O que Acontece Depois da Morte?
“Para morrer bem é preciso viver bem”.
—Confúcio
A maioria das
pessoas, apesar de acreditar na imortalidade da alma, sente muito medo da
morte. Esse medo ocorre pelo desconhecimento do que acontece durante a morte,
do que vem depois ou para onde vão assim como do receio de perder afeições. As
religiões pouco fazem para esclarecer os fiéis sobre a vida além-túmulo,
assustando-os ainda mais.
A Doutrina Espírita
codificada por Allan Kardec é o Consolador prometido por Jesus, que vem
eliminar esse medo, preparando-nos para enfrentá-lo serenamente, pois todos
morreremos um dia. Orienta-nos sobre a vida e a morte.
Informa que toda
pessoa é formada por três partes essenciais:
– o corpo físico ou
ser material, animado pelo princípio ou fluido vital;
– a alma, que é o
espírito encarnado, habitando o corpo;
– o períspirito ou
corpo espiritual que une a alma ao corpo.
Então, o que
acontece durante a morte, também chamada desencarnação?
O que acontece é
uma mudança do lado material para o lado espiritual. Você que está lendo tem um
corpo físico, adaptado à vida material, utilizado pelo seu espírito que está
unido a ele através do períspirito.
Isto é necessário
para que você possa cumprir a sua finalidade na Terra, que é progredir em
conhecimentos e sentimentos, através do esforço pessoal e do relacionamento com
o próximo. O organismo funcionando ao longo do tempo e segundo as
circunstâncias vai se desgastando, diminuindo o fluido vital e a morte
acontece. Você deixa o corpo físico mas a sua alma (ou espírito) que é
imaterial e imortal muda-se para o lado espiritual continuando a viver com o
corpo espiritual (períspirito). Acontece um desligamento dos laços que uniam o períspirito
ao corpo físico.
Quando mudamos de um lugar para outro continuamos a
ser o que somos, apenas nos desfazemos do que não é necessário. Assim, também,
quando desencarnamos, continuamos a ser a mesma pessoa, mas, nos desfazemos do
corpo físico, pois não é necessário no mundo espiritual.
Agora que você já
sabe que a morte é mudança, pense no seguinte, para perder o medo:
– Aqui na Terra
temos hospitais, escolas, instituições beneficentes etc. Quantas pessoas
dedicadas ao bem em todos os níveis sociais! Só não é auxiliado quem não quer.
Imagine agora no Plano Espiritual. Nele estão também a Bondade Divina, através
dos Espíritos Protetores, dos Anjos de Guarda, dos Grupos de Socorro e
Esclarecimento.
Aqui é uma cópia do
que tem lá e sendo assim a assistência, o amparo, o esclarecimento no mundo
espiritual são maiores. Há também técnicos em auxílio aos que desencarnam.
– Também fique
sabendo que a família terrena continua fazendo parte do nosso relacionamento
juntamente com a família espiritual.
Há três tipos de
desencarnação
a-) A desencarnação
lenta, a mais usual e ideal. A pessoa adoece por um prazo mais ou menos longo.
Tem tempo para meditar, reformular pontos de vista, fazer acertos,
modificar-se.
Pode ser por
velhice também, o fluido vital vai se esgotando. Não é uma desgraça como
pensam, é um fator de equilíbrio.
b-) A desencarnação
súbita, o espírito é apanhado de surpresa, despreparado e se não praticou o bem
fica apegado à vida material e sensações físicas. As pessoas dedicadas ao bem
com sinceridade não sofrem neste tipo de desencarnação.
c-) A desencarnação
coletiva, semelhante à súbita, mas em conjunto com outras pessoas, por meio de
desastres variados. Não se dá por acaso. Espíritos com débitos semelhantes
reúnem-se para uma expiação coletiva.
A perturbação da passagem
Na passagem da vida
corporal para a espiritual acontece também um outro fenômeno: a perturbação. A
alma experimenta um torpor, espécie de sono ou desmaio e por isso quase nunca
testemunha conscientemente o último suspiro. A perturbação pode ser considerada
o estado normal no instante da morte e pode durar de algumas horas a muitos
anos, dependendo do estado moral e dos atos praticados.
O despertar do
torpor ou sono apresenta variantes:
1.-) O espírito
acorda ouvindo choro, lamentações etc., de entes queridos que não se conformam.
Isto dificulta a sua adaptação à nova vida. Essa situação só melhora com a
mudança do comportamento de tristeza dessas pessoas, substituindo-o por
equilíbrio, preces e conformação. O espírito desencarnante também pode
expressar os mesmos sentimentos chorando muito pela separação, necessitando
também se esforçar para superar a crise e consolar os que ficaram.
2.-) O despertar se
dá em hospital ou casa de repouso. Devido ao atendimento médico e aos cuidados
que recebe, o espírito pensa que permanece no mundo material. É esclarecido,
pode receber a visita de alguém que já desencarnou ou, então, perceber, à
distância, o que se passa no antigo lar, sentindo que já não vive mais lá.
3.-) Há espíritos
que acordam surpresos porque se sentem vivos, sabendo que passaram por
situações em que iriam deixar a vida física, como doenças terminais, acidentes,
etc.
Há também um
fenômeno que se verifica com alguns espíritos antes ou após o desencarne. É a
revisão total ou parcial dos acontecimentos que vivenciaram ao longo da
existência material que se finda. Seria como a exibição de um “vídeo-tape”
guardado nos arquivos do pretérito, documentando fatos importantes da última
existência. Assim revela uma comunicação do espírito Germano Sestini, extraída
do livro “Vida no Além”, psicografado por Chico Xavier:
“Meu espanto foi
enorme. Parecia que estava retornando aos tempos de menino… Na mente apareceu a
paisagem de Cravinhos e tornei a ver meu pai João e minha mãe, acariciando-me e
ensinando-me a rezar. Mariquinha, revi tudo… a nossa felicidade, o nascimento
dos filhos… Os dias difíceis, o duro trabalho para melhorar…”
Neuza Brienze.
MENSAGEM
COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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