quinta-feira, 5 de maio de 2016

CAPÍTULO III
 A alma no instante da morte do corpo físico, volta a ser Espírito, ou seja, retorna ao mundo dos Espíritos que ela havia deixado temporariamente.
 A alma conserva a sua individualidade após a morte do corpo, não a perdendo jamais. O que seria ela se não a conservasse.
A alma constata a sua individualidade, não tendo mais o corpo material, porque tem um fluido que lhe é próprio, que tira da atmosfera do seu planeta e que representa a aparência da sua última encarnação: seu períspirito.
A alma leva deste mundo nada mais que a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor. Essa lembrança é cheia de doçura ou de amargor, segundo o emprego que tenha dado à vida. Quanto mais pura para ela for, mais compreenderá a futilidade daquilo que deixou na Terra.
 O conjunto dos Espíritos quando está numa assembleia, faz parte da mesma e, não obstante, conservas a sua individualidade.
Prova que podemos ter da individualidade da alma após a morte. Não temos esta prova pelas comunicações que obtendemos, se não estivermos cegos, veremos; e se não estivermos surdos, ouviremos; pois frequentemente uma voz nos fala e nos revela a existência de um ser que está ao nosso redor.
Comentário de KardecOs que pensam que a alma, com a morte, volta ao todo universal, estarão errados, se por isso entendem que ela perde a sua individualidade, como uma gota d’água que caísse do oceano. Estarão certos, entretanto, se entenderem pelo todo universal o conjunto dos seres incorpóreos de cada alma ou Espírito é um elemento.
Se as almas se confundissem no todo, não teriam senão as qualidades do conjunto, e nada as distinguiria entre si; não teriam inteligência nem qualidades próprias. Entretanto, em todas as comunicações elas revelam a consciência do eu e uma vontade distinta. A diversidade infinita que apresentam, sob todos os aspectos, é a consequência da sua individualização. Se não houvesse, após a morte, se não o que se chama o Grande Todo, absorvendo todas as individualidades, esse todo seria homogêneo e, então, as comunicações recebidas do mundo invisível seriam todas idênticas. Desde que encontramos seres bons e maus, sábios e ignorantes, felizes e desgraçados, e dede que os há de todos os caracteres: alegres e tristes, levianos e sérios etc., é evidente que se trata de seres distintos.
A individualização ainda se evidencia quando esses seres provam a sua identidade através de sinais incontestáveis, de detalhes pessoais relativos à vida terrena e que podem ser contestados; ela não pode ser posta em dúvida, quando eles se manifestam por meio de aparições. A individualidade da alma foi teoricamente ensinada como um artigo de fé, mas o Espiritismo a torna patente, e de certa maneira material.
A vida do Espírito é eterna; a do corpo é transitória, passageira. Quando o corpo morre, a alma retorna à vida eterna.
Seria mais exato chamarmos a vida eterna a dos Espíritos puros, que, tendo atingido o grau de perfeição, não têm mais provas a sofrer.
Essa é a felicidade eterna. Mas tudo isto é uma questão de palavras, e como quisermos, desde que entendamos assim.
Bibliografia: O Livro dos Espíritos.
MENSAGEM ESCRITA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO


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