0 homem e a mulher
são iguais perante Deus e têm os mesmos direitos, pois
Deus deu a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir.
A procedência da
inferioridade moral da mulher em certas regiões se da,
pelo domínio injusto e cruel que o homem exerceu sobre ela. Uma consequência
das instituições sociais e do abuso da força sobre a debilidade. Entre os
homens pouco adiantados do ponto de vista moral a força é o direito.
A mulher é
considerada fisicamente mais fraca do que o homem,
para lhe assinalar funções particulares. O homem se destina
aos trabalhos rudes, por ser mais forte; a mulher aos trabalhos suaves; e
ambos a se ajudarem mutuamente nas provas de uma vida cheia de amarguras.
A debilidade física
da mulher não a coloca naturalmente na dependência do homem, porque Deus deu a força a uns para proteger o fraco e não
para o escravizar.
Comentário de
Kardec: Deus
apropriou a organização de cada ser às funções que ele deve desempenhar. Se deu
menor força física à mulher, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade, em
relação com a delicadeza das funções maternais e a debilidade dos seres
confiados aos seus cuidados.
As funções a que a
mulher foi destinada pela Natureza têm tanta importância quanto às conferidas
ao homem, e até maior; é ela
quem lhe dá as primeiras noções da vida.
Os homens, sendo
iguais perante a lei de Deus, devem sê-lo igualmente perante a lei
humana. Sendo este é o primeiro
princípio de justiça: “Não façais aos outro o que não quereis que os outros
vos façam”.
De acordo com isso,
para uma legislação ser perfeitamente justa deve consagrar a igualdade de direitos entre o homem e a
mulher, mais de funções, não. É
necessário que cada um. Tenha um lugar determinado; que o homem se ocupe
de fora e a mulher do lar, cada um segundo a sua aptidão. A lei humana,
para ser justa, deve consagrar a igualdade de direitos entre o homem e a
mulher; todo privilégio concedido a um ou a outro é contrário à justiça.
A emancipação da mulher segue o progresso da civilização, sua
escravização marcha com a barbárie. Os sexos, aliás, só existem na organização
física, pois os Espíritos podem tomar um e outro não havendo diferenças
entre eles a esse respeito. Por conseguinte, devem gozar dos mesmos
direitos(1).
(1) Há mais
de cem anos, este livro indicava a solução do problema feminino: igualdade de
direitos e diversidade de funções. Mando e mulher não são senhor e escrava, mas
companheiros que desempenham uma tarefa comum, com a mesma responsabilidade
pela sua realização. O feminismo adquire um novo aspecto à luz deste principio.
A mulher não deve ser a imitadora e a competidora do homem, mas a sua
companheira de vida, ambos mutuamente se completando na manutenção do lar, que
é a célula básica da estrutura social.
MENSAGEM DIVULGADA
PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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