quarta-feira, 19 de junho de 2013

CAPÍTULO XIII. QUE A MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE FAZ A DIREITA. FAZER O BEM SEM OSTENTAÇÃO. Aquele que pratica o bem com segundas intenções, não é bem visto pelo Poder Celestial. Antigamente os Escribas e os Fariseus que usavam longas túnicas, gostavam de orar em praça pública e faziam questão de se sentarem nas primeiras filas aonde iam, tudo como sempre com a intenção de conseguir adeptos e ficarem famosos, mas no fundo aqueles que abdicavam a este caminho acabavam lhe custando caro, com as tais preces pagas, batizados, recomendação do corpo e outros. Pois é, no nosso Evangelho ele recomenda que não façamos as nossas boas obras diante da humanidade, para sermos vistos por eles. Recomenda-nos que quando dermos esmolas, que a mão esquerda não saiba o que fez a direita. Isto quer dizer, que devemos fazer as coisas sem que a pessoa saiba o que estamos fazendo de bem para ela. A pessoa que pratica o bem e espera recompensa aqui, quando chegar aos Céus não terá direito a nada, porque já ganhou aqui, porque o Pai Celestial tudo vê. Jesus por certo dirá: “Já recebeu a sua recompensa”. Com isso Ele quis dizer, que já teve seu pagamento recebido aqui, e Deus não lhe deve nada, e sim a punição pelo seu orgulho e vaidade. Existem sim aqueles que prestam serviço com a esperança de ser reconhecido publicamente. Tem também aqueles que fazem suas doações, na esperança de se salvarem, mas não são capazes de darem uma moeda no anonimato. Renunciar a satisfação aqui é ser superior as coisas materiais, e sim se preparar para a vida futura. Tem gente que me pergunta, por que pensar na vida futura se estão vivendo aqui na material. Ora é simples de responder, será que não é bom sabermos o que nos espera, e irmos nos preparando para praticarmos a verdadeira caridade sem querer nada em troca. A frase, que quer dizer, que a mão esquerda não saiba o que faz a sua mão direita, claro que foi dita de uma forma alegórica por Jesus, primeiro porque falava por parábolas, e segundo se falava desta maneira era para que o povo daquela época pudesse entender. Naquela época havia aqueles que se faziam de modestos, mas o que procuravam era garantir que o bem feito discretamente na realidade pudesse ter tido a sua plateia. Estes também serão aqueles que por certo receberão sua recompensa aqui no nosso planeta. Na vida existem dois tipos de caridade, a material e a moral. A moral vem a ser aquela que ajuda seu próximo sem ferir o amor próprio da pessoa e sua dignidade, sendo ela que vem a transformar uma esmola em serviço e não o contrário, porque existe sempre o orgulho e a maldade em humilhar quem passa pela necessidade. Existem muitas pessoas que doam de tudo, e pagam para fazerem preces por elas e sem a garantia que obterão esta dádiva, porque Deus não vende seus serviços, tudo como já dissemos, com o intuito de se salvarem, mas o maior pecador é aquele que cobra para fazer isso porque não da garantia dos seus serviços. Ora para se cobrar teríamos que comprar de Deus, e como já escrevemos Ele não vende jamais os seus benefícios, e da à cada um segundo as suas obras. Portanto irmãos quando derem esmolas, ou praticarem a caridade, que não se resume apenas em esmolas, vamos fazer sem que a pessoa saiba daquilo que desejamos a ela. Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

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