Exposição:
<cacs> Saudações
a todos:)
Meu nome é Carlos Alberto, sou frequentador do Núcleo de Caridade
Espírita Irmão Joe, situado no bairro da Piedade no Rio de Janeiro.
Como a Doutrina Espírita vê o dia de finados?
O dia de finados está relacionado com a morte.
Logo, para falarmos de finados, temos que falar da morte.
Como a Doutrina Espírita vê a morte?
A Doutrina Espírita nos mostra que somos Espíritos
eternos e imortais. Quando encarnados, temos o corpo físico, o corpo
espiritual (o perispírito) e o Espírito. Quando desencarnados, temos o corpo
espiritual e o Espírito.
A vontade, a inteligência, as emoções, estão no
Espírito.
Logo percebemos que a morte como comumente
escutamos, não existe. Ninguém morre, no sentido de acabar, pois o Espírito,
conforme dissemos no início é eterno e imortal.
A morte então é uma passagem do plano físico para
o plano espiritual, para um descortinar de uma nova existência, mais
pulsante, mais bela.
Para isso, é preciso que desenvolvamos nossas
qualidades morais, de acordo com os ensinamentos de Jesus.
Embora tenhamos um grande desenvolvimento
intelectual, a morte ainda não é bem entendida para a maioria de nós, mesmo os
espiritualistas e os espíritas.
Em que sentido falamos isso ? No sentido do
apego. Embora já tenhamos alguns conceitos bem delineados em nossa mente, o
coração não responde adequadamente a estes conceitos.
O resultado é que temos visto uma enorme quantidade
de espíritos desencarnados expressarem suas dificuldades na vida de além-túmulo,
com relação às saudades de seus entes queridos, realidade que não é diferente
para nós que estamos encarnados. Por nosso apego em demasia, criamos
situações extremamente desconfortantes, onde entramos em grande desequilíbrio
nos momentos de separação.
Não queremos aqui dizer que aquele que compreende
a morte não possa sofrer, mas sofrer resignadamente, acreditando antes de
tudo em Deus, em sua infinita Misericórdia e vontade.
É preciso modificar a nossa idéia acerca da vida,
que não se resume a vida material, mas essencialmente a vida espiritual.
É preciso desenvolver a nossa fé em Deus, é
preciso sedimentarmos esta fé, eu diria, e termos absoluta certeza que as
nossas preocupações são normalmente infundadas, pois acima de nós estará
sempre nosso PAI.
Nossos filhos, nossos pais, são empréstimos que
Deus em sua profunda misericórdia nos concede, para que possamos nos
desenvolver cada vez mais os nossos instintos, transformando-os em
sentimentos para que mais tarde possamos este sentimento enobrecido se torne
aquele AMOR que Jesus exemplificou para todos nós.
Além do mais, o nosso desequilíbrio, seja neste
ou no plano espiritual, perturba diretamente aqueles que dizemos amar.
Que amor então é esse, que em vez de pacificar,
que em vez de fazer o bem, acaba prejudicando?
O dia de finados deve ser visto então como mais
um dia em que devemos elevar nosso pensamento a Deus, orando fervorosamente
por aqueles que já partiram, para que esta prece, feita sempre de coração,
possa ser o bálsamo, possa ser o refrigério, para aqueles que nós amamos e já
partiram para a pátria espiritual.
Aliás, a prece está entre os maiores bens que
podemos fazer em benefício daqueles que já partiram.
Se quem partiu está na condição de sofrimento ou
de perturbação, a prece será de grande benefício.
Se quem partiu está consciente, lúcido de sua
realidade espiritual, da mesma forma, a prece chegará como um bálsamo ao
coração de quem amamos, pela lembrança e pelo carinho.
Logo, se somos ligados pelos pensamentos, e o
podemos fazer mais fortemente através da prece, podemos entender que não é
necessário o nosso deslocamento no dia de finados até o cemitério, para
transmitirmos os nossos melhores sentimentos.
Não vai aqui nenhuma condenação, pois cada um
está dentro do seu campo de entendimento, mas como espíritas, podemos vibrar
positivamente de onde estivermos.
Busquemos então desenvolver cada vez mais a nossa
fé raciocinada, aquietando nosso coração com a certeza que ninguém neste
universo está desamparado, que Deus protege a cada um de seus filhos, para
que evitemos o engano de nos sentirmos insubstituíveis.
Mais do que sabermos, é preciso que sintamos.
Deus não pode estar somente em nossas mentes, apenas em um conjunto de
definições.
Quando a preocupação com um ente que já partiu
apertar, lembremos antes de tudo que Deus olha por ele.
Temos visto muitas vezes nas sessões de
desobsessão, relatos pungentes, principalmente de mães, que ficam
desesperadas por não poderem cuidar mais de seus filhos. Na verdade não
percebem que quanto maior o desespero, menor a condição de ajudarmos e sermos
ajudados.
Confiemos sempre em Deus. O PAI sabe o que faz,
onde Suas leis são perfeitas.
Estes são os apontamentos que temos acerca do dia
de finados. Que Deus abençoe a todos nós.
MENSAGEM COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO
PACHECO QUADRADO.
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