou dito, que a caridade é doce e benfazeja; que ela não é invejosa; que não é temerária e precipitada; que não se enche de orgulho; que não é desejosa; que procura seus próprios interesses; não se melindra e não se irrita com nada; que não suspeita maldade; não se regozija com a injustiça, mas sim com a verdade; que tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

Com tudo isso São Paulo de tal forma compreendeu a verdade acima de tudo e destacou que entre essas três virtudes, a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente vem a ser a caridade. Ele afirma isso porque ela se destaca porque todos poderão praticá-la, desde o sábio ao ignorante, do pobre como o rico.

Com isso conseguiu destacar mais ainda a verdadeira caridade mostrando-nos que ela não se resume apenas na beneficência e sim, como uma reunião de todas as qualidades do coração, baseado na bondade e benevolência para com o próximo.

Lendo e relendo o que o nosso irmão quis dizer, eu no meu modesto modo de interpretar as coisas posso dizer, que realmente a palavra caridade está resumido tudo o que é de bom, em praticarmos. Pois a caridade não vem a ser somente aquela em que colocamos uma moeda no chapéu do pobre, e sim uma palavra amiga, ser caridoso, bondoso, ter compaixão, ser benevolente com o nosso próximo.

Digo que ela deve começar pelos nossos lares, nossos parentes, onde temos as vezes Espíritos antagônicos morando conosco. E sabe por que? Tudo é fruto daquilo que plantamos, seja nesta ou em outras encarnações passadas. E Deus com sua bondade, nos dá uma chance de nos redimirmos das nossas faltas. E tem gente que acha que isso vem a ser um castigo Dele. E posso afirmar que Deus não castiga ninguém, Jesus foi claro, a cada um será dado segundo as suas obras.

Deus sim criou a natureza, que age colocando em prática a lei das causas efeitos, que se resume na lei da ação a reação, que vem a ser, tudo aquilo que desejarmos ou praticarmos contra qualquer um dos nossos irmãos, tudo pode voltar para nós, dentro da lei do retorno.

Portanto irmãos, sabemos que falar é fácil e fazer é difícil, mas temos que fazer, se quisermos viver num mundo melhor, embora devemos saber, que devemos fazer as coisas sem querer nada em troca. Mas devemos plantar sim as boas sementes da vida, para que mais tarde possam dar bons frutos.

Pratiquemos pois a caridade sem ostentação, sabendo que não é preciso nos flagelar, prometer coisas através de promessas, e sim redimirmos das nossas faltas, dizendo hoje não praticarei nada contra as leis de Deus; e vamos lembrar, que na vida nada é fácil, mais se não fizermos por onde as coisas se tornam mais difíceis.

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pache

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

CAPÍTULO XV. VERDADEIRA PUREZA. MÃOS LAVADAS.

 


CAPÍTULO XV. VERDADEIRA PUREZA. MÃOS LAVADAS.

 

O nosso irmão São Mateus, no capitulo XV, v. de 1 a 20, conta que os fariseus e os escribas que tinham vindo de Jerusalém, aproximaram-se de Jesus e lhe disseram: “Porque violam os teus discípulos a tradição dos antigos, uma vez que não lavam as mãos quando fazem suas refeições?” E que Jesus teria respondido:

“Porque violais vós outros o mandamento de Deus, para seguir a vossa tradição? Porque, Deus poz este mandamento: Honrai a vosso pai e a vossa mãe; e este outro: Seja punido de morte aquele que disser a seu pai ou a sua mãe palavras ultrajantes; e vós outros, no entanto, dizeis: Aquele que haja dito a seu pai ou a sua mãe – Toda oferenda que faço a Deus vos é proveitosa, satisfaz à lei, ainda que depois não honre, nem assista a seu pai ou a sua mãe. Tornais assim inútil o mandamento de Deus, pela vossa tradição.

“Hipócritas, bem profetizou de vós Isaias, quando disse: Este povo me honra de lábios, mas conserva longe de mim o coração; é em vão que me honram ensinando as máximas e ordenações humanas.”

Depois tendo chamado o povo, disse: “Escutai e compreendei isto: Não é o que entra na boca que macula o homem; o que sai da boca do homem é o que macula. O que sai da boca procede do coração e é o que torna impuro o homem; porquanto do coração é que partem os maus pensamentos, os assassínios, os adúlteros, os latrocínios, os falsos testemunhos, as blasfêmias e as maledicências. Essas são as coisas que tornam impuro o homem; o comer sem ter lavado as mãos não é o que o torna impuro”.

Ouvindo tudo isto, os seus discípulos se aproximaram Dele, lhes dizendo: “os fariseus ao ouvirem o que o Senhor disse escandalizaram”?

Jesus lhes respondeu assim: “Toda planta que na foi plantada pelo meu Pai, será arrancada. Deixai os ir, são cegos que conduzem cegos, e se estes conduzem os outros todos cairão no fosso”.

Outra passagem que São Lucas conta no capitulo XI, v. 37 a 40, conta, que quando Jesus falava se aproximou Dele um fariseu lhe convidando para jantar em sua casa. Chegando lá Jesus não lavou as mãos, e foi interpelado pelo fariseu: “Por que não tinha lavado as mãos antes do jantar?” E Jesus lhe respondeu: “Que eles tinham o cuidado de lavarem a parte exterior, mas que não tinham o mesmo cuidado com o interior, pois o coração destes estava cheio de rapinas e de iniquidades. Insensatos que eram! Aquele que fez o exterior não fez também o interior?”

Comentários:

Os Judeus ignoravam os verdadeiros mandamentos de Deus, para observarem os regulamentos estabelecidos por eles mesmos, pois era mais fácil observarem os atos exteriores do que se reformarem moralmente, como lavar as mãos e não o coração; eles se achavam quites com Deus pelo simples ato de lavar as suas mãos antes das refeições, e achavam que Deus não pedia mais do que isto.

Portanto irmãos não basta termos as aparências de pureza, e não as do coração. Temos que lavar o nosso interior, se despojando de problemas inúteis que nos impedem de sermos felizes.

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem escrita e interpratada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

 

 

 

 

CAPÍTULO XV. FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO. O MAIOR MANDAMENTO.

 


CAPITULO XV. FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.

O MAIOR MANDAMENTO.

 

São Mateus, no capítulo XXII, V.34 a 40 conta um fato acontecido com Jesus naquela época:

 Que os fariseus vendo que Jesus tinha tapado a boca dos Saduceus, se reuniram, e um que era doutor em lei, foi lhe fazer uma pergunta para tentar-lhe: “Mestre qual o grande mandamento da Lei”? – Jesus lhe respondeu: ”Amaras o senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma. Sendo este o primeiro e o segundo que é semelhante ao primeiro”: “Amaras o teu próximo com a ti mesmo. Toda lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos”.

Tudo isto esta contido na palavra caridade, sendo esta a única que poderá nos salvar. Mas o orgulho e o egoísmo são fontes que podem nos levar a perdição.

 Este princípio se acha formulado nos seguintes precisos termos: Amarás a Deus de toda a tua alma e ao próximo com a ti mesmo, e toda lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. E para que não haja equívoco sobre a interpretação de amor por parte de Deus e ao próximo, Jesus acrescentou: “E aqui esta o segundo mandamento, que é semelhante ao primeiro”. Este queria dizer que não se pode amar a Deus sem amar o próximo, e nem, amar o próximo sem amarmos a Deus. Por isso que devemos saber, que tudo que fizermos ao próximo, seja de bom ou de ruim, estaremos fazendo a Deus.

Agora é bom que saibamos que o tal próximo começa pelos nossos familiares, que às vezes não temos tempo para eles, e para os estranhos temos, tudo começa dentro do nosso lar, que vem a ser uma mini sociedade.

Todos os deveres do ser humano se encontram resumidos nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.

A caridade vem a ser em se ter amor a Deus e ao próximo, e ela não vem a ser somente em se dar uma moeda para o pobre, esmola, mas sim termos uma palavra amiga, uma de conforto, em sermos indulgentes para conosco mesmo e pelo nosso próximo, e outras ligadas ao bem e ao amor.

Ser caridoso é não ser invejoso, pessoa que não se ensoberbece, que não se deixa levar pelas más influências, é ser bondoso, benevolente.

Quanto ao orgulho a palavra certa vem a ser, uma catarata em nossos olhos, onde pensamos somente em nós, e desprezamos o próximo. Ele vem o adversário da humildade.

O orgulhoso é uma pessoa que tem amor próprio exagerado, é soberba, e deixa os bens materiais usurparem sobre o bom senso e a razão, porque cada um quer se elevar acima do outro, onde a sociedade sofre com as consequências disso.

Para uma pessoa ser humilde ela nunca deve se considerar nem superior e nem inferior a todos, e sempre respeitar o direito de cada um. Não deve descriminar e nem maltratar nem pobres ou ricos, e deve enxergar a vida como ela tem que ser aqui, uma grande escola, um aprendizado. É ser o mesmo em qualquer situação.

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

 

 

CAPÍTULO XV. FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.A CARIDADE SEGUNDO SÃO PAULO.

 


CAPÍTULO XV. FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.

A CARIDADE SEGUNDO SÃO PAULO.

 

Pois é, o nosso irmão São Paulo na primeira Epistola aos Coríntios, capítulo XIII, v.1 a 7 e 13, deixou dito que se ele falasse as línguas dos seres humanos e dos anjos, e não tivesse caridade, ele seria como o bronze que soa e um cimbalo que retine; -. E se ele tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios, e quanto se pode saber; e ele tivesse toda a fé, até a ponto de transportar montanhas, e não tivesse caridade, não seria nada. E se ele distribuísse todos os seus bens em o sustento dos pobres, e se entregasse o seu corpo para ser queimado, se todavia não tivesse caridade, nada disto me aproveitaria.

Diz também que a caridade é paciente, é benigna; que a caridade não é invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Que tudo ela tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. Que a caridade nunca jamais há de acabar, ou deixe de ter lugar às profecias, ou venha a cessar as línguas, ou seja abolida da ciência.

Que agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, mas dentre elas, a mais excelente, é a caridade. (Paulo, I Coríntios, XIII: 1-7 e 13).

Com tudo isto, São Paulo compreendeu tão profundamente esta verdade, que diz: “Se eu falar as línguas dos anjos; se tiver o dom de profecia, e penetrar todos os mistérios; se tiver toda a fé possível, a ponto de transportar montanhas, mas não tiver caridade, nada sou. Entre essas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade”. Coloca, assim, sem equívoco, a caridade acima da própria fé. Porque a caridade está ao alcance de todos, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre; e porque independe de toda a crença particular.

E faz mais: define a verdadeira caridade; mostra-a, não somente na beneficência, mas no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem lida e escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

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CAPÍTULO XV. FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO. FORA DA VERDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO E INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS.

 


CAPÍTULO XV. FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO. FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO.FORA DA VERDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO. E INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS.

Analisando este tema, podemos dizer que realmente que fora da caridade não há salvação, e que ela vem a ser extensiva a todos, abrindo assim as portas para os filhos de Deus ao acesso da felicidade suprema.

Já o fundamento fora da igreja não há salvação, se apoia não sobre a fé fundamental em Deus e na imortalidade da alma, mas sobre a fé especial em dogmas particulares, sendo exclusiva e absoluta. No lugar de estimular o amor, acaba alimentando e sancionando a irritação entre os membros da seita dos diferentes cultos. E com isso acaba desconhecendo assim a lei da igualdade diante do túmulo, os separando até ao campo de repouso.

A diferença entre que fora da caridade não há a salvação, e da fora da igreja não existe a salvação, é que a primeira parte do princípio da igualdade diante de Deus e da liberdade de consciência; onde todos os seres são filhos de Deus e irmãos, e acabam orando e estendendo as mãos uns pelos outros livre de qualquer religião. Já a segunda não existe a salvação, e acabam excomungando seus irmãos, se perseguindo e vivendo a inimizade. O pai não ora pelo seu filho, e este pelo seu pai, nem o amigo pelo seu inimigo. Com isso estes pensamentos acabam sendo contrário as leis ditadas pelo Cristo e de Deus.

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS.

Já dentro das destas instruções, Paulo, apóstolo, em Paris no ano de 1.860, comenta que dentro dessa máxima Fora da caridade não Há Salvação, está contida todos os nossos destinos, seja aqui ou do outro lado da vida. Que aqui no nosso planeta se a praticarmos poderemos vivermos em paz, e a praticando aqui por certo teremos também do outro lado da vida. Que a caridade realmente é aquela que nos conduzira a Terra Prometida, na qual brilhará em uma aureola Santa, e na Terra estará gravada no coração de todos a quem Jesus dirá: “Passai a direita, vós os benditos de meu Pai”. Que poderemos assim os reconhecer pelo perfume da caridade que se espargirá ao nosso redor.

Diz ainda que nada exprime a presença de Deus e Jesus, do que está máxima, bem como o dever de cada um de nós. E que no nosso Espiritismo não poderia dar como outra regra, porque vem a ser o reflexo do mais puro Cristianismo. E que com esta o ser encarnado jamais poderá se perder, se aplica-la. Diz para que submetamos a todas as nossas ações ao controle da caridade, onde a nossa consciência nos responderá. E que sendo assim, poderemos evitar a maldade, a qual nos levará ao caminho do bem, onde a prática do bem é preciso que tenhamos a boa vontade de assim procedermos.

Que devemos sempre agradecer a Deus, por nos permitir gozar dessa luz chamada de Espiritismo, não somente porque ele pode nos conduzir ao caminho da salvação, e sim que poderá nos ajudar a compreender os ensinamentos de Jesus.

Informa ainda que o verdadeiro Espírita Cristão, vem a ser aquele que pratica a caridade, seja ele discípulo de Deus e de Jesus, independente de religião.

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

CAPÍTULO XIV. INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS.INGRATIDÃO DOS FILHOS E OS LAÇOS DE FAMÍLIA.


 CAPÍTULO XIV. INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS.

INGRATIDÃO DOS FILHOS E OS LAÇOS DE FAMÍLIA.

 

Santo Agostinho no capítulo acima, em Paris no ano de 1.862, explica que a palavra ingratidão tem o seu significado como se fosse um egoísmo. E quando se trata de filhos para os pais tem um sentido mais odioso.

O que podemos explicar, é que quando o Espírito parte daqui, e leva consigo o sentimento de ódio, ele pode reencarnar em certa família como filho ingrato. E sendo assim se torna o algoz do passado, e começa a se portar no presente como a “ovelha negra da família”. É por isso que em certas famílias quando possuem mais de um filho, nem todos são iguais, porque cada um tem a sua personalidade, e sendo assim uns vem num grau mais avançado e outros mais abaixo.

Tudo isso vem a corresponder com a lei das causas e efeitos, onde poderemos ter filhos pelos laços sanguíneos e outros pelo do Espírito.

Mas tudo isso vem a ser uma oportunidade que Deus da, para que possam vivendo juntos se redimirem. Não existe caridade sem o esquecimento das ofensas e das injúrias, e com ódio no coração, onde o perdão não exista.

E aí vivendo juntos requer um esforço, onde voltam a se olhar para os que detestaram na encarnação passada. Eles com isso vacilam, e acabam se hesitando agitados por sentimentos de reencarnações passadas. Tem gente que acha que isso vem a ser um castigo de Deus, e Ele não castiga ninguém. Ele criou a natureza e a natureza é que age em nome dele, obedecendo à lei das causas e feitos, que vem a ser, aquilo que plantarmos colheremos.

A arma recomendada é para que as pessoas que estão passando por essa situação, primeiro peçam a Deus forças para passarem por isso, e segundo, que quando não se enquadrarem com uma pessoa, deve orar por ela pedindo para que o Pai Celestial ilumine a mente dele e a sua. Digo isso porque ninguém deve se julgar invulnerável, e estamos sujeitos a certas coisas negativas.

Este Espírito que teve a oportunidade de se redimir junto aquele ser, tudo vai depender das sua boa ou má resolução, onde poderá se tornar amigo ou inimigo.

É assim que o nosso Espiritismo explica o porquê, algumas de nossas crianças nascem com essa tendência.

Com isso o nosso Irmão Agostinho, chama a atenção principalmente de nós os Espíritas, que saibamos que quando geramos um corpo físico, devemos saber que nele habitará um Espírito que encarnará para progredir. E com isso ele recomenda que devemos encarar isto, como uma missão de aproximar esta criatura mais perto de Deus.

Que devemos por em mente, que quando desencarnarmos, poderemos ser arguidos pela Providência Divina, o que fizemos pela criança que foi confiada na nossa guarda.

Se nada fizemos, possivelmente teremos que reencarnar no sentido inverso, ou seja, ele como nosso pai e nós como seu filho.

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pa

CAPÍTULO XIV. HONRAI A TEU PAI E A TUA MÃE, PIEDADE FILIAL.

 


CAPÍTULO XIV. HONRA A TEU PAI E A TUA MÃE. PIEDADE FILIAL.

 

Honrar pai e mãe é um dever de todo filho, mas não somente respeita-lo, mais sim vir assisti-los nas suas necessidades, proporcionando o repouso na velhice, pois existe uma frase que diz: existe uma fase em que os pais devem fazer pelo filho, e tem a outra que o filho deve fazer pelos seus pais. Claro que às vezes existe em uma família, pessoas antagônicas, as quais vieram a conviver na busca de uma recuperação daquilo que plantaram de negativo em encarnações passadas. É uma dádiva de Deus que concede esta oportunidade de se regenerarem, inclusive com o esquecimento daquilo que foram no passado. E isso requer muita paciência consigo mesmo, com os ostros e com a humanidade.

Na vida sempre teremos pessoas envolvidas conosco mesmo fora da família, onde existirão aqueles que nos apreciam, e aqueles que nos desprezam. A chave é orarmos por eles pedindo a Deus que ilumine a mente destas pessoas que podem ser enfermas, pois cada um de nós esta num grau de evolução. Uns mais abaixo outros mais acima, para que na convivência, aquele que esta mais abaixo possa subir até o outro que esta mais desenvolvido. Por isso vivemos na convivência com ladrões, assassinos e outros, pois Deus da a chance desses se regenerarem na convivência daqueles que são pessoas de bem.

Mas voltando ao assunto da piedade com os pais, isto esta envolvido principalmente com os pais sem recursos, onde tem gente que pensa que lhes dando o que comer para não morrerem de fome, estão cumprindo a lei de Deus, coisa que eles mesmo não se privam do melhor. Tem aqueles que relegam a certos cômodos de sua casa, para não deixa-los viver na rua, outros obrigam seus pais a pagarem prestando serviços domésticos para ele. Para essas pessoas perguntamos: Se sua mãe lhe cobrou o leite que o alimentou? E as noites de vigílias perdidas, principalmente quando ficavam doentes lhe cobrou algum dinheiro? Sabe tem gente que diz que não pediu para nascer, coisa que ignoram a lei de Deus, a lei da reencarnação. Se estão juntos alguma coisa foi feita no passado, e tem mais, somos nós que escolhemos a nossa vida, os nosso pais, a nossa família, enfim quando estamos para reencarnar.

O cuidado que devemos ter com os nossos pais, se fossem cobrados teriam que ser com juros e correção monetária muito alta.

Olha infeliz será aquele ingrato que será unido pela ingratidão e o abandono, pela lei chamada de causas e efeitos, que vem a ser aquilo que plantarmos teremos como colheita.

É verdade que tem pais que se descuidam dos seus deveres, mas é Deus que deve puni-los e não os filhos, não cabendo a estes censurá-los, pois talvez fizeram algo para merecerem isso.

A lei da caridade estabelece que paguemos o mal com o bem, a sermos indulgentes com o nosso próximo, e estes começam pelo nosso lar, que é uma mini sociedade, onde aprendemos os primeiros passos para depois executarmos lá fora.

Portanto irmãos, os filhos devem tomar como regra de conduta para com os pais, e se espelhar nos preceitos de Jesus referente ao próximo, e lembrar que todo procedimento condenável em relação aos outros, mais condenável se torna para com os seus pais.

Mais também alertamos aos senhores pais, principalmente os ausentes, que procurem acima de tudo orientarem seus filhos da melhor maneira possível, coibindo os excessos, para que amanhã não venham a chorar lágrimas de sangue.

 

 Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

 

 

 

 

CAPÍTULO XIV. HONRAI A VOSSO PAI E A VOSSA MÃE. QUE, É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?

 


CAPÍTULO XIV. HONRAI A VOSSO PAI E A VOSSA MÃE.

QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?

 

Dentro desse capítulo, São Marcos no cap.II, v. 20,21 e 31 a 35, bem como São Mateus no cap.XII, v. 46 a 50, relatam que Jesus tendo vindo para casa, reuniu-se ali uma grande multidão de pessoas, onde nem podiam tomar seus alimentos. Sabendo disso os parentes de Jesus vieram para se apoderarem Dele, e diziam que Ele estava fora de si. Chegando lá, sua mãe e seus irmãos se estabeleceram do lado de fora, e mandaram chamá-lo. Com isso a multidão sabendo disso lhe informaram, que sua mãe e seus irmãos o buscavam do lado de fora.

Com isso Jesus teria respondido: “Quem é minha mãe, e quem são os meus irmãos?”.

E olhando para a multidão que o rodeava, exclamou: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Porque o que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã e minha mãe”.

Com estas palavras pronunciadas por Jesus, elas não conduziam com a realidade daquilo que Ele sempre pregou, e parecia estranho. Mas se analisando as palavras do Mestre, primeiramente podemos dizer, que Jesus sempre falava por parábolas, para que o povo daquela época pudesse entender.

 Segundo, o que Ele realmente quis dizer, era que antes de qualquer parentesco pelos laços da carne, perante a Deus todos somos irmãos, e o que faz a ligação com o mundo Espiritual, vem a ser a afinidade de sentimentos, a maneira de se pensar, de ideias e não pelos laços sanguíneos.

E com essa atitude, Jesus pode destacar a diferença entre o parentesco corpóreo e o Espiritual, onde às vezes pessoas não ligadas à família podem até serem mais parentes do que aqueles que a compõe. Os primeiros são os afins e o segundo os antagônicos. Afins são aqueles que devotaram certa simpatia conosco em outras encarnações, e gostam de viver junto a nós. E o segundo são os de encarnações passadas, que não se afinizaram conosco ou nós por elas, e que Deus da à oportunidade de nos redimirmos.

 Baseado nisso, o que se sabe através de Kardec, é que o relacionamento de Jesus com os seus, não havia afinidade entre eles, onde as palavras de João no capítulo VII acaba citando, que nem mesmo os seus irmãos acreditavam Nele.

Com isso se conclui, que não houvera indiferença ou desprezo por parte de Jesus com referencia a sua mãe e a seus irmãos, e sim que todos nós somos filhos de um mesmo Pai. Tudo isso veio a se comprovar que Jesus ao ser crucificado, demonstrou seus cuidados com a sua mãe, e amor por ela, conforme João descreve no capítulo XIX, que Jesus vendo sua mãe, e junto dela seu discípulo amado disse: “Mulher, eis aí teu filho”. E depois disse ao seu discípulo: “Eis aí tua mãe”. E tendo acontecido isso, o discípulo a tomou para sua casa.

Veja que Jesus não disse ao seu discípulo, cuide de minha mãe, e a ela, meu discípulo cuidará de si.

Com isso mais uma vez, aprendemos a sermos verdadeiramente irmãos pelos laços de Deus, e que cada mãe, e cada pai, pode adotar alguém no momento em que esta pessoa necessitar, basta que tenhamos a boa vontade.

  

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

CAPÍTULO XIV. HONRAI A TEU PAI E A TUA MÃE. PARENTESCO CORPORAL E ESPIRITUAL.

 CAPÍTULO XIV. HONRAI A TEU PAI E A TUA MÃE. PARENTESCO CORPORAL E ESPIRITUAL.

 

Em complemento ao capítulo anterior, do qual Jesus teria se pronunciado dizendo aos seus discípulos: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos”, podemos dizer que em nossas vidas, as nossas famílias são formadas por Espíritos ligados pelos laços sanguíneos e os pelos Espirituais.

Os ligados pelo sangue se acabam quando desencarnamos desta Terra, e podemos considera-los como antagônicos, ou seja, aqueles que ficamos ou eles ficaram devendo em encarnações passadas. Podem virem de uma maneira indireta, digo quando um filho ou uma filha casa os genros ou noras podem serem estas pessoas. E explico que fomos nós que os escolhemos antes de reencarnarmos, porque antes disso é colocado na nossa frente aquilo que ficamos devendo em encarnações passadas. E somos nós que escolhemos, e se assim não fizermos eles escolhem. Assim escolhemos nossos pais, filhos e outros, por isso não adianta ficarmos censurando aqueles que nos rodeiam, porque fomos nós que os escolhemos. Os corporais procedem do corpo, enquanto os Espirituais, não procedem do Espírito porque existia antes do corpo físico e ainda posso dizer que, o pai terreno não gera jamais o Espírito do seu filho.

Os afins são os Espíritos simpáticos são os parentes mais próximos, ligados por relações anteriores, que se traduzem pela perfeição durante a vida terrena.

Mas em qualquer situação, nós os pais devemos ajuda-los seja lá ou cá, no desenvolvimento intelectual ou moral para fazê-los progredir. Os verdadeiros laços da família não são os da consanguinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos, que acabam unindo os Espíritos, antes, durante e após a encarnação.

Disso tudo podemos dizer que filhos nascidos de pais diferentes, podem ser mais irmãos ligados pelo Espírito, do que fossem pelos laços do sangue. Dizemos isso porque podem quando vivendo juntos se tornarem amigos, enquanto que os outros podem se repelirem.

Com tudo isso, podemos dizer que existe dois tipos de famílias, os pelos laços sanguíneo e os pelo do Espírito.

Os dos Espíritos, podem se tornarem duradouras, e se fortificarem pela purificação, e acabam se perpetuando no mundo Espiritual, isso através de várias encarnações. Já os outros extinguem com o tempo, e quase sempre se dissolvem moralmente desde a vida atual.

Estas explicações vêm de encontro com os dizeres de Jesus, que falou aos seus discípulos: “Eis minha mãe e meus irmãos”, querendo dizer, a minha família pelos laços do Espírito e os pelos corporais.

Quanto à hostilidade por parte de alguns filhos, esta explicado o porquê, uns vem mais a baixo e outro mais acima, para que aquele que esta mais abaixo possa em convivência com o outro também progredir.Isto também explica o porque vivemos em nosso mundo com a traça, a ferrugem e a poeira, que não é castigo de Deus, e sim oportunidades que Ele nos da para nos redimirmos, pois não existe penas eternas.

Este capítulo também explica o porquê em muitas famílias existe a dissensões, e isto não pode acontecer somente com os filhos, e sim com os cônjuges.

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Q

CAPÍTULO XIV. NÃO POR A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE. PORQUE FALA JESUS POR PARÁBOLA.

 


CAPÍTULO XIV. NÃO POR A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE.

PORQUE FALA JESUS POR PARÁBOLAS.

 

São Mateus no capítulo V, versículo 15, recorda as palavras de Jesus falando por parábolas: Nem os que acendem uma luzerna a metem debaixo do alqueire, mas põem-na sobre o candeeiro, a fim de que ela dê luz a todos os que estão na casa.

E São Lucas no capítulo VIII, versículos 16 e 17 também lembra as palavras por parábolas de Jesus: Ninguém, pois, acende uma luzerna e a cobre com alguma vasilha, ou a põe debaixo da cama; põe-na, sim, sobre um candeeiro, para que vejam a luz os que entram. Porque não há coisa encoberta, que não haja de ser manifestada; nem escondida, que não haja de saber-se e fazer-se pública.

E no capítulo XIII, versículos 10 e 15, São Mateus conta também, que se chegando a Jesus os discípulos lhe disseram: Por que razão lhes fala tu por parábola? Ele, respondendo, lhes disse: Porque a vós outro vos é dado saber os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não lhes é concedido. Porque ao que tem, se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem até o que tem lhe será tirado. Por isso é que eu lhes falo em parábolas; porque eles vendo, não veem, e ouvindo não ouvem, nem entendem. De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Vós ouvireis com os ouvidos, e não escutareis; e olhareis com os olhos, e não vereis. Porque o coração deste povo se fez pesado, e os seus ouvidos se fizeram tardos, e eles fecharam os seus olhos; para não suceder que vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e entendam no coração, e se convertam, e eu os sare.

Pois é, procurando entender o significado das palavras de Jesus, chega-se a conclusão, que acaba causando estranheza ouvir Jesus dizer que não se deve por a luz debaixo do alqueire, ao mesmo tempo em que esconde a toda hora o sentido das suas palavras sob o véu da alegoria, que nem todos podem compreender. Ele se explica, entretanto, dizendo aos apóstolos: Eu lhes falo em parábolas, porque eles não estão em condições de compreender certas coisas; eles veem, olham, ouvem e não compreendem; assim, dizer-lhes tudo, ao menos agora seria inútil; mas a vós o digo, porque já vos é dado compreender esses mistérios. Ele procedia, portanto, para com o povo, como se faz com as crianças, cujas ideias ainda não se encontram desenvolvidas. Dessa maneira, indica-nos o verdadeiro sentido da máxima: “Não se deve por a candeia debaixo do alqueire, mas sobre o candeeiro, a fim de que todos os que entram possam vê-la”. Ela não diz que tenhamos de revelar inconsideravelmente todas às coisas, pois, todo ensinamento deve ser proporcional à inteligência de quem o recebe, e porque há pessoas que uma luz muito viva pode ofuscar sem esclarecer.

Acontece com os homens em geral, o mesmo que com os indivíduos. As gerações passam também pela infância, pela juventude e pela madureza. Cada coisa deve vir a seu tempo, pois a sementeira lançada a terra, fora de tempo, não produz. Mas aquilo que a prudência manda calar momentaneamente, cedo ou tarde deve ser descoberto, porque chegando a certo grau de desenvolvimento, os homens procuram por si mesmos a luz viva; a obscuridade lhes pesa. Como Deus lhes deu a inteligência para compreenderem e se guiarem, entre as coisas da Terra e do céu, eles querem racionalizar a sua fé. É então que não se deve por a candeia debaixo do alqueire, pois sem a luz da razão, a fé se enfraquece.

E se a Providência, portanto, na sua prudente sabedoria, não revela a verdade senão gradualmente, é que a vai sempre desvelando, à medida que a Humanidade amadurece para recebê-la. Ela mantém a luz em reserva, e não debaixo do alqueire. Mas os homens que a possuem, em geral, só a ocultam do vulgo com a intenção de dominá-lo. São esses os que põem verdadeiramente a luz debaixo do alqueire. É assim que todas as religiões sempre tiveram os seus mistérios, cujo exame proíbem. Mas enquanto essas religiões se atrasavam, a ciência e a inteligência avançaram e romperam o véu misterioso. O povo que se tornou adulto pode assim penetrar o fundo das coisas, e então rejeitou na sua fé o que se mostrava contrário à observação.

Não podem substituir mistérios absolutos nesse terreno, e Jesus está com a razão quando afirma que não há nada secreto que não deva ser conhecido. Tudo o que está oculto será descoberto um dia, e o que o homem ainda não pode compreender sobre a Terra, lhe será progressivamente revelado nos mundos mais adiantados, na proporção em que ele se purificar. Aqui na Terra, ainda se perde no nevoeiro.

Pergunta-se que proveito o povo poderia tirar dessa infinidade de parábolas, cujo sentido estava oculto para ele. Deve notar-se que Jesus só se exprimiu em parábolas sobre as questões, de alguma maneira abstrata, da sua doutrina. Mas, tendo feito da caridade e da humildade a condição expressa da salvação, tudo o que disse a esse respeito é perfeitamente claro, explícito e sem nenhuma ambiguidade. Assim, devia ser, porque se tratava de regra de conduta, regra que todos deviam compreender, para poderem observar. Era isso o essencial para a multidão ignorante, à qual se limitava a dizer: Eis o que é necessário para se ganhar o Reino dos Céus. Sobre outras questões, só desenvolvia os seus pensamentos para os discípulos. Estando eles mais adiantados, moral e intelectualmente, Jesus podia iniciá-los nos princípios mais abstratos. Foi por isso que disse: Ao que já tem ainda mais se dará, e terá em abundância.

Não obstante, mesmo com os apóstolos, tratou de modo vago sobre muitos pontos, cuja inteligência completa estava reservada aos tempos futuros. Foram esses os pontos que deram lugar a diversas interpretações, até que a Ciência, de um lado, e o Espiritismo, de outro, vieram revelar as novas leis da natureza, que tornaram compreensível o seu verdadeiro sentido.

O Espiritismo vem atualmente lançar a sua luz sobre uma porção de pontos obscuros, mas não o faz inconsideravelmente. Os Espíritos procedem, nas suas instruções, com admirável prudência. É sucessiva e gradualmente que eles têm abordado as diversas partes já conhecidas da doutrina, e é assim que as demais partes serão reveladas no futuro, à medida que chegue o momento de fazê-las sair da obscuridade. Se a houvessem apresentado completa desde o início, ela não teria sido acessível senão a um pequeno número e teria mesmo assustado aqueles que não se achavam preparados, o que seria prejudicial à sua propagação. Se os Espíritos, portanto, ainda não dizem tudo ostensivamente, não é porque a doutrina possua mistérios reservados aos privilegiados, nem que eles ponham a candeia debaixo do alqueire, mas  por que cada coisa deve vir no tempo oportuno. Eles dão a cada ideia o tempo de amadurecer e se propagar, antes de apresentarem outra, e aos acontecimentos, o tempo de lhes preparar a aceitação.

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem lida e divulgada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.