sexta-feira, 22 de junho de 2012

CAPÍTULO VIII-BEM AVENTURADOS AQUELES QUE TÊM OS OLHOS FECHADOS. Em nosso planeta existem pessoas cegas por natureza, os que se fazem de cegos, ou cegos que conduzem cegos. Para as pessoas que se enquadram nestes fatores, devem ter atenta atenção para esta explanação que foi dada por uma pessoa cega por natureza, para a qual foi evocado o Espírito de J.B. Vianney, cura d´Ars. Meus bons amigos por que me haveis chamado? É para me fazer impor as mãos sobre a pobre sofredora que está aqui, e a cure? Ah! Que sofrimento meu Deus! Ela perdeu a vista e as trevas tomaram conta dela. Pobre criança, que ore e espere; não sei fazer “milagres” sem a vontade do Bom Deus. Todas as curas que pude obter e que vos foram assinaladas, não atribuais senão àquele que é o nosso Pai em tudo. Portanto olhai para os Céus todas as vezes que a aflição quiser tomar conta de si, e dizei com todas as forças do seu coração: Meu Pai curai-me, mas fazei de minha alma doente que seja curada, antes que as enfermidades tomem conta do meu corpo. Mais se preciso for, que a minha carne seja castigada para que minha alma possa se elevar até Vós, com a brancura que tinha quando me criaste. Depois desta prece, Deus ouvirá dando-lhe forças e coragem, e talvez a cura que não pediste senão de forma timidamente, como recompensa da Vossa abnegação. Ele vos dirá que aqueles que estão privados da visão são os abençoados da expiação. Que devem lembrar o que Jesus deixou dito, que seria preciso arrancar os olhos se ele fosse mau, e que valeria mais se fosse lançado ao fogo, do que ser a causa da vossa perdição. Ah! Quantos há sobre a Terra que maldirão um dia nas trevas, se tiverem visto a luz! Sim são felizes estes que na expiação são atingidos na vista, onde o seu olho por certo não será alvo de escândalo e de queda; podem viver inteiramente a vida a luz do Espírito, onde podem ver mais que vós, que podem ver as claras. Quando Deus me permite descerrar as pálpebras a algum desses sofredores e devolver-lhes a luz, e digo a mim mesmo: Alma querida, que pena não conheceres as delícias do Espírito que vive de contemplação e de amor! Não pedirias então, que te concedesse ver imagens menos puras e menos suaves, do que as que é te dado entrever na tua cegueira! Bem-aventurados os cegos que querem viver com Deus, muito mais felizes que vós. Eles sentem a felicidade, tocando-a, onde veem as almas, e podem se lançarem com todas elas nas esferas Espirituais. Um olho aberto está sempre pronto para fazer a alma falir, já o olho fechado está sempre pronto a fazê-la alçar para Deus. A verdadeira cegueira é frequentemente a luz do coração, enquanto que a vista é frequentemente o anjo tenebroso que conduz a morte. Finalizando, alguma palavra para ti sofredora, espere e tenha coragem! Se lhe dissesse, minha filha seus olhos vão se abrir, como seria ditoso! E quem sabe se esta mensagem não te perderia? Tenha confiança em Deus que faz a felicidade e permite a tristeza! Ele fará de tudo o que for permitido, mas a seu turno, ora e, sobretudo medita em tudo o que foi dito. Antes que Ele se afaste, vós todos que estais aqui, recebei a benção. Concluindo: Quando a causa da nossa cegueira não é identificada, só pode ter a sua origem na encarnação passada. O que às vezes é chamado de caprichos da sorte, não são outras coisas que a lei das causas e efeitos funcionando, que vem a ser o resultado daquilo que plantamos. Esta lei foi criada por Deus e é executada pela natureza que Ele criou que não inflige punições arbitrárias, onde quer que entre falta e a pena haja sempre relação. Se Ele nos lançou um véu sobre nossos atos passado, nos alerta no presente dizendo: “Quem pela espada fere, perecerá por ela”. Isto quer dizer que sempre será punido por aquilo que plantou, ou pecou para ser mais claro. Portanto aquele que reclamar pela perda da sua visão propriamente dita, deve lembrar que foi através dela que praticou o mau a terceiros. Exemplo. Talvez alguém tenha ficado cego da vista pelo excesso de trabalho imposto por ele, ou em consequência de maus tratos ou da falta de cuidados, etc. O causador desta tragédia ao reencarnar, escolheu essa expiação para pagar as suas dívidas nesta encarnação, ou seja, ficar cego dos olhos. Lembremo-nos das palavras de Jesus: “Se vosso olho vos é motivo de escândalo, arrancai-o”. Portanto irmãos, vamos cuidar com aquilo que plantamos, e vamos tirar dos olhos a nossa venda que nos deixa cegos, e vamos plantar boas sementes para que possamos colher bons frutos. Palavras de Emmanuel: A provação são poucos os que suportam, a lição que raros aprendem. Depois de regulares períodos de paz e ordem, a alma é visitada pela provação que, em nome da Sabedoria Divina, lhe confere os valores e conquistas. Raros, porém são aqueles que a recebem dignamente. O impulso quase sempre, converte-a em falta grave. O impaciente faz dela a escura paisagem de desespero, onde perde as melhores oportunidades de servir. O triste desvaloriza-lhe as sugestões e dorme sobre as probabilidades de auto-superação, em longas e pesadas horas de choro e desalento. O ingrato transforma-a em fragmento de rocha com que apedreja o nome e o serviço de companheiros e vizinhos. O indiferente foge-lhe aos avisos como quem escapa impensadamente da orientadora que lhe renovaria os destinos. O leviano esquece-lhe os ensinamentos e perde o ensejo de elevar-se, por sua influência, a planos mais altos. Só aqueles que a recebem por esmeril renovador conseguem extrair as preciosidades. É por isso que nem todos os aflitos podem ser bem-aventurados, de vez que, somente aproveitando a dor para a materialização consistente de nossos ideais e de nossos sonhos, é que se nos fará possível encontrar a alegria triunfante do aprimoramento em nós mesmos, a que somos todos chamados pela vida comum, nas lutas de cada dia. Bibliografia. O Evangelho Segundo o Espiritismo e Do Livro: Reconforto. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado. Meu blogger: getuliomomentoespirita.blogspot.com Centro Paranaense de Estudos Espíritas. Grupo Irmão Cacique. Trabalho às Quintas Feiras, às 14 horas. Rua. Lamenha Lins, 1.925/1.927. Curitiba. PR

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