Lar, berço da educação
Patrick Bissel era
um dos cinco filhos de Patrícia e Donald
Bissel, um ambicioso casal que até o filho ter 12 anos já haviam se mudado seis
vezes de casa.
Segundo a mãe, aos
sete meses ele não andava. Corria. Aos 10 anos, convidado pela irmã que
precisava de um par, teve seu primeiro contato com a dança.
E seu destino foi a
dança. Aos 21 anos, em 1978, era o primeiro bailarino do American Ballet
Theatre.
Raramente um rapaz
tão jovem conseguiu deixar tanta gente deslumbrada. O bailarino russo Mikhail
Baryshnikow o classificou como um dos maiores talentos de todo o Mundo.
E Patrick era um
rapaz de 1 metro e 88 de altura, rijo, com gosto por motos e botas de cowboy.
Musculoso, era
capaz de rodopiar no ar as bailarinas e fazê-las parecer tão graciosas como
borboletas.
Contudo, com toda a
fama, sendo aplaudido pelas multidões e cortejado pelas colegas de trabalho,
Patrick parecia carregar uma tormenta íntima que cedo o levou ao uso de álcool
e outras drogas.
Sua força e sua
aptidão eram tão grandes que ele conseguiu desempenhar o seu papel de
bailarino, sem que seu empresário se desse conta do que lhe acontecia.
Ao menos, assim foi
no princípio.
Mas ele desenvolveu
uma paranoia e vivia em constante alerta. Acreditava-se perseguido por intrusos
imaginários, tendo à disposição em seu apartamento gás lacrimogêneo e
asfixiante para os rechaçar.
Começou a ficar
fora de controle. Com 3 anos de carreira apenas, ele passou a faltar a ensaios
e por isso foi demitido, depois readmitido.
Passou por
tratamentos, dizia estar sob controle. Queria pôr sua vida em ordem.
No dia 23 de
dezembro de 1987, ele telefonou para sua mãe e com ela teve uma longa conversa.
Explicou que o fato
de passar o Natal sozinho era uma oportunidade de provar que ele era
suficientemente forte para viver sem drogas.
Quatro dias depois
do Natal, seu corpo foi encontrado no apartamento, estendido no sofá. Ele
acabara de fazer 30 anos e morrera por uma superdose de drogas variadas.
A mãe de Patrick,
comentando a tragédia que a abalou, afirmou:
Apressamo-nos a arranjar os mais diversos responsáveis para este tipo de
tragédias - a pressão social, as profissões desgastantes, os passadores de
droga. Tudo, exceto nós próprios.
Mas a maioria destes problemas começa em casa, com a educação dos filhos.
Como se observa, a
educação é a chave do progresso moral.
É por este motivo
que os Espíritos nos alertam que quando se conhecer
a arte de manejar os caracteres como se conhece a de manejar as inteligências, se poderá
endireitar os pequenos, da mesma maneira
como se endireitam as plantas novas.
Essa arte, porém, requer muito tato, muita experiência e uma profunda
observação. Isto tudo requer tempo e dedicação.
* * *
A verdadeira educação
não é aquela que tem por objetivo fazer homens instruídos, mas a que tende a
fazer homens de bem.
A criança, desde a
tenra idade, revela as suas tendências, virtudes e paixões e cabe
aos pais examiná-las, anotá-las e trabalhá-las.
A paternidade e a
maternidade são uma missão e ao mesmo tempo um dever muito grande que implica,
muito mais do que pensa o homem, em responsabilidade.
Redação do Momento Espírita, como
base nos
comentários às perguntas 582 e
917 de O livro
dos espíritos, de Allan Kardec,
ed. Feb, e no
artigo Eles desafiaram a cocaína... e
perderam,
de autoria de Henry Hurt, publicada
por Seleções
do Reader’s Digest, set. 1988.
Em 05.03.2008.
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