Como o Espírito é Resgatado
no Velório?
Fernando Rossit 27.09.2018 Doutrina Espirita Comentários desativados em Como
o Espírito é Resgatado no Velório?
O momento
da morte representa um impacto emocional muito forte para a maioria dos seres
humanos. Isto se aplica tanto aos próprios desencarnados como aos seus entes
queridos. Como ninguém sabe ao certo quando será sua morte, ou, em outras
palavras, por quanto durará o resto da sua própria existência física e a dos
seus amigos e familiares, a morte quase sempre representa uma surpresa e um
grande choque emotivo.
Sendo
assim, a preparação para o enfrentamento da complexa transição desencarna tória
consiste em uma tarefa espiritual relevante, urgente e contínua. De fato, a
preparação para a morte, bem como a auto estruturação para a vida requer um
processo de “educação continuada” para o Espírito que almeja passar bem por
estes dois estágios da vida imortal.
COMO AGEM
AS EQUIPES DE RESGATE NOS VELÓRIOS?
Entretanto,
grande número de criaturas desencarna diariamente na Crosta terrestre sem uma
preparação prévia mínima para enfrentar esta difícil transição. O mesmo vale
para a maioria dos amigos e familiares do desencarnado que muitas vezes não
está preparada para encarar adequadamente este tipo de ocorrência, a começar
pelo comportamento de disciplina espiritual requisitada no chamado “velório”.
O velório
consiste em um período de mais ou menos 24 horas em que os indivíduos próximos
“velariam” a alma desencarnado, em etapa preparatória para a fase decisiva e
terminal do processo em questão, que seria a inumação definitiva dos despojos
carnais. O velório funcionaria também como um momento de despedida e de
assimilação emocional do choque por parte dos entes queridos.
Além
disso, o velório ainda apresenta uma relevância pragmática e significativa, que
obviamente tinha uma maior importância nos séculos passados, que consiste em
evitar que o indivíduo seja enterrado vivo. Antigamente, os critérios para
certificação da morte, bem como a assistência médica, eram de qualidade
precária. Isto ocorria em muitos rincões distantes das grandes cidades e em
situações caóticas como a guerra, onde as certidões de óbito não eram
proporcionadas ou eram emitidas de forma irresponsável. Assim, o intervalo de
tempo respeitado desde a pressuposta morte até o enterro seria de vital
importância para que muitas pessoas não fossem inumadas vivas. De fato, há
muitos casos documentados no Brasil e no exterior de indivíduos que “acordaram”
durante o seu próprio velório, em função de estados de letargia ou catalepsia
associados à negligência e/ou imperícia dos responsáveis pela identificação e
caracterização do óbito.
Do ponto
de vista espiritual, a tradição de nossa sociedade de respeitar um período de
vigília entre o óbito propriamente considerado e o enterro é totalmente
justificada. As preces e o amor dos amigos ajudariam muito o desencarnado nessa viagem, muitas vezes perturbadora, para o mundo espiritual. Até porque as
preces e as vibrações ambientes podem gerar, quando realmente elevadas,
barreiras magnéticas que impeçam a presença de Espíritos sofredores e/ou
vampiros que possam vir a prejudicar o desenlace de nosso irmão.
Respondendo
sobre cremação, Emmanuel recomendou que se respeitasse um mínimo de 72 horas
antes de se efetuar tal procedimento, pois isso evitaria sofrimentos
desnecessários para o Espírito desencarnados, uma vez que tal período seria, a
priori, suficiente para o total desligamento dos últimos liames que manteriam o
perispírito conectado ao corpo físico. Tal informação denota que a
desvinculação do perispírito não seria algo trivial e, ademais, demonstra que o
processo crematório pode gerar repercussões em relação ao perispírito do
Espírito que ainda não se libertou totalmente das impressões do corpo. De
qualquer maneira, a recomendação do Benfeitor Espiritual demonstra como é
importante nossa atuação efetiva do ponto de vista espiritual durante o
velório.
Considerando
esse contexto relevante e complexo de natureza espiritual, seria interessante
frisar alguns comportamentos interessantes para todos aqueles que se dirigirem
a um velório:
1)
Somente permanecer presente no velório enquanto puder manter uma postura de
vigilância;
2) Orar
com sinceridade em favor do desencarnado e de sua família, compreendendo que
mais cedo ou mais tarde chegará a nossa hora e que, então, constataremos o
gigantesco valor da prece a nós dirigida em situações como a desencarnação;
3)
Esforçar-se para não lembrar episódios infelizes envolvendo o desencarnado,
compreendendo que todo pensamento tem elevada repercussão espiritual;
4) Estar
sempre disponível para o chamado “atendimento fraterno” com os irmãos
presentes, mas não esquecer que o velório não é uma situação adequada a debates
de natureza filosóficos religiosos;
5)
Respeitar a religião de todos os presentes e os cultos correspondentes a essas
crenças, buscando contribuir efetivamente para a psicosfera de solidariedade do
ambiente mesmo que em silêncio;
6) Não
perder o foco do objetivo maior da presença no velório que é o auxílio
espiritual ao desencarnado e aos familiares assim como aos Espíritos
desencarnados que estejam no local necessitando de auxílio fluídico através da
oração para contribuir no desligamento do desencarnado;
7) Estar
disponível, na medida do possível, para contribuir espiritual e/ou
materialmente com os irmãos presentes, sobretudo aqueles que estiverem sob
maior impacto pela morte do irmão;
8) Se
convidado a enunciar prece ou algumas palavras de homenagem ao desencarnado,
tomar o cuidado de manter sempre a brevidade, a objetividade e o otimismo,
evitando quaisquer imagens negativas que possam ser sugeridas por nossas
palavras em relação aos irmãos presentes, sejam eles encarnados ou
desencarnados;
9)
Aproveitar a ocasião para refletir sobre a impermanência de todas as situações
materiais da vida física, fortalecendo o nosso desejo de amar e servir durante
o tempo que ainda nos resta no corpo físico.
10)
Guardar a certeza de que o Espiritismo é “O Consolador” prometido por nosso
Mestre Jesus e que a mensagem da Imortalidade da Alma desvelada por Jesus e por
Kardec é a base de todas as nossas buscas de amor e fraternidade, bem como
nosso refúgio em momentos dolorosos como a morte, sendo antes de tudo uma
mensagem de alegria e otimismo, verdadeiramente a nossa “Boa Nova”. O CONSOLADOR
| Leonardo Marmo Moreira
Mensagem
divulgada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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