domingo, 29 de maio de 2022

POR QUE SOFREMOS?

 


Por que Sofremos?

 

O sofrimento acompanha o homem desde a sua origem, em um passado muito distante. No início, quando a luta pela sobrevivência era a única preocupação humana, destacavam-se os padecimentos físicos de todas as ordens. Na medida em que a mente foi se desenvolvendo, surgiram também as aflições do ser, pautadas pelos problemas existenciais e as angústias morais, resultantes de nosso livre-arbítrio.

Certamente alguém já se perguntou: Por que sofro tanto?

Outras pessoas vão mais além e questionam: Por que Deus, sendo soberanamente justo e bom, permite que a sua criação sofra?

Em verdade, ninguém tem o destino do sofrimento, somos criados simples e ignorantes para que possamos evoluir através de nosso próprio esforço. A dificuldade é um reflexo de nossa conduta moral, do caráter e sobretudo, de nossas ações praticadas em outrora. É a aplicação da lei de causas e efeitos.

Allan Kardec em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” explica que a origem da nossa dor, parte de duas fontes distintas: as que são geradas na vida presente e as que têm origem em existências pretéritas.

Para conhecer a causa do sofrimento originado nesta reencarnação, basta consultar a própria consciência que a todo momento nos fala. Na maioria das vezes, nossos tormentos são reflexos de nossas decisões ou omissões, das atitudes egoístas, do orgulho e da vaidade que ainda domina nosso íntimo. As doenças físicas que sempre nos proporcionam momentos difíceis, são ocasionadas pelos excessos e a falta de cuidado para com a matéria. Como podemos analisar, ninguém mais é responsável por nossos dissabores, a não ser nós mesmos.

Mas, os mais numerosos males são aqueles que o homem cria para si mesmo, pelos seus próprios vícios, aqueles que provêm de seu orgulho, de seu egoísmo, de sua ambição, de sua cupidez, de seus excessos em todas as coisas.

(Allan Kardec – A Gênese)

Mas em outras situações, aparentemente não merecemos sofrer. Como explicar por exemplo, os inúmeros casos de deficiência congênita, as doenças incuráveis que aparecem em tenra idade, os doentes mentais, as mortes ditas prematuras? Seria destino, ou simplesmente má sorte?

Nestes casos, a procedência do martírio está atribuída à existências passadas e tão somente através da reencarnação, encontraremos respostas plausíveis para tais circunstâncias. Se não consideramos a pluralidade das existências como ponto de partida para essas questões, de fato não compreenderemos a origem de certas dores. Todavia, se levarmos em conta que o espírito é uma individualidade, passível de erros e com a possibilidade de retornar a vida física diversas vezes, entenderemos porque um bebê pode nascer com deficiência física ou mental, ou uma criança pode sofrer, sem ter tido tempo de gerar seu próprio sofrimento na presente reencarnação.

Então devemos interpretar o nosso sofrimento como uma espécie de punição?

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