Bolo a origem no aniversário
Delicioso costume teve origem nas oferendas feitas aos deuses da
Antiguidade
Rodrigo
Cavalcante | 01/08/2007 00h00
Celebrar
uma data importante com direito a guloseimas tem sua provável origem nas festas
de culto aos deuses da Antiguidade. Agradeça à deusa Ártemis, celebrada pelos
gregos como a matrona da fertilidade, pelo aparecimento do bolo de aniversário.
Ele é provavelmente a evolução de um preparado de mel e pão, no formato de uma
lua, que fiéis levavam ao famoso templo em homenagem a ela em Éfeso, antiga
colônia grega na atual Turquia.
Há
especialistas que defendem outra teoria. Segundo ela, a tradição surgiu na
Alemanha medieval, onde se costumava preparar uma massa de pão doce no formato
do menino Jesus no Natal. Depois essa guloseima seria adaptada para a
comemoração do aniversário de crianças.
Já
o uso de velas também teria sido herdado do culto aos deuses antigos, que
tinham a missão de levar, por meio da fumaça, os desejos e as preces dos fiéis
até o céu, para que eles fossem atendidos.
Mas
e as festas de aniversário? Até hoje, não se sabe a data exata de quando os
nascimentos começaram a ser celebrados. Ainda nos dias atuais, a comemoração é
um costume ocidental nem sempre seguido por outros povos. No Vietnã, por exemplo,
os aniversários não são comemorados individualmente no dia do nascimento – e
sim coletivamente, no ano-novo vietnamita, que segue o calendário lunar e
acontece, em geral, entre os nossos 21 de janeiro e 9 de fevereiro.
Embora
não saibam exatamente quando a tradição surgiu no Ocidente, os historiadores
sabem que a festa já era conhecida na Antiguidade. “Os romanos não apenas
comemoravam o dia do nascimento como tinham um nome para a festa: dies
sollemnis natalis”, diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Universidade
Estadual de Campinas. “Há, por exemplo, um registro do século 2 em que uma
cidadã chamada Cláudia Severa convida sua amiga Sulpícia Lepidina para a
comemoração”, diz.
Outra
tese que reforça a ideia de que foram os romanos os difusores dessa tradição é
a existência de túmulos que registram com precisão o número de anos, meses e
dias no sarcófago – o que indica que eles sabiam o dia exato do nascimento do
sujeito. “Eles também comemoravam outros aniversários, como o da fundação de
Roma, em 21 de abril”, diz Funari.
MENSAGEM
DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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