Além
do dever
Um homem foi chamado à praia para pintar um barco. Trouxe
tinta e pincéis e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora
contratado para fazer.
Enquanto pintava, notou que a
tinta estava passando pelo fundo do barco.
Procurou e descobriu que a
causa do vazamento era um buraco e o consertou.
Quando terminou a pintura,
recebeu seu dinheiro e se foi.
No dia seguinte, o proprietário
do barco procurou o pintor e lhe entregou um cheque de grande valor.
O pintor ficou surpreso e
falou: “O senhor já me pagou pela pintura do barco.”
“Mas isto não é pelo
trabalho de pintura”, falou o homem. “É por ter consertado o
vazamento do barco.”
“Foi um serviço tão pequeno
que não quis cobrar”, acrescentou o pintor. “Certamente o senhor
não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!”
“Meu caro amigo, você não
compreendeu”, disse o proprietário do barco. “Deixe-me contar-lhe o que
aconteceu.
Quando pedi a você que
pintasse o barco, esqueci de mencionar o vazamento.
Quando o barco
secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria.
Eu não estava em casa
naquele momento.
Quando voltei e notei que
haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois me lembrei que o
barco tinha um furo.
Grandes foram meu alívio e
minha alegria quando os vi retornando, sãos e salvos.
Então, examinei o barco e
constatei que você o havia consertado. Percebe, agora, o que fez?
Salvou a vida de meus
filhos! Não tenho dinheiro suficiente para lhe pagar pela sua ‘pequena’ boa
ação...”
* * *
Se em nossa ação diária todos
nós fizéssemos como aquele pintor, certamente o mundo seria diferente.
Mas, o que geralmente acontece
é que fazemos apenas a nossa obrigação, quando a fazemos.
Fazer o que nos compete, com
disposição e zelo, é apenas cumprir um dever.
Todavia, se, além do dever,
buscássemos fazer o que precisa ser feito, sem que ninguém nos peça, então
poderíamos dizer que estamos investindo numa sociedade melhor.
Quem trabalha apenas para
receber seu salário, demonstra que vale quanto ganha.
Mas, quem executa suas
obrigações e vai além, sem esperar recompensa alguma, está investindo na
própria felicidade.
O trabalho dignifica o ser, mas
o trabalho feito com amor e dedicação, enobrece a alma.
Trabalhar por convicção e prazer,
e não por obrigação, é a melhor maneira de se sentir bem.
Isso porque, se ninguém elogiar
nosso trabalho nem reconhecer nosso esforço, para nós não fará diferença
alguma.
A grande satisfação estará
calcada unicamente em fazer com excelência o que fazemos. E o salário, nesse
caso, será apenas uma consequência.
* * *
Toda a natureza trabalha.
Trabalha o pássaro, trabalha o
inseto. Os peixes também trabalham.
Até mesmo o verme executa seu
trabalho embaixo do solo. E o verme executa fielmente a tarefa que o Criador
lhe confia, sem reclamar, nem esperar recompensa.
E você, está fazendo a sua
parte com fidelidade?
Redação do Momento Espírita, com base
em história de autoria ignorada.
Em 02.01.2008.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO
QUADRADO.
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