segunda-feira, 3 de junho de 2024

O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO IX.INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO CORPÓREO. ANJOS DA GUARDA, ESPÍRITOS PROTETORES, FAMILIARES OU SIMPÁTICOS.

 


O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO IX.INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO CORPÓREO.

ANJOS DA GUARDA, ESPÍRITOS PROTETORES, FAMILIARES OU SIMPÁTICOS.

 

Há Espíritos que se ligam a um indivíduo em particular para o proteger.

O irmão espiritual, é o que chamamos o bom Espírito ou o bom gênio.

Anjo da guarda devemos entender como o Espírito protetor de uma ordem elevada.

A missão do Espírito protetor é igual a de um pai para com os filhos: conduzir o seu protegido pelo bom caminho, ajudá-lo com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições sustentar sua coragem nas provas da vida.

O Espírito protetor é ligado ao indivíduo desde o nascimento até a morte, e frequentemente o segue depois da morte, na vida espírita, e mesmo através de numerosas experiências corpóreas porque essas existências não são mais do que fases bem curtas da vida do Espírito.

A missão do Espírito protetor é obrigatória a velar por nós porque aceitou essa tarefa, mas pode escolher os seres que lhe são simpáticos. Para uns, isso é um prazer; para outros, uma missão ou um dever.

Ligando-se a um pessoa, o Espírito não renuncia a proteger outros Indivíduos. Mas o faz de maneira mais geral.

O Espírito protetor está ligado ao ser que foi confiado à sua guarda, mas acontece frequentemente que certos Espíritos deixam sua posição pura para cumprir diversas missões, mas nesse caso são substituídos.

O Espírito protetor, não abandona às vezes o protegido quando este se mostra rebelde às suas advertências. Ele apenas se afasta quando vê que os seus conselhos são inúteis, e que é mais forte a vontade do protegido em submeter-se à influência dos Espíritos inferiores, mas não o abandona completamente e sempre se faz ouvir. É o ser humano quem lhe fecha os ouvidos. Ele volta, logo que chamado.

Há certas doutrinas que deveriam converter os mais incrédulos, por seu encanto e por sua doçura, fazendo-os pensar e acreditar, nos anjos da guarda. Pensar que possuem sempre ao lado deles seres que lhes são superiores, que estão sempre ali para os aconselhar, os sustentar, os ajudar a escalar a montanha escarpada do bem, que são amigos mais firmes e mais devotados que as mais íntimas ligações que se possam contrair na Terra.  Acreditarem que esses seres ali estão por ordem de seu Deus, que os colocou ao lado deles; que estão ali estão por seu amor, e cumprem junto a eles todos uma bela mas penosa missão. Sim, onde quer que estejam, que seu anjo estará com eles: nos cárceres, nos hospitais, nos antros do vício, na solidão, nada os separa desse amigo que não podem ver, mas do qual a alma deles recebem os mais doces impulsos e os mais sábios conselhos.

Os Bons Espíritos um dia perguntarão: Ah! por que não conheceram melhor esta verdade? Quantas vezes ela os ajudaria nos momentos de crise; quantas vezes ela os salvaria dos maus Espíritos! Mas no dia decisivo este anjo de bondade terá muitas vezes de os dizer: “Não te avisei disso? E não afizeste! Não te mostrei o abismo? E nele te precipitaste! Não fiz soar na tua consciência a voz da verdade, e não seguiste os conselhos da mentira?”. Ah! interpelai vossos anjos da guarda, estabelecei entre vós e eles essa terna intimidade que reina entre os melhores amigos! Não penseis em lhes ocultar nada, pois eles são os olhos de Deus e não os podeis enganar! Considerai o futuro; procurai avançar nesta vida, e vossas provas serão mais curtas, vossas existências mais felizes. Vamos, seres humanos, coragem! Afastai para longe de vós, de uma vez por todas, preconceitos e segundas intenções! Entrai na nova via que se abre diante de vós, marchai, marchai! Tendes guias, segui-os; a meta não vos pode faltar porque essa meta é o próprio Deus.

Aos que pensavam que é impossível a Espíritos verdadeiramente elevados se restringirem a uma tarefa tão laboriosa e de todos os instantes, os protetores dirão que influenciaram as almas deles, embora estando a milhões de léguas de distância: para os protetores o espaço não existe, e mesmo vivendo em outro mundo os Espíritos, conservam sua ligação com eles. Dirão que gozam de faculdades que não podem compreender, mas que estão certos de que Deus não os impôs uma tarefa acima das forças deles, e nem os abandonou sozinhos sobre a Terra, sem amigos e sem amparo.

 Podemos também dizer, que cada anjo da guarda tem o seu protegido e vela como um pai vela pelo filho. E sente-se feliz quando os vê no bom caminho; chora quando os conselhos deles são desprezados.

Os Bons Espíritos alertam que não temamos fatigar-nos com as nossas perguntas; e que possamos permanecer, pelo contrário, sempre em contato como eles, e assim seremos então mais forte e mais felizes. Alertam também que são essas comunicações de cada ser humano com seu Espírito familiar, podem fazer médiuns a todos os seres humanos, médiuns hoje ignorados, mas que mais tarde se manifestarão, derramando-se como um oceano sem bordas para fazer refluir a incredulidade e a ignorância. Seres instruídos, instruí seres de talento, educando irmãos nossos.  Que devemos saber que a obra assim realizada é a do Cristo, a que Deus nos impõe. Por que Deus nos concedeu a inteligência e a ciência, senão para as repartirmos com nossos irmãos, para os adiantar na senda da ventura e da eterna bem aventurança.

São Luís, Santo Agostinho.

BIBLIOGRAFIA. O LIVRO DOS ESPÍRITOS. MATÉRIA DIVULGADA PELO MEDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

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