segunda-feira, 3 de junho de 2024

O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO IX. INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO CORPÓREO. OS ESPÍRITOS DURANTE OS COMBATES.

 


O LIVRO DOS ESPÍRITOS.CAPÍTULO IX.CAPÍTULO IX. INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO CORPÓREO.

OS ESPÍRITOS DURANTE OS COMBATES.

 

Numa batalha, existem Espíritos que a assistem e amparam cada uma das forças em luta, e estimulam a sua coragem.

Comentário de Kardec: Assim os antigos nos representavam os deuses tomando partido por este ou aquele povo. Esses deuses nada mais eram do que os Espíritos representados por figuras alegóricas.

Numa guerra, a justiça dos Espíritos tem uns que estão do lado que só buscam a discórdia e a destruição. Para eles a guerra é a guerra; e a justiça da causa pouco lhes importa.

Certos Espíritos podem influenciar o general na concepção dos seus planos de campanha. Eles podem influenciá-lo nesse sentido, como em todas as concepções.

E os maus Espíritos podem suscitar-lhe planos errados, com vistas à derrota.

Mas ele tem o seu livre-arbítrio de escolher seu caminho. Se o seu raciocínio não lhe permite distinguir uma ideia certa de uma falsa, terá de sofrer as consequências e faria melhor em obedecer do que em comandar.

O general pode algumas vezes ser guiado por uma espécie de dupla vista, uma visão intuitiva que lhe mostre por antecipação o resultado dos seus planos. É o acontece com o ser de gênio. É o que ele chama inspiração e lhe permite agir com uma espécie de certeza. Essa inspiração lhe vem dos Espíritos que o dirigem e se servem das faculdades de que ele é dotado.

No tumulto do combate, o que acontece aos espíritos dos que sucumbem, é que alguns continuam a se interessar, e outros acabam se afastando.

Comentário de Kardec: Nos combates, acontece o mesmo que se verifica em todos os casos de morte violenta: no primeiro momento, o Espírito fica surpreso e como aturdido, não acreditando que está morto; parece-lhe ainda tomar parte na ação. Não é senão pouco a pouco que a realidade se lhe impõe.

Os Espíritos que se combatiam quando vivos, uma vez mortos se reconhecem como inimigos e continuam ainda excitados uns contra os outros. Porém nesse momento, o Espírito jamais se mostra calmo. No primeiro instante, ele ainda pode odiar seu inimigo e mesmo o perseguir. Mas quando as ideias se lhe acalmarem, verá que a sua animosidade não tem mais razão de ser. Não obstante, poderá ainda conservar resquícios maiores ou menores, isto de acordo com o seu caráter. Ele ainda ouve o fragor da batalha.

Com referência ao Espírito que assiste friamente a um combate como espectador, se ele testemunha a separação entre a alma e o corpo, e como ele recebe esse fenômeno, podemos dizer:

Que são poucas as mortes realmente instantâneas, e que na maioria das vezes, o Espírito cujo corpo foi mortalmente ferido não tem consciência disso no mesmo instante. Quando começa a retomar consciência é que se pode distinguir o Espírito a mover-se ao lado do cadáver. Isso parece tão natural que a vista do corpo morto não produz nenhum efeito desagradável.

BIOGRAFIA. O LIVRO DOS ESPÍRITOS.  MATÉRIA DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

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