quinta-feira, 18 de abril de 2019

A SEXTA FEIRA SANTA PARA NÓS OS ESPÍRITAS.


A Sexta-feira Santa para nós os Espíritas.

Nós encaramos a Sexta-feira da Paixão, como uma sexta-feira normal, embora reconheçamos a importância dela para certas religiões.
Também não adotamos o Senhor Morto, onde não revivemos a tragédia que Jesus foi levado.
Para nós Jesus vive em Espírito e verdade, e trabalha em prol da Humanidade, onde colocamos em prática os exemplos e mensagens de Jesus, inclusive o da imortalidade do Espírito.

Na nossa Doutrina Espírita, a morte do corpo físico vem a ser a ser a volta do Espírito para o mundo espi
ritual. Portanto, não há necessidade de se relembrar sempre com tristeza a data, que seria o mesmo que todo ano estaríamos o crucificando.
Nos os Espíritas afirmamos que Jesus falava a todos, reconhecendo a importância das reencarnações futuras, porque sabia que o povo ainda não estava preparado para suportar sua mensagem.
Nós do Espiritismo defendemos a ressurreição de Cristo, mas a ressurreição do espírito. O espírito reaparece em um novo corpo perisspiritual, sem nunca ter desaparecido. O fenômeno da morte do corpo físico liberta a individualidade do Espírito que é imortal, e que vive e sobrevive ao trespasse do corpo físico.
A Sexta-feira Santa segundo a nossa Doutrina, é uma data em que o Mestre em sua infinita bondade e misericórdia, se propôs viver entre os humanos, porque a humanidade não eram capazes de compreender apenas pelo amor.
Por isso foi preciso que Jesus se fizesse humano entre a humanidade, e descesse do mais absoluto e elevado plano da Espiritualidade para se fazer humilde carpinteiro entre os seres encarnados cruéis e sem compreensão.
Ao se fazer humano, o Mestre se fez humilde e piedoso. Dessa forma nos sentimos mais próximos Dele, conforme a nossa Doutrina.
Com isso, sabemos que Ele esteve aqui, que conviveu com as misérias do povo da época viciosos e forjados no erro, e mesmo assim entregou-se ao testemunho da fé, para os fazer compreender a maior lição de todos os tempos:  que a morte do corpo físico se da apenas numa passagem.
Com isso confirmou que a morte não existe, e sim o adeus ao corpo carnal, e que o Espírito é eterno, e ao se desprender da matéria que começa a Verdadeira Vida nas moradas do Pai Celestial.
Assim, afirmamos na questão da ressurreição, que acreditamos que Jesus apareceu à Maria de Magdala e aos discípulos com seu corpo espiritual, que chamamos de perispírito.
Na nossa Doutrina Espírita entendemos que não houve uma ressurreição corporal, física. Jesus de Nazaré não teria precisado quebrar as leis naturais do nosso mundo para firmar o seu conceito de missionário. A sua Doutrina de amor e perdão é muito maior que qualquer milagre, até mesmo a ressurreição.

A Sexta-feira denominada santa pelos católicos, a lembramos, mas não há atividade especial como as procissões católicas, por que não adotamos ritos, cultos ou formalidades. As atividades nos nossos Centros Espíritas são apenas grupos de estudo, grupos mediúnicos, atendimento fraterno, seguindo uma rotina normal.
A nossa intenção a frente a estas datas está no cumprimento dos ensinamentos morais que elas nos trazem, e de nada adiantaria seguirmos a risca os rituais ensinados pelas igrejas se suas atitudes íntimas não são “santas”.
A Sexta-feira ela nos faz termos uma reflexão mediante a libertação espiritual, sendo um sentido bem mais amplo.
Vemos Jesus como um mestre por excelência, um educador que ensina-nos como agir rumo ao sumo bem. Não seria o derramamento do sangue do Cristo que teria significado, mas toda sua trajetória.
Jesus inaugurou uma nova fase pautada na compreensão de Deus que é Pai, Misericordioso, que acolhe os que sofrem e que não desampara. O próprio Jesus que traz como marca maior o servir e o amar ambos como exercício da humildade.
Para nós, Jesus desconstrói verdades recolocando em seu lugar outras. Por isto a humanidade não conseguiu suportá-lo.
Na Sexta-feira denominada Santa pelos católicos, na nossa Doutrina Espírita, não há restrição à carne vermelha e em qualquer outra data. Consideramos essa restrição uma prática de outra religião que respeitamos, mas não adotamos.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

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