quinta-feira, 31 de março de 2022

A FÉ DIVINA E A HUMANA.

 


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. CAPITULO XIX.A FÉ DIVINA E A FÉ HUMANA.

UM ESPÍRITO PROTETOR

Paris, 1863

A fé é o sentimento inato, no homem, da sua destinação. É a consciência das prodigiosas faculdades que traz em germe no íntimo, a princípio em estado latente, mas que ele deve fazer germinar e crescer, através da sua vontade ativa.

Até o presente, a fé só foi compreendida no seu sentido religioso, porque o Cristo a revelou como poderosa alavanca, e porque nele só viram um chefe de religião. Mas o Cristo, que realizou verdadeiros milagres, mostrou, por esses mesmos milagres, quanto pode o homem que tem fé, ou seja, que tem a vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode realizar-se a si mesma. Os apóstolos, com o seu exemplo, também não fizeram milagres? Ora, o que eram esses milagres, senão os efeitos naturais de uma causa desconhecida dos homens de então, mas hoje em grande parte explicada e que será completamente compreendida pelo estudo do Espiritismo e do magnetismo?

A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem der às suas faculdades, em relação às necessidades terrenas ou às suas aspirações celestes e futuras. O homem de gênio, que persegue a realização de um grande empreendimento, triunfa se tem fé, porque sente em si mesmo que pode e deve triunfar, e essa certeza íntima lhe dá uma extraordinária força. O homem de bem que, crendo no seu futuro celeste, quer preencher a sua vida com nobres e belas ações, tira da sua fé, da certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda nesse caso se realizam os milagres da caridade, do sacrifício e da abnegação. Por fim, não há más inclinações que, com a fé, não possam ser vencidas.

O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé, quando posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos estranhos que, antigamente, foram qualificados de milagres.

Eu vos repito: a fé é humana e divina. Se todas as criaturas encarnadas estivessem suficientemente persuadidas da força que trazem consigo, e se quisessem pôr a sua vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o que até hoje chamais de prodígios, e que é simplesmente senão um desenvolvimento das faculdades humanas.

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

DUELO.

 


O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPITULO VI. LEIS DE DESTRUIÇÃO.

DUELO.

O duelo não pode ser considerado como um caso de legítima defesa. É um assassínio e um costume absurdo, digno dos bárbaros.

Numa civilização mais avançada e mais moral, o ser humano compreenderá que o duelo é tão ridículo quanto  os combates de antigamente encarados como o juízo de Deus.

É considerado um suicídio e assassínio o duelo por parte daquele que conhecendo sua própria fraqueza está quase certo de sucumbir.

As probabilidades são iguais, sendo um assassínio e suicídio.

Comentário de Kardec: Em todos os casos, mesmo naqueles em que as possibilidades são iguais, o duelista é culpável porque atenta friamente e com propósito deliberado contra a vida de seu semelhante; em segundo lugar, porque expõe a sua própria vida inutilmente e sem proveito para ninguém.

O valor do que se chama o ponto de honra em matéria de duelo, tratam-se do orgulho e da vaidade, duas chagas da Humanidade.

 Dependendo dos costumes e dos usos há casos em que a honra está verdadeiramente empenhada e a recusa seria uma covardia.

 Cada país e cada século têm a respeito uma maneira diferente de ver. Quando os seres humanos forem melhores e moralmente mais adiantados, compreenderão que o verdadeiro ponto de honra está acima das paixões terrenas e que não é matando ou se fazendo matar que se repara uma falta.

Comentário de Kardec: Há mais grandeza e verdadeira honra em se reconhecer culpado, quando se erra, ou em perdoar, quando se tem razão; e em todos os casos, em não se dar  importância aos insultos que não podem atingir-nos.

 

BIBLIOGRAFIA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

 PRECE DE CURA E OUTROS.


PRECE DE CURA E OUTROS. PEDINDO A DEUS E A JESUS A ATUAÇÃO DOS MÉDICOS ESPIRITUAIS E OUTROS MENTORES ESPIRITUAIS.

Deus nosso Pai de infinita bondade, dignai-vos abrandar a amargura da situação destas pessoas sejam elas adultos ou não, se assim for da Vossa vontade! Bons Espíritos, em nome de Deus Todo-Poderoso e Jesus nosso mestre, eu vos peço assistência para as suas aflições, cura dos seus males físicos e espirituais, para os que desencarnaram e para seus familiares, para os drogados, para os dependentes químicos, fumantes, os que estão em depressão, nas angustias, os agonizantes, para os suicidas e os que tentaram isto. Para os obsedados e obsessores, para afastar espíritos negativos, para mães que esperam e estão ganhando filhos, para abençoar a noite de todos, e um lindo amanhecer. Daí lhes a confiança aos seus familiares e demais no Senhor, e no futuro, que poderia os tornar menos amargas. Daí lhes também a força de não sucumbirem em desespero, o que lhes faria perder os benefícios e que tornaria as suas situações futura ainda mais penosa.

Se possível a cura ser realizada por intermédio dos médicos e os mentores espirituais, os quais também possam ajudar a incutir na mente dos médicos terrenos e outros o que fazer, ou que atuem direta a elas.

QUE ASSIM SEJA SENHOR.

MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

 

 

MARIA TEREZA ABRAHÃO, SUELI SOUZA.LEDA MARIA MOREIRA DE MENEZES QUADRADO. INGRID SANTANA DE FREITAS. SETEMBRINA NATIVIDADE OLIVEIRA GOVEA, CLARCE COSTA CHARLES, SOLANGE COSTA QUADRADO.

 

terça-feira, 29 de março de 2022

CONHECIMENTO DO FUTURO.

 


O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO X. LEI DE LIBERDADE.

CONHECIMENTO DO FUTURO.

  Quanto à revelação do futuro ao ser humano, no inicio lhe é oculto e só em casos raros e excepcionais  Deus lhe permite a sua revelação.

O futuro é oculto ao ser humano porque se ele conhecesse o futuro, negligenciaria o presente e não agiria com a mesma liberdade de agora, pois seria dominado pelo pensamento de que, se alguma coisa deve acontecer, não adianta ocupar-se dela, ou então procuraria impedi-la. Deus não quis que assim fosse afim de que cada um pudesse concorrer para a realização das coisas, mesmo daquelas a que desejaria opor-se. Assim é que mesmo sem o saber, quase sempre os acontecimentos são preparados, os quais sobrevirão no curso da tua vida.

Mas se é útil que o futuro permaneça oculto, Deus permite, às vezes, a sua revelação quando esse acontecimento antecipado deve facilitar o cumprimento das coisas, em vez de embaraçá-lo, levando o ser humano a agir dessa maneira diferente do que o faria se não o tivesse. Além disso, muitas vezes é uma prova. A perspectiva de um acontecimento pode despertar pensamentos que sejam mais ou piores: se um ser humano souber, por exemplo, que obterá uma fortuna com a qual não contava, poderá ser tomado pelo sentimento de cupidez, pela alegria de aumentar os seus gozos terrenos, pelo desejo de obtê-la mais cedo, aspirando pela morte daquele que lhe deve deixar, ou então essa perspectiva despertará nele bons sentimentos e pensamentos generosos. Se a previsão não se realizar, será outra prova: a da maneira por que suportará a decepção. Mas não deixará por isso de ter um mérito ou demérito dos pensamentos bons ou maus que a crença mi previsão lhe provocou.

 Desde que Deus tudo sabe, também sabe se um ser humano deve ou não sucumbir numa prova. A necessidade da prova, que nada pode revelar a Deus sobre aquele ser humano, é porque Deus deixa ao ser humano toda a responsabilidade da sua ação, uma vez que ele tem a liberdade de fazer ou não fazer. Podendo o ser humano escolher entre o bem e o mal, aprova tem por fim colocá-lo ante a tentação do mal, deixando-lhe todo o mérito da resistência. Mesmo Deus sabendo muito bem com antecedência, se ele vencerá ou fracassará, não pode puni-lo nem recompensá-lo, na sua Justiça, por um ato que ele não tenha praticado.

Comentário de Kardec: É assim entre os seres humanos. Por mais capaz que seja um aspirante por mais certeza que se tenha de seu triunfo, não se lhe concede nenhum grau sem exame o que quer dizer sem prova. Da mesma maneira, um juiz não condena um acusado senão pela prova de um ato consumado, e não pela previsão de que ele pode ou deve praticar esse ato.

Quanto mais se reflete sobre as considerações que teria para o ser humano  o conhecimento do futuro, mais se vê como a Providência foi sábia ao ocultá-lo A  certeza de um acontecimento feliz o atiraria na inação; a de um acontecimento desgraçado, no desânimo; e num caso como no outro suas forcas seriam paralisadas. Eis porque o futuro não é mostrado ao ser humano senão como um alvo que ele deve atingir pelos seus esforços, mas sem conhecer as vicissitudes por que deve passar para atingi-lo. O conhecimento de todos os incidentes da rota lhe tiraria a iniciativa e o uso do livre-arbítrio; ele se deixaria arrastar pelo declive fatal dos acontecimentos sem exercitar as suas faculdades. Quando o sucesso de uma coisa está assegurado ninguém mais se preocupa com ela.

BIBLIOGRAFIA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

MUITOS AO QUE TEM SE LHE DARÁ.

 


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. CAPÍTULO XVIII: MUITOS AO QUE TEM SE LHE DARÁ.

 

“E chegando-se a ele os discípulos lhe disseram: Por que razão lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, lhes disse: Porque a vós, vos é dado saber os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não lhes é concedido. Porque ao que tem, se lhe dará, e terá em abundância, mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Por isso é que lhes falo por parábolas; porque eles vendo, não veem, e ouvindo não ouvem, nem entendem. De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Vós ouvireis com os ouvidos, e não entendereis; e vereis com os olhos, e não vereis” (Mateus, XII:10 a 14)

 

“Também lhes dizia: Atendei ao que ides agora ouvir: Com a medida com que medirdes aos demais, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará. Porque ao que já tem, dar-se-lhe-á, e ao que não, ainda o que tem se lhe tirará.” (Marcos, IV: 24 e 25.)

 

Nessa resposta de Jesus, vemos a intenção de Jesus de tornar seus ensinos mais acessíveis ao povo. A palavra parábola significa “narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta, por meio de comparação ou analogia.” *.

Assim, os que ainda não tinham amadurecimento espiritual para perceber os seus ensinos, ou precisavam de tempo para tal, guardavam as histórias, pela simplicidade das mesmas, baseadas nos usos e costumes da época, mantendo o interesse em escutar Jesus.

As parábolas evangélicas devem, pois, ser analisadas dentro do contexto da mensagem cristã, e, por isso, elas continuam atuais, senão na forma, mas no fundo, porque, retiradas as cascas e os adornos, a mensagem divina transparece iluminando os corações e provocando os raciocínios, para um maior e melhor entendimento na sua aplicação no dia-a-dia.

Quantos ainda hoje se fixam na narrativa, citando-a para justificar ações contrárias à mensagem de Amor da qual fazem parte, demonstrando não haver penetrado no sentido espiritual dos mesmos?

“Ao que tem, se lhe dará, e terá em abundância, mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado”, provavelmente, referia-se Jesus a oportunidade de um progresso espiritual, que seria conquistado no seu processo evolutivo, levando o homem a interessar-se pelas coisas do espírito, porque já não mais se satisfaz somente com as coisas da matéria. E isso aparece no esforço de buscar entender os objetivos da vida material para o Espírito imortal, na boa vontade em refletir e aprender os significados espirituais da vida.

Assim, os que não aproveitam o que têm para seu progresso espiritual, ou os que o usam para o mal, perdem a oportunidade de crescimento, precisando, muitas vezes de reencarnações dolorosas para refazer as consequências dos seus atos, retardando seu processo evolutivo.

 É preciso aprender a ver e a ouvir com os olhos e ouvidos da alma, que faz uso da inteligência e da razão, que lhe são atributos, porque é ela quem vê e ouve, ao receber, através dos sentidos materiais e do cérebro, as imagens e os sons que ela interpreta e responde, por ser o ser inteligente e pensante.

Ao que já tem desperto em si esse interesse, e permanece nele, melhor vai compreendendo a vida em si mesma, porque se abre, sem preconceito, mas com a razão, para as coisas do espírito. Aproveita melhor seu viver material pela fé raciocinada que possui e que cresce a cada dia, vivendo, pois, com segurança e confiança, as vicissitudes da vida material.

Não se trata de Deus beneficiando uns e não outros, através da graça, mas de conquistas espirituais daqueles que as buscam, o que não acontece com os que se preocupam apenas com as coisas materiais da vida.

Não se interessando pelas espirituais, é ele próprio “que, pródigo e descuidado, não sabe conservar o que tem e aumentar, fecundando-a, a migalha que caiu em seu coração”, perdendo essa oportunidade de desenvolver sua sensibilidade espiritual necessária para entender as coisas do espírito, para sentir-se em paz e feliz.

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

 

segunda-feira, 28 de março de 2022

ALEGRIA DO TRABALHO.

 


ALEGRIA DO TRABALHO.

 

Um grande pesquisador da alma humana, interessado em estudar os sentimentos alimentados no íntimo de cada ser, resolveu iniciar sua busca junto àqueles que estavam em pleno exercício de suas profissões.

Dirigiu-se, então, a um edifício em construção e ali permaneceu por algum tempo a observar cada um daqueles que, de uma forma ou de outra, faziam com que um amontoado de materiais fossem tomando forma de um arranha-céu.

Depois de observar cuidadosamente, aproximou-se de um dos pedreiros que empurrava um carrinho de mão, cheio de pedras e lhe perguntou:

Poderia me dizer o que está fazendo?

O pedreiro, com acentuada irritação, devolveu-lhe outra pergunta:

O senhor não está vendo que estou carregando pedras?

O pesquisador andou mais alguns metros e inquiriu a outro trabalhador que, como o anterior, também empurrava um carrinho repleto de pedras:

Posso saber o que você está fazendo?

O interpelado respondeu com presteza:

Estou trabalhando, afinal, preciso prover meu próprio sustento e da minha família.

Mais alguns passos e o estudioso acercou-se de outro trabalhador e lhe fez a mesma pergunta.

O funcionário soltou cuidadosamente o carrinho de pedras no chão, levantou os olhos para contemplar o edifício que já contava com vários pisos e, com brilho no olhar, que refletia seu entusiasmo, falou:

Ah, meu amigo! eu estou ajudando a construir este majestoso edifício!

*   *   *

Neste relato singelo, encontramos motivos de profundas reflexões acerca do trabalho.

Em primeiro lugar, devemos entender que o trabalho não é castigo: é bênção. Deve, por isso mesmo, ser executado com prazer.

E o meio de conseguirmos isso consiste em reduzir o quanto possível o cunho egoístico de que o mesmo se reveste em nosso meio.

O trabalho é lei da natureza, mediante a qual o homem forja o próprio progresso, desenvolvendo as possibilidades do meio ambiente em que se situa, ampliando os recursos de preservação da vida.

Desde as imperiosas necessidades de comer e beber, defender-se das intempéries até os processos de garantia e preservação da espécie, o homem se vê compelido à obediência à Lei do trabalho.

O trabalho, no entanto, não se restringe apenas ao esforço de ordem material, física, mas, também, intelectual, pelo labor desenvolvido, objetivando as manifestações da cultura, do conhecimento, da arte, da ciência.

Dessa forma, meditemos no valor do trabalho, ainda que tenhamos que enfrentar tantas vezes um superior mal humorado, um subalterno relapso, porque as Leis Divinas nos situam exatamente onde necessitamos. No lugar certo, com as pessoas certas, no momento exato.

Convém que observemos a natureza e busquemos imitá-la, florescendo e produzindo frutos onde Deus nos plantou.

E, se alguém nos perguntar o que estamos fazendo, pensemos bem antes de responder, pois da nossa resposta depende a avaliação que as leis maiores farão de nós.

Será que estamos trabalhando com o objetivo de enriquecer somente os bolsos, ou pensamos em enriquecer também o cérebro e o coração?

Redação do Momento Espírita.
Em 29.01.2010.

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO

 

domingo, 27 de março de 2022

O HOMEM NO MUNDO.

 


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. CAPÍTULO XVII. O HOMEM NO MUNDO.

 

Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração dos que se reúnem sob as vistas do Senhor e imploram a assistência dos bons Espíritos. Purificai, pois, os vossos corações; não consintais que neles demore qualquer pensamento mundano ou fútil. Elevai o vosso espírito àqueles por quem chamais, a fim de que, encontrando em vós as necessárias disposições, possam lançar em profusão a semente que é preciso germine em vossas almas e dê frutos de caridade e justiça.

Não julgueis, todavia, que, exortando-vos incessantemente à prece e à evocação mental, pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver. Não; vivei com os homens da vossa época, como devem viver os homens. Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que as possa santificar.

Sois chamados a estar em contato com espíritos de naturezas diferentes, de caracteres opostos: não choqueis a nenhum daqueles com quem estiverdes. Sede joviais, sede ditosos, mas seja a vossa jovialidade a que provém de uma consciência limpa, seja a vossa ventura a do herdeiro do Céu que conta os dias que faltam para entrar na posse da sua herança.

Não consiste a virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto, em repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem. Basta reporteis todos os atos da vossa vida ao Criador que vo-la deu; basta que, quando começardes ou acabardes uma obra, eleveis o pensamento a esse Criador e lhe peçais, num arroubo d’alma, ou a sua proteção para que obtenhais êxito, ou a sua bênção para ela, se a concluístes. Em tudo o que fizerdes, remontai à Fonte de todas as coisas, para que nenhuma de vossas ações deixe de ser purificada e santificada pela lembrança de Deus.

A perfeição está toda, como disse o Cristo, na prática da caridade absoluta; mas, os deveres da caridade alcançam todas as posições sociais, desde o menor até o maior. Nenhuma caridade teria a praticar o homem que vivesse insulado. Unicamente no contato com os seus semelhantes, nas lutas mais árduas é que ele encontra ensejo de praticá-la. Aquele, pois, que se isola priva-se voluntariamente do mais poderoso meio de aperfeiçoar-se; não tendo de pensar senão em si, sua vida é a de um egoísta. (Cap. V, no 26.)

Não imagineis, portanto, que, para viverdes em comunicação constante conosco, para viverdes sob as vistas do Senhor, seja preciso vos cilicieis e cubrais de cinzas. Não, não, ainda uma vez vos dizemos. Ditosos sede, segundo as necessidades da Humanidade; mas, que jamais na vossa felicidade entre um pensamento ou um ato que o possa ofender, ou fazer se vele o semblante dos que vos amam e dirigem. Deus é amor, e aqueles que amam santamente ele os abençoa.

 Um Espírito Protetor. (Bordéus, 1863.)

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

A PSICOLOGIA DA ORAÇÃO.

 


A Psicologia da Oração

Convencionou-se, ao longo do tempo, que a oração é um recurso emocional e psíquico para rogar e receber benefícios da Divindade, transformando-a em instrumento de ambição pessoal, realmente distante do seu alto significado psicológico.

A oração é um precioso recurso que faculta a aquisição da autoconsciência, da reflexão, do exame dos valores emocionais e espirituais que dizem respeito à criatura humana.

Tornando-se delicado campo de vibrações especiais, faculta a sintonia com as forças vivas do Universo, constitui veículo de excelente qualidade para a vinculação da criatura com o seu Criador.

Todos os seres transitam vibratória mente em faixas especiais que correspondem ao seu nível evolutivo, ao estágio intelecto-moral em que se encontram às suas aspirações e aos seus atos, nos quais se alimentam e constroem a existência.

A oração é o mecanismo sublime que permite a mudança de onda para campos mais sensíveis e elevados do Cosmo.

Orar é ascender na escala vibratória da sinfonia cósmica.

Em face desse mecanismo, torna-se indispensável que se compreenda o significado da prece, sua finalidade e a maneira mais eficaz pela qual se pode alcançar o objetivo desejado.

Inicialmente, orar é abrir-se ao amor, ampliar o círculo de pensamentos e de emoções, liberando-se dos hábitos e vícios, a fim de criarem-se novos campos de harmonia interior, de forma que todo o ser beneficie-se das energias hauridas durante o momento especial.

A melhor maneira de alcançar esse parâmetro é racionalmente louvar a Divindade, considerando a grandeza da Criação, permitindo-se vibrar no seu conjunto, como seu filho, assimilando as incomparáveis concessões que constituem a existência.

Considerar-se membro da família universal, tendo em vista a magnanimidade do Pai e Sua inefável misericórdia, enseja àquele que ora o bem-estar que propicia a captação das energias saudáveis da vida.

Logo depois, ampliar o campo do raciocínio em torno dos próprios limites e necessidades imensas, predispondo-se a aceitar todas as ocorrências que dizem respeito ao seu processo evolutivo, mas rogando compaixão e ajuda, a fim de errar menos, acertar mais, e de maneira edificante, o passo com o bem.

Nesse clima emocional, evitar a queixa doentia, a morbidez dos conflitos e exterioridades ante a magnitude das bênçãos que são hauridas, apresentando-se desnudado das aparências e circunlóquios da personalidade convencional.

Não é necessário relacionar sofrimentos, nem explicitar anseios da mente e do coração, porque o Senhor conhece a todos os Seus filhos, que são autores dos próprios destinos e ocorrências, mediante o comportamento mantido nas multifárias experiências da evolução.

Por fim, iluminado pelo conhecimento da própria pequenez ante a grandeza do Amor, externar o sentimento de gratidão, a submissão jubilosa às leis que mantêm o arquipélago de astros e a infinidade de vidas.

*

Tudo ora no Cosmo, desde a sinfonia intérmina dos astros em sua órbita, mantendo a harmonia das galáxias, até os seres infinitesimais no mecanismo automático de reprodução, fazendo parte do conjunto e da ordem estabelecidos.

Em toda parte vibra a vida nos aspectos mais complexos e simples, variados e uniformes.

Sem qualquer esforço da consciência, circula o sangue por mais de 150 mil quilômetros de veias, vasos, artérias, em ritmo próprio para a manutenção do organismo humano tanto quanto de todos os animais.

Funções outras mantidas pelo sistema nervoso autônomo obedecem a equilibrado ritmo que as preserva em atividade harmônica.

As estações do tempo alternam-se facultando as variadas manifestações dos organismos vivos dentro de delicadas ondas de luz e de calor que lhes possibilitam a existência, a manifestação, o desabrochar, o adormecimento, a espera.

O ser humano, enriquecido pela faculdade de pensar e dotado do livre-arbítrio, que lhe propicia escolher, atado às heranças do primarismo da escala animal ancestral pela qual transitou experiência mais as sensações do imediato do que as emoções da beleza, da harmonia, da paz, da saúde integral,

Reconhece o valor incalculável do equilíbrio, no entanto, estigmatizado pela herança do prazer hedonista, entrega-se-lhe à exorbitância pela revolta nos transtornos de conduta, como forma de imposição grotesca.

Ao descobrir a oração, logo se permite exaltar falsas ou reais necessidades, desejando respostas imediatas, soluções mágicas para atendê-las, distantes do esforço pessoal de crescimento e de reabilitação.

É claro que aquele que assim procede não alcança as metas propostas, pois que elas ainda não podem apresentar-se por nele faltarem os requisitos básicos para o estabelecimento da harmonia interior.

A oração é campo no qual se expande a consciência e o Espírito eleva-se aos paramos da luz imarcescível do amor inefável.

Quem ora ilumina-se de dentro para fora, tornando-se uma onda de superior vibração em perfeita consonância com a ordem universal.

O egoísmo, os sentimentos perversos não encontram lugar na partitura da oração.

Torna-se necessário desfazer-se desses acordes perturbadores, para que haja sincronização do pensamento com as dúlcidas notas da musicalidade divina.

A psicologia da oração é o vasto campo dos sentimentos que se engrandecem ao compasso das aspirações dignificadoras, que dão sentido e significado à existência na Terra.

Inutilmente, gritará a alma em desespero, rogando soluções para os problemas que lhe compete equacionar, mesmo que atraindo os numes tutelares sempre compadecidos da pequenez humana.

Desde que não ocorre sintonia entre o oram-te e a Fonte exuberante de vida, as respostas, mesmo quando oferecidas, não são captadas pelo transtorno da mente exacerbada.

*

Quando desejares orar, acalma o coração e suas nascentes, assumindo uma atitude de humildade e de aceitação, a fim de que possas falar àquele que é o Pai de misericórdia, que sempre providencia todos os recursos necessários à aquisição humana da sua plenitude.

Convidado a ensinar aos seus discípulos a melhor maneira de expressar a oração, Jesus foi taxativo e gentil, propondo a exaltação ao Pai em primeiro lugar, logo após as rogativas e a gratidão, dizendo:

- Pai Nosso, que estais nos Céus...

Entrega-te, pois, a Deus, e nada te faltará, pelo menos tudo aquilo que seja importante à conquista da harmonia mediante a aquisição da saúde integral.

Divaldo Pereira Franco. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Psicografia de Divaldo Pereira Franco.

MENSAGENM EXTRAÍDA DA REFLEXÃO ESPÍRITA, E COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

 

 

sábado, 26 de março de 2022

POR QUE ESTAMOS VIVENDO NESTA VIDA.

 


POR QUE ESTAMOS VIVENDO NESTA VIDA.

 

Uns vivendo na tranquilidade, embora misturados com a traça, à ferrugem e a poeira.

Outros enfrentando situações difíceis, como enfermidades. Existem também aqueles que vivem na busca de prazeres e emoções sem compromissos.

Outros sempre trabalhando visando a melhora financeira, para amealhar bens que venham a lhe garantir o presente e o futuro.

Existem também aqueles que elegem os valores do individualismo e do egoísmo, enquanto que outros se desdobram preocupando-se com o seu próximo, isto nos valores da solidariedade.

Diante de tantas diferenças, por certo perguntaremos a nós mesmo o que estamos fazendo aqui, e qual a finalidade.

Se pensarmos de uma maneira materialista, podemos dizer que estamos aqui para desfrutar dos prazeres que esta vida nos reserva, não importando o preço que tenham que pagar.

Mas se pensarmos de uma maneira religiosa, podemos dizer que se estamos aqui é porque temos um objetivo, pois cada um esta vivendo num degrau da evolução do nosso Espírito. Por isso temos aqui, uns sãos outros aleijados, uns pobres e outros ricos. Será isto um castigo de Deus, ou uma oportunidade de nos redimirmos das nossas faltas, visando sempre à evolução do nosso Espírito.

Devemos entender que a vida do nosso Espírito, esta sobre um foco da imortalidade e da multiplicidade das existências até atingirmos o cume da perfeição.

Assim os desafios e as oportunidades são sempre lições que a Providência Divina pode nos proporcionar, para que consigamos novas conquistas. Com isso acabamos compreendendo que estamos numa grande escola, e o aprendizado das coisas de Deus, das Leis que regem o mundo, da melhoria e do nosso progresso individual.

Possa ser este intelectual através do investimento em nossa formação, em nossa capacidade intelectiva, seja o progresso moral através da transformação de valores baseado na lei do amor.

Com isso devemos lembrar sempre que as dificuldades e problemas sempre batem em nossa porta, vem a ser o convite para novos aprendizados. Assim como também são  os dias de calmarias, que serão também dias de aprendizado das coisas da vida e de Deus. Pois com isso saberemos separar o joio do trigo e procurar plantar boas sementes.

 

Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

Meu blogger: getuliomomentoespirita.blogspot.com.

Meu email: getulicao@hotmail.com