segunda-feira, 26 de maio de 2014

CAPÍTULO XVII. SEDE PERFEITOS.
CARACTERES DA PERFEIÇÃO. O HOMEM DE BEM. OS BONS ESPÍRITAS.

Pois é, nesse capítulo Jesus se pronuncia dizendo, para amarmos os nossos inimigos, e fazermos o bem aqueles que nos odeiam, perseguem e caluniam, e recomenda que oremos por eles. E explica tudo isso, porque se amarmos simplesmente os que nos amam, Ele pergunta qual a recompensa que teremos nisso? E pergunta ainda mais, se não fazem assim os publicanos? E explica que assim se somente saudarmos aos nossos irmãos, o que estaremos fazendo mais que os outros. Nada porque estaremos nos colocando na posição deles.
Diante de tudo isso recomenda-nos que sejamos perfeitos, como perfeito é o nosso pai Celestial.
Analisando as palavras de Jesus que falava muito por parábolas, o que entendemos é que Ele não espera que sejamos iguais ao Pai Celestial, mais que o tenhamos como exemplo a ser seguido, e que pratiquemos os seus mandamentos e ensinamentos. E que se assim procedermos por certo poderemos ter boas companhias dos Bons Espíritos, e com isso adquirirmos bons fluidos, e na vida futura poderemos habitar mundos mais adiantados.
Entendo ainda, que tudo aquilo que desejarmos ao nosso próximo, pode voltar para nós, atendendo a lei das causas e efeitos, que vem a ser a lei da ação e reação. Tudo o que plantamos haveremos de colher. Como dizem os nossos Queridos Mentores Espirituais, que tudo aquilo que jogarmos para o lado de lá, pode voltar para o lado de cá. E com isso entendemos, que se pedirmos o melhor por aqueles que nos perseguem ou caluniam, o que pode voltar são aquilo que desejamos ao nosso próximo de melhor.
Outra coisa que os nossos Mentores Espirituais nos recomendam, é praticarmos a caridade sem querer nada em troca, e sempre não humilhando aquele que recebe.
O que pode nos impedir de praticar tudo isso, vem a ser o nosso próprio egoísmo, pelo nosso orgulho e vaidade.
Para chegarmos ao cume da perfeição, temos que nos libertar dos nossos próprios defeitos relatados acima, e sendo assim não teremos nada a temer, porque nos posicionamos abaixo do nosso Criador e ao lado dos nossos irmãos, e ganharemos assim a confiança que só pode resultar num estado de serena resignação.


Quando ao homem de bem, vem a ser aquele que no final do dia coloca a sua cabeça no travesseiro, e faz uma rápida análise do seu dia, verificando o que praticou de bom, e procurando melhorar naquilo que não conseguiu praticar pro lado do bem e do amor. Se não praticou o mal, e fez o bem a todos que podia, foi útil, e fez tudo aquilo que gostaria que fizessem por ele, estará depositando nas mãos de Deus a confiança Dele, bem como a fé no futuro, ou seja, na vida Espiritual.
Sabe também que todos os reveses da vida, faz parte das provas ou expiações, e frutos daquilo que plantou no passado ou talvez até no presente, e que escolheu antes de reencarnar para pagar.
O homem de bem também vem a ser aquele que é honesto, caritativo, humano e aquele que pratica o bem sem ver a quem. Aquele que não se compraz em procurar os defeitos dos outros, e nem pô-los em evidência. Aquele que pratica a caridade como certa, não prejudicando ninguém, não odiando, não tendo rancor e nem desejo de vingança, esquecendo as ofensas.
É indulgente para as fraquezas dos outros, procurando melhorar os seus defeitos combatendo-os, e que não se envaidece por aquilo que possui, pois sabe que tudo isso serve somente para viver por aqui, e que quando partir daqui nada levará disso tudo, a anão ser as suas obras.
Não se envaidece em nada com a sua sorte, nem com seus predicados pessoais, porque sabe que tudo quanto lhe foi dado pode ser retirado.
Usa e não abusa dos seus bens, porque sabe tratar-se de um depósito, do qual deverá prestar conta.
Se na ordem social está no posto de mando, procura não humilhar seus subordinados e sim os incentiva para levantar a moral deles, e não os esmaga com o seu orgulho e vaidade. Acontecendo isso por certo os subordinados procurarão cumprir com seus deveres, e se empenharão mais, porque sentir-se-ão em família.
O homem de bem respeita os direitos dos outros, como gostaria que respeitassem os seus, e sabe que o seu termina quando começa os dos outros ou vice versa.
Findando esta parte, podemos dizer que faltaram ainda inúmeras virtudes a serem divulgadas, mas se conseguirmos colocar em prática, poderemos sim ter uma vida melhor, e mais cheia de amor.


Quando ao modelo de bom Espírita, podemos dizer que em todas as religiões existem sim os bons e os maus, mais o Espiritismo nos leva a sermos bons.
Ele não traz nenhuma moral nova, mas facilita a todos ter a inteligência e a prática dos ensinamentos do Cristo, nos levando a fé inabalável e o esclarecimento aos que duvidam ou vacilam. Ele não contem alegorias, nem lugar para fantasias, onde a clareza do mesmo não existe mistérios e nem segredos.
Para entende-lo não precisamos ter uma mente privilegiada, embora exista alguém ainda preso a certos pormenores.
Quanto aos maus Espíritas são aqueles que se acham donos da razão, que sabem tudo, não se lembrando que estão numa grande escola, onde todos os dias estamos aprendendo, e que o aprendizado é infinito. Que somos seres em evolução, e que devemos sim nos apegar ante a obrigação de nos reformar intimamente para a perfeição do nosso Espírito que é imortal.
Aqueles que aderirem a esta reforma íntima, por certo estarão dando passos rumo a perfeição. Aquele que atingir a este ponto, por certo estará dando largos passos a uma percepção mais clara do futuro.
O reconhecimento do verdadeiro Espírita, se nota pela sua transformação moral, e pelo esforço que acabam dominando as suas tendências maléficas.
Ele já vive num grau superior de adiantamento moral. O Espírito já domina a matéria, e lhe dá uma percepção mais clara do futuro.


São Mateus. Cap. V, v. 44, 46 a 48.

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.




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