terça-feira, 26 de maio de 2015

O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO VII. IDIOTISMO E LOUCURA.

Os cretinos e os idiotas, tem uma alma frequentemente mais inteligente do que pensamos, porém sofrem com a insuficiência dos meios para se comunicar. Estes Espíritos estão em punição, e vivem em corpo de idiotas. Eles sofrem pela impossibilidade de manifestar-se através de órgãos não desenvolvidos ou defeituosos. Os órgãos exercem influência muito grande sobre a manifestação das suas faculdades, mas não produzem as faculdades, onde está aí a diferença.
Kardec nos orienta, que no estado normal, o moral vence os obstáculos que a matéria lhe impõe. Porém existe casos em que a matéria oferece uma tal resistência que as manifestações anímicas ficam entravadas ou desnaturadas, como na idiotia e na loucura.
São casos patológicos, e em tal estado a alma não goza de toda a sua liberdade, onde a própria lei humana a isenta da responsabilidade de seus atos.
O caso dos idiotas e os cretinos, não podendo fazer o bem e nem o mal, com isso não podem progredir, é que trata-se de uma expiação imposta ao abuso que tenham feito de certas encarnações; tendo um tempo de suspensão. Assim o corpo de um idiota em precedente existência, pode conter um Espírito que tenha animado a de um gênio, porque o gênio se torna as vezes uma desgraça, quando dele se abusa.
Kardec nos diz, que a superioridade moral não está sempre na razão da superioridade intelectual, e que os maiores gênios podem ter muito a expiar; daí resultando frequentemente para eles uma existência inferior à que já tenham vivido, sendo sua causa de sofrimento. Podendo-se dizer, que os cretinos e os idiotas são estropiados do cérebro, como é o cego dos olhos.
O Espírito tem consciência de seu estado mental muito frequentemente, onde compreende que os entraves do seu desenvolvimento são uma prova e uma expiação.
A situação do Espírito na loucura, é que quando em liberdade, ele recebe diretamente impressões e exerce diretamente a sua ação sobre a matéria. Quando encarnado, ele se encontra em condições diferentes, de não fazer senão com a ajuda dos órgãos especiais. Se alterar uma parte ou o conjunto de tais órgãos e eis que se lhe interrompem, no que destes dependam, a ação ou as impressões. Se ele perde os olhos fica cego. Será fácil de compreender, que só tendo o Espírito órgãos a seu serviço incompletos ou alterados, uma perturbação resultará de que nele por si mesmo e no seu foro íntimo tem a perfeita consciência, mas cujo curso não lhe está nas mãos a deter.
É bom lembramos que é sempre o corpo físico o desorganizado. Mas também é bom sabermos que da mesma maneira que o Espírito age sobre a matéria, esta reage sobre ele numa certa medida; e que o Espírito pode encontra-se momentaneamente impressionado pela alteração dos órgãos através dos quais se manifesta e recebe as suas impressões. Pode acontecer também que quando a loucura dura bastante, a repetição dos mesmos atos acabe por exercer sobre o Espírito uma influência da qual ele não se livrará senão depois da sua completa separação da impressão material.
A razão que a loucura pode levar algumas vezes ao suicídio, vem porque o Espírito sofre pelo constrangimento a que está submetido, e pela impotência de manifestar-se livremente suicida-se.
Após o desencarne, o Espírito pode se ressentir durante algum tempo da perturbação de sua faculdade. Com a alteração do cérebro na matéria, ela pode reagir sobre o Espírito pela lembrança, que necessita de um tempo para se livrar desta impressão.

Bibliografia. O Livro dos Espíritos.
Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.





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