Lei do retorno existe? Como funciona na
visão espírita
“Tudo que vai, volta” ou “a lei do retorno é
implacável” são expressões bem comuns na nossa rotina.
Afinal, não é difícil depararmos com acontecimentos
que consideramos injustos e, com isso, esperamos que algo aconteça para
restaurar tal situação.
Porém, de acordo com a Doutrina Espírita, nada
acontece ao acaso e isso pode ser explicado pela lei do retorno, que tem o
seu correspondente na Física Clássica, onde é chamada de Lei de ação e reação.
Leia até o final para entender mais sobre o
assunto!
O que é a lei do retorno, segundo o Espiritismo?
A lei do retorno pode explicar a reação natural que
ocorre sempre diante de alguma ação anterior.
Toda vez que tomamos uma atitude, geramos um
resultado e, mais cedo ou mais tarde, as consequências serão sentidas por nós
também.
Todo efeito tem uma causa, se o efeito é
inteligente, também inteligente será sua causa. Por exemplo: O
Universo é o efeito da criação de Deus, que é a causa primeira de todas as
coisas.
Assim, somos responsáveis por aquilo que praticamos
e não punidos por Deus pelos nossos erros. De acordo com esta lei natural, os
resultados dos nossos atos retornam para nossa vida maia cedo ou mais tarde, e
isso pode nos servir de lição para que possamos aprender e evoluir.
Para simplificar: você vai colher
obrigatoriamente aquilo que plantar livremente, isto é, os frutos do seu
livre arbítrio ou das escolhas que fizer na sua vida, retornarão como
situações, pessoas ou coisas boas ou más que realizou.
As obras básicas da Doutrina Espírita trazem esse
tema de diferentes formas: ação e reação, lei de causa e efeito ou resgate.
Esses conceitos podem ser encontrados em O
Livro dos Espíritos como “escolha das provas” (questões 258 a
273).
Nesse trecho, é possível entender como se dão os
resgates que precisamos fazer e mostra que a lei do retorno pode ser uma
consequência de uma ação nesta ou de outra vida.
Além disso, por mais que, à primeira vista, pareça
injusto, pessoas bem novas ou até mesmo crianças podem ter a
necessidade de resgatar questões passadas (questões 197 a 199 de O Livro dos
Espíritos).
É verdade que a lei do retorno existe?
Sim, é verdade.
É aquela história: “o mundo dá voltas”. E
nessas voltas que o mundo dá, as ações praticadas hoje terão consequências para
nós mesmos amanhã.
A lei do retorno, como explicado, pode ser aplicada
nesta ou em outras vidas.
Normalmente, quando se trata de um resgate de vidas
passadas, podemos não entender ou mesmo aceitar as provas desta encarnação.
Porém, é uma lei regida pela Justiça Divina e que pode
ajudar a entender algumas situações aparentemente inexplicáveis.
A lei do retorno é implacável?
A palavra implacável quer dizer “inflexível”
ou “que não cede”.
É claro que as nossas atitudes ou as atitudes de
outras pessoas provocam reações e efeitos que não se perdem no Universo.
Porém, é possível minimizar as consequências das
provas que escolhemos para nossa vida (antes da reencarnação) ou mesmo mudar o
percurso de um planejamento que poderia ser trágico, por exemplo.
Isso acontece porque temos o livre-arbítrio, que
pode nos dar a oportunidade de reescrever uma história que, aparentemente,
teria apenas um desfecho.
Às vezes, a lei do retorno é implacável, mas as
nossas atitudes são capazes de deixar as provas mais leves. É como se
estivéssemos quitando um débito em suaves parcelas.
E isso não quer dizer que devemos apenas deixar de
praticar o mal.
É preciso que a gente se dedique ao
bem do próximo também, como lembra esta passagem:
“Cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas
forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver
praticado o bem.” – O Livro dos Espíritos, questão 642.
O que quer dizer “a lei do retorno não falha”?
Diferentemente das leis dos homens, as leis divinas
são infalíveis.
Elas regem o Universo e fazem com que o mundo
funcione de forma perfeita, mesmo diante do caos que aparentemente nos rodeia.
Então, as leis divinas não têm espaço para falhas
ou erros.
Como funciona a lei do retorno?
Apenas a Justiça Divina é capaz de explicar algumas
situações aqui no plano terrestre.
Por exemplo: por que algumas pessoas nascem
ricas e outras pobres? Por que uma pessoa jovem sofre de uma doença grave e
acaba desencarnando cedo?
Podemos encontrar parte da explicação na lei do
retorno.
As reações geradas pelas ações nada mais são do que
as nossas atitudes fazendo o caminho inverso, ou seja, sempre acabamos por
sofrer consequências de nossos próprios atos nesta ou em outras vidas.
O capítulo 8 da 2ª parte da obra básica O Céu e o Inferno, de Allan Kardec,
traz a história “Marcel, o menino do nº 4”.
O garoto tinha sérios problemas de saúde e a
explicação para a condição da criança é compreendida apenas depois de um tempo.
Porém, sem adiantar o final da história! Vale a
pena ler esse trecho que pode exemplificar a lei do retorno de uma encarnação
para outra.
Como explicado, no entanto, as provas podem ser
atenuadas de acordo com as atitudes que tomamos.
Para isso, é preciso encarar as consequências e ter
consciência de que o retorno é certo.
Mas há uma situação em que é preciso ter bastante
cuidado: o remorso.
O capítulo “Culpa” do livro Pensamento e Vida,
ditado pelo espírito Emmanuel e psicografado
por Chico Xavier, explica de que forma esse sentimento pode ser tóxico para
nossa alma.
A culpa e o arrependimento não são capazes de fazer
com que uma ação não tenha consequências.
Cada ação gera uma reação
Ao ler a frase: para toda ação, há uma reação, o
que vem à mente?
Para quem gosta de Física, a Terceira Lei de Newton
(1643-1727) pode ser uma opção.
Também conhecida como Princípio da Ação e Reação,
essa lei diz que as forças se manifestam aos pares, ou seja, ao se exercer
força sobre um corpo, que é a ação, esse mesmo corpo desenvolve uma força na
mesma intensidade, mas em sentido contrário (reação).
O princípio dessa lei pode ser usado sob a luz da
Doutrina Espírita? Sim, podemos usar para entender melhor o dinamismo da lei do
retorno.
Tudo o que vai volta
Você já brincou com um bumerangue? Em vários
lugares, é vendido como um brinquedo, mas a origem desse objeto é bem curiosa.
O bumerangue era usado como arma pelos habitantes
primitivos da Austrália.
Depois de lançado, o objeto fazia uma curva e
retornava para o mesmo lugar ou para perto de quem o lançou.
Mas o que isso tem a ver com o Espiritismo?
As nossas atitudes são como bumerangues.
Elas retornam de alguma forma, e não há uma data
específica ou hora para isso.
E isso pode ocorrer nas escolhas diárias, com
efeitos imediatos (o bumerangue retorna bem rápido!) ou em situações mais
complexas nesta ou em vidas passadas.
Normalmente as reações são proporcionais às ações.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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