Nasci em berço Espírita, e graças a Deus agradeço a Ele por ter me dado a oportunidade de ajudar o nosso próximo dentro dessa, a qual não sou fanático, mas a amo.
A minha mediunidade é intuitiva e inspirada, a qual tenho por incumbência divulgar a Doutrina Espírita.
Curitiba.PR.Brasil.
Estou desenvolvendo a minha mediunidade num trabalho a tarde das sexta feiras, às 14,45 horas.
Meu hotmail:getulicao@hotmail.com
A depressão é uma doença espiritual. Quando estamos deprimidos o nosso espírito é que sente uma dor profunda, um
desalento sem tamanho e uma tristeza infinita. Quando nos sentimos dessa forma passamos para o nosso físico a mensagem de
que não queremos mais continuar e despejamos no nosso físico toda nossa
infelicidade e adoecemos. A depressão também nos afasta na nossa vontade de reagir e de viver. Além disso, enxergamos inimigos em todos os lugares, pois esse é o nosso
campo vibratório. Não só enxergamos como atraímosEspíritos também deprimidos, que
querem tirar proveito do nosso estado de fragilidade espiritual. Acordemos irmãos! Voltemos os nossos olhos para a Luz. Todos somos filhos do Pai. Quando nos desligamos desse estado de vítima no qual nos colocamos, sentimos
a brisa da esperança soprando mesmo de leve e virando nossos olhos para a
verdadeira luz. Façamos o nosso pequeno esforço de querer sair desse estado de tristeza e de
desespero. Vistamos com a nossa roupa de coragem e da fé e iniciaremos uma nova rota em
nossa vida.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM
GETULIO PACHECO QUADRADO.
Durante as
nossas vidas, todos nós passamos por momentos de tristeza.
Os motivos
que nos levam a esta são variados, uns perfeitamente justificáveis, outros de
fácil superação.
Por
exemplo: Ficamos tristes com a desencarnação ou com a enfermidade de um ente
querido, com tragédias, com problemas de solução difícil e desconhecida, com
insucessos e decepções. Ou pode ser com o cansaço, as carências, as
dificuldades profissionais e financeiras, ou talvez de relacionamento.
Mas com
tudo isto devemos verificar, que nem sempre isto ocorre conosco, sem que
possamos explicar. E assim acabamos tendo estes momentos felizes, embora
estejamos passando pelos problemas acima citados.
É como se
sentíssemos que dentro do nosso coração que existe um passarinho cantando
dentro dele, isto enquanto passamos por situações difíceis e aparentemente
intermináveis.
Mas vamos
raciocinar, porque então ficamos tristes?
Talvez por
termos a nossa consciência em desarmonia com as leis Divinas, ou com alguém.
Mas devemos saber que desde que nascemos temos enfrentado inúmeras experiências,
ou seja, problemas. Uns que nos deixaram pacíficos, outras que nos deixaram
apreensivos.
Por isso
que periodicamente sentimos uma imensa saudade dos tempos lauréis.
Então neste
caso temos uma vida toda para começarmos a plantar boas sementes, para podermos
colhê-la lá na frente. Procurando enfrentar as dificuldades com entusiasmos,
sempre com objetivos superiores, e não se deixar abater pelos espinhos que
podemos ter para chegar nisto.
O que
podemos recomendar e esclarecer vem a ser o seguinte:
Quanto
estamos reencarnando, é colocado para nós situações que ficamos devendo no
passado, e somos nós que as escolhemos. Se assim não fizermos eles escolherão.
É por isso
que na vida terrena reencarnam Espíritos de toda natureza, simplesmente para se
redimirem daquilo que ficaram devendo. Cada um de nós trás consigo a sua cruz
para carregar, e temos que carrega-la porque Deus não permite que carreguemos
um peso maior do que podemos. Com isso o planeta que nos acolheu, é o de espia
e talvez o ranger de dentes para alguns. Mas para nós particularmente temos que
construir o nosso mundo particular, procurando acima de tudo ser útil,
procurando boas amizades, boas músicas, lazer, pois a vida é feita de 24 horas,
sendo oito para trabalhar, oito para descansar e oito para lazer. E não devemos
esquecer dos exercícios físicos, hoje existe as academias de rua, onde podemos
caminhar e prestar os exercícios. Mas também devemos lembrar de ir ao Centro
Espírita recarregar as suas baterias de amor. Temos que combater também a
preguiça, o cansaço, e outras coisas ruins, e procurar as boas. O que não
podemos é estacionar, e ficarmos parados. Temos que fazer alguma coisa que nos
agrade.
O que não devemos
deixar é de se levar pela melancolia, pois se deixarmos levar por ela,
baixaremos de sintonia e teremos Espíritos que pensam desta natureza a conviver
conosco.
É por isso
e é verdade, que o pensamento positivo acaba atraindo Espíritos positivos, e se
pensarmos ao contrário teremos os negativos.
Inclusive
no nosso Evangelho tem justamente um tema chamado de “A Melancolia” que fala
sobre isto.
Quando
estivermos se sentindo só e parecer que tudo é errado do nosso lado, vamos
elevar os nossos pensamentos a Deus através de Jesus, e pedir a Ele que se
tiver alguma entidade negativa perto de nós jorrando maus pensamentos e fluidos
negativos, que vão para um aprendizado. Com isto estaremos nos defendendo e
praticando a verdadeira caridade.
Somos
favoráveis que a pessoa se trate com o médico terreno e com o espiritual junto
a um Centro Espírita que pratica o Espiritismo de Kardec.
Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco
Quadrado.
O que é o bem? E o mal? O mal é ausência do bem? Onde está a origem do
mal? Em Deus? Nos Homens? Utilizamos essas perguntas para a introdução deste
tema, que se subdividirá em: a origem do mal, as necessidades humanas e o bem
versus o mal.
2. CONCEITO
Bem – Designa, em geral, o acordo entre o que uma
coisa é com o que ela deve ser. É a atualização das virtualidades inscritas na
natureza do ser. Relaciona-se com perfeito e com perfectibilidade. Segundo o
Espiritismo, tudo o que está de acordo com a lei de Deus.
Mal – Para a moral, é o contrário de bem.
Aceita-se, também, como mal, tudo o que constitui obstáculo ou contradição à
perfeição que o homem é capaz de conceber, e, muitas vezes, de desejar. Divide-se
em: mal metafísico(imperfeição); mal físico (sofrimento);
mal moral ("pecado"). Segundo o Espiritismo, tudo o que não
está de acordo com a lei de Deus.
3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A questão das mudanças de nossas avaliações é um dos pontos centrais
para o entendimento do bem e do mal. Malinovsky, etnólogo polonês, estudando a
moral sexual dos selvagens australianos, chegou à conclusão de que tudo o que
entre nós é considerado válido e até santo, lá é considerado mal. Embora haja
uma moral objetiva, traçada pelas leis divinas, só captamos o que nossa visão
interior consegue abarcar. O valor das coisas está constantemente alterando-se,
principalmente devido à educação cultural dos diversos povos. O valor, por sua
vez, pode ser entendido como: valor moral (refere-se à ação); valor
estético (refere-se ao dever-ser); valor religioso (refere-se
ao sentimento de temor ou de confiança na divindade). Sendo assim, um fato pode
ser analisado, respectivamente, como proveniente de uma ação má, feia
ou "pecaminosa".
De acordo com a Doutrina Espírita, o problema do bem e do mal está
relacionado com as leis de Deus e o progresso alcançado pelo Espírito ao longo
de suas várias encarnações. É o que veremos a seguir.
4. ORIGEM DO BEM E DO MAL
4.1. O MAL NÃO PODE TER ORIGEM EM DEUS
Muitos pensam que Deus, que é o criador do mundo e de tudo o que existe,
também é o criador do mal. Para tanto, as religiões dogmáticas elaboraram uma
série de raciocínios sobre a demonologia, ou seja, o tratado sobre o
diabo. Baseando-nos nessas imagens, seríamos forçados a crer que existem dois
deuses, digladiando-se reciprocamente. A lógica e os ensinamentos espíritas
apontam-nos, porém, para a existência de um único Deus, que é a inteligência
suprema, causa primária de todas as coisas. Como um de seus atributos é ser infinitamente
bom, Ele não poderia conter a mais insignificante parcela do mal. Assim,
Dele não pode provir a origem do mal. Mas o mal existe e deve ter uma origem.
Onde estaria? (Kardec, 1975, cap. III)
4.2. A CAUSA DO MAL
O mal existe e tem uma causa. Há, porém, males físicos e morais. Há os
que não se pode evitar (flagelos) e os que se podem evitar (vícios.) Porém, os
males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm
do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus
excessos em tudo. No que tange aos flagelos naturais, o homem recebeu a
inteligência e com ela consegue amenizar muito desses problemas.
No sentido moral, o mal só pode estar assentado numa determinação
humana, que se fundamenta no livre-arbítrio. Enquanto o livre-arbítrio não
existia, o homem não cometia o mal, porque não tinha responsabilidades pelas
suas ações. Conforme os amigos espirituais foram nos facultando tal liberdade,
tivemos que fazer escolhas e com isso errar e consequentemente praticar o mal.
4.3. O PRINCÍPIO DO BEM E DO MAL
O bem e o mal como princípios podem ser encontrados no livro da
natureza. O conhecimento deles requer experiência. Tomemos as figuras de Adão e
Eva. Eles comeram o fruto proibido, instigados pela serpente. Para conhecerem o
bem e o mal, tiveram de prová-los. Mas Adão pode ter pensado: não vou ligar
para isso, pois foram a serpente e a Eva que me tentaram. Porém, nesse momento,
Deus passa-lhe a noção de responsabilidade. A "consciência
moral" começa com a responsabilidade.
Quando começarmos a dar valor à moral, nosso progresso começa a se
fundamentar. O Espírito André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos,
psicografado por Francisco Cândido Xavier, traça-nos a trajetória do princípio
inteligente através dos vários reinos da natureza. O princípio inteligente é
conduzido pelos "Operários Espirituais". A repetição dos atos cria a
herança e o automatismo. Ao adentrar na fase hominal, ele adquire o pensamento
contínuo, o livre-arbítrio e a razão. Aos poucos esses operários espirituais
vão entregando o aprendizado ao livre-arbítrio, sob a própria responsabilidade.
5. NECESSIDADES HUMANAS
5.1. O QUE É UMA NECESSIDADE?
Necessidade é a consciência de que nos falta algo. Por que nos falta
algo? Porque a necessidade, sendo um estado de espírito e um atributo do homem
subjetivo, impõe ao homem este ou aquele desejo. As necessidades podem ser: a) prioritárias:
comer, beber, dormir etc.; b) secundárias: vestir-se bem, passear,
cinema etc.
Em termos espirituais, as necessidades vão se depurando conforme vamos
galgando novos degraus de evolução espiritual. Há, assim, muita sabedoria no
provérbio: "Deus, livra-me das minhas necessidades". Deveríamos
deixar de lado os apetites da carne e nos direcionarmos para os anseios do
Espírito.
5.2. VÍCIOS
Os vícios são as ações que tendem para mal. Allan Kardec diz: "Se o
homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, não há duvidar de que
se pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra". O animal,
por exemplo, só come para preservar a sua vida; o homem, dotado de
inteligência, come mais com os olhos do que com a boca. O vício surge não pelo
fato de atender a necessidades, mas no excesso que com que se atende a
necessidades. Há um ditado que diz: "devemos comer para viver e não viver
para comer". Nesse sentido, a pessoa que se alimenta em demasia acaba se
tornando glutão, o que lhe impede de estar bem com o seu físico. O mesmo se diz
daquele que se excede nas bebidas alcoólicas, na sexualidade etc. É preciso,
pois, relembrar que todos sofreremos as consequências de nossas ações, quer
sejam boas ou más. (Kardec, 1975, cap. III)
5.3. DOR
A dor é teleológica e leva consigo um destino. É um alerta da natureza,
que anuncia algum mal que está nos atingindo e que precisamos enfrentar. Se não
fosse a dor, sucumbiríamos a muitas doenças sem sequer nos dar conta do perigo.
Por ela podemos saber o que fomos e, também, o que tencionamos ser. Ela é
sempre positiva; no sofrimento, estamos purgando algo ou preparando-nos para o
futuro. De acordo com Allan Kardec, "A dor é o aguilhão que impele o
Espírito para frente, na senda do progresso". Se o Espírito nada tivesse a
temer, nenhuma necessidade o induziria a procurar o melhor; ficaria inativo,
como entorpecido. Reportando-nos à alimentação, poder-se-ia dizer que ao
ingerirmos alimentos em excesso, teríamos um mal-estar físico, uma espécie de
sentinela do equilíbrio.
6. BEM VERSUS MAL
6.1. ESTENDER O BEM
"Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o
mal com o bem".
— Paulo. (Romanos, 12, 21)
O Espírito Emmanuel lembra-nos de que a natureza é pródiga em nos
oferecer exemplos vivos para a nossa mudança comportamental. Depois de um
temporal (mal), em que parece ter destruído a paisagem, novas forças
congregam-se para a obra de refazimento: "O sol envia luz sobre o lamaçal,
curando as chagas do chão, o vento acaricia o arvoredo e enxuga-lhe os ramos, o
cântico das aves substitui a voz do trovão... A árvore de frondes quebradas ou
feridas regenera-se, em silêncio, a fim de produzir novas flores e novos
frutos". Incita-nos, com isso, a aprender com a natureza, ou seja, mesmo
sofrendo os maiores dos males, deveríamos nos concentrar no bem, estendendo-o ao
infinito, porque o mal é passageiro e fruto da ignorância humana. (Xavier, sdp,
cap. 35)
6.2. DESERTOR DO BEM
Se soubéssemos, de antemão, o tributo de dor que a vida nos cobrará,
evitaríamos o homicídio, a calúnia, a ingratidão e o egoísmo. O mesmo sucede
com aquele que se esquiva do bem. O Espírito Emmanuel diz: "Se o desertor
do bem conseguisse enxergar as perigosas ciladas com que as trevas lhe furtarão
o contentamento de viver, deter-se-ia feliz, sob as algemas santificantes dos
mais pesados deveres". Lembremo-nos de que viemos a este mundo para
cumprir uma missão, um dever. Nesse sentido, a esposa de Heidegger dizia que
Deus tinha condenado o seu marido a ser filósofo. Para nós outros, que nos
compenetramos da necessidade de praticar o bem, poderíamos dizer que Deus nos
condenou a ser benevolente. (Xavier, sdp, cap. 38)
6.3. RESISTIR AO MAL
Jesus dizia que o joio deveria crescer junto com o trigo. Contudo, no
momento aprazado separaria um do outro. O trigo representa o bem; o joio, o
mal. Os dois devem crescer juntos, ou seja, não há dualismo entre um e outro,
pois o mal é sempre visualizado como a ausência do bem. Ele só surge quando o
bem não se fez presente. É como o ladrão que rouba. Ele só rouba porque não
houve antes uma prevenção.
Resistir ao mal significa suportar pacientemente a sua presença, mas sem
perder de vista o bem. Haverá tentações, desânimo, mal-entendidos e
incompreensões alheias. Nada disso deve tirar o ensejo de continuarmos firmes
em nossa jornada evolutiva, pois "a seu tempo ceifaremos se não houvermos
desfalecidos".
7. CONCLUSÃO
Não nos detenhamos apenas em praticar atos de caridade; sejamos também
caridosos. Auxiliemos o próximo, não por uma espécie de convenção social, mas
como um arroubo que parte do íntimo de nosso coração.
8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o
Espiritismo. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975.XAVIER, F. C. Fonte Viva,
pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, [s.d.p.]
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
A pessoa
que vive do passado pode acabar colhendo espinhos em sua vida, pois acaba
sofrendo duplamente, é não enterrar os mortos, é viver sempre de luto, morrendo
também um pouco a cada dia, e caminhar por caminhos sombrios.
É viver de recordações
do passado, sejam elas alegres ou não, é o mesmo que ver para um jardim todo
florido, e vê-las murchas clamando por um pouco d’água e nada fazer, sendo o
mesmo que descuidar-se de si, ou seja, suicidar lentamente, que poderá leva-lo
ao desamor e a auto piedade, formando algo de horrível para si.
É uma
pessoa que vive de sonhos desfeitos e acaba arrumando culpados, procurando
escapar das responsabilidades. É se esconder nas fraquezas, se perdendo no medo
de vencer, de conquistar e perceber que a cada um de nós existem forças
positivas, e luzes que poderão nos transformar de vencidos em vencedor.
Na vida
estamos correndo o risco a toda hora, porque nada é certo ou calculado, pois
quando assumimos o risco de viver aqui, de lutar, de amar de novo, estamos
sujeitos ao fracasso, e ao erro. Às vezes se erramos é porque a vida nos mostra
que fechamos os olhos para a verdade, e que nos esquecemos de valorizar alguma
coisa que vem a ser nós mesmos.
Portanto
irmãos, vamos procurar viver do presente, nos amando, e valorizando aquilo que
temos. Viver do passado não interessa no presente, a não ser para reparamos
algo que fizemos de errado, e porque dele depende o nosso futuro. Não devemos
viver de recordações que já se foram, principalmente as amargas, pois o que
passou debaixo da ponte não volta mais. Se fomos presidiários de alguma coisa
no passado, não quer dizer que devemos ser no presente, pois já cumprimos este período.
Dou como exemplo, se fomos fumantes no
passado e agora não somos, hoje não somos mais, pois aprendemos com o que
fizemos de ruim para a nossa saúde, e hoje nos cuidamos.
Se alguém
no passado partiu desse mundo e faz tempo, não devemos ficar de luto a vida
toda, porque a vida atual pertence a nós.
Então
irmãos, o nosso conselho que é devemos nunca viver do passado e nem do futuro,
e sim do presente, porque se assim não fizermos, nunca viveremos a vida atual.
O que esta ruim, basta que façamos de tudo para corrigirmos as coisas, para que
no futuro possamos usufruir.
Mensagem
escrita pelo médium Getulio Pacheco Quadrado.
Recente pesquisa revelou que muitos brasileiros vivem dominados pelo
medo.
Medo que vai desde o de ser
assaltado, perder um filho, descobrir que tem uma doença grave, não conseguir
pagar as contas, a sofrer um acidente, ter um ataque cardíaco ou perder o
parceiro.
Alguns dos entrevistados
revelaram que nem saem de casa ou que, em casa, vivem em sobressalto, ao menor
ruído estranho.
Naturalmente, vivemos num mundo
onde há muita violência, maldade e dificuldades.
Mas é importante se pense um
pouco, a fim de não se engrossar o rol dos que vivem sob a injunção do medo,
perdendo anos preciosos das próprias vidas.
Assim, não sofra por
antecipação. Algumas pessoas, sugestionáveis, assistem imagens violentas na TV
e acham que fatos como aqueles poderão acontecer com alguém da sua família.
Tomar precauções é
recomendável. A ninguém se pede que seja incauto, imprevidente.
Mas daí a ficar pensando, a
toda hora, que algo terrível vai acontecer, será o mesmo que desistir da vida
desde agora.
Pessoas que assim agem podem
não se tornar vítimas de acidentes, de assaltos ou de doenças, mas do próprio
medo.
Medo que as manterá infelizes,
isoladas.
Por isso, nunca deixe que o
medo o paralise. Faça o que tiver que fazer: ir à escola, às compras, ao templo
religioso.
Se enfrentar medos e
preocupações sozinho lhe parecer difícil procure ajuda. Pode ser de um
psicólogo, de grupos de pessoas que sofrem problemas semelhantes ou de um bom
amigo.
E, em vez de se torturar com
uma infinidade de contas a pagar, pense mais antes de adquirir o novo
eletrodoméstico, de realizar a viagem dos seus sonhos, comprar a roupa da moda.
Aprenda a viver de acordo com
os recursos que dispõe. Dê um passo de cada vez. Planeje férias com
antecedência. Programe-se.
Não gaste tudo que ganha. E,
muito menos, não gaste o que ainda não ganhou.
Não fique pensando em ganhar na
loteria, na sena, na loto, no programa televisivo. Trabalhe e sinta orgulho de
poder, com seu próprio esforço, ir adquirindo o de que necessita.
Em vez de ficar pensando na
possibilidade de se manifestar essa ou aquela doença terrível, opte por fazer
check-up anual.
Não espere para ir ao médico
somente quando a dor o atormente, um problema de saúde se manifeste.
Procure o médico para saber se
está tudo bem com você. Faça exames. Pratique exercícios sob supervisão.
Ande até a panificadora, em vez
de ir sempre de carro. Pratique jardinagem, lave o carro.
Pense, sobretudo,
positivamente: Deus protege a minha vida. Sou abençoado por Deus. Sou
filho de Deus.
Trabalhe com alegria, ganhando
as horas. Não transforme o seu ambiente profissional em um cárcere de torturas
diárias.
Sorria mais. Faça amigos.
Converse com os amigos. Estabeleçam, entre vocês, um cuidado mútuo.
Isso no que se refere a você,
aos seus filhos, ao seu patrimônio.
Unidos seremos fortes.
Enfim, não tenha medo do medo.
Ele é um legado saudável e protetor. Mas se torna um problema quando fica
exagerado ou irracional.
* * *
Mantenha sua confiança em Deus, que governa o mundo e zela por sua vida.
De todos os medos o que mais o
deve preocupar é o de perder a presente reencarnação, por comodismos e
invigilância.
E para este, a melhor solução é
realizar, a cada dia, o melhor de si, entregando-se a Deus.
Redação do Momento Espírita com base no artigo
Você tem medo de quê?, Da Revista Seleções do
Reader´s Digest, de fevereiro de 2006. Em 02.05.2008.
MENSAGEM COMPARTILHADA PELO MÉDIUM
GETULIO PACHECO QUIADRADO
Todas as tradições espirituais, em minha leitura de
estudiosa de longa data de muitas delas, tocam em verdades atemporais, indicam
caminhos válidos para a humanidade, quando falam de compaixão, solidariedade,
justiça e outros valores, que gostaríamos de ver realizados nesse mundo.
Mas também todas as tradições espirituais são
tecidas por seres humanos, em seus contextos históricos, embora até possamos
considerar que foram inspiradas por Deus, anjos, ancestrais, espíritos… E por
conta disso, todas elas estão sujeitas a uma leitura crítica, contextualizada.
Assim, podemos aceitar e nos beneficiar do que é transcendente, válido para
sempre para todos os seres humanos e podemos rejeitar o que já não se encaixa
em nossos tempos e que muitas vezes ferem aqueles princípios universais.
Se formos analisar a Bíblia ou o Alcorão, nessa
perspectiva, podemos nos libertar desse fundamentalismo, que nos finca no
passado e colocam entraves aos necessários avanços sociais. Mas também podemos
aproveitar as belezas de muitos ensinos, que edificam e consolam.
No espiritismo, temos a particularidade que Kardec
não considerava suas obras como fontes sagradas e inquestionáveis. Ele as
propunha como o resultado de uma pesquisa e de um diálogo igualitário com os
espíritos, com quem se comunicava. E avisou explicitamente que o espiritismo
poderia ser ajustado e modificado segundo a ciência ou as ideias que viessem
avançar no tempo.
Isso posto, examino no dia de hoje – dia
internacional da mulher – como se situa a questão do feminino e do feminismo no
espiritismo de Kardec.
Na apreensão da filosofia espírita, em seus
princípios fundamentais, há uma ideia clara, que salva o espiritismo de
qualquer retrocesso de desigualdade: somos espíritos – e é no espírito que se
radica o ser, a inteligência, a memória, a identidade, o sentimento, sendo o
corpo apenas uma veste temporária – e como espíritos podemos reencarnar como
homens, como mulheres, como brancos, negros, amarelos, e em qualquer classe
social e em qualquer nação. Ou seja, somos essencialmente iguais.
Mas o que diz especificamente o espiritismo a
respeito da condição feminina no mundo?
Quando Kardec começou a pesquisa dos fenômenos
mediúnicos, em meados do século XIX, justamente se iniciava o movimento de
emancipação da mulher e essa questão é discutida por ele. Primeiro, como
Rivail, ainda entre as décadas de 1830 e 1840, ele se casou com Amélie Boudet,
uma mulher mais velha do que ele nove anos, o que era atípico, e uma mulher que
era intelectualizada, havia escrito um livro – que é por muitos mencionado, mas
até agora nenhum pesquisador localizou – e participou como parceira de seus
projetos de educação. Ainda nesse período, os dois militam pela educação da
mulher.
Depois, durante sua escrita das obras espíritas, a
ideia da emancipação feminina aparece com frequência: na Revista Espírita, que
ele dirigiu por 12 anos, ele defende o voto feminino e a possibilidade das
mulheres se formarem em Medicina, por exemplo.
No Livro dos Espíritos, está escrito
que “a emancipação da mulher segue o processo da civilização, sua escravização
marcha com a barbárie. Os sexos, aliás, só existem na organização física, pois
os Espíritos podem tomar um e outro, não havendo diferenças entre eles a esse
respeito. Por conseguinte, devem gozar dos mesmos direitos.” Mas nesse mesmo
trecho bastante avançado para a época (questão 822a) há o reflexo ainda do
contexto do século, onde se fala de “diferentes funções” e que “a mulher deve
se ocupar do interior e o homem do exterior.”
Por outro lado, há pesquisadores, como Ann Braud,
com sua obra ainda sem tradução em português Radical Spirits (Espíritos
radicais), que consideram todo o movimento espírita do século XIX como uma
forma de emancipação feminina, já que as mulheres que não tinham voz na
sociedade, passavam a tê-la através da mediunidade. E os médiuns que
trabalharam com Kardec eram predominantemente mulheres.
Já no Brasil, país onde o espiritismo criou raízes
e disseminou-se, temos no movimento institucionalizado o predomínio de cargos
ocupados por homens, de preferência idosos e conservadores. Houve, porém, à
margem (como de costume) mulheres que se destacaram por sua participação nos
movimentos sociais e por suas ideias libertárias. Cito duas aqui: Anália Franco
(1853-1919) e Maria Lacerda de Moura (1887-1945). A primeira profissionalizou mulheres,
acolheu mães solteiras (que eram párias sociais no virar do século XIX para XX)
e trabalhou pela educação igualitária entre os gêneros. Maria Lacerda foi uma
anarquista que militou por ideias pacifistas, contra o fascismo, colocando em
prática ideias libertárias na educação das crianças. Ambas eram jornalistas,
escritoras, educadoras.
Então, nesse dia da mulher, é bom lembrarmos que em
todas as tradições espirituais, somos de alguma forma escamoteadas, silenciadas
– às vezes com discursos que pretendem justificar uma suposta inferioridade ou
um campo limitado de nossa ação no mundo – mas sempre existiram e existem
aquelas mulheres que resistem, se destacam, se lançam à luta e deixam suas
marcas. Lutemos todos e todas para que isso não seja mais uma exceção no campo
da espiritualidade e em todos os outros campos de ação humana.
MENSAGEM COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO
QUADRADO.
Saúde é o
estado ideal da vida. Doença é ocorrência vibratória
perturbadora, mudança de comportamento na organização molecular do indivíduo ou
no seu psiquismo em processo de amadurecimento.
Essa distonia no mecanismo sutil do ser, abrindo espaços para
a manifestação e proliferação dos processos degenerativos, tem sua sede nas
intrincadas malhas do Espírito, em si mesmo
herdeiro dos atos que o acompanham na larga trajetória da evolução, sempre
responsável pelo que é e pelo que se candidata a conseguir.
A doença, no entanto, nem sempre representa estado de
calamidade na maquinaria ou nos equipamentos responsáveis
pelas expressões da inteligência, do pensamento, da emoção.
Quando bem-entendida e direcionada para finalidades superiores, que são
conseguidas por meio da reflexão, do
amadurecimento das ideias, pode ser considerada, em muitos
casos, como terapia preventiva a males piores — os de natureza moral profunda,
espiritual significativa - advertindo que a organização somática é sempre uma
indumentária de breve
duração e que o ser, em si mesmo, é que merece todo o investimento de
preocupação e esforço iluminativo, preservador.
A fatalidade da vida estabelece equilíbrio, harmonia e perfeição,
porque o ser é rebelde ou descuidado, transitando por estágios de
desajustes que abrem campo para a instalação das doenças.
A saúde resulta de uma bem-dosada quota de valores mentais
em consonância com a estabilidade física e a ordem psicológica,
que produzem o clima de vitalidade responsável pela funcionalidade do corpo.
Qualquer alteração nos equipamentos
sensíveis da maquinaria fisiopsíquica e logo surge um campo propiciatório à
manifestação da doença. Nesse sentido, a área
psíquica é portadora de grande responsabilidade, porque é graças à sua vibração
— encarregada de manter o perfeito entrosamento entre as manifestações físicas,
emocionais e mentais — que as ocorrências nas diferentes expressões podem
sofrer alteração.
A
educação mental, que resulta do esforço pelo cultivo das ideias edificantes,
torna-se de alta validade no processo de uma existência saudável, geradora de
futuros comportamentos
orgânicos e psíquicos, que sempre produzirão bem-estar e
felicidade. O mesmo ocorre quando se instalam hábitos mentais
perturbadores, que produzem desconforto emocional, campo
físico vulnerável à instalação de agentes microbianos
degenerativos, perturbações psíquicas lamentáveis, que se
transferem de uma para outra existência corporal, como fruto da Lei de Causa e
Efeito.
Todo o esforço, portanto, para ter preservada a mente da
invasão de ideias portadoras de energias dezequilibrantes, torna-
se psicoterapia preventiva, responsável pela vida sã.
MENSAGEM
DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
DIZEM QUE
DIA 27 É DIA DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS, ENTÃO VAMOS PUBLICAR ALGO A RESPEITO.
DO LIVRO “PLANTÃO
DE RESPOSTAS” - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER.
Eis alguma resposta a perguntas formuladas
ao nosso Irmão Chico Xavier, e respondida pelo nosso irmão Emmanuel:
1-Quanto à doação de órgãos?
O nosso irmão Emanuel diz ser um beneficio
para aqueles que necessitam, aonde vem a consistir numa das maiores recompensas
para o Espírito. Desse modo que nós os Espíritas devemos ver com bons olhos a
doação de órgãos.
Que mesmo
que a separação entre o Espírito e o corpo físico não tenha completado, a
Espiritualidade dispõe de recursos para impedir impressões penosas e
sofrimentos aos doadores.A doação não
vem a ser contraria as leis da natureza, porque acaba beneficiando, e alem
disso vem a ser uma oportunidade para que se desenvolvam os conhecimentos
científicos, colocando-os a serviço de vários necessitados.
2-O que pode se passar com um Espírito encarnado que
fica em estado de coma, meses e mais meses em estado vegetativo?
Ele diz que
o estado deste depende da sua situação mental. Diz por que existem casos que o
Espírito permanece como prisioneiro ao corpo físico, dele não se afastando até
que seja permitido o auxilio dos Benfeitores Espirituais. Que são estas pessoas
apegadas à vida material e que não se conformam com a situação. Mais que existe
outros casos que os Espíritos apesar de estabelecerem uma ligação com o corpo
físico por intermédio do Perispírito, dispõem de uma relativa liberdade. Que
tem também pessoas, que ao sair do estado de coma descrevem as paisagens e os
contatos com seres que os precederam na passagem para a vida Espiritual. Que
vem a ser comum que após esta experiência elas possam ver a vida com outros
olhos, e que em qualquer destes casos, a Espiritualidade sempre estende seus
esforços na tentativa de ajudar, mediante a prece, da palavra amiga e fraterna,
da transmissão de paz, das conversações edificantes. Que tudo isto parta do
enfermo, como dos seus familiares, inclusive principalmente os médicos.
3-Quanto à eutanásia?
Emmanuel explica que os profissionais e
responsáveis por pacientes que consentem com a prática da eutanásia, imbuídos de
ideias materialistas desconhecem a realidade maior o quanto a imortalidade do
Espírito, e tem a morte do corpo físico como o fim de todos os sofrimentos, mas
trata-se de um tremendo engano, pois tudo esta gravado na nossa consciência.
Mas quando
uma pessoa esta nesta circunstância, devemos confiar na Providencia Divina,
aonde muitas vezes este processo vem a ser o da depuração do Espírito através
do sofrimento. Hoje inclusive na medicina terrena já existe casos de cura em
pacientes desenganados pelos médicos.
Quando uma
pessoa esta presa em algum aparelho, o seu Espírito também fica preso ao corpo
físico pelos laços do Perispírito até que se de o desencarne.
4- Com referencia a cremação?
O nosso irmão Emmanuel esclarece que no ponto
de vista orgânico, que o Espírito de cada um de nós se desprende do corpo
físico de acordo com a característica originais de cada individuo, ou seja,
crença e outros. Que nem todas as criaturas conseguem se desvencilhar da
inquietação e do trauma, da ansiedade ou do apego exagerado a si próprio.
Tem gente
que ao desencarnar, o seu Espírito consegue se desprender do corpo físico mais
rápido, enquanto que outras o processo é mais lento, por isso recomenda a
cremação respeitando o espaço razoável de setenta e duas horas, dando um tempo
para o Espírito se desprender totalmente.
Os
Espíritos não são contra a cremação diante do exposto, mas alertam que os seres
humanos, ainda não dispõem de instrumento para analisar o grau de extensão e da
intensidade do relacionamento entre o Espírito recém-desencarnado e os resíduos
sólidos que lhe pertenceram no mundo terrestre. Os Espíritos consideram justo
que se lhes rogue o citado período de repouso, a favor dos chamados mortos em
câmara fria que lhes conserve a dignidade da forma.
Depois
disso o sepultamento ou a cremação do corpo físico, nada mais representam para
a alma que se libertou deste.
5-Quanto à genética?
Pergunta-se,
da maneira que a ciência vem se aperfeiçoando para resolver os problemas
genéticos, se não mais nascerão crianças defeituosas. Com isso se podemos
concluir que os Espíritos necessitados não mais terão oportunidade de
reencarnar com provas difíceis?
Emmanuel responde
que a ciência nunca poderá superar as Leis Divinas que são físicas e morais,
sendo que as provações não são somente de ordem física, mas também moral.
Por outro
lado, que mesmo com o aperfeiçoamento da ciência para resolver problemas
genéticos, o Espírito reencarnante tem comprometimento com os delitos de
encarnações passadas, e continuará tendo provações difíceis.
6-Quanto ao controle da natalidade através de
anticoncepcionais à esterilização?
Emmanuel
nos orienta que existe uma diferença entre impedir a vinda de almas através do
aborto, por egoísmo ou desejo de sensualidade desequilibrada, e optar por um
planejamento consciente que cabe ao casal decidir.
A Doutrina
Espírita deixa nossas consciências livres para tal gesto.
7-Com referencia a homeopatia?
Emmanuel
esclarece que este medicamento age energicamente e não quimicamente, ou seja,
sua ação terapêutica vai se dar no plano dinâmico ou energético do corpo
humano, que se localiza no Perispirito.
A Medicação
estimula energicamente o Perispirito, que por ressonância vibratória equilibra
as disfunções existentes, isto é, o remédio exerce dias funções enquanto atua.
Por isso a homeopatia além de tratar doenças físicas, atua também no tratamento
dos desequilíbrios emocionais e mentais, promovendo, então, o reequilíbrio
físico- espiritual.
Mensagem
escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
Resumo
da lei dos fenômenos espíritas > Manifestações dos Espíritos
Parte superior do
formulário
Parte
inferior do formulário10. Os Espíritos podem se manifestar
de maneiras bem diferentes: pela visão, pela audição pelo toque, pelos ruídos,
pelos movimentos dos corpos, pela escrita, pelo desenho, pela música, etc. Eles
se manifestam por intermédio de pessoas dotadas de uma aptidão especial para
cada gênero de manifestação e que se distinguem sob o nome de médiuns. É
assim que se distinguem os médiuns videntes, falantes, audientes, sensitivos,
de efeitos físicos, desenhistas, tiptólogos, escreventes, etc. Entre os médiuns
escreventes, há numerosas variedades, segundo a natureza das comunicações que
estão aptos a receber.
11. O fluido que compõe o períspirito penetra todos os corpos e os atravessa
como a luz atravessa os corpos transparentes; nenhuma matéria lhe opõe
obstáculo. É por isso que os Espíritos penetram por toda a parte, nos lugares o
mais hermeticamente fechados; é uma ideia ridícula crer-se que eles se
introduzem por uma pequena abertura, como o buraco de uma fechadura ou o tubo
de uma chaminé.
12. O períspirito, embora invisível para nós no estado normal, não deixa de ser
matéria etérea. O Espírito pode, em certos casos, fazê-lo sofrer uma espécie de
modificação molecular que o torna visível e mesmo tangível; assim é que se
produzem as aparições. Esse fenômeno não é mais extraordinário do que o do
vapor que é invisível quando está mais rarefeito, e que se torna visível quando
está condensado. Os Espíritos que se tornam visíveis se apresentam, quase
sempre, sob a aparência que tinham quando vivos e que podem fazê-los reconhecer.
13. É com a ajuda do seu períspirito, que o Espírito atua sobre seu corpo vivo;
é ainda com esse mesmo fluido que ele se manifesta atuando sobre a matéria
inerte, que produz os ruídos, os movimentos de mesas e outros objetos, que
ergue, tomba ou transporta. Esse fenômeno nada tem de surpreendente se se
considera que, entre nós, os mais poderosos motores se acham nos fluidos os
mais rarefeitos e mesmo imponderáveis, como o ar, o vapor e a eletricidade. É
igualmente com a ajuda do seu períspirito que o Espírito faz os médiuns
escreverem, falarem, ou desenharem; não tendo mais corpo tangível para atuar
ostensivamente quando quer se manifestar, ele se serve do corpo do médium, de
quem empresta os órgãos que faz atuarem como se fosse seu próprio corpo, e isso
pela emanação fluídica que derrama sobre ele.
14. No fenômeno designado sob o nome de mesas girantes ou falantes,
é pelo mesmo meio que o Espírito atua sobre a mesa, seja para fazê-la mover sem
significação determinada, seja para fazê-la dar golpes inteligentes indicando
as letras do alfabeto, para formar palavras e frases, fenômeno designado sob o
nome de tiptologia. A mesa não é aqui senão um instrumento do
qual ele se serve, como o faz com o lápis para escrever; lhe dá uma vitalidade
momentânea pelo fluido com o qual a penetra, mas ele não se identifica com ela.
As pessoas que, em sua emoção, vendo se manifestar um ser que lhes é caro,
abraçam a mesa, praticam um ato ridículo, porque é absolutamente como se elas
abraçassem o bastão do qual um amigo se serve para dar pancadas. Ocorre o mesmo
com aqueles que dirigem a palavra à mesa, como se o Espírito estivesse
encerrado na madeira e como se a madeira tivesse se tornado espírito. Quando as
comunicações ocorrem por esse meio, é preciso imaginar o Espírito não na mesa,
mas ao lado, tal como estaria se estivesse vivo, e tal como se
o veria se, nesse momento, pudesse se tornar visível. A mesma coisa ocorre nas
comunicações pela escrita; ver-se-ia o Espírito ao lado do médium, dirigindo
sua mão, ou lhe transmitindo o seu pensamento por uma corrente fluídica.
15. Quando a mesa se destaca do solo e flutua no espaço sem ponto de apoio, o
Espírito não a ergue com força do braço, mas a envolve e a penetra com uma
espécie de atmosfera fluídica que neutraliza o efeito da gravitação, como o ar
o faz para os balões e os papagaios de papel. O fluido do qual está penetrada
lhe dá, momentaneamente, uma leveza específica maior. Quando ela está pregada
no solo, está num caso análogo ao da campana pneumática sob a qual se faz o
vácuo. Estas não são senão comparações para mostrar a analogia dos efeitos e
não a similitude absoluta das causas. Compreende-se, depois disso, que não é
mais difícil ao Espírito erguer uma pessoa do que erguer uma mesa, de
transportar um objeto de um lugar para outro ou de lançá-lo em qualquer parte; esses
fenômenos se produzem pela mesma lei. Quando a mesa persegue alguém, não é o
Espírito que passeia, porque ele pode permanecer tranquilamente no mesmo lugar,
mas é quem lhe dá impulso por uma corrente fluídica com a ajuda da qual a faz
mover-se à sua vontade. Quando os golpes se fazem ouvir na mesa ou fora dela, o
Espírito não bate com a sua mão, nem com um objeto qualquer; dirige sobre o
ponto de onde parte o ruído, um jato de fluido que produz o efeito de um choque
elétrico. Ele modifica o ruído, como se podem modificar os sons produzidos pelo
ar.
16. A obscuridade necessária à produção de certos efeitos físicos, sem
dúvida, se presta à suspeição e à fraude, mas nada prova contra a possibilidade
do fato. Sabe-se que, na química, há combinações que não se podem operar sob a
luz; que composições e decomposições ocorrem sob a ação do fluido luminoso;
ora, sendo todos os fenômenos espíritas o resultado da combinação dos fluidos
próprios do Espírito e do médium, e esses fluidos sendo da matéria, nada há de
espantoso de que, em certos casos, o fluido luminoso seja contrário a essa
combinação.
17. Os Espíritos superiores não se ocupam das comunicações inteligentes senão
tendo em vista a nossa instrução; as manifestações físicas ou puramente
materiais, estão mais especialmente nas atribuições dos Espíritos inferiores,
vulgarmente designados sob o nome de Espíritos batedores, como,
entre nós, as habilidades dizem respeito aos saltimbancos e não aos sábios.
18. Os Espíritos são livres; se manifestam quando querem, a quem lhes convêm e
também quando podem, porque não têm sempre a possibilidade. Eles não
estão às ordens e ao capricho de quem quer que seja e não é dado a ninguém
fazer com que venham contra sua vontade, nem fazê-los dizer o que querem
calar; de sorte que ninguém pode afirmar que um Espírito qualquer virá
ao seu chamado em um momento determinado, ou responderá a tal ou tal pergunta.
Dizer o contrário, é provar ignorância absoluta dos princípios mais elementares
do Espiritismo; só o charlatanismo tem fontes infalíveis.
19. Há pessoas que obtêm regularmente e, de alguma forma, à vontade, a produção
de certos fenômenos; mas, há que se anotar que esses são sempre efeitos
puramente físicos, mais curiosos do que instrutivos, e que se produzem
constantemente em condições análogas. As circunstâncias nas quais são obtidos
são de natureza a inspirarem dúvidas, tanto mais legítimas sobre sua realidade
quando são geralmente objetos de uma exploração, e, frequentemente, quando é
difícil distinguir a mediunidade real da prestidigitação. Os fenômenos desse
gênero, entretanto, podem ser o produto de uma mediunidade verdadeira, porque
pode ocorrer que Espíritos de baixo estágio, que talvez tinham tido esse
ofício, se comprazam nessas espécies de exibições; mas seria absurdo pensar que
os Espíritos, por pouca que seja sua elevação, se alegrem em se exibirem. Isso
não infirma em nada o princípio da liberdade dos Espíritos; aqueles que vêm, o
fazem porque isso lhes agrada, mas não porque sejam
constrangidos, e do momento que não lhes convenha mais vir, se o indivíduo for
verdadeiro médium, nenhum efeito se produzirá. Os mais poderosos médiuns, de
efeitos físicos ou outros, têm tempos de interrupção, independentemente de sua
vontade; os charlatães não os têm jamais. De resto, esses fenômenos, supondo-os
reais, são apenas uma aplicação muito parcial da lei que rege
as relações do mundo corporal com o mundo espiritual, mas não
constituem o Espiritismo; de sorte que sua negação não infirmaria em
nada os princípios gerais da Doutrina.
20. Certas manifestações espíritas se prestam, bem facilmente, a uma imitação
mais ou menos grosseira; mas do fato de que puderam ser explorados, como tantos
outros fenômenos, pela charlatanice e pela prestidigitação, seria absurdo disso
concluir que elas não existam. Para aquele que estudou e conhece as condições
normais nas quais elas podem se produzir, é fácil distinguir a imitação da
realidade; a imitação, de resto, não poderia jamais ser completa e não pode
enganar senão o ignorante incapaz de apreender as nuanças características do
fenômeno verdadeiro.
21. As manifestações mais fáceis de serem imitadas, são certos efeitos físicos
e os efeitos inteligentes vulgares, tais como os movimentos, as pancadas, os
transportes, a escrita direta, as respostas banais, etc.; não ocorre o mesmo
com as comunicações inteligentes de uma alta importância, ou na revelação de
coisas notoriamente desconhecidas do médium; para imitar os primeiros não é
preciso senão a destreza; para simular os outros é preciso, quase sempre, uma
instrução pouco comum, uma superioridade intelectual fora de série e uma
faculdade de improvisação, por assim dizer, universal, ou o dom da adivinhação.
22. As produções de espectros nos teatros foram apresentadas, injustamente,
como tendo relações com a aparição de Espíritos, das quais são apenas uma
grosseira e imperfeita imitação. É preciso ignorar os primeiros elementos do
Espiritismo para ver nisso a menor analogia e crer que é disso que se ocupa nas
reuniões espíritas. Os Espíritos não se tornam visíveis ao comando de ninguém,
mas por sua própria vontade, nas condições especiais que não estão no poder de
quem quer que seja provocar.
23. As evocações espíritas não consistem, como alguns imaginam, em fazer voltar
os mortos com um aspecto lúgubre da tumba. Não é senão nos romances, nos contos
fantásticos de fantasmas e no teatro que se veem os mortos descarnados saírem
de seus sepulcros vestidos de lençóis e fazendo estalar seus ossos. O Espiritismo,
que jamais fez milagres, tanto esse como outros, jamais fez reviver um corpo
morto; quando o corpo está na cova, aí está definitivamente; mas o ser
espiritual, fluídico, inteligente, aí não está metido com seu envoltório
grosseiro; dele se separou no momento da morte e, uma vez operada a separação,
não tem mais nada de comum com ele.
24. A crítica malevolente procura representar as comunicações espíritas como
cercadas de práticas ridículas e supersticiosas da magia e da necromancia.
Diremos simplesmente que não há, para se comunicar com os Espíritos, nem dias,
nem horas, nem lugares mais propícios uns do que os outros; que não é preciso
para evocá-los, nem fórmulas, nem palavras sacramentais ou cabalísticas; e não
há necessidade de nenhuma preparação, de nenhuma iniciação; que o emprego de
qualquer sinal ou objeto material, seja para atraí-los, seja para afastá-los,
não tem efeito e o pensamento basta; enfim, que os médiuns recebem suas
comunicações tão simplesmente e tão naturalmente como se fossem ditadas por uma
pessoa viva, sem sair do estado normal. Só o charlatanismo poderia tomar
maneiras excêntricas e adicionar acessórios ridículos. A evocação dos Espíritos
se faz em nome de Deus, com respeito e recolhimento; é a única coisa
recomendada às pessoas sérias que querem ter relações com Espíritos sérios.
25. As comunicações inteligentes, que se recebem dos Espíritos, podem ser boas
ou más, justas ou falsas, profundas ou levianas, segundo a natureza dos
Espíritos que se manifestam. Os que provam a sabedoria e o saber são Espíritos
avançados que progrediram; os que provam a ignorância e as más qualidades são
Espíritos ainda atrasados, mas que progredirão com o tempo. Os Espíritos não
podem responder senão sobre o que sabem, segundo seu adiantamento, e, ademais,
sobre o que lhes é permitido dizerem, porque há coisas que não devem revelar,
uma vez que ainda não é dado ao homem tudo conhecer.
26. Da diversidade nas qualidades e nas aptidões dos Espíritos, resulta que não
basta se dirigir a um Espírito qualquer para obter uma resposta justa a toda
pergunta, porque, sobre muitas coisas, não podem dar senão a sua
opinião pessoal, que pode ser justa ou falsa. Se ele for sábio,
confessará a sua ignorância sobre o que não sabe; se for leviano ou mentiroso,
responderá sobre tudo sem se importar com a verdade; se for orgulhoso, dará a
sua ideia como verdade absoluta. Haveria, pois, imprudência e leviandade em
aceitar, sem controle, tudo o que vem dos Espíritos. Por isso, é essencial
estar esclarecido quanto à natureza daqueles com os quais se ocupe. (O Livro
dos Médiuns, nº 257.)
27. Reconhece-se a qualidade dos Espíritos por sua linguagem; a dos Espíritos
verdadeiramente bons e superiores é sempre digna, nobre, lógica, isenta de
contradições; anuncia a sabedoria, a benevolência, a modéstia e a mais pura
moral; é concisa e sem palavras inúteis. Entre os Espíritos inferiores,
ignorantes ou orgulhosos, o vazio das ideias, quase sempre, é compensado pela
abundância das palavras. Todo pensamento evidentemente falso, toda a máxima
contrária à sã moral, todo conselho ridículo, toda expressão grosseira, trivial
ou simplesmente frívola, enfim, toda marca de malevolência, de presunção ou de
arrogância, são sinais incontestáveis de inferioridade em um Espírito.
28. O objetivo providencial das manifestações é convencer os incrédulos de que
tudo não termina, para o homem, com a vida terrestre e de dar aos crentes ideias
mais justas sobre o futuro. Os bons Espíritos vêm nos instruir tendo em vista o
nosso melhoramento e o nosso adiantamento e não para nos revelar o que não
devemos ainda saber, ou o que não devemos aprender senão pelo nosso trabalho.
Se bastasse interrogar os Espíritos, para se obter a solução de todas as
dificuldades científicas, ou para fazer descobertas e invenções lucrativas,
todo ignorante poderia tornar-se sábio facilmente e todo preguiçoso poderia se
enriquecer sem esforço; é o que Deus não quer. Os Espíritos ajudam o homem de
gênio pela inspiração oculta, mas não o isentam nem do trabalho das pesquisas, a
fim de deixar-lhe o mérito.
29. Seria fazer uma ideia bem falsa dos Espíritos, vendo neles apenas os
auxiliares dos ledores de sorte; os Espíritos sérios recusam-se ocupar de
coisas fúteis; os Espíritos levianos e zombeteiros se ocupam de tudo, respondem
a tudo, predizem tudo o que se quer, sem se inquietarem com a
verdade, e sentem um prazer maligno ao mistificarem as pessoas muito crédulas;
é por isso que é essencial estar perfeitamente fixado sobre a natureza das
perguntas que se podem dirigir aos Espíritos. (O Livro dos Médiuns, nº
286: Perguntas que se podem dirigir aos Espíritos)
30. As manifestações não estão, pois, destinadas a servirem aos interesses
materiais, cujo cuidado está entregue à inteligência, ao discernimento e à
atividade do homem. Seria em vão que tentar-se-ia empregá-las para conhecer o
futuro, descobrir tesouros ocultos, recuperar heranças, ou encontrar meios de
se enriquecer. Sua utilidade está nas consequências morais que dela decorrem;
mas se não tivessem por resultado senão fazer conhecer uma nova lei da
Natureza, de demonstrar, materialmente, a existência da alma e sua
imortalidade, isso já seria muito, porque seria um novo e largo caminho aberto
à filosofia.
31. Pode-se ver, por essas poucas palavras, que as manifestações espíritas, de
qualquer natureza que sejam, nada têm de sobrenatural nem de maravilhoso. São
fenômenos que se produzem em virtude da lei que rege as relações do mundo
corporal e do mundo espiritual, lei também tão natural como a da eletricidade,
da gravidade, etc. O Espiritismo é a ciência que nos faz conhecer essa lei,
como a mecânica nos faz conhecer a lei do movimento, a ótica a da luz. As
manifestações espíritas, estando na Natureza, produziram-se em todas as épocas;
a lei que as rege, sendo conhecida, nos explica uma série de problemas
considerados insolúveis; é a chave de uma multidão de fenômenos explorados e
aumentados pela superstição.
32.
Estando o maravilhoso completamente descartado, esses fenômenos nada mais têm
que repugne à razão, porque vêm tomar lugar ao lado dos outros fenômenos
naturais. Nos tempos da ignorância, todos os efeitos dos quais não se conhecia
a causa eram reputados sobrenaturais; as descobertas da ciência restringiram
sucessivamente o círculo do maravilhoso; o conhecimento dessa nova lei veio
reduzi-lo a nada. Aqueles, pois, que acusam o Espiritismo de ressuscitar o
maravilhoso, provam, por isso mesmo, que falam de uma coisa que não conhecem.
MENSAGEM
COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.