O LIVRO DOS ESPÍRITOS.CAPÍTULO VII. DA VOLTA DO ESPÍRITO À
VIDA CORPORAL.
A INFÂNCIA.
O Espírito que anima o corpo físico de uma criança, pode ser
tão desenvolvido quanto a de um adulto, e até mais, se mais progrediu. Apenas a
imperfeição dos órgãos o impede de se manifestar como adulto.
Principalmente o órgão da inteligência que não lhe dá a
intuição de pensar assim. Sua inteligência é limitada enquanto não lhe
amadurece a razão. A perturbação que o ato da encarnação produz no Espírito não
cessa de súbito, por ocasião do encarne. Se dissipa à medida que os órgãos se
desenvolvam.
Quando desencarna readquire imediatamente o seu precedente
vigor, pois se vê desembaraçado do corpo carnal. Mas a anterior lucidez só vem
quando ele tenha se separado do corpo carnal por completo. As vezes tem
Espíritos que ainda ficam arreigados as coisas materiais. Tudo dependendo do
seu grau de evolução.
Quando encarnado, durante a infância ele não sofre do
constrangimento que a imperfeição dos órgãos lhe impõe. Este estado é correspondente
uma necessidade na ordem da natureza, e de acordo com as vistas da Providência.
Tudo isto lhe serve como repouso do Espírito.
A utilidade de passar pela infância, quando encarnado, tem
como objetivo a de se aperfeiçoar, onde neste período as impressões são capazes
de o auxiliarem no adiantamento, para contribuírem os incumbidos de educa-lo.
O choro vem a ser a primeira manifestação da criança ao
nascer, para estimular o interesse da genitora provocar os cuidados que ele
precisa.
A mudança que se opera no caráter do Espírito encarnado em
certa idade ao sair da adolescência, é que ele retoma a natureza que lhe é
própria e se mostra qual era.
Geralmente os Espíritos que reencarnam em nossas famílias,
vem de mundos diferentes e com hábitos diferente dos nossos. Daí existe a
necessidade de passarem pela infância, onde seus pais lhe darão o entrosamento
necessário com o nosso mundo.
Quando eles reencarnam, os pais não sabem dos seus extintos,
de seus predicados, onde tudo isto só vem com o tempo necessário para isso.
Tudo isto está estampado nas leis de Deus, pois quando
desencarnarmos teremos que passar por uma espécie de infância, entre novos
irmãos.
E quando reencarnarmos por certo ignoraremos os hábitos, os
costumes, as relações que se observam nesse mundo, para nós novo.
A infância também tem outra utilidade, onde os Espíritos
entram na vida material, para se aperfeiçoarem e para se melhorarem. E com a
sua delicadeza da idade infantil os torna brandos, e acessíveis aos conselhos
da experiência e dos que que devam fazê-lo progredir. É nesta fase que devam
fazê-los progredir, podendo reformar os caracteres e reprimir os maus pendores.
Assim a infância é não só útil e necessariamente
indispensável, mas também uma consequência natural das leis que Deus
estabeleceu e que regem o universo.
Bibliografia: O Livro dos Espíritos.
Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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