MEDIUNIDADE
Segundo nosso irmão Kardec, Ele diz que todos
somos portadores da mediunidade natural, que vem a ser um canal psíquico, pelo
qual recebemos as influências boas ou ruins que estimulam as experiências do
Espírito na vida terrena. Porém que nem todos somos médiuns, que médiuns propriamente
ditos são aqueles que recebem manifestações constantes dos Espíritos, seria
aquele que serve como intercâmbio entre o mundo material com o Espiritual. Já a
prática da mediunidade vem a ser o intercâmbio entre estes dois mundos.
A
única maneira de sabermos se temos a mediunidade ostensiva é nos colocando como
servidores sinceros da causa de Jesus, ou seja, deveremos primeiro fazer parte
da equipe de trabalhadores de uma casa Espírita e lá, através de estudos sérios
e da disciplina interior, procurar entender antes os graus de contato com os
Espíritos.
A principio podemos dizer que a Mediunidade não é doença,
basta que possamos disciplina-la através do desenvolvimento mediúnico que tudo
vai bem. Ela vem a ser uma Faculdade Mediúnica em que todos a possuem em grau
diferente. Ela tem ligação com o alto, tudo ligado a Jesus que nos possibilita
este intercâmbio com o mundo Espiritual, visando sempre o aprimoramento de
ambos.
Aqui na Terra o Espírito reencarna em um corpo material para
poder viver aqui, visando sempre se aprimorar. O ciclo é encarnar, viver aqui e
desencarnar e reencarnar tantas vezes quantas forem para conseguir chegar ao
auge, ou seja, a perfeição.
Deus criou os Espíritos simples e ignorantes, uns rumaram
para o caminho do bem, outro para o mal.
A morte do corpo físico se da geralmente pela falência dos
nossos órgãos, mas temos que entender como um acontecimento biológico
inevitável, que acontece com outros seres e formas vivas aqui em nosso planeta.
Temos que saber que somos Espíritos encarnados endividados
com a providência Divina, em processos renovadores para sucessivas
reencarnações até que atinjamos o mais alto grau da evolução.
Hoje o nosso Espiritismo atinge uma dimensão doutrinal,
cientifica e racional, sendo religião, ciência e filosofia.
A nossa doutrina esta fundamentada na crença de Deus e
Jesus, na imortalidade da alma, na comunicação com os Espíritos, na
reencarnação, e na existência de outros mundos. O mesmo principio esclarece que
a morte do corpo físico se da pela interrupção do fenômeno da reencarnação,
perdemos o corpo físico e continuamos na vida Espiritual, mudando apenas o
estilo de viver, ou seja, num corpo fluídico.
Na ciência trata da origem, na natureza e do destino dos
Espíritos desencarnados, procurando sempre encaminha-los para um aprendizado,
sem tê-los como diabos ou satanases, não os expulsamos porque somos todos
filhos do mesmo Pai. Mas nem todos são sofredores, pois dentro deles existem os
nossos Mentores Espirituais que nos ajudam nesta tarefa, ou seja, para o
retorno a casa paterna, pois Deus da chance de se redimirem.
O nosso Espiritismo vem a ser coisa seria, mas ainda existem
pessoas que por falta de estudo, acham que ela é do diabo ou coisa parecida.
Estas pessoas provam serem leigas no assunto, pois eles evocam Espíritos
também, como o tal do Espírito Santo, Jesus e os santos de barro.
Cada um de nós temos que proceder na vida sempre colocando
na frente à fé raciocinada, e não a cega que vem a ser coisas negativas que
outros falam da nossa Doutrina. Talvez não gostem dela, porque lá não cobramos
nada, damos o que de graça recebemos, como Jesus apregoou.
Devemos sim proceder na vida criando um ambiente salutar
Espiritual de moralidade, amor e respeito pelo semelhante, evoluindo nosso
Espírito para a prática da caridade e do amor ao próximo, procurando não fazer
comercio daquilo que somos somente fiéis depositários, onde diversos impérios
uma vez desfeitos poderiam matar a fome de muita gente.
O nosso Espiritismo hoje demonstra as claras que vivemos
entre o mundo material e o Espiritual, que o intercambio existe de uma maneira
acentuada, como Chico Xavier e outros.
Existem diversas pessoas que sentem
influências dos Espíritos em diversos graus elevados de tensão, e às vezes não
aceitam a idéia de que precisam se instruir mais e mais. Se lançam a prática e
se colocam a serviço do intercâmbio sem o devido preparo, podendo cair presas
de Espíritos pouco adiantados. Isto pode acarretar problemas desde perturbações
leves, como até obsessões graves, pois todos nós somos suscetíveis às más
influências devidas ás imperfeições próprias dos Espíritos.
Mesmo se formos Espíritos encarnados, podemos
sim nos comunicar com o mundo Espiritual através da mediunidade ostensiva
consciente, dos fenômenos inconscientes, das preces ou intuições que recebemos,
mas devidamente preparados.
Quanto à incorporação ela não existe,
pois nenhum Espírito conseguiria tomar o corpo material de um médium, assumindo
assim o lugar da Alma deste. O que ocorre é que o médium e o Espírito se
comunicam de perispírito a perispírito, ou seja, mente a mente, dando a
impressão de que o Espírito está incorporado. O que o Espírito pode fazer, é
agir no campo mental através de sintonia que vem a ser por afinidade fluídica,
assumindo sim a personalidade e a vontade do indivíduo. Na subjugada que
substitui este nome incorporação, o domínio do Espírito é tão intenso que dá a
impressão que o Espírito toma posse do corpo da pessoa. Na mediunidade
equilibrada, o médium tem maior controle de sua faculdade e o fenômeno
mediúnico acontece mais a nível mental. Nos processos obsessivos graves, onde a
mediunidade esta perturbada pode ocorrer crises nervosas, onde o leigo pode
pensar que o Espírito tomou o corpo da pessoa ou incorporou. Na pratica da
mediunidade quanto maior for o esclarecimento do médium menor será o domínio
que o Espírito terá sobre ele. Se tiver pouco conhecimento disto, deixará que o
Espírito pouco adiantado a use de forma que bem entenderem.
O processo de influenciação do médium
pelo Espírito se da no campo mental. Tudo se da no sentido da afinidade
fluídica, estimulando a mente do médium a transmitir as sensações do mundo
invisível à sua volta. A influência será mais ou menos intensa, conforme o grau
de intensidade da faculdade. Mesmo no caso de mediunidade sonambúlica, o médium
jamais abandona seu corpo físico.
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