Idosos
Grande número de pessoas tem medo da
velhice. O próprio termo velhice vem sendo substituído pela expressão Terceira
idade ou Melhor idade, para causar menos impacto.
É que, de um modo geral, as pessoas
somente observam a velhice como o período da diminuição das forças físicas, da
menor resistência do organismo a doenças.
Em certos casos, redução da
capacidade mental, dependência de outros nas necessidades pessoais e
proximidade da morte.
Ante a velhice que se aproxima, a
pessoa fica matutando algumas perguntas como: Que será de mim?
Será que vou ficar
inútil? Será que me abandonarão em um asilo?
Essas dúvidas, se alimentadas com
frequência, podem gerar angústia e infelicidade.
Por pensar que velhice é sinônimo de
incapacidade é que certo professor de violino ouviu, admirado, a pretensão
daquele velhinho de setenta e sete anos: Quero ser seu aluno!
Muito bem, senhor
Antônio, seja feita sua vontade. Entretanto, é bom que o senhor saiba que, não
sendo jovem, terá dificuldade no aprendizado. Além do mais, trata-se de um
instrumento musical dos mais complexos.
O senhor idoso era lúcido e ágil. Por
isso respondeu:
Não tem problema.
Estou disposto a enfrentar essa barra. Mesmo com minhas limitações.
O professor de violino não se
conformou.
Senhor Antônio, já
se deu conta de que, para sua iniciação musical, serão necessários anos
dedicados a estudo e exercícios? Considerando sua idade, sua vida caminhando
para o final, não lhe parece um desperdício estudar?
Foi aí que o senhor Antônio sorriu e
deu uma lição fora de série ao jovem professor:
De forma alguma é
um desperdício. O esforço do aprendizado me oferecerá motivações para a vida.
Alegrará meu presente e também preparará o meu futuro.
Tenho certeza de
que, ao regressar ao mundo espiritual, estarei enriquecido com noções musicais.
Isso facilitará minha reintegração na Pátria verdadeira, a do Espírito. Afinal,
lá também há violinistas.
* * *
Esta é a verdadeira sabedoria. Não
desistir nunca. Não se permitir parar de aprender.
Afinal, não há existências que
findam. São somente etapas de aprendizado que se completam. Etapas que devem
ser aproveitadas integralmente, favorecendo o porvir.
O que se aprende em uma vida,
arquiva-se e, em outra vida, aparecerá como vocação, talento.
Aprender, em qualquer idade, é o
caminho mágico de realizações gloriosas.
Quem realiza o aprendizado, com
perseverança, vai em frente, melhorando sempre, sem cansar nunca.
Vicente de Paulo é excelente modelo
de quem superou a enfermidade e a velhice.
Após os setenta anos, tornaram-se impossíveis
as viagens a cavalo para as visitas habituais às várias casas sacerdotais.
Ainda assim ele prosseguiu no trabalho.
Ao chegar ao ponto de não poder mais
sair da casa onde residia, ele não parou.
Dotado de indomável energia, Vicente,
a cada manhã proferia palestra aos seus discípulos. Conservou impressionante
serenidade e lucidez, até o final de sua vida.
Vida de produção até o fim. Bem dizem
que a juventude só acaba quando se apaga o entusiasmo.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM
GETULIO PACHECO QUADRADO.
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