CAPÍTULO XXVII. PEDI E
OBTEREIS.
PRECES INTELIGÍVEIS
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O Irmão Paulo no Capítulo, I Coríntios, XIV,
versículos 11, 14,16-7, comenta as palavras de Jesus dizendo: Se eu, pois
não entender o que significam as palavras, serei um bárbaro para aquele a quem
falo; e o que fala, sê-lo-á para mim do mesmo modo. Porque se eu orar numa
língua estrangeira, verdade é que o meu espírito ora, mas o meu entendimento
fica sem fruto. Mas se louvares com o espírito, o que ocupa o lugar do simples
povo como dirá Amém sobre a tua benção, visto não entender ele o que tu dizes?
Verdade é que tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado.
Pois é interpretando as palavras de Jesus, chega-se
a conclusão que a prece só tem valor pelo pensamento que a informa. Ora,
é impossível ligar um pensamento àquilo que não se compreende, pois o que não
se compreende não pode tocar o coração. Para a grande maioria, as preces numa
língua desconhecida não passam de mistura de palavras que nada dizem ao
espírito. Para que a prece toque o coração, é necessário que cada palavra
revele uma ideia, e se não a compreendermos, ela não pode revelar nenhuma.
Podemos repeti-la como simples fórmula, cuja virtude estará apenas no menor ou
maior número das repetições. Muitos oram por dever, alguns, mesmo, para seguir
o costume; eis porque eles se julgam quites com o dever, depois de uma prece
repetida por certo número de vezes e segundo determinada ordem. Mas Deus lê no
íntimo dos corações; perscruta o nosso pensamento e a nossa sinceridade; e
considerá-lo mais sensível à forma do que ao fundo seria rebaixá-lo.
Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Mensagem lida e divulgada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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