Como a Doutrina Espírita vê o dia de finados?
O dia de
finados está relacionado com a morte. Logo, para falarmos de finados, temos
que falar da morte.
Como a Doutrina Espírita vê a morte?
A Doutrina
Espírita nos mostra que somos Espíritos eternos e imortais. Quando
encarnados, temos o corpo físico, o corpo espiritual (o perispírito) e o
Espírito. Quando desencarnados, temos o corpo espiritual e o Espírito.
A vontade,
a inteligência, as emoções, estão no Espírito.
Logo
percebemos que a morte como comumente escutamos, não existe. Ninguém morre,
no sentido de acabar, pois o Espírito, conforme dissemos no início é eterno e
imortal.
A morte
então é uma passagem do plano físico para o plano espiritual, para um
descortinar de uma nova existência, mais pulsante, mais bela.
Para isso,
é preciso que desenvolvamos nossas qualidades morais, de acordo com os
ensinamentos de Jesus.
Embora
tenhamos um grande desenvolvimento intelectual, a morte ainda não é bem
entendida para a maioria de nós, mesmo os espiritualistas e os espíritas.
Em que
sentido falamos isso ? No sentido do apego. Embora já tenhamos alguns
conceitos bem delineados em nossa mente, o coração não responde adequadamente
a estes conceitos.
O
resultado é que temos visto uma enorme quantidade de espíritos desencarnados
expressarem suas dificuldades na vida de além-túmulo, com relação às saudades
de seus entes queridos, realidade que não é diferente para nós que estamos
encarnados. Por nosso apego em demasia, criamos situações extremamente
desconfortantes, onde entramos em grande desequilíbrio nos momentos de
separação.
Não
queremos aqui dizer que aquele que compreende a morte não possa sofrer, mas
sofrer resignadamente, acreditando antes de tudo em Deus, em sua infinita
Misericórdia e vontade.
É preciso
modificar a nossa idéia acerca da vida, que não se resume a vida material,
mas essencialmente a vida espiritual.
É preciso
desenvolver a nossa fé em Deus, é preciso sedimentarmos esta fé, eu diria, e
termos absoluta certeza que as nossas preocupações são normalmente
infundadas, pois acima de nós estará sempre nosso PAI.
Nossos
filhos, nossos pais, são empréstimos que Deus em sua profunda misericórdia
nos concede, para que possamos nos desenvolver cada vez mais os nossos
instintos, transformando-os em sentimentos para que mais tarde possamos este
sentimento enobrecido se torne aquele AMOR que Jesus exemplificou para todos
nós.
Além do
mais, o nosso desequilíbrio, seja neste ou no plano espiritual, perturba
diretamente aqueles que dizemos amar.
Que amor
então é esse, que em vez de pacificar, que em vez de fazer o bem, acaba prejudicando?
O dia de
finados deve ser visto então como mais um dia em que devemos elevar nosso
pensamento a Deus, orando fervorosamente por aqueles que já partiram, para
que esta prece, feita sempre de coração, possa ser o bálsamo, possa ser o
refrigério, para aqueles que nós amamos e já partiram para a pátria
espiritual.
Aliás, a
prece está entre os maiores bens que podemos fazer em benefício daqueles que
já partiram.
Se quem
partiu está na condição de sofrimento ou de perturbação, a prece será de
grande benefício.
Se quem
partiu está consciente, lúcido de sua realidade espiritual, da mesma forma, a
prece chegará como um bálsamo ao coração de quem amamos, pela lembrança e pelo
carinho.
Logo, se
somos ligados pelos pensamentos, e o podemos fazer mais fortemente através da
prece, podemos entender que não é necessário o nosso deslocamento no dia de
finados até o cemitério, para transmitirmos os nossos melhores sentimentos.
Não vai
aqui nenhuma condenação, pois cada um está dentro do seu campo de
entendimento, mas como espíritas, podemos vibrar positivamente de onde
estivermos.
Busquemos
então desenvolver cada vez mais a nossa fé raciocinada, aquietando nosso
coração com a certeza que ninguém neste universo está desamparado, que Deus
protege a cada um de seus filhos, para que evitemos o engano de nos sentirmos
insubstituíveis.
Mais do
que sabermos, é preciso que sintamos. Deus não pode estar somente em nossas
mentes, apenas em um conjunto de definições.
Quando a
preocupação com um ente que já partiu apertar, lembremos antes de tudo que
Deus olha por ele.
Temos
visto muitas vezes nas sessões de desobsessão, relatos pungentes,
principalmente de mães, que ficam desesperadas por não poderem cuidar mais de
seus filhos. Na verdade não percebem que quanto maior o desespero, menor a
condição de ajudarmos e sermos ajudados.
Confiemos
sempre em Deus. O PAI sabe o que faz, onde Suas leis são perfeitas.
Estes são
os apontamentos que temos acerca do dia de finados. Que Deus abençoe a todos
nós.
MENSAGEM
COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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