Quando a dor chega
Quando a dor chega, ninguém permanece
indiferente, não importando suas causas.
Por vezes, chega através da doença física, minando a saúde antes
inabalável.
De outras, é a dor da separação do ente amado, que segue para o mundo espiritual
pelos braços da morte física.
E, também, pode se apresentar na feição de reveses morais, que
atormentam muito mais a alma do que o corpo.
De toda forma, não importando por quais caminhos ela nos visite, sempre
é presença contundente, alterando-nos as paisagens emocionais.
Alguns, ao enfrentá-la, o fazemos com galhardia, coragem, otimismo,
entendendo o processo como passageiro, aguardando que dias tranquilos logo mais
retornem.
Pautados na resignação que a fé oportuniza, mesmo que não entendamos as
causas mais profundas da dor que nos atormenta, conseguimos compreender que
esses dias difíceis são momentâneos, porque tudo é passageiro, nesta vida.
Contudo, outros, visitados pela dor, a encaramos como castigo, punição
por algo que não conseguimos avaliar ou porque acreditamos se tratar de
capricho da Divindade.
Então, sob o espectro da dor, reagimos com revolta, posicionando-nos
como injustiçados, não merecedores de tal sina.
Há também os que interpretamos os processos de dor apenas como algo
fortuito, obra do acaso, de algum azar hereditário ou de posturas inadequadas
que tenhamos assumido em dias recentes.
De toda forma, a dor sempre será instrumento para nosso aprendizado.
Ela sempre traz consigo seu caráter pedagógico, em um convite ao cultivo
das virtudes que ainda não nos dispusemos a acionar.
Trazemos todos um histórico de experiências difíceis, portadoras de
inúmeras complicações emocionais ao longo da nossa trajetória de Espíritos
imortais.
Desse rol de experiências, fruto do uso tantas vezes inadequado de nosso
livre-arbítrio, trazemos, a cada nova existência física, necessidades inúmeras
de aprendizado.
Como não nos dispomos ou não desenvolvemos maturidade e entendimento
adequados sobre as finalidades da existência física, as dores nos chegam,
propondo reflexões.
Quando isso ocorre pode ser convite para uma pausa, a fim de que
promovamos um balanço das próprias ações.
Não há castigo Divino, nem existe acaso. Tudo tem sua razão de ser.
Há uma programação da Providência Divina para que tudo aconteça a seu
tempo, da melhor maneira para o nosso avanço moral.
Se hoje a dor nos visita, perguntemo-nos o que podemos ou temos que
aprender neste momento.
A dor é, sempre, uma bênção que Deus nos envia, permitindo-nos o ensejo
de nos libertarmos dos equívocos ou alcançarmos o progresso, a fim de alçar voo
rumo às virtudes que ainda dormem latentes na intimidade de nosso coração.
Disponhamo-nos a suportar a dor com heroísmo, a ouvir-lhe os
aconselhamentos e as ponderações.
Aprendamos com ela. Não desperdicemos a chance que nos é ofertada.
Pensemos nisso.
Redação do Momento
Espírita.
Em 5.10.2016.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QIADRADO.
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