LIVRO DOS
ESPÍRITOS. CAPÍTULO VI. A VIDA ESPÍRITA. ESCOLHA DAS PROVAS
Antes de
reencarnar, um Espírito é o que escolhe o tipo de provas a enfrentar, tudo isso
baseado no seu livre arbítrio.
Deus dá ao
Espirito a liberdade de escolha, deixando a ele a responsabilidade dos seus
atos e consequências, onde o caminho do bem ou do mal está a sua frente.
Se escolher
o caminho errado, ainda lhe resta a consolação, porque Deus lhe permite
recomeçar tudo de novo.
Mesmo o Espírito
escolhendo as suas provas, os detalhes são a consequência da posição escolhida,
e das suas próprias ações.
Exemplo: se
escolheu provas junto a marginais, já sabia os deslizes a se expor, mas não
conhecia cada ato que praticaria, sendo estes produto da sua vontade de acordo
com o livre arbítrio. O Espírito sabe o gênero das lutas, e sabe de que a
natureza são as vicissitudes que irá encontrar, mais não sabe dos
acontecimentos que o aguardam. Só os grandes acontecimentos, aqueles que
influem no seu destino estão previstos. Se tomar o caminho errado, sabe que
terá que arcar com muitas preocupações, porque pode cair, mas não sabe quando
cair, e pode ser que nem venha a cair, se for prudente.
Exemplo. Se
ao atravessar uma rua, for atropelado, ele que não pense que estava escrito.
Não foi prudente.
Um Espírito
pode escolher reencarnar numa vida entre mal feitores, porque foi uma das
provas que ele tenha escolhido em outras reencarnações e sucumbiu. E para melhorar
o seu padrão teria que passar por isso. Semelhante atrai semelhante, e para
lutar contra o seu instinto de bandido. É necessário que ele se encontre entre
gente desta espécie. Por isso justificamos a necessidade de nossa Terra ter
Espíritos desta natureza de má índole, pois os Espíritos reencarnantes desta
natureza não poderiam se submeter a estas provas.
O Espírito
reencarnante não precisa ao reencarnar passar por todos os gêneros de
tentações, que possam lhe provocar o ciúme, a avareza, a sensualidade, e outros.
Mas aquele que se deixa levar pelo mau caminho, pode correr em todos os perigos
do mesmo. Por exemplo: um Espírito se tornando rico, pode sim se submeter a
provas de ser avarento, egoísta ou se entregar a todos os prazeres da
sensualidade. Mas isso não quer dizer que ele devia passar por todas estas
tendências.
Um Espírito
na sua origem, sendo simples e ignorante, e sem experiência, pode escolher uma
prova com conhecimento de causa, porque Deus supre a sua inexperiência,
traçando o caminho a seguir. Mas Deus deixa que pouco a pouco a liberdade de
escolha dele se submeta à medida que seu livre arbítrio se desenvolva, onde
pode sim sucumbir, por não haver escutado os conselhos dos Bons Espíritos.
Quando o
Espírito não consegue escolher a sua prova no processo da reencarnação, Deus
sabe esperar e não precipita a expiação; entretanto pode impor certa existência
a este Espírito, quando este por sua inferioridade ou má vontade não está apto
ao que seria mais proveitoso para si.
O Espírito
quando desencarna, ele não reencarna imediatamente, porque tem uns que
acreditam em penas eternas.
Quanto em
escolher as provas, ele escolhe aquelas que podem servir de expiação
segundo a
natureza das suas faltas, e que possam lhe adiantar rapidamente. Uns podem
escolher uma vida de misérias e provações para tentar suporta-las com coragem,
como as das fortunas e do poder, outros em contato com os vícios.
Aqueles que
escolhem o contato com o vício como prova, ou aqueles por simpatia ou pelo desejo
de viver num meio ao seus gostos, ou para poderem entrega-se livremente às suas
inclinações materiais, podem sim, mas somente entre aqueles
cujo senso
moral é pouco desenvolvido; porém a prova acaba decorrendo disso, e eles sofrem
por tempo mais longo; porém cedo ou mais tarde compreenderão que a satisfação
das paixões brutais pode lhes trazer consequências deploráveis, que terão que
sofrer durante um tempo que lhe parecerá eterno.Com isso Deus pode deixá-los
nesse estado até que compreendam suas faltas, os quais devem pedir por si
mesmos o meio de resgata-las em provas mais proveitosas.
No caso da
escolha da prova por parte do Espírito reencarnante, ele não pode escolher a
prova menos penosa, porque ele está liberto do pensamento dos Espíritos
encarnados, onde a sua maneira de pensar é Espiritual não havendo portanto esta
questão.
Aqueles
Espíritos que escolhem como prova a riqueza, a grandeza para goza-la, podem ser
mais difícil vencer as dificuldades de sanar as dívidas do passado.
Para que o
Espírito consiga chegar ao estado da perfeição, ele terá que passar por provas
escolhidas. Quanto a escolha da prova, ela pode ser uma acima de suas forças e
então poderá sucumbir. Mais pode também escolher uma que não lhe de proveito
algum, sendo ociosa e inútil. Ele voltando ao mundo Espiritual, percebe que
nada ganhou, e pede para recuperar o tempo perdido.
Um Espírito na
erraticidade, e que estuda as diversas condições em que poderá progredir
espiritualmente, não nascem no seio de canibais ou inferiores a eles, pois os
mais adiantados não nascem entre eles.
Já os
Espíritos procedentes de um mundo inferior à Terra, ou um povo muito atrasado,
como os canibais, podem até nascer entre os povos civilizados, mais existe
aqueles que querem subir muito alto, e se extraviam e ficam deslocados, porque
seus hábitos e instintos são diferentes.
Já um Espírito
pertencente a uma raça civilizada, pode reencarnar numa raça selvagem somente
por expiação. Mas tudo isso depende do tipo da expiação. Por exemplo: um senhor
que tenha sido duro com seus escravos, ele poderá reencarnar como escravo, e
vir a sofrer maus tratos que infligiu no passado. Isso pode ser uma expiação
daquilo que abusou do poder, e Deus pode determina-la. Já um Espírito bom, para
os fazer avançar, escolhe uma vida de influência entre esses povos. Isto se trata
de uma missão.
Bibliografia:
O livro dos Espíritos
Mensagem
escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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