sábado, 23 de maio de 2015

O LIVRO DOS ESPÍRITOS.CAPÍTULO VI.RELAÇÕES SIMPÁTICAS E ANTIPÁTICAS DOS ESPÍRITOS.METADES ETERNAS.

Além da simpatia geral, determinada pelas semelhanças, existe afeições particulares entre os Espíritos. Mas o liame que une os Espíritos é mais forte na ausência do corpo físico, porque não existe mais às vicissitudes das paixões.
As aversões entre os Espíritos só existe entre os impuros, e são estes que acabam excitando entre os encarnados inimizades e discussões.
Dois Espíritos encarnados que foram inimigos aqui, quando desencarnam não conservam seus ressentimentos, porque compreenderão que era estúpida. Apenas os Espíritos imperfeições é que conservam isto, até se purificarem.
Quando dois Espíritos encarnados se lembram das suas más ações que cometeram aqui, acaba se tornando obstáculo à sua simpatia, e acaba distanciando-os.
O sentimento do mal que fizemos a um Espírito, após a morte do seu corpo físico ao chegar lá, se for bom acaba perdoando, e se mal além de conservar este ressentimento, pode por vezes perseguir-nos até numa outra existência.
As afeições dos Espíritos não são suscetíveis de alteração, porque eles não podem enganar-se, e não usam mais a máscara da hipocrisia, e é por isso que as afeições são inalteráveis quando puros. O amor que os unem é de extrema felicidade. A afeição que tiveram aqui com alguém prossegue no mundo Espiritual, isto se se basearem numa verdadeira simpatia: mas se as causas de ordem física tiveram maior influência que a simpatia, essa cessa com as causas. Geralmente as afeições entre os Espíritos são mais sólidas do que aqui, porque não estão mais subordinadas a interesses materiais e do amor próprio.
Não existe almas predestinadas e fatal entre duas almas. A união existe entre os Espíritos, mas em graus diferentes, segundo a ordem que ocupam da perfeição que adquiriram.
A palavra metade que certos Espíritos se servem para designar os Espíritos simpáticos, a expressão não é exata, pois se um Espírito fosse a metade do outro, quando separados estariam incompletos.
Todos os Espíritos que atingiram a perfeição, podem se unirem entre si. Já na esfera inferior quando um se eleva, já não tem a mesma simpatia pelos que deixou.
A simpatia que atrai um Espírito para o outro, vem a ser o resultado da perfeita concordância de suas existências, de seus instintos.  Se um devesse vir a completar o outro perderia a sua individualidade.
Para haver uma afinidade para uma simpatia perfeita, não consiste apenas na semelhança dos pensamentos e sentimentos, e sim na igualdade do grau de elevação.
O Espíritos que hoje não são simpáticos, podem amanhã se tornarem a sê-los. Isto é, quando se aperfeiçoar, chegara a esfera em que se encontra o outro. Seu encontro se realizará mais prontamente se o Espírito mais elevado, suportando mal as provas a que se submetera, tiver permanecido no mesmo estado.
Entre dois Espíritos simpáticos, um poderá deixar de sê-lo, se um for preguiçoso.
Orientação de Kardec:  É que a teoria das metades eternas que representa a imagem da união de dois Espíritos simpáticos, é que não deve ser tomada ao pé da letra. Porque os Espíritos que dela se servem não pertencem a mesma ordem mais elevada. A esfera de suas ideias é necessariamente limitada, e exprimiram o seu pensamento pelos termos de que teriam servido a vida corporal. Sendo necessário se rejeitar esta ideia de que dois Espíritos, criados um para o outro, devem se unir um dia na eternidade.
Bibliografia: O Livro dos Espíritos.
Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.






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