A missão educadora dos pais
Vivemos em um mundo
de constantes mudanças e, sem dúvida, temos que nos adaptar a elas.
A mulher hoje tem
amplo acesso ao mercado de trabalho e a figura de mãe presente ao lado de seus
filhos, sempre que esses não estejam na escola, quase não existe mais.
O pai tornou-se
mais participativo no cuidado das crianças, no entanto, ainda passa a maior
parte de seu tempo dedicado ao trabalho, a fim de prover as necessidades
materiais da família.
Consequentemente,
as crianças e os jovens, habituados à televisão e ao computador, distanciam-se
de seus pais e esses, atarefados, quase não se aproximam de seus filhos.
Encontramos até
mesmo pais que dizem ser a escola o local de educação de seus filhos.
Em verdade a escola
é local onde há transmissão de conhecimentos, bem como orientação sobre o
comportamento das crianças, adolescentes e jovens. No entanto, ela jamais pode
substituir a educação do lar.
Allan Kardec nos
diz que o ensino é a transmissão de conhecimentos, de informações ou de esclarecimentos
úteis ou indispensáveis à educação.
Desta frase podemos
deduzir que a educação é muito mais ampla que o ensino formal, ao quais as
escolas se dedicam.
Ainda, segundo
Kardec, o educador real não é somente aquele que fala de uma tribuna como o
professor.
Educador é qualquer
pessoa que, pelo processo da explicação ou das experiências, procura passar
ensinamentos úteis para outra pessoa.
Neste sentido estão
incluídos os pais, os avós ou quem, com paciência e dedicação consiga, através
do entendimento do educando, modificar a conduta deste.
Para educar de
verdade não é necessária uma ocasião especial, pelo contrário, a qualquer
momento, através da conversa e dos exemplos, a educação pode ser feita.
Aos casais não
faltam orientações de livros, revistas e profissionais dispostos a ajudá-los na
educação de seus filhos.
No entanto, vivemos
hoje em uma sociedade com numerosos jovens que não se ajustam a regras ou leis,
muitos deles delinquentes, e nos perguntamos o por que.
Ao observarmos o
crescente distanciamento que os múltiplos afazeres dos pais impõem, bem como o
distanciamento que se impõe aos filhos ao dar a eles dias cheios de atividades,
começamos a entender o que ocorre.
Sem dúvida o modelo
de pai e mãe como profissionais é quase irreversível, pois é uma consequência
dos novos tempos.
Mas tal modelo não
pode ser uma desculpa para nos esquecermos de uma das maiores responsabilidades
que o Criador dá a quem se torne pai ou mãe: a educação.
Se o dia é cheio,
que as noites sejam de aconchego. Ao invés de televisão, computador ou
telefone, a refeição em família na qual se pode comentar o dia e se inteirar
das atividades dos filhos demonstrando-lhes amor.
Mesmo cansados,
pais que amam dedicam, diariamente, momentos para monitorar tarefas da escola de
seus filhos. Em hora adequada, pais dedicados acompanham seus filhos em uma
oração antes do merecido descanso.
Se a semana é de
correria, que os fins de semana sejam de paz e harmonia entre a família, com
atividades que permitam a convivência e o entendimento entre pais e filhos, a
fim de adequadamente educá-los.
Que a tarefa
sagrada da educação seja realizada amplamente para que, um dia, possamos
responder com tranquilidade à pergunta: O que fizeste dos filhos que a
ti foram confiados?
Redação do Momento Espírita com base
no cap. III
do livro A educação à luz do espiritismo, de
Lydienio Barreto de Menezes, ed. Celd.
Em 04.9.2009.
MENSAGEM
COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO
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