ALEGRIA DO
TRABALHO.
Um grande
pesquisador da alma humana, interessado em estudar os sentimentos alimentados
no íntimo de cada ser, resolveu iniciar sua busca junto àqueles que estavam em
pleno exercício de suas profissões.
Dirigiu-se, então,
a um edifício em construção e ali permaneceu por algum tempo a observar cada um
daqueles que, de uma forma ou de outra, faziam com que um amontoado de
materiais fossem tomando forma de um arranha-céu.
Depois de observar
cuidadosamente, aproximou-se de um dos pedreiros que empurrava um carrinho de
mão, cheio de pedras e lhe perguntou:
Poderia me dizer o que está fazendo?
O pedreiro, com
acentuada irritação, devolveu-lhe outra pergunta:
O senhor não está vendo que estou carregando pedras?
O pesquisador andou
mais alguns metros e inquiriu a outro trabalhador que, como o anterior, também
empurrava um carrinho repleto de pedras:
Posso saber o que você está fazendo?
O interpelado
respondeu com presteza:
Estou trabalhando, afinal, preciso prover meu próprio sustento e da
minha família.
Mais alguns passos
e o estudioso acercou-se de outro trabalhador e lhe fez a mesma pergunta.
O funcionário
soltou cuidadosamente o carrinho de pedras no chão, levantou os olhos para
contemplar o edifício que já contava com vários pisos e, com brilho no olhar,
que refletia seu entusiasmo, falou:
Ah, meu amigo! eu estou ajudando a construir este majestoso edifício!
* * *
Neste relato
singelo, encontramos motivos de profundas reflexões acerca do trabalho.
Em primeiro lugar,
devemos entender que o trabalho não é castigo: é bênção. Deve, por isso mesmo,
ser executado com prazer.
E o meio de
conseguirmos isso consiste em reduzir o quanto possível o cunho egoístico de
que o mesmo se reveste em nosso meio.
O trabalho é lei da
natureza, mediante a qual o homem forja o próprio progresso, desenvolvendo as
possibilidades do meio ambiente em que se situa, ampliando os recursos de
preservação da vida.
Desde as imperiosas
necessidades de comer e beber, defender-se das intempéries até os processos de
garantia e preservação da espécie, o homem se vê compelido à obediência à Lei
do trabalho.
O trabalho, no
entanto, não se restringe apenas ao esforço de ordem material, física mas,
também, intelectual, pelo labor desenvolvido, objetivando as manifestações da
cultura, do conhecimento, da arte, da ciência.
Dessa forma,
meditemos no valor do trabalho, ainda que tenhamos que enfrentar tantas vezes
um superior mal humorado, um subalterno relapso, porque as Leis Divinas nos
situam exatamente onde necessitamos. No lugar certo, com as pessoas certas, no
momento exato.
Convém que
observemos a natureza e busquemos imitá-la, florescendo e produzindo frutos
onde Deus nos plantou.
E, se alguém nos
perguntar o que estamos fazendo, pensemos bem antes de responder, pois da nossa
resposta depende a avaliação que as leis maiores farão de nós.
Será que estamos
trabalhando com o objetivo de enriquecer somente os bolsos, ou pensamos em
enriquecer também o cérebro e o coração?
Redação do Momento Espírita.
Em 29.01.2010.
Em 29.01.2010.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM
GETULIO PACHECO QUADRADO
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