sábado, 30 de novembro de 2024

VISÃO ESPÍRITA DO IDOSO.

 


Visão Espírita do Idoso.

Leda Marques Bighetti.

de Ribeirão Preto, SP.

·         As fases da vida física e o que cada uma representa para o Espírito.

·         O Idoso – quem é:

·         Como é visto?

·         Como ele se vê?

·         A família – cuidados – respeito – carinho – amor – ou abandono?

·         As formas de exteriorização desse abandono.

·         Responsabilidade – repercussões.

·         O entendimento espírita.

“(…) É justo que os filhos cooperem com os pais, embora saibamos que os mais jovens de hoje serão os mais velhos de amanhã tanto quanto os maduros de agora, desempenharão, muito em breve o papel de jovens no futuro.

Tudo é sequência na Lei”. Emmanuel – Reformador, julho/76 – 22/4/51

“Antes de mais nada, é necessário esclarecer cada uma das gerações que se cruzam na mesma época reencarna tória sobre um princípio altamente funcional para o progresso das coletividades (povos e nações). As atuais posições e funções específicas das gerações de hoje já estiveram trocadas em vidas passadas. E ainda se inverterão em vidas futuras. A geração mais velha de hoje em função educadora foi a mais nova e educanda de ontem; e será a de amanhã.

Os papeis vão sendo invertidos no suceder das exigências, para permitir um intercâmbio salutar de experiências, de vivências e de conhecimento, de infusão recíproco de valores em ampla e necessária complementaridade.

Essa contingência está a apontar a todos o respeito mútuo, recíproca compreensão e liberdade a ser mantida entre os mais velhos e os jovens em comunicação produtiva”. Espiritismo e Educação, Ney Lobo – IX

As fases da vida física e o que cada uma representa para o Espírito

Dentro dos objetivos da Doutrina Espírita – a renovação moral – encarnação, isto é, uso de um corpo físico e o tempo que pode desfrutar dele, é altamente valorizado no entender espírita.

“A passagem dos espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação para todos os espíritos é um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal a liberdade que Deus lhes concede retardam sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrarem, podem prolongar, indefinidamente, a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo”. 1

Desse modo é o homem:

“Um Espírito transeunte, reencarnado nesta Terra, peregrino imperfeito, em determinado grau educativo em romagem da perfectibilidade para perfeição que, pela Educação conquistada ou a conquistar em Reencarnações sucessivas e progressivas como ser Pluriexistencial atingirá o estado de Puro Espírito, isto é totalmente educado” 2

Entendida essa premissa o Espírito precisa de um corpo físico para desenvolver seu potencial perfectível, submetido ao ciclo da matéria que “nasce, cresce, desenvolve-se, mantém determinado equilíbrio, desagrega-se e morre, qual a função de cada uma? Há alguma coisa que seja superior, mais importante?

Recorde-se que na perfeição do Pai, não existe acaso, supérfluo, ou algo sem função específica. Desse modo, cada fase em que estagia o Espírito, tem ela uma função altamente qualificada em preparações contínuas e sequentes onde o aprendizado, as experiências, o processo educativo aí contido, vai ampliando o campo perceptivo e irradiador do Espírito.

De passagem, recorde-se que a infância etapa que vai desde o nascimento até a puberdade configura-se como tempo de transição de uma existência para outra; período de convalescença da árdua travessia da vida espiritual para a material, onde a primeira função3, é o repouso e as faculdades em latência encontrarão, no trabalho envidado pelos pais/responsáveis, os estímulos para que se manifestem. Nesse campo, interligado, junto, paralelo ao repouso/latência está a segunda função – a plasticidade, a maleabilidade”4 propiciadora do campo aberto para se reformar, mudar. O exemplo, o desvelo, o carinho, a firmeza, o empenho dos pais/responsáveis em trabalhar sem perder a dimensão de que está diante de um Espírito imortal, dá sentido e entendimento as várias situações com as quais se defrontarão.

Essa visão – Imortalidade – em nenhum momento pode ser esquecida – pois se ela referência o ser, com seu passado, aquisições, virtudes e problemas, também dá sentido a todos os cuidados e trabalhos visando o futuro.

A adolescência, puberdade, fase que adentra em tese, além um pouco dos vinte anos, caracteriza-se pela descoberta e afirmação do EU, onde períodos de egocentrismo, crises de irriquietude, irritabilidade, alternando-se com períodos calmos, ou de entusiasmo e depressão são frequentes. Produzem tormento interior, acrescido das dificuldades nas decisões, as desilusões, ou o contato com a realidade mais evidente, onde o Espírito não se sente ainda com estruturação de um Homem, mas também não se aceita mais como criança. Mendouse, pensador francês classifica essa fase como “estado de anarquia das tendências”.

Sob o enfoque da Imortalidade, tudo isso de um modo geral (pode haver exceções) tem razão de ser. Agora, o esquecimento do passado é total, a potencialidade está voltada para o futuro, mas esse Espírito é todo um aflorar de passado. A infância acenou-lhe com novas propostas, ideais. Nessa luta (quase sempre inconsciente) entre o que não mais quer se repetir, rescindir e o que almeja, sente ou deseja, o objetivo que é justamente a emancipação, quase sempre exterioriza-se através de conflitos a representar verdadeiro grito de socorro onde a atitude atuante dos pais/responsáveis – conversando, dialogando, refletindo juntos será de capital importância para a fisionomia espiritual desse futuro homem, totalmente diferente do que já fora em passado, da “criança” dessa existência, dos pais ou familiares.

No mesmo enfoque e importância esse Espírito imortal alcança, atinge (na tese de uma sequência lógica) a maturidade onde pressupõe-se o equilíbrio físico e emocional no vigor e a energia que esplendem. O Espírito se exteriorizaria aí em toda solidez, firmeza, precisão e desenvolvimento. A segurança, a justeza, a reflexão dão real colorido as propostas e decisões “Se realmente a idade madura é menos primaveril que a adolescência; se as flores decaíram do seu colorido e perfume, os frutos igualando-se aos frutos de uma árvore começam a aparecer na extremidade da alma pois é a idade madura, por excelência, o período da plenitude; é o rio que corre a toda força e espalha pela campina a riqueza e a fecundidade”. 5

A arte da vida, portanto, consistirá em justamente se entender porquês e funções, e se preparar para elas e nelas, qual trabalhador que após os serviços devidos se prepara para a colheita.

Essa fase madura onde “(…) o nascer do sol é logo de manhã, o poente é radioso e as noites sempre alumiadas maravilhosamente, suntuosamente por milhares de estrelas (…)6, o trabalho, a inspiração, o desprendimento e o amor preparam para a fase que se seguirá – a do envelhecimento da matéria.

Por que a do envelhecimento da matéria?

“(…) teu corpo é uma veste que se apodrece (…)”7

Mantidas as condições gerais de vida, isto é, ar, luz, calor, alimento, cuidados necessários, por que a energia vital que mantém a Vida se desagrega?

Gabriel Delanne8 representa essa resposta com a analogia de uma pedra lançada ao ar em sentido vertical. Impulsionada pela força dos músculos, a despeito da força centrípeta, eleva-se rapidamente até que as duas forças contrárias se equilibram. Depois, a atração predomina, a pedra cai e quando chega ao ponto de partida toda energia a ela comunicada terá desaparecido.

Pode-se fazer paralelo com o ser vivo – a energia potencial proveniente dos pais e que se encontra na célula original, transforma-se em energia natural à medida em que se organiza a matéria. De começo a ação é altamente enérgica – a assimilação ultrapassa a desassimilação – o indivíduo cresce (infância e juventude). A seguir vem o equilíbrio das perdas e ganhos – é a maturidade, a estabilidade da matéria. Cessado, rompido esse equilíbrio, os tecidos não mais convenientemente alimentados, esvai-se a força vital até a exaustão completa. Caracterizou-se a velhice dessa matéria até o sobrevir de extinção completa, no caso, na morte. A matéria agora desagregada retorna ao mundo inorgânico.

Essa matéria em desagregação influencia o Espírito?

Sem dúvida. Ela limita sua exteriorização, sua expansão, impõe-lhe ritmo diferente. Os instrumentos para a manifestação da alma estão limitados, e o Espírito não mais consegue dinamizar sua pujança.

Acredita-se que esse processo natural do envelhecimento da matéria apresente menos problemas ao Espírito quando se faz acompanhar desse conhecimento e do fruto das atitudes positivas e condutas corretas no dia-a-dia, desde a mocidade e que as funções biológicas e psicológicas são alteradas com maiores repercussões diante dos comportamentos sem disciplina em todos os setores.

Daí entender, compreender essa fase natural da existência e trabalhar nela para que o Espírito se mantenha ativo, lúcido, entusiasmado e permanentemente livre, embora limitado pela matéria que o restringe.

A História mostra que o envelhecimento da matéria não se processou em paralelo, para quem soube cultivar o Espírito ou em outras palavras, a idade cronológica não representou barreiras para Verdi, compositor italiano, que aos sessentas anos compõe “Aída”; com mais de setenta e quatro “Otelo” e aos oitenta e quatro completa três imorredouras páginas religiosas: “Ave Maria”, “Stabat Mater” e “Te Deum”. Picasso, o genial pintor espanhol aos noventa e um anos cria; Churchill septuagenário foi a alma da resistência na Segunda Grande Guerra e morre aos noventa e um anos em plena contribuição social. Que falar ainda de Einsten, Edison, Albert Schwtzer, Pasteur, Fleming, Adenahuer, Bertrand Russell espíritos altamente produtivos aos setenta, oitenta, noventa anos de idade física, que não se entregando a vida contemplativa permanecem vivos até hoje quando pelos efeitos de suas descobertas, invenções, ideais e ideais se mantiveram produtivos, interessados, interessantes e atuantes, apesar, do envelhecimento físico.

I

 

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

IDEAIS E SONHOS.

 


Ideais e sonhos

 

Como um idealista pode viver sob um regime ditatorial? Como administrar sonhos de grandeza em um país onde tudo é proibido?

Será melhor desistir dos próprios anseios e acomodar-se?

Para Ziauddin, vivendo no Swat, anexado ao Paquistão, a instrução era o ideal da sua vida. E ele não estava disposto a abdicar disso.

Abriu sua escola e foi de casa em casa, tentando convencer os pais a enviarem seus filhos para estudar. E a inaugurou com três alunos.

Perto da entrada do prédio, pintou a frase: Estamos comprometidos a construir para você o chamado da Nova Era.

Ele queria que o povo se unisse contra seu maior inimigo, que não era o Talibã, nem os estrangeiros ou dominadores de qualquer procedência. Era a ignorância.

Ele desejava uma revolução, inspirada em grandes heróis. Mas de um modo adequado aos tempos atuais: com canetas, não com espadas, nem com armas sofisticadas ou mísseis de longo alcance.

Por isso, naquele dia, mesmo com somente três alunos, tudo realizou em grande estilo, cantando o Hino Nacional e hasteando a bandeira.

Quando foi registrar a escola, conforme as exigências legais, foi ridicularizado. Uma escola com somente dois professores?

Quando lhe sugeriram que ele deveria pagar propina, defendeu, com garra, seu direito de abrir a escola, afirmando que os funcionários daquela repartição deveriam atender ao seu dever.

E, apesar de todas as adversidades, continuou a pensar grande. Criticado por seu sócio, por seus parentes, ele perseverou.

Na primeira inspeção, ganhou uma enorme multa porque o oficial que lá compareceu, não recebeu a propina que esperava.

Parecia que o estabelecimento estava destinado a perecer. Mas Ziauddin não iria, jamais, abrir mão de seu sonho. Buscou ajuda, fez empréstimos.

Levou sua família para viver nos cômodos, em cima das salas de aula.

E fazia tudo. Era professor, contador, diretor, varria chão, caiava as paredes, limpava os banheiros, subia nos postes de eletricidade e colocava faixas de propaganda da escola.

Finalmente, quando o dinheiro começou a entrar, abriu uma segunda escola. E contratou propaganda na televisão. Pensar grande, sem limites.

Conseguiu ter oitocentos alunos, divididos em três escolas. Meninos e meninas, mesmo com toda a pressão política para as meninas ficarem em casa.

Naturalmente, os lucros eram poucos pois, preocupado com a educação, ele mantinha mais de cem vagas gratuitas, para aqueles que não dispunham de condições para pagar.

Para alguns desses, ainda oferecia café da manhã e almoço porque, dizia, com fome é difícil aprender.

*   *   *

Os idealistas são pessoas de fibra. Não se atemorizam, nem cedem aos percalços.

Pensam no objetivo que desejam alcançar, veem os benefícios que seus sonhos podem gerar ao próximo e se mantêm firmes.

Perseverança é a sua bandeira.

Como eles, não deixemos de sonhar. Não abandonemos nossos ideais de engrandecimento e nobreza. Mantenhamo-nos firmes na posição de quem sabe e deseja alterar o panorama do mundo para melhor, muito melhor.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 3,
do livro 
Eu sou Malala, de Malala Yousafzai com
Christina Lamb, ed. Companhia das Letras.


Em 16.7.2014.

DIVULGAÇÃO DO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

 

QUANDO A IDADE NOS ALCANÇA.

 


Quando a idade nos alcança.

Viver na Terra é um grande desafio, e toda mudança que nos ocorre na vida, necessita adaptação.

Nada se compara ao embate de assistirmos ao drama de alguns dos nossos amores envelhecendo.

Justamente aquelas pessoas que nos viram nascer, crescer, que nos ensinaram tanto.

Certo dia, eles nos surpreendem dependentes de auxílio para tudo.

Apresentam dificuldades para levar o alimento à boca. O passo se faz difícil, indeciso.

Enfim, necessitam de auxílio para quase tudo.

E o que é mais desafiador é esse idoso querido aceitar a sua realidade. Aceitar que necessita de apoio, de auxílio.

Que já não pode ficar totalmente só.

Ontem, ele comandava a própria vida. Decidia a hora de se levantar, deitar.

Podia sair a passeio, com amigos ou sozinho. Dirigia-se ao templo religioso, ao clube, ao parque.

Agora, todos os seus passos são monitorados. E ele já não pode ir aonde queira, à hora que deseje.

Nada de conversar com os amigos na rua principal da cidade, nem levar o cãozinho a passeio no parque.

Agora, todas as regras lhe são ditadas. A comida não é a que deseja, mas a que lhe é prescrita.

Precisa despertar quando desejaria dormir. Precisa dormir quando desejaria ficar acordado um tanto mais.

Um verdadeiro drama.

Nesse momento, as manobras carinhosas precisam de adaptações que favoreçam um saudável relacionamento conosco, os que os devamos assistir.

Necessário montar estratégias específicas para enfrentar ou contornar situações.

Colocar-se no lugar do idoso, para melhor compreendê-lo. Pensarmos se nós, na sua situação, não estaríamos, talvez, reagindo de forma negativa.

Ou nos permitindo o envolvimento pela tristeza, ante tantas dificuldades que se apresentam, acrescidas pelo registro das tantas vidas ausentes da nossa própria existência.

Ter em mente, no trato com esses que avançaram nos anos, que suas almas continuam ativas e voluntariosas, embora a máquina física esteja falhando em alguns pontos.

Saber aproveitar dessa sabedoria dos anos vividos é salutar, para nós e para eles.

Perguntar-lhes a respeito de ocorrências passadas, da história do país, do mundo que eles viveram, os estimulará a recordar.

E lhes dirá que continuam sendo importantes para nós, para nossos filhos, para as gerações que estão chegando. Afinal, eles são a história viva.

Diga-se, história muito mais expressiva, por vezes, do que a que lemos nos livros. Porque os relatos deles têm emoção, tem impacto.

Honremos nossos idosos, sejam pais, parentes próximos ou simplesmente, aqueles com quem convivemos, no círculo do companheirismo e da amizade.

Se a morte não nos abraçar antes, chegaremos lá. E, com certeza, desejaremos ser aceitos, compreendidos, respeitados, amados, atendidos em nossas necessidades.

Afinal, muito mais importante do que sermos colocados para tomar o sol da manhã, será desfrutarmos, todos os dias, dos raios benéficos da afeição.

Por fim, tenhamos em mente que nossos filhos nos observam e aprenderão conosco como devem ser tratados os que acumularam rugas no esforço pelo bem da família, pelo progresso do país.

Afinal, se Deus nos permitir, um dia chegaremos lá. E somente o Pai sabe se estaremos hígidos, lúcidos ou se necessitaremos, intensamente, dos cuidados alheios.

Redação do Momento Espírita.

Em 20.10.2018.

MENSAGEM COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULUIO PACHECO QUADRADO.

 

 

A FLOR DA HONESTIDADE.


 

A flor da honestidade

 

 

Conta-se que, por volta do ano 250 A.C., na China Antiga, um príncipe da região norte do país estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar.

Sabendo disso, ele resolveu fazer uma disputa entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta.

No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.

Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.

Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula:

Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta ideia insensata da cabeça. Eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.

E a filha respondeu: Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca. Eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar, ao menos alguns momentos, perto do príncipe. Isto já me torna feliz.

À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas joias e com as mais determinadas intenções.

Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio:

Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.

A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valoriza muito a especialidade de cultivar algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos etc...

O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura da sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse, na mesma extensão do seu amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado.

Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido.

Dia após dia, ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor.

Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação, a moça comunicou à sua mãe que, independente das circunstâncias, retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.

Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores.

Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.

Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa.

As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu:

Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz:a flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.

*   *   *

A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor.

Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria desconhecida.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 5, ed. Fep.
Em 09.03.2009.

MENSAGM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

 

HOMOSSEXUALISMO E O ESPIRITISMO.

 HOMOSSEXUALISMO E O ESPIRITISMO

 

Como sempre digo, que quando Deus criou os Espíritos o fez de maneira simples e ignorante, mas em busca da perfeição, ou evolução como queiram.

A todos foi lhes dado à consciência, onde esta tem duas metades, a inteligência e o livre-arbítrio, visando sempre evoluir.

Evolução quer dizer, aquisição e pratica de virtudes, combatendo os defeitos.

Como fonte de energia para realizações construtivas, o ser humano recebeu o sexo!

Entre a causa e o efeito, as causas foram concentradas no Espírito que recebeu energias superiores, que se distribuem por diversos sistemas como: o mental, intelectual, repercutindo no

corpo humano.

Nas reencarnações essas energias vão se concentrar no psique da pessoa. As características mentais, superiores e inferiores não se alterarão, esteja o Espírito vestido de roupagem masculina ou feminina.

As virtudes ou defeitos não sofrem variações em função do sexo, a quem pertença o encarnado.

A parte que muda bastante é o gravitacional da força sexual, quando o reencarnante também muda de sexo.  Eu entendo que o Espírito que esta reencarnando era homem e recebe o sexo feminino.

Existe casos nos quais será útil ao Espírito renascer em campo sexual oposto aquele em que esteja, por abusos e desregramentos, na maioria dos casos de lide expiatória.

Porque que eu sempre digo que na vida tem sempre um por quê? Eu entendo o seguinte:

Que isto acontece porque vem a ser um pagamento de dividas do passado, porque existem várias homens que tiranizam o sexo oposto, passando a devedor perante a lei da igualdade, do que a sua consciência cedo ou mais tarde o alertará. Com o procedimento daquele ser que passou a devedor, é encaminhado para a Justiça Divina a reencarnar em equipamento feminino. Mantendo as suas raízes na masculinidade, estará extremamente desconfortável num corpo feminino, para assim aprender a respeitar a mulher, seja ela quem for. Assim acontece com a mulher no sentido oposto, que fez isto ao homem.

Com isto agrava o seu karma sendo um gerador de angústia, se constituindo em uma provação. Isto não vem a ser uma maldade e sim para melhoramento Espiritual, para expurgar as suas faltas passadas.

Estas criaturas terão chances de se aperfeiçoar Espiritualmente, dignas de compreensão porque estão sofrendo. Elas podem pagar as suas faltas como plantando novas.

Os homossexuais não devem ser alvos de criticas, senão de esclarecedoras luzes Espíritas em suas sensíveis almas, iluminando o seu presente, pois o seu karma deve ser humilhante porque tem assumir esta postura como provação ou expiação já a partir do lar que ocupa.

Já a nossa religião sugere o esforço de sublimação perante estes seres, como único meio para livra-los de tão tormentoso débito. O exercício continuo da caridade para com eles poderemos ajuda-los a se reeducarem, substituindo hábitos infelizes por amor fraternal.

 

Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

 Curitiba. PR. Brasil

Meu email: getulicao@hotmail.com

Meu blogger: getuliomomentoespirita.blogs

HOMOSSEXUALISMO NA VISÃO ESPÍRITA.

 




GRUPO DE ESTUDO "ALLAN KARDEC"

"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas

HOMOSSEXUALIDADE NA VISÃO ESPÍRITA

 

Deus criou espíritos e estes não tem sexo.

Então, tanto podemos encarnar em um corpo masculino como feminino.

Quando estamos desencarnados, no plano espiritual, geralmente, conservamos a aparência da última encarnação. Muitos optam pela aparência da encarnação que foi mais marcante.

Quando estamos encarnados, interpretamos papéis, como artistas num filme ou novela.

Um homem, por exemplo, não É homem, ele ESTÁ interpretando o papel de homem, porque veste um corpo masculino.

Assim ocorre em relação à mulher.

Na próxima encarnação não sabemos em que sexo reencarnaremos.
Todos nós, trazemos gravado na memória espiritual, o que fizemos ou fomos em encarnação anterior ou em encarnações anteriores. Como nós passamos por muitas encarnações, ora em corpo feminino, ora em condições de masculinidade, todos temos um pouco de bissexualidade. Há homens heterossexuais sensíveis e delicados assim como há mulheres heterossexuais truculentas.

Exemplo:  Conta-se que Chopin em seu primeiro encontro com a escritora George Sand, o amor de sua vida, não poderia ter sido pior. Escreveu ele: "Como é antipática essa Sand! Será mesmo uma mulher? Estou começando a duvidar." Afinal, sua nova amiga comportava-se como um rapaz: vestia-se com roupas masculinas e fumava charutos. Certa vez, num dia de chuva, apareceu uma goteira na cabana onde eles estavam. Chopin inspirou-se com a goteira e compôs a música Gota d’água. Assim que terminou sua esposa subiu no telhado para acabar com a goteira.

Mas, a doutrina espírita, explica que a homossexualidade, pode ter várias origens. Entre elas: EXPIAÇÃO que resulta no travesti; OPÇÃO que é resultado de viciação; ESTÍMULO DOS PAIS e MISSÃO. Vamos explicá-las segundo a visão espírita de Richard Simonetti e Divaldo Franco:

1º) No caso de EXPIAÇÃO, são espíritos que abusaram do sexo oposto, geralmente para saciar seus instintos sexuais, levando-os ao suicídio, por exemplo, e que agora reencarnaram (obrigatoriamente) num corpo oposto da encarnação anterior, para sentir na pele as humilhações, os abusos que uma mulher sofre por parte de alguns homens e vive-versa, para aprender a não cometer o mesmo erro numa próxima encarnação. Então, estes usam um corpo feminino, mas seu desejo é masculino, ou seja, eles olham para uma mulher e sentem atração física. O mesmo acontece com o homossexual masculino. Estes também, por vários motivos, abusaram dos sentimentos de pessoas do sexo oposto. Agora se encontram (obrigatoriamente) em corpos masculino sentindo atração por pessoas do mesmo sexo. Neste caso, também surge O TRAVESTI - o homem que simula ser mulher e vice-versa. Geralmente eles se vinculam a atividades artísticas, vestindo-se do sexo que pretendem ser. O travesti só se enquadra na homossexualidade, na medida em que dê vazão aos seus impulsos sexuais orientados pela psicologia invertida. Os mais imaturos acabam envolvendo-se com a prostituição, atendendo pessoas desajustadas que buscam aventuras sexuais.

2º) Há a OPÇÃO que resulta de viciação. Assim como há indivíduos que se viciam no fumo, no álcool, nas drogas, há viciados do sexo que, à procura de sensações, acabam desenvolvendo práticas homossexuais. Neste caso encontramos também os bissexuais. A homossexualidade pode desenvolver-se na adolescência, como curiosidade juvenil, muitas vezes motivada pelo modismo determinado pela mídia televisiva; por crianças que são abusadas por adultos; ou em prisões, como alternativa para necessidades sexuais; por prostituição, para ganhar dinheiro . . . Estes não tem o conflito da mente com o corpo. Por isso há homossexuais masculinos muito viris, assim como há lésbicas, que são extremamente femininas.

3º) Há também, indivíduos que tornaram-se homossexuais por "ESTÍMULO DOS PAIS." Pais frustrados que estimulam comportamentos equivocados na conduta sexual dos seus filhos. A mãe que esperava uma menina e veio um menino; ela começa a vestir o menino de menininha, e transferir seus conflitos e irrealizações para o filho, ou o pai que desejava um filho varão para preservar o nome, e veio uma filha; ele passa a tratá-la com dureza, porque no inconsciente, está marcando esse espírito profundamente e submetendo-o a uma conduta de comportamento sexual que não harmonizará sua psicologia com sua anatomia.

4º) E para finalizar, a homossexualidade pode também ocorrer como uma opção do Espírito quando, em MISSÃO, pretenda dedicar-se a determinadas tarefas, optando por esta "anomalia" que inibirá seus impulsos de acasalamento. Geralmente são espíritos que tiveram várias encarnações num corpo masculino, por exemplo, e quando pedem para vir num corpo feminino sentem-se estranhos. Com uma psicologia (pensamento) que não se ajusta à morfologia (corpo), tenderá (em alguns casos) a sentir atração por indivíduos do mesmo sexo. Como sua consciência não lhe permitirá um envolvimento desse tipo, que sente ser contrário à Natureza, optará pela solidão afetiva, com o que passará a dedicar-se inteiramente às tarefas a que se propôs, desdobrando sacrificial existência. Encontramos, na História, inúmeras personalidades de destaque nos domínios da Cultura, da Arte, da Filosofia, da Ciência, da Religião, que viveram essa contingência. Passaram incompreendidos, ridicularizados e caluniados por seus contemporâneos quanto à sua posição em relação ao sexo, mas, mantendo SEVERAS DISCIPLINAS DE CASTIDADE, canalizaram suas forças genésicas para gloriosas realizações em favor da Humanidade. 

O SEXO É PECAMINOSO?

Sexo, como disse Emmanuel, “é um atributo não apenas respeitável mas profundamente santo da Natureza, exigindo educação e controle.” Então, pecaminoso é a maneira que fazem uso do sexo, seja por um hetero ou um homo.

QUAL A FINALIDADE DO SEXO?

O sexo foi feito para a vida, para dar oportunidade para Espíritos encarnarem para ressarcir débitos ou para realizar provas, e não a vida foi feito para o sexo, como estão dando a entender hoje. Observemos que, quando nosso corpo envelhece e não pode mais reproduzir, a mulher não lubrifica mais como na mocidade e o homem tem dificuldade de ereção. Portanto, quando o sexo for feito com intenção de ter ou não filho, que seja com respeito, sem promiscuidade, sem troca constante de parceiro (prostituição), seja homo ou hetero. Muitos de nós ainda necessita desta troca de energia.

SE A FINALIDADE DO SEXO É DAR OPORTUNIDADE PARA ESPÍRITOS REENCARNAREM, POR QUE INVENTARAM O ANTICONCEPCIONAL?

O anticonceptivo existe para controlar a quantidade de filhos que um casal quer ou pode ter. Ele não foi inventado para as pessoas fazerem uso do sexo de maneira abusiva, promíscua e sem responsabilidade.

Diz Emmanuel no livro Vida e Sexo: "Em torno do sexo, será justo resumirmos as normas seguintes:
Não proibição, mas educação.
Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo.
Não indisciplina, mas controle.
Não impulso livre, mas responsabilidade.
Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender e recomeçar a obra da sublimãção pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um."

 

 

 

 

O Espiritismo não é contra a homossexualidade? 

Resposta de Divaldo Franco: “O Espiritismo, de forma alguma, é contra a estrutura homossexual do indivíduo, não estando de acordo, porém com a pederastia, ou seja, a entrega do homossexual aos hábitos e práticas perturbadoras, o que é muito diferente.”(...) "O que a doutrina diz é que, o homossexual deve procurar respeitar a si mesmo; não se permitir descer a situações promíscuas; deve respeitar seu parceiro(a); deve respeitar o grupo social, não pretendendo impor a sua orientação sexual como sendo a que todos devem seguir. Porque todos temos, invariavelmente, um certo tipo de comportamento e o consideramos normal. Desejamos consciente e inconcientemente que o mundo mude para estar do nosso lado, quando os outros também tem seus comportamentos e suas orientações sexuais." 


OBSERVAÇÃO: ENTÃO, PODEMOS DIZER QUE, O HOMOSSEXUAL NÃO DEVE IMPOR SUA CONDIÇÃO SEXUAL AO HETEROSSEXUAL E VICE-VERSA. ASSIM COMO HÁ HOMOSSEXUAL E HETEROSSEXUAL COM COMPORTAMENTO PROMÍSCUO, AGRESSIVO À SOCIEDADE, HÁ TAMBÉM HOMOSSEXUAL E HETEROSSEXUAL DISCRETO, QUE RESPEITA E SE RESPEITA. A MUDANÇA DE COMPORTAMENTO VIRÁ COM O AMADURECIMENTO DO ESPÍRITO E NÃO COM A IMPOSIÇÃO DE OUTROS ESPÍRITOS TAMBÉM FALHOS. QUEM QUER TER LIVRE ARBÍTRIO DEVE CONCEDER O MESMO AOS OUTROS. SÓ ASSIM VIVEREMOS HARMONIOSAMENTE, ATÉ QUE A HUMANIDADE AMADUREÇA E APRENDA A RESPEITAR A PRÓPRIA SEXUALIDADE, DISPONDO-SE A FAZER DA ATIVIDADE SEXUAL NÃO MERA FONTE DE PRAZER ANIMAL, MAS, FUNDAMENTALMENTE, UM COMPLEMENTO DA COMUNHÃO AFETIVA, SOB INSPIRAÇÃO DO AMOR QUE UNE O HOMEM E A MULHER PARA AS EXPERIÊNCIAS SAGRADAS DA VIDA FAMÍLIAR.

 

Texto baseado nos livros: QUEM TEM MEDO DOS ESPÍRITOS? de Richard Simonetti e LAÇOS DE FAMÍLIA de Divaldo Franco.

DIVULGAÇÃO DO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.