AUTISMO.
Como as cores do prisma que degrada a
luz solar, as diferenças entre as pessoas marcam a beleza da individualidade
humana.
Entre todas as diferenças, está o autismo, que ama em silêncio e luta como um
símbolo a mais contra a indiferença de uma sociedade acostumada a olhar o
próximo sem compreender sua integridade. Assim se expressa o Dr. Juan Danilo
Montilla, estudioso dedicado dessa síndrome mal compreendida que se vem
tornando quase pandêmica.
Incompreendida no passado remoto e diagnosticada posteriormente como
esquizofrenia, a partir de 1970, em razão de o nobre Dr. Hans Asperger haver
sido pai de gêmeos portadores do distúrbio, mediante a observação do atraso do
desenvolvimento da linguagem, estudou-o profundamente, buscando encontrar a sua
gênese, assim como a melhor terapêutica.
Em 1981, a psiquiatra Lorna Wing, em homenagem a esse notável pesquisador,
referiu-se pela primeira vez à síndrome de Asperger.
Curiosamente, a Dra. Wing era mãe de uma menina autista...
O autista invariavelmente não gosta de ser tocado, evita fitar as pessoas,
tendo quase sempre a cabeça baixa e as reações compatíveis com a sua
problemática em razão da ausência de sociabilidade, reagindo a distúrbios
sonoros, a multidão, etc.
Sob o aspecto da Doutrina Espírita, podemos considerar a problemática do
autismo como sendo uma provação para o paciente, que estaria recuperando-se de
delitos praticados em existências passadas, assim como os seus familiares,
especialmente os pais.
Mediante as limitações experimentadas e os sofrimentos pertinentes, o espírito
endividado refaz-se e liberta-se da carga aflitiva a que se encontra jungido,
tornando-se, desta forma, uma verdadeira bênção.
Outrossim, pode ser uma experiência iluminativa solicitada pelo próprio
espírito, a fim de contribuir em favor de estudos científicos que irão
beneficiar outros, ao mesmo tempo um esforço pessoal para o maior crescimento
sociopsicológico.
No primeiro caso, podem ocorrer transtornos obsessivos, produzidos pelas
vítimas de existência anterior, que se comprazem em piorar o quadro de
sofrimentos, levando o paciente à agressividade, ao mutismo e a estados de
aparente esquizofrenia.
O Espiritismo dispõe de terapias valiosas: passes, água fluidificada,
desobsessão, conversação paciente e edificante, música suave, conforme a sua
reação ao ouvir e muita perseverança do amor para que o mesmo sinta-se aceito e
confiante.
DIVALDO P. FRANCO
Professor, médium e conferencista
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