Sexta-feira Santa no espiritismo | Veja como a doutrina enxerga a morte
de Cristo.
Para a Doutrina Espírita, não há a chamada Semana Santa,
nem tão pouco a Sexta-feira
Santa ou o Senhor Morto. A Sexta-feira Santa para o
espiritismo é um feriado nacional e uma prática católica.
Os praticantes da doutrina consideram incoerente
para eles comemorarem a data em Centros Espíritas ou alterar a programação dos
Centros em virtude desse feriado católico.
Então, como é a
Sexta-feira Santa no espiritismo?
O Espiritismo encara a Sexta-feira da Paixão como
uma sexta-feira normal, como todas as outras,
embora reconheça a importância dela para os católicos. Não há celebração alguma
para o dia desse feriado.
Os espíritas não adoram o Senhor Morto. Não revivem
a tragédia que Jesus foi levado pela precipitação humana.
Para eles, Jesus vive e trabalha em prol da
Humanidade. Eles acreditam no Cristo Vivo. Seguem os exemplos de Jesus,
inclusive o da imortalidade.
Reencarnação
Na doutrina espírita, a morte é consequência do
processo de reencarnação, que não tem nenhuma conotação especial a não ser a
volta para o mundo espiritual.
Portanto, para eles não há necessidade de se relembrar sempre com tristeza a
data.
Os espíritas afirmam que Jesus falava a todos,
reconhecendo a importância das reencarnações futuras, porque sabia que o povo
ainda não poderia suportar sua mensagem.
O espiritismo defende a ressurreição de Cristo, mas
a ressurreição do espírito através da reencarnação. O espírito reaparece em um
novo corpo físico, sem nunca ter desaparecido. O fenômeno da morte do corpo
físico liberta a individualidade pensante que é imortal e que vive e sobrevive
ao trespasse do corpo.
A Sexta-feira Santa segundo o espiritismo é uma
data em que o Mestre, em sua infinita bondade e misericórdia, se propôs viver,
porque nós, espíritos ainda em evolução, não somos capazes de compreender
apenas pelo amor.
Seria preciso que Jesus se fizesse homem entre nós,
descesse do mais absoluto e elevado plano da Espiritualidade para se fazer
humilde carpinteiro entre os homens cruéis e sem compreensão.
Ao se fazer humano, o Mestre se fez humilde e
piedoso. Dessa forma nos sentimos mais próximos Dele, conforme a doutrina.
Assim, sabemos que Ele esteve aqui, que conviveu
com as misérias dos nossos corações viciosos e forjados no erro e mesmo assim,
entregou-se ao testemunho de fé, para nos fazer compreender a maior lição de
todos os tempos: a morte é apenas uma passagem.
A morte não existe. O que existe é o adeus ao corpo
carnal. O espírito é eterno e é ao se desprender da matéria que começa a nossa
Verdadeira Vida, nas moradas do Pai Celestial.
Assim, na questão da ressurreição, os espíritas
acreditam que Jesus apareceu à Maria de Magdala e aos discípulos com seu corpo
espiritual, que eles chamam de perispírito.
A Doutrina
Espírita entende que não houve uma ressurreição corporal,
física. Jesus de Nazaré não teria precisado quebrar as leis naturais do nosso
mundo para firmar o seu conceito de missionário. A sua doutrina de amor e
perdão é muito maior que qualquer milagre, até mesmo a ressurreição.
Em seu simbolismo, a Páscoa Cristã, para os
espíritas, representa a vitória da vida sobre a morte. O sacrifício pela
verdade e pelo amor. Jesus de Nazaré demonstrou que é possível executar homens,
mas não se consegue matar as grandes ideias renovadoras, os grandes exemplos de
amor ao próximo e de valorização da vida.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO
PACHECO QUADRADO.
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