segunda-feira, 1 de junho de 2020

ADOLESCÊNCIA.


Adolescência

A adolescência é a fase da vida entre a infância e a juventude.
A época se caracteriza por muitas mudanças físicas e psicológicas. Transformações internas e externas.
A menina se vê transformada em mulher, o menino percebe a barba a despontar, aparecem os pelos pelo corpo, a voz engrossa.
Em ambos os sexos, uma intensa atividade glandular, hormonal. Acentua-se a imitação e o grupo de amigos tende a crescer em importância.
A parte intelectiva se apresenta notável. A parte afetiva muito contraditória.
O adolescente apresenta insegurança. Às vezes se mostra com ar de superioridade para os adultos, de outras, com total dependência.
São anos difíceis para os jovens e também para os pais, em especial àqueles que na infância não disciplinaram o filho para receber alguns não.
É comum adolescentes de dezesseis anos, mesmo sem carteira de habilitação, serem vistos a dirigir seu próprio automóvel. Exigem que o pai lhes dê tudo o que desejam.
É a roupa da moda, os CDs em evidência, carro, moto, combustível. Vivem a irrealidade. O que pedem, conseguem.
Não importa que para isso os pais necessitem redobrar as horas de trabalho profissional ou se privem de alguns desejos e vontades.
E, ocorre que, se o adolescente for habituado a ter tudo que solicita, terá dificuldades na escola. Dificilmente aceitará uma nota mais baixa, uma reprimenda.
Se uma menina não lhe corresponder ao anseio afetivo, registrará ele muita dificuldade para tal aceitar.
Os pais normalmente alegam que o desrespeito, a irreverência, os abusos são da idade, que logo passa que é a fase crítica, esquecidos de que a educação e a disciplina são de suma importância.
Adolescentes que saem para os programas com amigos, sem horário específico de volta. Talvez pela madrugada. Quiçá embriagados. Alguns, para evitarem dissabores de faltar dinheiro na hora de pagar a conta, já dispõem do seu cartão de crédito. Naturalmente, debitado à conta do pai.
Desrespeito que vai ao ponto de dizerem aos pais que estão por fora, são caretas, não se cansam de pagar o mico.
Será esse o relacionamento com liberdade que se idealiza? Que seres estamos formando para a sociedade?
De um modo geral, essas situações ocorrem porque, desde a infância, a criança não teve limites, não foi educada.
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É importante que no lar cada qual tenha sua tarefa a executar, a atender. Que desde cedo se ensine à criança que nem tudo lhe é permitido.
Que só quem se esforça e realiza a sua parte tem direitos adquiridos. Não é exatamente essa a relação entre trabalho, produtividade e salário?
Se estamos vivendo a fase dos filhos adolescentes e reconhecemos a falta de controle, não esperemos o amanhã.
Comecemos hoje a estabelecer as novas normas. Com certeza, se na infância não nos preocupamos em passar os valores do respeito, da responsabilidade, tudo será mais difícil.
Impossível não. O jovem é também suscetível, sensível e justo.
O melhor é começar com uma longa conversa com os filhos. Uma reunião em que possamos expor as modificações que serão introduzidas na vida familiar.
Não esperemos uma aceitação passiva e total. Eles verão as medidas como retaliações, autoritarismo.
Por isso mesmo devemos estar muito seguros, firmes quanto ao que desejamos para nossos filhos.
Pode também acontecer que as mudanças ocorram melhor do que se imagina. Os jovens têm capacidade de analisar novas propostas, desde que apresentadas de forma coerente.
É bom pensar que muitas vezes brigamos, discutimos por bobagens, coisas sem importância. Simplesmente porque nos incomodam. São os cabelos longos, o brinco na orelha, tênis sujos. Em contrapartida, nos descuidamos de aspectos reais da educação. Aqueles em que deveríamos intervir, para o bem dos nossos filhos e da sociedade em que vivemos.
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A primeira visão acerca do que chamamos adolescência só teve lugar no século XVIII. A consciência da adolescência tornou-se um fenômeno generalizado só depois do final da Primeira Guerra Mundial.
Até o final do século XIX, a vida, mesmo nos países mais adiantados do mundo, era bem diferente da atual.
Meninas com onze anos eram enviadas para empregos como domésticas. Os meninos para as fazendas, fábricas ou minas. Ia-se da infância à fase adulta de um salto. Considere-se que a expectativa de vida era de menos de trinta anos, então.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Os
laços que unem, do livro Uma vida para seu filho - Pais bons o
bastante, de Bruno Bettelheim, ed. Campus.
Em 28.12.2011
MENSAGEM COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.


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