sexta-feira, 17 de abril de 2015

O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPITULO VI.
DA VIDA ESPÍRITA. RELAÇÕES ALÉM-TÚMULO.

 No mundo Espiritual, de acordo com o grau de evolução dos Espíritos, se estabelecem entre eles uma hierarquia de poderes, havendo subordinados e autoridade.
 Lá os Espíritos inferiores não podem diminuir à autoridade dos superiores.
Quando encarnado na Terra e tendo aqui algum poder ou autoridade,
 não lhe dão supremacia no mundo Espiritual.
Quanto a elevação e esse rebaixamento, se dá de acordo com a máxima de Jesus que diz: Quem se humilhar será exaltado, e quem se exaltar será humilhado. Isto quer dizer que se o Espirito encarnado que foi patrão de alguém aqui, lá poderá ser subordinado ao seu empregado, tudo dentro do merecimento de cada um. Este que foi patrão aqui ao se ver nesta situação, se sente sim humilhado, sobretudo se era orgulhoso e invejoso.
Damos como exemplo aquele soldado que teve aqui um general, ao desencarnar se encontra com o seu superior, ele não o reconhece nesta qualidade, porque o título não é nada lá, a superioridade real é tudo.
Os Espíritos lá, mesmo sendo de diversas categorias ficam misturados, isto é, ele se veem, mas acabam se distinguindo uns dos outros, se afastando ou se aproximando segundo a diferença e semelhança, ou divergências de seus sentimentos. Os da mesma ordem se reúnem por afinidade, e formam grupos ou familiares unidos pela simpatia e pelos propósitos. Os bons pelo desejo de praticarem o bem, os maus pelo desejo de praticarem a maldade, isto pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se encontrarem entre os seres semelhantes a eles.
Quanto ao acesso entre os Espíritos, os bons vão por toda a parte, para que possam exercer sua influência sobre os maus. Mais as regiões habitadas pelos bons são restritas aos imperfeitos, com a finalidade de que não levem distúrbios das mas paixões.
A relação entre os bons e os maus tem por objetivo, os bons procurarem combater as más tendências dos outros, afim de ajuda-los a subir, sendo esta uma missão. Já os Espíritos inferiores se comprazem com a maldade, por despeito de não terem merecido estar entre os bons. E no fundo da intenção deles é impedir que os ainda inexperiente atinjam o bem supremo.
Os Espíritos se comunicam entre si através do veículo chamado transmissão de pensamento. Isto é estabelecido pelo fluido universal que estabelece entre eles uma comunicação constante.
O Espíritos não podem esconder seus pensamentos uns dos outros, porque para eles tudo permanece descoberto, principalmente quando são perfeitos. Podem até se distanciar, mas sempre se veem, porque uns podem até se tornar invisíveis para outros, se julgando úteis faze-lo.
Os Espíritos que não possuem mais o corpo físico, constatam a sua própria individualidade pelo Períspirito, que os tornam seres distintos uns para os outros.
Os Espíritos se reconhecem lá, por terem convivido aqui no nosso planeta Terra. O filho reconhece o pai, o amigo seu amigo, e assim de geração a geração. Lá os Espíritos encarnados que se conheceram aqui, se reconhecem no mundo dos Espíritos, porque veem a vida passada e leem como se fosse num livro. Vendo o passado dos seus amigos e de seus inimigos, acaba vendo o seus desencarne como foi.
Os Espíritos ao deixarem o corpo físico, nem sempre veem imediatamente os parentes e amigos que o precederam no mundo dos Espíritos. Isto porque levam um tempo para reconhecerem o seu estado de Espírito desencarnado, e se despojar da vida material.
Quando um Espírito desencarna, ele é recebido no mundo material como um irmão bem amado e longamente esperado. O do mau, é como se fosse um ser que se desprega. Os maus ficam satisfeitos de verem seres iguais a eles, e como eles privados da felicidade infinita.
Quando um Espírito encarnado desencarna os parentes e amigos veem ao encontro da alma que estimam, felicitando- como se regressa-se de uma viagem, e se escapou aos perigos do caminho, o ajudam a se desprender dos liames corporais. (Liame é um fio metálico que prende o Espírito ao corpo enquanto está aqui encarnado). Isso é um favor concedido aos bons Espíritos, enquanto que os manchados ficam no isolamento ou cercados somente de Espíritos semelhantes a eles, sendo isto uma punição.
No mundo Espiritual os parentes e amigos se reúnem, isso dependendo de sua elevação e do caminho que seguem para seu adiantamento. Se um está mais adiantado e marcha mais rápido que o outro, não poderão ficar juntos, sendo como se fosse uma espécie de punição. Só poderão se ver somente algumas vezes, a não ser quando possam marcharem ombro a ombro, ou quando estiverem atingido o mesmo grau de perfeição.

Bibliografia: O Livro dos Espíritos.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado

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