MEUS SETENTA
E NOVE ANOS.
Chegando agora nos meus setenta e três anos, e
posso dizer que todo este tempo percorrido foi de grande valia para a evolução
do meu Espírito. Tenho aprendido muito.
Lembrando
desta data 25.06, mas no ano de 1.943 que eu nasci, sei que naquela ano as
coisas não estavam bem no nosso País, pois havia revolução e outros.
Meus pais me
contaram que quando os aviões dos inimigos passavam por cima da nossa cidade a
noite, tocava uma sirene pedindo para tudo parar se não podia levar bomba nas
costas.
Mas quando eu
nasci já vim dando trabalho para os meus pais, pois minha mãe estava com uma
doença chamada malária, e estava grávida junto com outras duas amigas que
também esperavam bebês, e estavam com o mesma doença. Com a malária minha mãe
teve febre diariamente e meu pai teve que recorrer ao espiritismo para ter
forças e fé para conseguir êxito. Das 3 somente minha mãe chegou a me ter. A
outras não tiveram êxito.
Mais quando foi para mim nascer, a vida dela e
a minha ficaram na escolha do meu pai que queria nós os dois. Pela medicina um
de nós tinha que partir deste mundo, e pelo querido Espiritismo eu estou aqui,
e minha mãe esteve por mais tempo, onde além de mim que era o quarto filho,
nasceram mais seis irmãos.
No ponto de vista médico eu sobrevivi, mas
seria uma pessoa raquítica e cheia de doenças, mais graças a Deus ele errou, e
o Espiritismo acertou.
Outro detalhe que consegui sobre mim, é que na
véspera da data do meu nascimento, minha mãe teria ido numa festa de São João.
Por outro
lado, por eu ter sobrevivido, meu pai ficou tão feliz, que no aniversário meu
de 1 ano ele deu uma festão de comemoração!!
A minha
infância e a minha juventude foi muito boa, conheci vários amigos que hoje
inclusive por serem bons já partiram desse mundo, onde tivemos a oportunidade
de montarmos uma equipe de futebol e boas amizades. Mas nesta época eu me
considerava esquisito, porque a minha alma não coadunava com o meu Espírito. Eu
me achava o último dos homens, não tinha profissão e nem qualificação.
Mas como
criança o meu pior problema naquela época era a tabuada, onde tive que repetir
o primeiro ano uns cinco anos. Mas o que não me deixava querer ir para a
escola, era as reguadas nas mãos proferidas pelas professoras, que davam quando
errávamos a famosa tabuada. Precisava uns cinco para me levar para a escola. E
eu me sentia um burro, e a minha mãe dizia que nem o burro é burro, porque
quando ele não quer caminhar, ele empaca e não sai do lugar.
Mas graças a
Deus com o tempo venci esta barreira, mais lá na frente tinha o tal exame de
admissão ao ginásio feito lá no Colégio Estadual do Paraná. Foi outro tormento
para mim, não sei quantas vezes tive que fazer, porque era ruim na matemática.
Bem, porque
eu era ruim nos estudos, meu pai me pôs a ser trabalhador, e como primeiro
emprego fui trabalhar num armazém em que ele era sócio, entregando as compras
com uma bicicleta que o caixão da frente pesava 14 quilos. Mais tarde num
laboratório embalando remédios e despachando para os clientes, lá fiquei até me
apresentar ao exército Brasileiro.
Mais tarde
com dezoito anos, tive que me apresentar o ao Exército e peguei um excesso de
contingente, e fiquei um ano parado e dependo dos irmãos e meus pais.
Quando fui
servir fui destaque em tudo, pois sai de lá com uma menção honrosa e uma carta
de apresentação. Com isso me apresentei ao Banco Comercial do Paraná,
trabalhando no balcão, emprego este arrumado pelo meu irmão Neri, e porque eu
jogava bem futebol e eles precisavam de mim no campeonato bancário.
De simples
balconista cheguei a uma auditoria, onde tive mesmo morando aqui fiscalizar as
agências de São Paulo. Isto foram cinco anos ser ter vida religiosa e social,
pois viajava para lá aos Domingos, e vinha dar um cheiro nas Sextas Feiras na
família.
Hoje
aposentado há 23 anos pelo Banco HSBC, curto a vida, e digo não sou rico, mais
tenho uma vida que pedi a Deus o suficiente para viver. Sou formado em três
cursos profissionalizantes além de bancário aposentado: Técnico em Segurança do
Trabalho, em Contabilidade e em Micros. Em segurança do Trabalho tive a
oportunidade de estudar a psicologia do trabalho, onde hoje me dá um certo
preparo para a vida, e ajudar o meu próximo na minha religião Espírita.
Olha se eu
escrevi isto, foi com o intuito de ajudar aqueles jovens que não se acham capaz
de fazerem algo na vida, ou ser alguém. Na vida nada se perde e tudo se
transforma.
Eu sempre
digo que não existe grande homem, porque ele se faz pela necessidade. Exemplo,
foi que lá na frente casado para melhorar as coisas, tive que voltar aos
estudos somente tirando dez, e fui destaque, aliás, quase em tudo o que passei.
Hoje com
setenta e três anos e com a experiência que tenho, gostaria de tê-la quando
tive vinte anos. Não que a idade me afete, porque todas as idades são boas,
desde que estejamos preparados para conviver com ela.
Eu tive este
preparo, graças a Deus e a Jesus, sem fanatismo, na minha religião através dos
meus Mentores Espirituais que muito me ajudaram e me ajudam, em especial ao meu
Irmão Cacique o qual muito agradeço por ele ter transformado a minha vida.
Uma coisa boa
que encontrei na internet e gostaria de deixar como exemplo:
Aos quinze
anos dediquei o meu coração à aprendizagem;
Aos trinta,
assumi o meu lugar;
Aos quarenta
fiquei livre de dúvidas;
Aos cinquenta
compreendi o Decreto de Deus;
Aos sessenta
o meu ouvido estava afinado;
Aos setenta e
dois eu segui o desejo do meu coração sem ultrapassar a linha;
Aliás como
psicólogo Técnico diz o seguinte:
De zero ano
aos sete, a pessoa passa por um recreio, onde na brincadeira não sabe e não
quer saber o preço do feijão e outros, Isto é, começa a se adaptar neste mundo;
Aos sete
anos, aprende a lidar com esse mundo material, e entra na escola para a
alfabetização, e é a época dos por quês?
Dos sete ao
quatorze, cresce na identificação com o mundo material, e somos envolvidos por
uma série de exigências;
Dos quatorzes
aos vinte e um anos, alcançamos a maioridade, onde ocorrem as primeiras
paixões, o primeiro emprego, e talvez o primeiro desemprego, e casamento e
filhos;
Dos vinte e
um aos vinte e oito anos, surge um poderoso impulso profissional, e a pessoa se
sente estabelecida na vida, e acaba atraindo compromissos que podem durar pelo
resto da vida;
Dos vinte e
oito aos trinta e cinco, surge a fase madura da vida;
Dos trinta e
cinco aos 42, o indivíduo percebe os limites do seu corpo, e sente os primeiros
efeitos do envelhecimento físico;
Dos 42 aos 49
anos, acaba se completando a transição para a meia idade, onde se acentua a
necessidade de usar seu talento para compensar a perda da vitalidade física;
Dos quarenta
e nove aos 56 anos, a alma da pessoa já tem uma grande experiência da vida, e
ainda está no auge da capacidade de trabalho;
Entre 56 a
63, a pessoa ingressa na vida madura;
Dos 63 assim
por diante, já não são mais épocas para inovações desnecessárias. No entanto, a
atividade profissional e intelectual vivida com a serenidade, é perfeitamente
possível até além dos 80.
Mais uma
coisa eu digo, todas as idades desde que nos cuidemos são bonitas e gostosas de
se viver, mesmo que as vezes possamos encontrar espinhos na nossa caminhada,
mas devemos prestar mais atenção as flores que enfeitam as nossas vidas. A
família, o lar, a escola da vida, a oportunidade de aprendizagem, ter uma vida
alicerçada pela religião, porém sem fanatismo.
Outra coisa
que difere, é ser idoso e velho. Idoso ainda é um elemento ativo, e o velho
está no período de ser ajudado e cuidado. Tem a fase que nós fizemos por eles,
e a fase que deverão fazer por nós.
Mensagem
escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado. Meu blogger:
getuliomomentoespirita.blogspot.com
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