A prática
espírita: como funciona a Doutrina Espírita
Este é um post
escrito para dar sequência ao que escrevi sobre a A História da Doutrina Espírita, em que falei sobre como
surgiu o Espiritismo e como
a Doutrina se tornou uma das religiões mais importantes do mundo.
Vamos estudar o que é o espiritismo e como ele
funciona, na prática.
Agora, a intenção é
falar sobre a prática espírita e como é o funcionamento, na prática,
da Doutrina criada por Allan Kardec. Quero ajudar a tirar as
dúvidas que você tenha sobre o funcionamento prático da Doutrina.
Para isso, quero
responder três perguntas:
1.
Como são as reuniões em um centro espírita?
2.
Como funciona o passe?
3.
Como é a evangelização de jovens, crianças e bebês
no Espiritismo?
Mas antes preciso
definir algumas coisas, que, para o espírita mais experiente, podem
estar bem claras, mas que podem confundir o iniciante ou o interessado em
conhecer o Espiritismo.
Os termos mais
usados no Espiritismo
Ou os princípios
básicos da Doutrina Espírita
Vamos passar cada
princípio em revista para esclarecer cada ponto.
O que é Deus para o
Espiritismo?
Deus é inteligência
suprema, causa primeira de todas as coisas. Eterno, imutável, imaterial, único,
todo-poderoso, soberanamente justo e bom e infinito em todas as suas
perfeições.
O que é livre-arbítrio?
O livre-arbítrio é
a liberdade moral do homem. Ele é a faculdade de guiar-se conforme a sua
vontade, na realização de seus atos, conforme o nível de adiantamento moral que
tenha conquistado.
O ser goza dessa
liberdade no estado de Espírito e é em virtude dessa faculdade que
livremente escolhe a existência e as provas que julga adequadas ao seu
adiantamento.
Existe um motivo
por trás da minha escolha em definir Deus e livre-arbítrio.
E ele é bem
simples: a visão que o Espiritismo tem acerca de Deus é fundamental
no pensamento espírita e ela diverge das outras religiões cristãs.
Para
o espírita, Deus não é um ser, não é Jesus, não tem forma. Ele é A
Inteligência Suprema, o causador de tudo o que existe no Universo. Isso define
uma nova atitude perante a Divindade que nos conecta ao livre-arbítrio.
Nós,
como espíritas, sabemos que Deus, sendo soberanamente justo e bom, definiu
o livre-arbítrio como lei imutável que dá o direito de escolha a todos, mas
cobra com justiça os resultados de nossas atitudes, sejam elas ou boas.
O centro espírita
“Esses grupos,
correspondendo-se entre si, visitando-se, permutando observações, podem, desde
já, formar o núcleo da grande família espírita, que um dia consorciará todas as
opiniões e unirá os homens por um único sentimento: o da fraternidade, trazendo
o cunho da caridade cristã.” – ALLAN KARDEC – (O Livro dos
Médiuns, cap. XXIX, item 334)
Os
centros espíritas colaboram com a difusão da Doutrina Espírita.
O estudo sério e estruturado contribuiu para sua divulgação e sua prática.
Os centros se
agrupam nas entidades federativas estaduais, unidas no Conselho Federativo
Nacional da Federação Espírita Brasileira (FEB) para fortalecer a
unidade desse trabalho. E é preciso cada vez mais união para a execução dos
seus nobres propósitos de colocar em prática os princípios doutrinários.
Os centros
espíritas são as unidades fundamentais do movimento espírita.
Eles são núcleos de
estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, praticados dentro dos
princípios espíritas. Em um centro, tanto o necessitado de ajuda quanto o
trabalhador que auxilia encontram escolas de formação espiritual e
moral que trabalham à luz da Doutrina Espírita.
Um centro espírita
deve se caracterizar pela simplicidade própria das primeiras casas do Cristianismo
nascente, pela prática da caridade.
Porque criar um
centro espírita?
O objetivo é sempre
ajudar o ser humano a melhor compreender a fase de transição que o nosso mundo
atravessa. Quando alguém necessitado de orientação procura um centro, deve encontrar
acolhimento.
A complexidade deste momento do mundo coloca desafios cada vez mais difíceis à
nossa frente. E, para isso, o movimento espírita se organiza em
centros.
Como são as
reuniões em um centro espírita?
Um centro espírita
pratica a caridade
As atividades de
serviço de assistência e promoção social espírita, destinadas a pessoas
carentes, estão entre as principais atividades de um centro espírita.
Atendendo a todos
que buscam ajuda material, procura-se assisti-las em suas necessidades mais imediatas,
promovendo-as por meio de cursos e trabalhos de formação profissional e pessoal
e esclarecendo-as com os ensinos morais do Evangelho à luz
da Doutrina Espírita.
Um centro espírita
esclarece e educa sobre a vida espiritual
As atividades de
atendimento espiritual no centro espírita estão disponíveis para as
pessoas que procuram esclarecimento, orientação, ajuda e
assistência espiritual e moral. Elas abrangem recepção, atendimento
fraterno, explanação do Evangelho à luz da Doutrina Espírita,
passe e magnetização de água, irradiação e Evangelho no lar.
Um centro realiza
palestras públicas, destinadas ao público geral. Nessas reuniões, são
desenvolvidos temas de interesse comum, sempre abordados à luz da Doutrina
Espírita, geralmente por meio de palestras expositivas ou estudos direcionados.
Um centro espírita
educa os espíritas acerca da Doutrina Espírita
Além dos estudos
abertos ao público, realiza-se ainda o Estudo Sistematizado da Doutrina
Espírita, feito de forma programada, metódica e permanente. Ele é destinado a
pessoas de todas as idades e de todos os níveis educacionais e sociais.
Participar desses estudos possibilita que o iniciante
na Doutrina alcance um conhecimento abrangente e aprofundado
do Espiritismo em todos os seus aspectos.
As reuniões
mediúnicas sérias
Segundo Allan
Kardec, as reuniões mediúnicas são fundamentais para a aquisição de
conhecimento a respeito do mundo espiritual e dos seus habitantes.
Elas incentivam o
estudo e esclarecimento daquelas que delas participam, favorecendo a troca de
ideias e as observações em comum.
Para se obterem
bons resultados na prática mediúnica, as reuniões devem funcionar como um todo
coletivo, sendo realizadas sob condições especiais de controle.
A natureza e as
características dessas reuniões estão, necessariamente, relacionadas ao nível
de conhecimento e ao caráter moral dos seus integrantes. Podem, então, ser
classificadas em:
Frívolas
As reuniões
frívolas são compostas de pessoas que estão em busca do caráter interessante
das manifestações. Elas se divertem com os gracejos
dos Espíritos levianos.
Uma reunião deste tipo não é uma reunião mediúnica espírita,
propriamente dita, e os Espíritos superiores não comparecem a elas.
Experimentais
Essas reuniões
serviam mais particularmente à produção de manifestações físicas, e foram
realizadas por eminentes estudiosos e por autoridades do mundo científico, na
época de Kardec. A curiosidade é um dos fatores que motivaram a
participação nessas reuniões e, ainda que ocorram bons fenômenos mediúnicos,
estes nem sempre são suficientes para convencer os presentes e torná-los
espíritas.
Instrutivas
As reuniões
instrutivas devem ser o padrão de reunião nos centros espíritas e
elas oferecem esclarecimentos e são assistidas por Espíritos de ordem
elevada.
Para tanto, aqueles
que realmente desejam instruir-se precisam colocar-se em condições de atrair a
presença e o amparo de Espíritos superiores, demonstrando sinceridade
de propósitos, desejo de estudar os fenômenos e vontade de compreender as
consequências morais do intercâmbio mediúnico.
Um centro espírita
estuda e pratica a mediunidade com Jesus
Além das reuniões
públicas, um centro espírita faz reuniões fechadas a grupos de estudantes e
trabalhadores, dentre elas, as reuniões de estudo e educação da mediunidade,
com base nos princípios e objetivos espíritas, esclarecendo, orientando e
preparando trabalhadores para as atividades mediúnicas.
As reuniões
mediúnicas, destinadas à assistência
aos Espíritos desencarnados necessitados de orientação e
esclarecimento, são feitas com vários objetivos, mas, principalmente, o de
colocar em prática a caridade segundo o ensinamento de Jesus Cristo.
O espírita, ao
frequentar um centro, procura participar das atividades que têm por objetivo a
união dos espíritas e das instituições espíritas, o que culmina
na unificação do movimento espírita. Para tal, conjuga esforços, soma
experiências, permuta ajuda e apoio, aprimora as
atividades espíritas e fortalece a ação dos espíritas.
Um centro espírita
também trabalha com pessoas de todas as idades.
Como é a
evangelização de jovens, crianças e bebês no Espiritismo?
A evangelização é
definida pelas religiões cristãs como o entendimento e a aplicação dos
ensinamentos contidos na Boa Nova de Jesus Cristo, no Novo Testamento,
conhecido como Evangelho.
A evangelização
espírita é feita com ênfase na vivência, na exemplificação dos ensinamentos de
Jesus e de seus apóstolos, sejam elas no plano físico ou no espiritual.
O evangelizador
espírita
O evangelizador
espírita defende que a evangelização não deve ser apenas transmitida, mas
vivida em toda a sua plenitude, uma visão de vanguarda trazida
pela Doutrina Espírita para o campo educacional.
O centro espírita,
então, realiza as atividades relacionadas à evangelização da infância e da
juventude, de forma programada, metódica e sistematizada, atendendo os bebês, a
criança e o jovem, esclarecendo-os e orientando-os dentro dos princípios
da Doutrina Espírita.
Existem várias
atividades praticadas em um centro espírita, mas, de longe, uma das mais
conhecidas e requisitadas é o passe.
Como funciona o
passe?
O
passe espírita é uma transmissão conjunta, ou mista, de fluidos
magnéticos – provenientes do encarnado – e de fluidos espirituais –
oriundos dos benfeitores espirituais, não devendo ser considerada uma
simples transmissão de energia animal ou magnetização.
Emmanuel afirma
que o passe é similar à transfusão de sangue e representa uma renovação das forças
físicas; o passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que
os recursos orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos
psíquicos vertem do reservatório ilimitado das forças espirituais.
MENSAGEM DIVULGADA
PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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