sábado, 14 de março de 2020



ENTREVISTA DE DIVALDO FRANCO CONCEDIDA
AO JORNAL "O PARANÁ"


O Paraná: Quais são os fundamentos da Doutrina Espírita?
Divaldo: Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, na introdução da obra básica que se chama "O Livro dos Espíritos", estabelece os itens fundamentais que caracterizam a Doutrina: A crença em Deus; na imortalidade da alma; na comunicabilidade dos Espíritos; na reencarnação; na pluralidade dos mundos habitados e na ética moral apresentada na Doutrina de Jesus, conforme Ele e os Seus apóstolos a viveram nos primórdios do Seu apostolado. Como extensão, o Espiritismo tem como fundamento essencial a prática da caridade, dando-lhe uma abrangência que sai do paternalismo de oferecer coisas ao invés de libertar da miséria. O Espiritismo fundamenta a sua proposta dentro da ciência social. Ao invés de dar esmola, dê trabalho. Ao invés de oferecer o pão habitualmente, dê salário, porque através do salário o indivíduo dignifica-se e liberta-se daquela dependência emocional que o dignifica cada vez mais.

O Paraná: Existem rituais no Espiritismo?
Divaldo: O Espiritismo, inicialmente, é o resultado de uma investigação científica, por isso mesmo dizemos que o Espiritismo é ciência, não uma ciência convencional, porque o material com que labora não obedece às leis das doutrinas físicas. Trabalhando com o espírito imortal, está sempre na dependência das suas reações psicológicas, das suas atitudes emocionais. Essa investigação científica, que é resultado da observação, ofereceu uma visão filosófica, e nessa proposta filosófica, o Espiritismo responde aos quesitos que perturbam o pensamento filosófico. Por efeito, tem uma ética moral. Nessa ética moral surge uma vertente religiosa, não do ponto de vista de uma religião constituída, que se caracteriza por um misticismo, por paramentos, por sacerdócio organizado, pelas expressões seitistas, ou que se permita caracterizar por uma forma ou fórmula de culto externo. É, portanto, uma doutrina destituída de toda e qualquer apresentação visual que tenha por meta impressionar. É uma Doutrina que leva o indivíduo a uma autorreflexão a respeito da vida e das suas responsabilidades perante a consciência cósmica.

O Paraná: Como o Espiritismo comprova a reencarnação?
Divaldo: Através das experiências de regressão de memória, chamadas ecminésia; das lembranças espontâneas; das revelações mediúnicas e das análises psicológicas da memória extracerebral. Sempre preocupou a psicologia o chamado "déjà vu", em que um indivíduo tem a sensação de já ter visto, de já ter ouvido, de já ter conhecido determinadas coisas. Carl Gustav Jung narrava que, nas suas viagens pela Europa, antes de chegar a determinado lugar, tinha a impressão nítida de que antes houvera estado ali. Conhecia detalhes, hábitos, cultura, e, ao chegar, para sua surpresa, verificava que aquela percepção era verdadeira. Naturalmente, ele teve uma explicação psicanalítica, que parecia concordar com a sua ideia da irradiação mental. Para nós, os espíritas, é uma reminiscência de ocorrências já experimentadas em encarnações anteriores, o que, por dilatação, vem explicar as simpatias, as antipatias, os ódios acendrados, as animosidades entre familiares. Ademais, a reencarnação pode ser constatada, conforme estabeleceu o Dr. Banerjee, parapsicólogo indiano, através, também, de um outro ângulo da chamada memória não cerebral. O conhecimento de idiomas, que a pessoa jamais teve a oportunidade de os estudar; as lembranças de vidas pregressas que fluem espontaneamente, e, ao mesmo tempo, a genialidade precoce. Embora nós acreditemos profundamente nas heranças de natureza genética; nos fenômenos denominados pelo próprio Jung como fenômenos de sincronicidade, em que as coisas acontecem por uma lei de sincronidade, há fatos históricos de crianças que se recordam ou se recordaram de haver vivido antes, ou também de ser possuidoras de um conhecimento que não tem nenhuma explicação, nem genética, nem de natureza psicossocial. Somente a lembrança da reencarnação é que as pode elucidar.

O Paraná: Muitos acreditam no final dos tempos, a partir da virada para o próximo milênio. Como o Espiritismo encara isso?
Divaldo: Como uma superstição. Normalmente, através da história, a mudança de século sempre trouxe, particularmente na idade média, o fantasma do horror. Baseado em que, nessa mudança, a Terra se deslocaria do eixo, haveria uma erupção de epidemias, de terremotos, maremotos, de fenômenos sísmicos e, na virada do milênio, foi ainda mais apavorante, por causa desse mesmo critério supersticioso. Em todo o Evangelho, nos 27 livros que o constituem, não há nenhuma referência ao novo milênio. As observações, a respeito do "fim do mundo", estão no Apocalipse de João, quando ele dirá, através de metáforas e de imagens, de uma concepção de um estado alterado de consciência, que vê a transformação que se operaria na Humanidade. Mais tarde poderíamos colher outros resultados também no chamado sermão profético de Jesus, que está no evangelista Marcos, capítulo 13, versículo 1 e seguintes, quando Jesus saía do templo de Jerusalém e os discípulos, muito emocionados, dizem: - "Senhor, vede que pedras, vede que templo". E Jesus lhes redargue: - "Em verdade vos digo que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada". Foram para o Getsêmani, no Horto das Oliveiras, e ali os amigos disseram: "Conta-nos quais serão os sinais que antecederão a isso". Ele narra uma série de fenômenos que certamente atingiriam a Terra. Aconteceu que, realmente, no ano 70, Tito teve a oportunidade de derrubar o templo de Jerusalém, que não foi mais reerguido, e no ano 150, na segunda diáspora dos hebreus, praticamente Jerusalém foi destituída da Terra, somente voltando a ter cidadania quando a ONU reconheceu o Estado de Israel com os direitos que, aliás, lhe são credenciados e que ele merece. Mas as doutrinas religiosas, com o respeito que nos merecem, que sempre se caracterizaram pelo Deus-temor ao invés do Deus-amor, por manterem as pessoas na ignorância e intimidá-las, ao invés de libertá-las pelo esclarecimento, estabeleceram que o fim do mundo seria desastroso, seria cruel, como se não vivêssemos perpetuamente num mundo desastroso e cruel, cheio de acidentes, de vulcões, de terremotos, de maremotos, de guerras, de pestes, etc. Para nós, espíritas, o fim do mundo será o fim do mundo moral negativo, quando nós iremos combater os adversários piores, que são os que estão dentro de nós: as paixões dissolventes; os atavismos de natureza instintiva agressiva; a crueldade; o egoísmo e, por consequência, todos veremos uma mudança da face da Terra, quando nós, cidadãos, nos resolvamos por libertar-nos em definitivo das nossas velhas amarras ao ego e das justificativas por mecanismos de fuga. Então o homem do futuro será um homem mais feliz, sem dúvida. Haverá uma mudança também da justiça social. Haverá justiça social na Terra, porque nós, as criaturas, compreenderemos os nossos direitos, mas acima de tudo, os nossos deveres, deveres esses como fatores decisivos aos nossos direitos. Daí, a nossa visão apocalíptica do fim dos tempos é a visão da transformação moral em que esses tempos de calamidade passarão a ser peças de museu, que o futuro encarará com uma certa compaixão, como nós encaramos períodos do passado que nos inspiram certo repúdio e piedade pela ignorância, então, que vicejava naquelas épocas.

O Paraná: Qual a concepção do Espiritismo sobre o demônio?
Divaldo: A palavra demônio vem de daimon, anjo, espírito tutelar, e ela foi enunciada possivelmente com mais ênfase por Sócrates, que afirmava ser dirigido por um daimon. No caso de Sócrates, era um Espírito tutelar que o defendia do perigo. Mais tarde, traduzida ao latim, ela sofreu uma corruptela, para significar anjo mau, anjo perverso. Nós não temos uma concepção demoníaca de um ser eterno criado por Deus perpetuamente para o mal, que seria o diabo, Lúcifer. Essa dualidade do bem e do mal é uma dualidade psicológica e de colocação filosófica, isto porque o bem é tudo aquilo que nos promove, que nos dá vida, que nos estimula, e o mal é tudo aquilo que nos perturba, que nos impede o crescimento ético e moral. Daí, o demônio é um estado patológico, que está no indivíduo, e não fora dele. Por uma necessidade de afirmação, nós projetamos para fora, mas que está profundamente enraizado no ser. Não obstante, nós acreditamos que os indivíduos maus, primitivos, perversos, que se comprazem na prática do mal, pela sua própria constituição, depois que abandonam o corpo físico, continuam maus e perversos e se comprazem em perturbar as criaturas humanas que com eles se afligem. Daí, para nós, esses Espíritos seriam os demônios, transitoriamente, porque há uma fatalidade, que é o bem, que é a perfeição, que é a libertação de si mesmo.

O Paraná: Qual a diferença dos santos da Igreja Católica e dos Espíritos cultuados pelo Espiritismo?
Divaldo: A Igreja Católica, no seu alogiário, estabeleceu que determinados indivíduos gozam de bem-aventurança. Através de um processo muito bem elaborado pelo Vaticano, pela Santa Sé, é estudada a vida de homens e mulheres abnegados, que deixaram pegadas luminosas. No passado, essa atividade era mais política do que religiosa, o que custava para os países, e ainda custa, uma alta soma em dinheiro para ter o nome dos seus bem-aventurados na lista dos candidatos a santos, a fim de que possam subir aos altares. Acredito que, de início, era uma atitude de muita honestidade para destacar as pessoas nobres, os mártires da fé, os que foram sacrificados. A Idade Média, que foi o grande milênio da ignorância, porque foi quase um milênio de trevas, modificou um pouco e de tal forma que, após o Concílio Ecumênico Vaticano Segundo, a própria Igreja reconheceu que muitos indivíduos que gozavam de beatitude da santificação sequer existiram, como São Jorge, aliás, o guia da Inglaterra; como São Cosme e São Damião, e outros tantos. Nós compreendemos perfeitamente e achamos natural que erros de tal monta hajam acontecido, como a perseguição a Galileu, a perseguição a Joanna d’Arc, a perseguição a Charles Darwin e a outros que, lentamente, a Igreja vem reconhecendo e atualizando dentro dos fundamentos da ciência e da lógica. Para nós, o que os católicos chamam santos são os Espíritos nobres, Espíritos puros. Nós não santificamos a ninguém. Cada um auto-santifica-se, graças ao trabalho de depuração espiritual, de resistência contra o mal, e então, pelos atos que realizou na Terra e pelo bem que continua realizando no Além, nós lhes damos o nome de Espíritos Bons, Anjos da Guarda, Espíritos Benfeitores, Espíritos Guias, que de alguma forma têm a mesma característica, embora não seja necessariamente a mesma coisa.

O Paraná: A canonização, então, seria um ato mais político do que propriamente religioso?
Divaldo: É um ato político-cerimonial, vinculado à uma imposição teológica para destacar os membros que merecem maior consideração do alto clero e daqueles que estão vinculados a essa denominação religiosa. Desejamos deixar bem claro que para nós e respeitável, embora, para nós, não tenha maior significação.

O Paraná: O Papa é intitulado e se autointitulado o representante de Deus na Terra. Como o Espiritismo vê isso?
Divaldo: Como uma presunção, com todo o respeito que ele nos merece, principalmente um homem nobre, como o Papa João Paulo II, dentre outros igualmente nobres. Jesus disse que a única característica que nos podia tornar conhecidos é de que nos amássemos uns aos outros, e Ele próprio teve ocasião de dizer, ipsis verbis: "O filho do homem não tem uma pedra para reclinar a cabeça, embora as aves do céu tenham seus ninhos e os lobos tenham os seus covis". Ele nasceu em uma manjedoura, num lugar muito modesto, numa gruta. Morreu numa cruz e toda a sua trajetória foi muito simples. Sem nenhuma mística em torno do vulto do homem Jesus, vemos Nele um exemplo de autoimolação. Então, alguém auto-eleger-se como representante de Deus, estando na sua condição de humanidade, sujeito às vicissitudes da arteriosclerose, das disfunções de natureza enzimática do cérebro - porque os neurônios cerebrais passam por várias transformações, por estados emocionais -, não deixa de ser um salto muito audacioso, porque ao representar Deus, de alguma forma, assume-Lhe a postura. Nós o consideramos o chefe da Igreja, o chefe político, o chefe ideológico, o chefe social, mas um cidadão, embora nobre, igual a qualquer um de nós.

O Paraná: Existia ou ainda existe a chamada "mesa branca" no Espiritismo? Se existe, o Sr. Poderia nos explicar o que significa?
Divaldo: Todas as ideias novas sofrem as interferências das superstições e das colocações ópticas de todos aqueles que aderem. A colocação da palavra, do conceito "mesa branca", tem o atavismo afro-animista, em que os nossos irmãos, quando chegaram ao Brasil, trazendo as suas doutrinas africanistas, viram-se constrangidos a submetê-las ao talante da religião oficial e dominante. Como normalmente os altares eram forrados com toalhas muito brancas, artisticamente trabalhadas, eles procuraram diferenciar as suas realizações de culto em que se encontravam na intimidade das senzalas para adorar a Deus, daquela outra que tinha o altar coberto de toalhas alvas. Quando mais tarde se deram conta da Doutrina Espírita, eles passaram a diferençar entre o culto afro - as reuniões chamadas de roda ou de giro -, e aquelas que seriam mais elevadas, as mesas brancas. No Espiritismo, as nossas mesas são normalmente marrons, porque são envernizadas. Não existem toalhas; não existem adornos; não tem nada que caracterize e também não temos a presunção de que as nossas atividades sejam superiores àquelas que outros realizam em denominações variadas das suas crenças na Umbanda, na Quimbanda. Nós não temos senão o interesse de demonstrar que o Espiritismo está isento de qualquer expressão de culto e de qualquer colocação de natureza seitista. Daí, não existe nenhum ponto de contato entre a mesa branca ou não, não existe este conceito. É nada mais do que uma colocação atávica, de natureza supersticiosa.

O Paraná: O que é médium ou mediunidade?
Divaldo: Allan Kardec, em "O Livro dos Médiuns", capítulo XIV, diz, ipsis verbis: "Todo aquele que sente a presença dos Espíritos em determinado grau, é, por isso mesmo, médium". A palavra médium foi criada por Allan Kardec, utilizando-se do verbete latino, para tipificar aqueles que serão instrumentos dos recursos que facultam a comunicação entre o chamado mundo espiritual e o chamado mundo material. A mediunidade é a faculdade da alma. A alma tem uma disposição que o organismo veste de células, para poder proporcionar um intercâmbio. Médiuns, por extensão, somos todos nós, porque estamos sempre no meio de energias diferentes, que estão em faixas vibratórias as mais distintas. No entanto, existem aqueles que são mais ricos, os chamados médiuns ostensivos, por intermédio de quem os fenômenos são muito mais imperiosos do que os convencionalmente mais sutis. Allan Kardec, então, dividiu esses médiuns em duas classes: aqueles que são os médiuns naturais, e aqueles que são os médiuns de prova; aqueles que são portadores de distúrbios, provocados pelos Espíritos, e aqueles que são dotados de uma faculdade límpida, cristalina. Isso é fácil de entender, porque, genericamente, todos somos seres inteligentes, pelo fato de sermos criaturas humanas. No entanto, existem os super dotados, como Goethe, Einstein, Machado de Assis, e existem aqueloutros, que temos o discernimento, porém muito limitado, embora todos estejamos tecnicamente como pessoas inteligentes. Daí, a mediunidade é a faculdade da alma que o corpo veste de células para o fenômeno, e ser médium é ter a capacidade de captar ondas, vibrações transpessoais que sejam transmitidas pelos Espíritos encarnados ou desencarnados.

O Paraná: E a mediunidade só pode ser lapidada através do Espiritismo?
Divaldo: Seria, de certo modo, uma presunção de nossa parte achar que é só através. A metodologia, hoje, mais eficaz, é dada pelo Espiritismo, que se especializou. Não obstante, uma pessoa que se moralize, em qualquer lugar; uma pessoa que se autodescubra; uma pessoa que faça uma viagem psicológica interior, forrada de bons propósitos, pode muito bem apurar as suas faculdades psíquicas; entrar em contato com o mundo espiritual com muita facilidade. Por exemplo, Francisco de Assis. Ele era médium, porque ele era interexistente. Ele estava entre os dois mundos, o material e o espiritual, e o seu caráter cristalino fez com que ele se tornasse o maior êmulo de Jesus, o seu verdadeiro copilador. Emet Fox, um dos homens notáveis deste século, que é um livre pensador evangélico admirável, entre as suas muitas obras escreveu "O Sermão da Montanha", atualizando o pensamento de Jesus. Ele era um caráter diamantino que sintonizava com o psiquismo divino. E as suas obras, embora sejam de sua lavra cultural, são portadoras de uma mensagem transcendental extraordinária - de alguma forma, portanto, médium direto. Não obstante, quando se tem distúrbios psíquicos acentuados, na mediunidade de prova atormentada, o Espiritismo possui a melhor metodologia, porque oferece o estudo do sistema nervoso; os riscos da mediunidade; as técnicas de identificação daqueles que por ele se comunicam, e, ademais, demonstra a imensa gama de fenômenos de que ele é objeto, convidando-o a especializar-se nesta ou naquela modulação.

O Paraná: Qual a mensagem que o Sr. deixa aos leitores de O Paraná?
Divaldo: "O ser humano vem conquistando espaço. Amplia-se o horizonte cósmico. A cada dia ele descobre a grandiosidade do infinito. As sondas espaciais trouxeram informações dantes jamais sonhadas. Os microscópios eletrônicos adentraram-se nas micropartículas, e quando o ser humano acreditou que estava com todas as respostas, ele desperta para constatar que está cheio de dúvidas. A ciência trouxe-lhe um número enorme de equações, aparentemente solucionadas. Mas, neste momento, existem mais de duzentas interrogações intrigantes para a ciência: Por que existe o Universo? Como o Universo auto fez-se? Fala-se do "Big-Bang", de que as partículas estavam condensadas e explodiram, mas isto já é um efeito. Como surgiram as partículas? Do nada. Qual é a força do nada? No campo da biologia as interrogações são ainda mais perturbadoras: como é que a célula inicial, o neuroblasto, ao dividir-se, pode apresentar células específicas para as cartilagens ou para o nervo ótico; para o neurônio cerebral ou para os cabelos; para a pele ou para a elasticidade cardíaca? Por que em um determinado momento a célula do dedo para de crescer, ao invés de prosseguir ininterruptamente, como caberia à unha? A ciência dá-se conta, através dos seus mais eminentes investigadores, que este é um momento de perguntas: Por que existe a noite? Qualquer um de nós dirá: porque o Sol está; do outro lado. Muito bem! E os bilhões de estrelas muito mais poderosas do que o Sol? Por que não iluminam a noite? Será que estão tão distantes que a sua luz ainda não chegou à Terra? Então, a engenharia genética, tentando copiar a natureza através dos clones e de outros inventos, ameaça o homem de respostas aberrantes. Mas, qual a solução? A viagem para dento. A criatura humana ainda não teve a coragem de auto penetrar-se. Faz uma viagem numa bólide espacial, mas tem medo de se autodescobrir. Quando o indivíduo fizer a viagem para dentro e perguntar-se "quem sou eu?" "por que estou aqui?", "qual é o objetivo essencial da minha vida?", a ciência lhe dará o contributo intelectual, mas ele descobrirá os valores morais, que servirão de ponte para endossar bem a ciência e encontrar-se consigo mesmo, o que equivale dizer com seu deus interno. Então, nossa mensagem de paz seria esta: Em qualquer conjuntura, seja você, caro amigo leitor, quem ame. Se não o amarem, se o martirizarem, se o afligirem, sem nenhum masoquismo, continue amando. Aquele que nos não compreende está de mal consigo mesmo. Nós, que já descobrimos a vida, somos como o Sol guardado numa lâmpada. E é necessário fazer com que a lâmpada que nos envolve seja transparente, para que a nossa luz, saia, não devendo permitir que o envoltório seja fosco e deixe nossa luz retira. Então, que sejamos nós aqueles que amamos e que não desistamos nunca. É verdade que aparentemente há prevalência do mal e dos maus. Há a dominação dos arbitrários, mas é transitória. A futura árvore tem que vencer a casca da semente, o sol a lustro, as pragas, as intempéries para poder perpetuar a espécie. Então, vale a pena amar porque quando nós amamos nós saímos da amargura que nos deram para participar da alegria que nós vamos dar".

Esta foi uma mensagem do Espírito Joanna de Ângelis para todos nós.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

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