quarta-feira, 22 de abril de 2015

O LIVRO DOS ESPÍRITOS.CAPÍTULO VI. VIDA ESPÍRITA.RELAÇÕES SIMPÁTICAS E ANTIPÁTICAS DOS ESPÍRITOS-METADE ETERNAS.

Na vida Espiritual além da simpatia geral determinada pelas semelhanças, existe afeições particulares entre os Espíritos. Mas o que os une é mais forte na ausência do corpo físico, porque não está mais exposto as vicissitudes das paixões.
Não existe aversões entre os Espíritos puros, mais existe sim entre os impuros. Este últimos são aqueles que tentam excitar as inimizades e as discussões entre os encarnados.
Dois seres que foram inimigos aqui na Terra, quando desencarnarem, no mundo Espiritual não conservarão isto, pois compreenderão que a sua dissenção era estúpida. Apenas os imperfeitos conservarão uma espécie de animosidade, até se purificarem, e se não houver uma antipatia entre eles, eles podem rever-se com prazer.
Agora a lembrança da sua antipatia entre eles, pode se tornar uma obstáculo à sua simpatia, pois acaba os distanciando.
Quando um Espírito desencarna levando consigo alguma mágoa de alguém aqui, se ele for bom, acaba perdoando de acordo o arrependimento daquele que ficou. Se forem maus, conservarão este rancor, e podem querer perseguir o que ficou aqui, nesta ou em outra encarnação.
As afeições dos Espíritos não são suscetíveis a alterações, porque eles jamais podem se enganar, e usar a máscara da hipocrisia, isto quando são puros. O amor que os une é uma espécie de suprema felicidade.
Já a feição que dois seres tiveram aqui, pode sim prosseguir no mundo dos Espíritos. Ela se baseia na verdadeira pureza. Mas se a causa de ordem física forem maiores que a simpatia, pode cessar com as causas.
Geralmente entre os Espíritos bons, as afeições são mais sólidas e mais duráveis do que aqui, porque não estarão subordinados ao amor próprio.
No mundo Espiritual, não existe união particular e fatal entre duas almas. A união somente existe entre os Espíritos, mas em grau diferente de acordo com a perfeição que adquiriram; quanto mais perfeito, tanto mais unidos. Para termos uma base, é da discórdia que nascem todos os males humanos, e da concórdia a felicidade suprema.
A palavra metade de que certos Espíritos se servem para distinguir os Espíritos simpáticos, podemos dizer que é uma expressão inexata. Pois se um fosse a metade do outro, quando separados estariam incompletos.
No mundo Espiritual, todos os Espíritos perfeitos são unidos entre si. Já os imperfeitos, quando um se eleva, já não tem a mesma simpatia pelos que deixou.
A simpatia que atrai um Espírito para outro vem a ser o resultado da perfeita concordância de suas tendências, e de seus instintos. Se um viesse a completar o outro, cada um perderia a sua individualidade.
A afinidade necessária para angariar a simpatia perfeita entre eles, consiste na igualdade dos graus de evolução.
Se um Espírito que hoje não é simpático, lá pode até se tonar. Queremos dizer, que mesmo que esteja numa esfera inferior, quando se aperfeiçoar, chegará a esfera em que se encontra o outro.
Já dois Espíritos simpáticos, podem lá deixar de sê-los, se um for preguiçoso.

Bibliografia: O Livro dos Espíritos.
Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.









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