Por que Sofremos?
25.09.2021 Doutrina
Espirita 1
comentário
O sofrimento
acompanha o homem desde a sua origem, em um passado muito distante. No início,
quando a luta pela sobrevivência era a única preocupação humana, destacavam-se
os padecimentos físicos de todas as ordens. Na medida em que a mente foi se
desenvolvendo, surgiram também as aflições do ser, pautadas pelos problemas
existenciais e as angústias morais, resultantes de nosso livre-arbítrio.
Certamente alguém
já se perguntou: Por que sofro tanto?
Outras pessoas vão
mais além e questionam: Por que Deus, sendo soberanamente justo e bom, permite
que a sua criação sofra?
Em verdade, ninguém
tem o destino do sofrimento, somos criados simples e ignorantes para que
possamos evoluir através de nosso próprio esforço. A dificuldade é um reflexo
de nossa conduta moral, do caráter e sobretudo, de nossas ações praticadas em
outrora. É a aplicação da lei de causas e efeitos.
Allan Kardec em “O
Evangelho Segundo o Espiritismo” explica que a origem da nossa dor, parte de
duas fontes distintas: as que são geradas na vida presente e as que têm origem
em existências pretéritas.
Para conhecer a
causa do sofrimento originado nesta reencarnação, basta consultar a própria
consciência que a todo momento nos fala. Na maioria das vezes, nossos tormentos
são reflexos de nossas decisões ou omissões, das atitudes egoístas, do orgulho
e da vaidade que ainda domina nosso íntimo. As doenças físicas que sempre nos
proporcionam momentos difíceis, são ocasionadas pelos excessos e a falta de
cuidado para com a matéria. Como podemos analisar, ninguém mais é responsável
por nossos dissabores, a não ser nós mesmos.
Mas, os mais
numerosos males são aqueles que o homem cria para si mesmo, pelos seus próprios
vícios, aqueles que provêm de seu orgulho, de seu egoísmo, de sua ambição, de
sua cupidez, de seus excessos em todas as coisas.
(Allan Kardec – A
Gênese)
Mas em outras
situações, aparentemente não merecemos sofrer. Como explicar por exemplo, os
inúmeros casos de deficiência congênita, as doenças incuráveis que aparecem em
tenra idade, os doentes mentais, as mortes ditas prematuras? Seria destino, ou
simplesmente má sorte?
Nestes casos, a
procedência do martírio está atribuída à existências passadas e tão somente
através da reencarnação, encontraremos respostas plausíveis para tais
circunstâncias. Se não consideramos a pluralidade das existências como ponto de
partida para essas questões, de fato não compreenderemos a origem de certas
dores. Todavia, se levarmos em conta que o espírito é uma individualidade,
passível de erros e com a possibilidade de retornar a vida física diversas
vezes, entenderemos porque um bebê pode nascer com deficiência física ou
mental, ou uma criança pode sofrer, sem ter tido tempo de gerar seu próprio
sofrimento na presente reencarnação.
Então devemos
interpretar o nosso sofrimento como uma espécie de punição?
0 comentários:
Postar um comentário
ESTAMOS DISPOSIÇÃO DOS AMIGOS PARA ESCLARECER QUALQUER DÚVIDA.