quinta-feira, 15 de maio de 2014

CAPÍTULO XVI. SERVIR A DEUS E A MAMON. UTILIDADE PROVIDENCIAL DA FORTUNA. A riqueza todo mundo gostaria de ter, mais tem um porém, é a mais perigosa de todas as tentações, porque exerce a fascinação. O sujeito levado por essa pode cometer muitos deslizes, que poderão trazer-lhes sérios problemas. Dizemos isso porque na vida existe a lei da ação e reação, que é aquela em que aquilo que plantarmos poderemos ter de volta. Dizemos isso pela facilidade que o ser humano tem em adquirir as coisas, as vezes até oferecendo até propinas. A fortuna nos afasta de Deus e nos excita a vida material, onde o orgulho, a vaidade, e o egoísmo prevalece acima de tudo. Para aquele que é pobre o problema é maior ainda, porque acaba lhe produzindo vertigem, onde se torna indiferente, e egoísta, se considerando sangue azul. Mas pode sim ser a salvação daqueles que sabem conduzi-la, porque ela lhe foi dada para que possa haver o progresso das coisas aqui em nossa Terra. Para isso não precisa que o abonado se despoje de todos os seus bens, mas possa saber aplicar a sua fortuna em prol da caridade, procurando ensinar o menos abastado a pescar, criando fontes de emprego. Dizemos isso baseado naquilo que Jesus tinha proposto aquele jovem, que lhe perguntou sobre meios de ganhar a vida eterna, que era para ele se livrar dos bens terrenos e segui-lo. Mas o que quis dizer, é que não era para se desfazer de tudo, porque a salvação não tem preço, Ele quis mostrar também que o apego pelos bens materiais pode impedir a salvação. A proposta de Jesus era também para testar o fundo do pensamento do jovem, e prova decisiva. Ele podia ser perfeito e honesto, e não de ter praticado a maldade a alguém, podia ter honrado seu pai e sua mãe, mas não praticava a verdadeira caridade, cujo lema é: fora da caridade não pode haver salvação, porque a sua abnegação não ia até a esta. No fundo se analisarmos, veremos que o mal não está na fortuna e sim no ser humano que não sabe emprega-la. É pelo abuso que ela se torna perigosa. Veja que estas palavras dizem tudo, porque se ela fosso negativa, Deus não a concederia, cabendo ao ser humano saber emprega-la para o progresso moral e intelectual de todos. O ser humano tem por obrigação trabalhar, procurando melhorar as coisas em nossa Terra sabendo empregar a fortuna, cabendo destruir aquilo que for de ruim. Para alimentar a nossa população temos que aumentar a produção, e precisamos do dinheiro para poder tê-la ao nosso lado, buscando o intercâmbio entre os povos. Para suprir a necessidade o ser humano teve que extrair das entranhas da terra recursos financeiros, para adquirir a fortuna, procurando assim na ciência a resposta para executar com maior segurança e rapidez. Com isso podemos observar que a riqueza bem empregada pode sim ajudar, no progresso das coisas e no suprimento das suas necessidades. Sabe porque nem todos somos ricos? Porque se todos o fossem, ninguém gostaria de fazer alguma coisa, pois teria tudo. Por outro lado, a fortuna serve para aqueles que foram pobres em outras encarnações e censurava o rico, para ver o que ele faz com ela nesta encarnação. Já o rico veio pobre para ver o que é ser pobre e depender diretamente dos outros. Na vida sempre tem um por que? Ninguém sofre por acaso. Portanto irmãos saibamos que o que sobra em nossas mesas, deve faltar em algumas delas lá fora. Pratiquemos então a verdadeira caridade. Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

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