CAPÍTULO XI. AMAR O PRÓXIMO
COMO A SI MESMO.
A FÉ E A CARIDADE.
Um Espírito Protetor em
Cracóvia, em 1.861, nos alertou: meus queridos
filhos, que a caridade sem a fé não seria suficiente para manter entre os seres
humanos uma ordem social de fazer-nos felizes. Ele deixou dito, que devia nos
dizer que a caridade é impossível sem a fé. Falou que podemos encontrar
impulsos generosos entre as pessoas sem religião. Mas que essa caridade
austera, só pode ser exercida pela abnegação, pelo sacrifício constante de todo
o interesse egoísta, nada a não ser a fé poderá inspirá-la, porque nada além
dela nos faz carregar com coragem e perseverança a cruz desta vida.
Deixou
dito também, que é inútil querermos ser ávidos de prazeres, e iludir-nos quanto
ao nosso destino terreno, pretendendo que nos seja permitido ocupar-nos apenas
da nossa felicidade. Também exaltou que Deus nos criou para sermos felizes na
eternidade, mas a que a vida terrena deve servir unicamente para o nosso
aperfeiçoamento moral, o qual se conquista mais facilmente com a ajuda do corpo
e do mundo material. Isto sem contarmos as vicissitudes comuns da vida, a
diversidade de nossos gostos, de nossas tendências, de nossas necessidades, que
são também um meio de nos aperfeiçoarmos, exercitando-nos na caridade. Porque
somente a custa de concessões e de sacrifícios mútuos, é que podemos manter a
harmonia entre elementos tão diversos.
Que temos raz
ão, entretanto, ao afirmarmos que a felicidade está reservada ao ser humano neste mundo, se procurarmos antes na prática do bem do que nos prazeres materiais. Alerta-nos que a história da cristandade nos fala dos mártires que caminhavam com alegria para o suplício. E que hoje, na nossa sociedade para sermos cristãos, já não se precisamos enfrentar a fogueira do mártir, nem o sacrifício da vida, mas unicamente e simplesmente o sacrifício do egoísmo, do orgulho e da vaidade. Também nos diz que triunfaremos, se a caridade nos inspirar e formos sustentados pela fé.
Portanto irmãos esta ai a chave da
nossa felicidade, se praticarmos a caridade e sem querer nada em troca.
Lembrando que ela não é só colocar a moeda no chapéu do pobre, e sim uma
palavra amiga e de carinho e amor.
Bibliografia: O Evangelho Segundo o
Espiritismo. Mensagem lida e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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