CONTINUAÇÃO
DA VISÃO ESPÍRITA DA BÍBLIA.
SENTIMENTO
HISTÓRICO DA BÍBLIA E A SUA NATUREZA PROFÉTICA.
A posição
do Espiritismo diante do problema bíblico, e diante dos recentes debates na
televisão entre espíritas, pastores protestantes e sacerdotes católicos, deu
motivo a algumas impressões, de que aproveitaram adversários pouco escrupulosos
da Doutrina Espírita, para lhe desfecharem novos e injustos ataques.
A princípio
eu acho gozado particularmente que eles não sentem ou não querem dar o braço a
torcer, que o Espiritismo está em todas as religiões, com a presença do nosso
Mestre Jesus que hoje é um Espírito, dos tais anjos que são os nossos queridos
Mentores Espirituais, do Espírito Santo, que é o santo Espírito que chamamos de
Mentor Espiritual também, o tal do descarrego que eles falam e se prestam a
fazer, e que nada mais é do que o encaminhamento dos Espíritos menos
esclarecidos para um aprendizado ou hospital Espírita, e que para eles acham
que são “Diabos ou Demônio”. Se fosse o tal “diabo ou demônio”, eu pergunto que
aquele adepto que viveu a sua vida na religião deles, e amanhã desencarna e
precisa da orientação deles, e chega junto a eles, e eles somente os recebem
com pedras na mão dizendo ser o “diabo”, como fica? Expulsar demônios como eles
falam, não adianta nada é uma medida paliativa, porque este vai e volta com
muitas pedras na mão. O que deveriam fazer é o que fazemos, é receber pessoas e
Espíritos de todas as religiões em nossas casas, e não expulsamos ninguém e sim
encaminhamos para Deus e Jesus, e isto sem querer nada em troca, porque Jesus
foi claro: Daí de graça o que de graça recebeis.
Para mim “diabo”
não existe, e sim um Espírito menos esclarecido que Deus dá à oportunidade dele
se redimir um dia, porque não existem penas eternas.
Deus criou
os Espíritos todos iguais e ignorantes, uns foram para o lado do bem e outros
para o lado maldoso porque não aceitaram certas ponderações, mais que podem um
dia se arrepender e ser um Espírito encarnado ou desencarnado do lado do bem e
do amor. Aquele que erra inconscientemente erra uma vez só, mas o consciente
erra diversas vezes.
Mas vamos
ver as ponderações que o nosso irmão J. Herculano Pires fez em torno destes
fatos:
Kardec
define a nossa posição, dizendo que desde o Livro dos Espíritos, como a de
estudo e esclarecimento do texto, à luz da história e na perspectiva da
evolução espiritual da Humanidade. No capítulo III deste livro, final do item
59, depois de analisar as contradições entre a Bíblia e as Ciências, no tocante
à criação do mundo, ele declara. “Devemos concluir que a Bíblia é um erro? Não;
mas apenas que os homens se enganaram na sua interpretação”. Estas palavras de
Kardec, sustentadas através de toda a Codificação, esclarecem a posição
Espírita. Devemos reconhecer na Bíblia a sua natureza profética, ou seja,
mediúnica, encerrando a primeira revelação, no ciclo histórico das revelações
cristãs, que começa com Moisés, define-se com Jesus como segunda revelação e
encerra-se com a terceira que vem a ser o nosso querido Espiritismo, que Jesus
dizia que após Ele veria o Espírito de verdade que vem a ser a nossa Doutrina a
dos Espíritos. Quem duvidar pode encontrar explicações detalhadas a respeito em
O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, que vem a ser o manual de
moral evangélica.
O conceito
Espírita de Revelação, porém não é o mesmo das religiões em geral, porque
revelar é ensinar, e isso tanto pode ser feito pelos Espíritos (revelação
Divina) quanto pelos homens (revelação humana), mas não por Deus em pessoa,
porque o Pai Celestial age dentro de suas leis e dos Espíritos. A revelação
Bíblica, portanto, não pode ser chamada de “palavra de Deus”. Ela é apenas, a
palavra de Espíritos Reveladores, e essa palavra é sempre adequada ao tempo em
que foi proferida, e isto é confirmado pala própria Bíblia, como veremos no
decorrer deste estudo.
A palavra
de Deus é de origem judaica, e foi herdada pelo Cristianismo, que empregou para
o mesmo fim dos judeus: dar autoridade à Igreja. A Bíblia considerada “a
palavra de Deus”, reveste-se de um “poder mágico”: a sua simples leitura, ou
simples audiência dessa leitura, pode espantar “Demônio” de uma pessoa e
converte-la a Deus. Claro que o nosso Espiritismo não aceita nem prega essa velha
crendice, mas não a condena, pois a cada um, segundo suas convicções, desde que
haja boa intenção.
Bem eu
lendo e analisando dentro da minha fé raciocinada, eu acredito em muito no
Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, que não se preocupa com os dados
históricos e relatos da vivência do Cristo, e sim com o aspecto moral dos
ensinamentos de Jesus.
Este Livro
veio a reavivar as palavras do cristo que se encontravam deturpadas. Claro em
face de interpretações errôneas das parábolas de Jesus, trazendo-nos a
simplicidade do Cristianismo, isto é, recordando os primeiros dias das
mensagens de Jesus em nossa Terra, em que a caridade era ainda o perfume
simples que envolvia os primeiros núcleos cristãos. Núcleos estes, ou primeiras
igrejas citadas no Novo Testamento, parecidas com as dos Centros Espíritas,
onde havia inclusive o intercâmbio Mediúnico feito com naturalidade.
Mensagem
escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
Curitiba.
PR. Brasil.
Meu email:
getulicao@hotmail.com
Meu
blogger: getuliomomentoespirita.blogspot.com
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