MARIA E JOSÉ.
A Encarnação
No décimo quarto ano de idade, Eu,
Jesus, vossa vida, vim habitar nela por meu próprio desejo. Aos três meses de
gravidez o solícito José voltou de suas ocupações. Ao encontrar minha mãe
grávida, preso à turbação e ao medo, pensou secretamente em abandoná-la.
Foi tão grande o desgosto que não
quis comer nem beber naquele dia.
Visão
de José
Eis, porém, que durante a noite,
mandado por meu Pai, Gabriel, o arcanjo da alegria, apareceu-lhe numa visão e
lhe disse:
– José, filho de Davi, não tenhas
cuidado em admitir Maria, tua esposa, em tua companhia. Saberás que o que foi
concebido em seu ventre é fruto do Espírito Santo. Dará, então, à luz um filho,
a quem tu porás o nome de Jesus. Ele apascentará os povos com o cajado de
ferro.
Dito isso, o anjo desapareceu. José,
voltando do sono, cumpriu o que lhe havia sido ordenado, admitindo Maria
consigo.
Viagem
a Belém
Então o imperador Augusto fez
proclamar que todos deveriam comparecer ao recenseamento, cada um conforme seu
lugar de origem. Também o bom velho se pôs a caminho e levou Maria, minha
virgem mãe, até a sua cidade de Belém.
Como o parto já estava próximo, ele
fez o escriba anotar seu nome da seguinte maneira:
– José, filho de Davi, Maria, sua esposa, e seu filho Jesus, da tribo de Judá.
Maria, minha mãe, trouxe-me ao mundo
quando retornava de Belém, perto do túmulo de Raquel, a mulher do patriarca
Jacó, a mãe de José e Benjamim.
Fuga
para o Egito
Satanás deu um conselho a Herodes, o
Grande, pai de Arqueleu, aquele que fez decapitar meu querido parente João. Ele
me procurou para tirar-me a vida, porque pensava que meu reino era deste mundo.
Meu Pai manifestou isso a José, numa visão, e este se pôs imediatamente em fuga
levado consigo a mim e a minha mãe, em cujos braços eu ia deitado.
Salomé também nos acompanhava.
Descemos até o Egito e ali permanecemos por um ano, até que o corpo de Herodes
foi presa da corrupção, como castigo justo pelo sangue dos inocentes que ele
havia derramado e dos quais já nem se lembrava.
Retorno
à Galileia
Quando o iníquo Herodes deixou de
existir, voltamos a Israel e fomos viver em uma vila da Galileia chamada
Nazaré. Meu pai José, o bendito ancião, continuava exercendo o ofício de
carpinteiro, graças a que podíamos viver.
Jamais poder-se-á dizer que ele comeu
seu pão de graça, mais sim que se conduzia de acordo com o prescrito na lei de
Moisés.
Velhice
de José
Depois de tanto tempo, seu corpo não
se mostrava doente, nem tinha a vista fraca, nem havia sequer um só dente
estragado em sua boca. Nunca lhe faltou a sensatez e a prudência e sempre
conservou intacto o seu sadio juízo, mesmo já sendo um venerável ancião de
cento e onze anos.
Obediência de Jesus
Seus dois filhos Josetos e Simão
casaram-se e foram viver em seus próprios lares. Da mesma forma, suas duas
filhas casaram-se, como
é natural entre os homens, e José
ficou com o seu pequeno filho Tiago. Eu, da minha parte, desde que minha mãe
trouxe-me a este mundo, estive sempre submisso a ele como um menino e fiz o que
é natural entre os homens, exceto pecar.
Chamava Maria de minha mãe e José de
meu pai. Obedecia-os em tudo o que me pediam, sem ter jamais me permitido
replicar-lhes com uma palavra, mas sim mostrar-lhes sempre um grande carinho.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO
PACHECO QUADRADO.

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