sábado, 15 de setembro de 2018

A CORAGEM DA FÉ.


CAPÍTULO XXIV. NÃO POR A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE.
A CORAGEM DA FÉ.
            O Irmão Mateus no capítulo X, versículo 26, lembra-nos das palavras de Jesus: que todo aquele que me confessar e reconhecer diante dos homens, Eu também eu o reconhecerei e confessarei diante de meu Pai, que está nos Céus; e aquele que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai, que está nos Céus.
             Já o Irmão Lucas no capítulo IX, versículo 26, complementa as palavras acima de Jesus: que, se alguém se envergonhar de mim, e das palavras minhas palavras, o Filho do homem também dele se envergonhará, quando vier na sua glória, e na de seu Pai e dos santos anjos.
             Pois é, diante das palavras acima de Jesus, que muitas vezes se expressava por intermédio de parábolas para que o povo da época viesse a entender, podemos deduzir o seguinte: Que levando em consideração a coragem das opiniões próprias dos homens, e que foram sempre levadas em conta por eles, as quais sempre serviram como prova da dignidade a de se enfrentar os perigos, as perseguições, as discussões, e até mesmo os simples sarcasmos. Chegam à conclusão, que aquele que sempre se expõe e não teme confessar abertamente ideias que não são admitidas por todos, acaba chamando a atenção dos seres, vem a ser o mérito que está na razão das circunstâncias, e dos resultados que podem advir. Porém existe sempre a fraqueza em recuar diante das consequências da sustentação das opiniões, mas há casos em que isso equivale a uma covardia tão grande como a de fugir no momento do combate.
            Jesus sempre estigmatiza essa covardia, no tocante ao problema especial da sua doutrina, ao dizer que, se alguém se envergonhar das suas palavras, Ele também se envergonharia daquele; que renegará o que o houver renegado; que reconhecerá, perante o Pai que está nos Céus, o que o confessar diante dos homens. Em outros termos: Aqueles que temeram confessarem-se discípulos da verdade, não são dignos de ser admitidos no Reino da Verdade. Perderão, assim, as vantagens da fé, porque se trata de uma fé egoísta, que eles guardam para si mesmos, ocultando-a, com medo dos prejuízos que lhes possa acarretar no mundo. Enquanto isso, os que colocam a verdade acima dos seus interesses materiais, proclamando-a abertamente, trabalham ao mesmo tempo pelo futuro próprio e dos outros.
            O mesmo acontece com os adeptos do Espiritismo, pois sendo a sua doutrina o desenvolvimento e a aplicação da doutrina do Evangelho, a eles também se dirigem essas palavras do Cristo. Eles semeiam na Terra o que colherão na vida espiritual: os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza.
Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem lida e escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.


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